SEM VASSOURAS



CAPÍTULO 6:


Estavam prontos, nos portões que davam acesso ao estádio de Quadribol de Hogwarts. O uniforme laranja, a pedido de Rony, como o do seu time de coração: Chudley Cannons. De onde estavam ouviam a multidão que se aglomerava nas arquibancadas.

Angelina tomou a palavra:

- Bem, gente. Hoje começa a nossa caminhada para a consagração. Nós somos os Filhos da Toca, senão de sangue, de coração acima de tudo. Bons em cada posição nós sabemos que somos, e acredito que tenhamos treinado o suficiente para arrebentarmos. Já definimos as táticas: Reka, cole na medida do possível em Harry. Deixe-o livre para apanhar o Pomo rapidamente. Eu e Gina ficaremos mais adiantadas e você, Fred – disse olhando para o gêmeo – se vier com a Goles de trás, dê um jeito de achar-me ou a Gina , pois estamos mais desenvoltas em troca de Goles mais rápidas e voe direto para os aros, que sempre vai sobrar uma para você enterrar...

George, já com a tradicional cara de tédio em preleções, cortou a namorada.

- Ah vamos, amor. Você acredita sinceramente que o time da família Creevey vai oferecer alguma resistência a nós?

Fred completou.

- Temos que tratar de acabar esse jogo logo, para que na semana que vem possamos estar inteiros e bem descansados para a final contra a equipe dos Malfoys.

- Ontem foi um a roubalheira só. – completou Rony – Além do mais, eu não acredito que tantos Blacks sejam tão aparentados ou tenham algum desenvolvimento amoroso com os Malfoys, a ponto de conseguirem montar um time...

Os portões abriram e a luz do sol daquela manhã fria os engolfou junto com os gritos de guerra das torcidas.

A surpreendente popularidade da família Weasley podia ser explicada com a popularidade e sucesso da loja dos gêmeos, agora com reconhecimento a nível europeu. Pessoas de diversas nacionalidades do velho continente tinham vindo dar apoio ao time, fora as pessoas que não tinham conseguido entrar nas arquibancadas, devido ao comparecimento em massa dos alunos de Hogwarts, que salvo os estudantes da Sonserina, que torcia pela família Malfoy, torciam pelo time dos Filhos da Toca.

De longe dava para ver os chapéus gigantescos de Luna – um enorme leão que volta e meia soltava urros ensurdecedores e Neville – uma enorme maquete da Toca com direito a chaminé soltando fumacinha e gritos da Sra. Weasley berrando pelos filhos em altos brados.

Mas a partida não demorou mais do que trinta minutos e Harry só não pegou o pomo mais cedo para dar chance de Fred treinar em ritmo de jogo na sua nova posição.

O resultado foi um estrondoso 120 a 10, sendo que Rony só levou um gol porque se escangalhou de rir com a cara que Colin Creevey fez ao se chocar com o irmão, Dennis, artilheiros do time adversário, resultando que a Goles passou lentamente e sem querer por ele e entrou no aro, rendendo uma estrondosa bronca de Angelina. Com mais os pontos da captura do Pomo, há muito não acontecia um placar tão dilatado assim em tão curto espaço de tempo.

A comemoração durou o resto do domingo, na sala comunal da Grifinória. Os Gêmeos e Angelina matando a saudade das antigas comemorações do tempo que estudavam. Reka, que não deixara sequer um balaço se aproximar de Harry, o que não fora difícil, devido à péssima pontaria dos Creevey, estava abismada agora ao conhecer as demais instalações da escola.

- Uau! É muito maior e mais antiga que a Castellus. – disse para Fred, que já estava em sua quarta garrafa de cerveja amanteigada – Vai devagar aí, meu anjo. Quero que você se lembre que ficou somente comigo a comemoração inteira...

Até a bem humorada família Creevey tomou parte na comemoração.

Já bem adiantada a noite, Hermione os fez ver que no dia seguinte eles, os estudantes, tinham aula logo cedo e que os outros membros do time tinham que trabalhar cedo também.

Os dois casais partiram pela lareira com os gêmeos já bastante embriagados e tanto Reka quanto Angelina já bem altas também. Resultado: Fred e George dormiram esparramados na sala da casa das moças. Um ao sofá ou outro no meio de almofadões, ainda com os uniformes de jogo.

Na maior ressaca, estavam os quatro no dia seguinte na “Gemialidades Weasley” com grandes olheiras. Durante quase todo o dia as três moças deram um tremendo duro, pois os gêmeos ficaram mais no depósito tirando longos cochilos, só acordando quando realmente não tinha jeito e eles mesmos, como donos, tinham que resolver algum problema pertinente.

No final do dia, Angelina estava fechando o caixa e Reka junto com Vera e agora os já totalmente despertos Fred e George terminavam de arrumar as prateleiras, uma vez que o movimento, devido a grande quantidade de estrangeiros que tinham vindo assistir ao jogo na véspera, tinha sido grande.

