ROMANCE?!?



CAPÍTULO 11:

Já passavam das 21 horas do sábado. Fred e George já tinham chegado, conversado com todos na sala Precisa e agora já tinham saído juntos há uma meia hora, sem informar o que iriam fazer. Só chamaram Luna e Reka para acompanhá-los e levaram uma mochila sem informar, por mais que os outros insistissem, o que traziam ali.

Neville era o que se mostrava mais nervoso pois aqueles dois malucos haviam levado a sua namorada para enfrentar Snape, e pelo pavor que o gorducho sentia pelo temido professor, perguntava aos outros a cada cinco minutos o que eles achavam que ia acontecer.

- Não força, Neville – disse Rony – ninguém sabe o que aqueles dois vão aprontar. Fique calmo, Fred e George nunca deixaram de sair de um aperto...

Só restavam a eles torcer que não fosse essa a primeira vez que não conseguiriam.

Enquanto isso já perto das masmorras Fred e George passavam detalhes do plano de ação para as duas moças. Seria muito arriscado, mas se desse certo, resolveria a questão.

Verificando o Mapa do Maroto de Harry que tinham trazido observaram que Snape estava em sua sala e que Draco já estava sendo avisado por Reka, ou melhor, Rick Ornovsky que o diretor da sua casa o estava chamando com urgência em sua sala.

Pelo mapa viram que Malfoy vinha descendo as escadas em direção da porta da sala de Snape. Apertados, Fred e George se cobriram com a Capa de Invisibilidade de Harry e aguardaram o estudante de Sonserina chegar.

Ouviram seus passos e lá vinha ele. Draco não esperava que Luna o estivesse ali naquele deserto corredor e foi logo perguntando com sua tradicional arrogância:

- O que você, amiguinha dos podres da Grifinória está fazendo aqui?

Luna se aproximou de Malfoy, encarando-o fixamente com seus sonhadores olhos azuis.

- Draco? – perguntou a garota com uma voz para lá de lânguida – ó Draquinho, que bom poder encontrar com você a sós, pela primeira vez na minha vida.

Aproximou-se do rapaz, deu-lhe um abraço forte e tascou-lhe um beijo na boca. Draco completamente aturdido não teve outro jeito senão retribuir o beijo. E até com bastante paixão. Esse negócio de só ser aceito por Pansy já estava cansando. Eram mais de três anos só com a mesma garota...

Surpreendentemente porém, Luna já o tinha empurrado com sofreguidão, sem descolar sua boca da de Malfoy e encostando sensualmente seu corpo no do rapaz, na direção da porta da sala de Snape.

George soltou sem fazer barulho um Alorromora no exato instante em que os dois encostaram à porta tombando para dentro da sala do professor.

- O que significa isso? – perguntou Snape levantando-se de sua cadeira, onde estava corrigindo alguns trabalhos. – Malfoy, explique-se.

Luna, agilmente ao cair tinha conseguido se virar e ao rapaz de modo que ele caísse por sobre ela.

- P-professor Snape – começou Draco – não, não é nada disso que o senhor está pensando.

Porém Snape que já tinha se aproximado do pretenso casal enamorado, mostrava uma expressão que misturava desdém e malícia, falou.

- Malfoy – começou com a voz ameaçadora e sussurrante – entendo que seus hormônios estejam em profusão. Mas se atracar com uma garota dentro da minha sala, e ainda por cima com essa acéfala da Corvinal e em posição altamente tarada...

- Não, professor – Draco agora levantava-se rapidamente – eu não fiz nada com essa garota...

- Ora Malfoy – respondeu Snape com um sorriso malicioso nos lábios – não negue. Você estava por cima da garota, dando-lhe um beijo apaixonado e provavelmente prestes a tirar-lhe as roupas e concretizar um ato apaixonado – e Snape chegou a pensar: “Bem que eles poderiam ter feito isso. Desde que me apaixonei por Lílian que não via uma cena que me excitasse tanto...”

- Não, professor Snape! – berrou o rapaz tentando se defender. Mas foi cortado pela chegada de Edwiges pela janela da sala. A alvíssima coruja esvoaçou por sobre a cabeça de todos e soltou aos pés do professor de Defesa Contra a Arte das Trevas uma grande foto colorida e um pergaminho.

Snape abaixou-se para pegar a foto onde via Malfoy beijando Luna, deitado sobre ela, às portas da sala do professor, observados por um professor Snape com um riso malicioso aos lábios aproximando-se.

- Quem tirou essa foto – rugiu Snape, apanhando o pergaminho e lendo.

“Estimado professor Snape,

Adoramos verificar a sua atitude de gula ao observar o seu aluninho favorito tentando estuprar uma indefesa aluna de outra casa dentro de sua sala, e ainda por cima contando com a sua aquiescência.

