I



Songfic: Belo Estranho ( Beautiful Stranger, Madonna )
Shippers: Amanda Nadal-Mendieta / Tom Servoleo Riddle
Disclaimer: Exceto Amanda Nadal-Mendieta, todos os personagens pertencem a J.K.Rowling, não quero nem vou ganhar dinheiro com eles.
Agradecimentos: A Deus e tudo que é bom, meus amores, amigos, J.K.Rowling por ela ter criado Severus Snape, Remo Lupin, Sirius Black, os homens Malfoy, Viktor Krum, os meninos Weasley, Oliver Wood...


Prólogo

Lucius Malfoy gesticulou ao elfo doméstico. Que a criatura fosse mais ágil ao enfeitiçar as bandejas que serviam as taças... !
O baile na mansão Malfoy fervilhava. As conversas frívolas e as tratadas em particular, o champagne caro, flertes e ameaças... Damas de longo com estolas e luvas até os cotovelos, cavalheiros de fraque... imitavam os trouxas? Sim, mas no que as criaturas ignóbeis tinham de melhor: a fleuma, a pompa e a dissimulação da alta sociedade.
O Lord das Trevas encontrava-se mais poderoso do que nunca. Seus adversários caiam como moscas. A próxima cartada dele seria perfeita, o golpe de misericórdia nos enfraquecidos asseclas do velho professor asmático.
A loira de traços perfeitos riu gostosamente da observação maldosa que o esposo semi-alcolizado destilara a respeito de seu primo Sirius Black e o jovem Harry Potter. Então de súbito seus olhos pousaram em alguém que por si só já era uma coisa fantástica estar ali. Narcissa sorriu algo contrafeita antes de inclinar-se aos ouvidos de Lucius. “ A persa...”
O Comensal arregalou os olhos azuis aquosos. “ Cissa, você bebeu demais....! Amanda Nadal-Mendieta? Aqui? “
A fama da jovem que igualava Voldemort no poder já se espalhara como um rastilho de pólvora. Lucius não pudera tê-la como nora, mas o Mestre se beneficiaria do potencial da garota de dezesseis anos. Seria melhor para todos, de qualquer forma...!
Amanda Nadal-Mendieta era leviana e grosseira, mas sentiu-se incomodamente vulnerável no ambiente onde só conhecia duas pessoas, no caso o casal Malfoy. Os Comensais a espiavam de longe, murmurando entre si. A adolescente suspirou agoniada, franzindo a testa e bebericando desinteressada o espumante.
Mas afinal, o que fazia ali? Será que conseguiria o que estava buscando, um consorte à sua altura...?
Era melhor que o encontrasse enquanto ainda era moça jovem. Seria digno de pena entregar-se a alguém quando já estivesse madura...!
Preferia os ocidentais. Eram mais atraentes. Entre casar com alguém de sua raça, para agradar os pais, e viver deserdada com um europeu com... digamos, certos dotes e habilidades, ficaria feliz com a segunda opção.
A notícia de sua presença chegou justamente ao principal interessado. O Lord das Trevas abriu um sorriso magnânimo e se ergueu do sofá escuro, abandonando o séqüito de admiradores fiéis.
Então ele tinha a mesma aparência dos quarenta e três anos.
Indicaram-na quando estava de costas. Parecia macia a pele negra em tom claro dourado. Pelas costas rolavam soltos cabelos lisos, sedosos e marrons com toques de sol, cacheados nas pontas. As pernas longas e grossas, com meias brancas até os joelhos, mimosos sapatos boneca, saia de pregas – Não sabia se vestir como ocidental, aquilo não era traje de gala...!
Mas Voldemort achou perfeito.
Aproximou-se devagar.
Como se fosse um filme em câmera lenta, Amanda se voltou de súbito e seus olhos castanho amarelados de gato encontraram as íris puramente verdes do Mestre das Trevas. O coração dela pareceu paralisar um segundo. Ele era lindo e exalava uma crueldade excitante.
Não disse uma palavra. Tomou a mão nua de Amanda e a beijou demoradamente. A estudante cerrou as pálpebras, os lábios tremendo.
Que diabos era aquilo, uma mulher forte e poderosa como ela, impessoal e indiferente a tudo, se derretendo por um desconhecido...! Ou será que...? Não, não poderia ser. Mas disseram que ele estava com aparência ofídica...!
“ Voldemort. “ – Gemeu o nome quando o homem a enlaçava pela cintura. Ele ergueu uma sobrancelha muito negra, que contrastava com a pele mui alva, sem o menor toque de rosado.
“ Não teme dizer meu nome...? Adoro mulheres ousadas... !” – Deleitou-se, erguendo-lhe o queixo delicado, a fazendo olhar diretamente para ele.

Nós já nos encontramos?
você é algum tipo de estranho bonito
você poderia ser bom para mim
eu gosto do perigo...