Já estavam se preparando para apagarem as luzes e fecharem a loja quando entrou pela chaminé da loja Pichitinho, a pequeníssima e animada coruja de Rony com um pergaminho atado à garra. A pequena e barulhenta bola de penas estava fazendo uma grande algazarra voando de um lado a outro da loja o que arrancou das moças risadas divertidas. Enquanto George providenciava uns pedaços de bolo que sobrara do lanche da tarde, Fred ia lendo o pergaminho. De repente ele soltou um enorme palavrão que assustou a todos, principalmente a Pichitinho que rapidamente entrou pela lareira e sumiu, voltando para Hogwarts.

- O que foi, amor – perguntou Reka preocupada, segurando o braço do namorado, tentando ler o pergaminho.

-É cara – insistiu George – desembucha logo. O que houve?

Fred explicou com uma expressão entre raiva e surpresa.

- É o Rony dizendo que conseguiram invadir a sala precisa e roubaram as seis Nimbus 2001 da gente.

George começando com um sonoro palavrão gritou:

- Vou matar o Malfoy!

Foi um custo para Angelina e Reka acalmarem os gêmeos.

- Gente – disse Angelina – calma. O Dumbledore vai fazer alguma coisa. Ele é responsável pela escola, e ninguém é mais capaz de achar alguma coisa lá dentro do que ele.

- O problema é que ele anda se ausentando constantemente da escola, provavelmente as voltas com “você sabe quem” – disse George afundado em uma cadeira.

Fred completou o irmão.

- Além do que, provavelmente as vassouras não devem mais estar em Hogwarts. Malfoy é mau mas não é burro. Ele não esconderia as vassouras na sala comunal da Sonserina...

Reka perguntou:

- Mas que história é essa de “você sabe quem”? Quem é esse cara?

Os outros três colocaram rapidamente a brasileira à par da volta do temível Lord Voldemort e dos esforços de Dumbledore para pará-lo e do sufoco que Harry vinha passando nos últimos cinco anos.

- Bom – disse Reka – é óbvio que lá no Brasil nós ouvimos falar dos ataques desse Lord Vold...

- Não fale esse nome Reka !– pediu Angelina aos gritos.

- Ok, ok. – disse apaziguadoramente a prima – Mas o que sabemos por lá é que ele tinha sido derrotado há uns quinze anos atrás. Não brinquem que ele voltou.

- Pois é – disse George – e o pai do Malfoy, o tal de Lúcio, era assecla do cara. E agora que o seu senhor voltou, ele colocou as suas garras de fora de novo, só que no ano passado se deu mal e foi parar em Azkaban junto com uma penca de ratos, graças a Dumbledore e a Ordem da Fênix e principalmente a Harry e seus bravos amigos que lutaram bravamente e se machucaram bastante no fim do semestre passado.

- Mas deixou a cria – disse Fred – aquele pestilento do Draco. Vamos logo para Hogwarts. Não vejo a hora de invadir aquela maldita sala da Sonserina e arrebentar aquele rato albino...

Angelina tratou de chamar os irmãos à razão, dizendo que mesmo que Dumbledore não estivesse em Hogwarts, a professora McGonagall estaria lá e não permitiria tal invasão, além do que, eles tinha de se lembrar do Snape, o odiado professor de poções e diretor da casa de Sonserina, um bruxo realmente difícil de ser tapeado e muito poderoso.

- Ele nunca vai permitir que as coisas sejam feitas à força. – completou a moça.

- E então fazemos o que? – perguntou Fred - ficamos aqui e esperamos o dia da partida para voarmos nos nossos lixos de vassouras? E Reka nem trouxe vassoura do Brasil.

- Fora o prejuízo do Harry, que gastou uma tremenda grana para comprar as vassouras.

Foi Reka quem deu a melhor solução mesmo que temporária:

- Vocês não tenham dúvidas que Harry e os outros já devem estar investigando para ver se descobrem algo. E pelo o que vocês falaram eles nisso são especialistas. – deu uma pausa pensativa – Bem, é lógico que vocês dois, estourados do jeito que são, não podem aparecer por lá, e Angelina tem que ficar com vocês aqui na loja para ajudá-los e a Vera, pois essa semana vai ser movimentada podem acreditar, do jeito que tem turistas por causa da Copa. – deu outra pausa – Mas eu posso me hospedar em Hogwarts, dizendo que pretendo fazer um curso rápido de alguma matéria, como especialização. – estalou os dedos – Trato de Criaturas Mágicas, perfeito. Os bichos daqui são diferentes dos do Brasil. Com certeza serei mais uma para ajudar a turma lá de dentro.

- Mas e eu – disse Fred, lamentando – quantos dias vou ficar sem lhe ver?

Reka abraçou o namorado e lhe deu um beijo.

- Hora, meu apaixonado gentleman, o tempo o suficiente de acharmos as vassouras. No máximo até domingo, quando haverá a final.

Na falta de idéia melhor foi isso que ficou combinado. Saíram da loja e encaminharam-se para o correio para mandarem uma coruja para Hogwarts avisando a Harry o que tinham decidido.

Jantaram cedo e despediram-se, pois no dia seguinte Angelina iria junto com Reka para Hogsmeade aparatando, para depois seguirem para Hogwarts, onde a ex-estudante ajudaria a prima a convencer a prof. McGonagall em caso de Dumbledore não estar em Hogwarts, a deixar a brasileira fazer o curso de especialização de Trato de Criaturas Mágicas com Hagrid.


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