Acreditamos que tanto o professor Dumbledore, quanto os professores Flitwick e McGonagall ficarão profundamente encantados ao ver essa sensual foto, que já está sendo mandada a eles por diferentes corujas, assim como a cópia que já foi expedida para a brilhante jornalista Rita Skeeter. Bem sabemos nós que essa coitada há dois anos não tem uma reportagem tão magnífica em suas mãos.

Certos da alegria incontida que o senhor deve estar sentindo agora, despedimo-nos respeitosamente.

Seus mais queridos alunos da Grifinória,

Harry Potter e Ronald Weasley.

P.S. : Queira por gentileza enviar pela nossa queridíssima amiga Luna Lovegood (que sobrenome encantador, não acha, professor?) as Nimbus, pelo senhor confiscadas, sem nenhuma modificação. Quem sabe com elas, possamos ainda alcançar as corujas?

HP & RW”

- Malfoy, seu idiota! – sibilou Snape.

Dirigiu-se em passos rápidos a um dos armários ao fundo da sala e de dentro tirou as seis Nimbus e entregou-a cuidadosamente, mas com os olhos faiscando a Luna que agora já recomposta estava olhando novamente com olhos sonhadores para as prateleiras cheias de artefatos “interessantes”, como se nada tivesse acontecido.

- Tome, meniniha insossa – Snape entregou-lhe as vassouras.

- Hã ...professor – perguntou Luna – O senhor poderia pedir a esse encantador aluno a me ajudar a levar essas seis vassouras até a porta do salão pricipal de Hogwarts?

Com aparente fumaça saindo de sua cabeça Snape deu as costas e só falou:

- Malfoy, leve todas as vassouras. AGORA!

Luna e Malfoy foram recebidos por todos os alunos da Grifinória e mais alguns da Corvinal e da Lufa Lufa que haviam sido encontrados, com palmas, gritos de júbilo e garagalhadas.

Mais uma vez Draco havia sido humilhado perante a escola e aproximou-se de Harry e Rony entregando-lhe as vassouras com violência.

- Potter, Weasley – começou o rapaz – vai haver vingança. Vocês não perdem por esperar...

- Ora Malfoy – disse Harry com um largo sorriso no rosto – juro, que não sabíamos que você era tão fotogênico.

Soltando um palavrão Malfoy deu as costas, dirigindo-se para a saída do salão principal. Já ia cruzando a soleira das enormes portas quando Rony o chamou.

- Malfoy. Por favor. Mande aquela Goles preparada, que você ia usar amanhã no jogo pela minha adorável corujinha.

Pichitinho pousou no ombro do Sonserino cheia de felicidade e fazendo, para variar um grande alvoroço.

Só deu para Draco ouvir mais gargalhadas as suas costas.

Mais tarde a turma se reuniu a Fred, George e Reka na sala comunal da Grifinória.

- Puxa rapazes – disse Hermione – foi arriscado, mas vocês fora geniais.

- Brilhante – coroaram Harry e Rony a uma só voz.

Apenas Neville é que estava com a cara emburrada, pois finalmente tinha visto a foto de sua namorada agarrada com Malfoy. Estava cheio de ciúmes.

Reka sentou-se ao lado do casal, passando um braço sobre o ombro do bochechudo amuado e lhe falou ao ouvido.

- Fique assim não, Neville. Procure entender. Se Luna não tivesse feito o que fez, por sinal um ato de grande coragem, amanhã estaríamos todos sendo ridicularizados pela turma da Sonserina. Agora vamos jogar de igual para igual.

- Pô, Reka – disse o garoto com lágrimas nos olhos – mas todos vão saber o que a Luna fez...

Reka riu, apiedando-se do rapaz.

- Não, Neville. As fotos nunca foram enviadas a lugar algum. Apenas nós estamos sabendo do que houve. – e lhe deu um sorriso encantador – Você sabia que eu tive batendo uns papos de mulher para mulher com a Luna e você brevemente vai descobrir o quão apimentada ela se tornará ao estar novamente a sós com você...

Neville olhou a namorada que lhe piscou maliciosamente um olhão azul e deu-lhe um gostoso beijo na boca.

Enquanto isso, os outros perguntavam aos gêmeos, como é que eles, por sob a Capa de Invisibilidade tinham tirado uma foto tão boa de Draco, Luna e Snape.

Fred respondeu rindo:

- E quem disse que na hora da foto eu estava escondido pela capa?

- O Snape ficou tão fascinado vendo a cena – continuou George – que nem viu Fred sair debaixo da capa com a Câmera. Acho que o velho morcegão anda com um atraso de séculos...

Gargalhadas ressoaram na sala comunal da Grifinória.



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