“ Dizem que é o bruxo mais cruel da atualidade...” – Sussurrou, deixando-se conduzir pelo salão, ele dançava magnificamente e a devorava com o olhar. Sabia ser poderosa. Fazia coisas admiráveis desde os primeiros meses de vida. Mas faltava-lhe a experiência de quem vivera bem mais. Tinham as mesmas habilidades, mas a favor de Voldemort contava o tempo. Ele a queria. E se não se entregasse, morreria. Ela não queria morrer. Ele não conseguiria, eram um par, gêmeos no poder. Afinal... Seria dele de bom grado...!
“ O mais cruel? “ – Repetiu com voz macia. “ Você aprecia isso? Gosta de homens maus?” – Perguntou-lhe ao pé do ouvido, fazendo-lhe cócegas agradabilíssimas, Amanda estremeceu novamente, ele a comprimiu contra si com força, como se ela fosse desmaiar. Levou a mão ao rosto ainda de traços infantis, percorreu com o indicador o contorno da boca carnuda cor de sangue. O contato do corpo másculo contra o da garota queimava como o fogo do inferno. Amanda agarrou-se nele como um náufago.
“ Não tenho medo de você... Só nos conhecíamos por intermediários, o que falavam sobre nós... Pensava que era um monstro...! Mas é...”
“ Sim? “
Bebeu da luz daqueles faróis cor de esmeraldas que tremeluziam apaixonadamente. Umedeceu o lábio com a língua.
“ Lindo. Pelo inferno, eu amo você, Lord Voldemort. Não devia, mas amo... “
“ Por que não deve me amar, Amandita?” – Inquiriu, em tom que indicava mágoa.

Se eu fosse inteligente, correria para bem longe
mas não sou, acredito que vou ficar
que os céus proíbam
vou ter minha chance com um belo estranho


Amanda não respondeu. Então Tom Riddle achou que devia agir por ela. Agarrou-lhe a mão e a puxou para longe do salão que os observava incrédulo. Subiram as escadarias e seguiram rumo à última porta do corredor.
A árabe já sabia o que se seguiria, por isso derramou uma ou duas lágrimas de júbilo.

“ É isso o que realmente quer? “ – Voldemort disparou, entre imperativo e paciente.


Conhecer você é amar você
você está em todo lugar que vou
e todo mundo sabe
amar você é fazer parte de você
eu tenho pago por você com lágrimas
e engolido todo meu orgulho

“ Não pense que estou com medo... Não medo de você... Eu apenas...” – Suspirou – “ O que quer de mim?”
“ O mesmo que você. Ser maior, mais poderoso, dominar o mundo...! “ – Um rápido gesto, uma força os levara para dentro do quarto, a porta se trancou num estalo. Os olhos de Amanda ficaram vermelhos um instante, Voldemort pestanejou. De todo modo, não era bom menosprezá-la, era perigosa... Contraiu a boca estreita, que logo se abriu num sorriso encantador, Voldemort tomou-lhe um beijo de assalto, beijo úmido e morno, a língua enrodilhando-se na dela, apertando-a entre seus braços ansiosamente, agarrando o cabelo comprido e sedoso, aspirando-lhe o perfume na nuca aveludada que se arrepiava a seu toque...


Eu olhei para o rosto
meu coração estava dançando por todo lugar
eu gostaria de mudar meu ponto de vista
se eu simplesmente conseguisse esquecer você

Logo estavam na cama. Aquele que um dia se chamara Tom Riddle sobre ela, estalando-lhe os lábios nas pálpebras fechadas, nas faces, no queixo, no princípio da curva dos seios ainda cobertos...
Ele espraguejava em idioma ofídico, Amanda respondia em arrulhos amorosos na mesma linguagem.
“ Tire... Tire essa maldita roupa...”
Para despi-la não usou mágica. Com as mãos furiosas rasgou a blusa, arrancou os botões, expondo o soutien que Amanda cobriu com os antebraços, corada e pudica. Ele apenas pestanejou e o que restava das roupas de Amanda voou para longe. Amanda também utilizava esse método, piscava e removia objetos. A vontade de medir forças sobrepujou o pudor. Assoprou levemente a nuca do homem, no gesto, as vestes escuras deslizaram expondo toda a pele branca. Agora selvagem, mordeu-lhe os ombros, o pescoço. Amanda sentiu algo túrgido roçando-lhe o umbigo. Sabia o que era, implorou que fizesse. Sem avisar, Voldemort arremeteu com fúria, Amanda gritou, cravou as unhas nas gostas do homem, a raiva que sentiu dele os fez levitar acima da cama em desordem, ela comprimiu o corpo de modo que ele sentisse dor.
“ Desgraçada ! “ – Aferiu novamente, ainda mais brutal, Amanda sangrou quando ele finalmente conquistou sua castidade. Os olhos oblíquos avermelharam-se e se estreitaram mais, mas Voldemort a imobilizou num segundo e preencheu-a por completo. A dor se tornou agradável, a árabe suspirou e deixou-o mover os quadris rapidamente. Tom achou-a estreita, gemeu de prazer. Amanda aquiesceu, quis senti-lo nos braços, estreitou-o bem junto a si.


Eu tenho pago por você com lágrimas
e engolido todo meu orgulho

Quando a bruxa despertou – não sabia dizer quanto tempo depois – Voldemort ainda estava a seu lado, a mão no queixo, a admirando quieto. Amanda também o encarou em silêncio. Então o homem que um dia fora Thomas Riddle ondulou os dedos no ar, executando um pequeno feitiço que a limpou dos vestígios do embate sexual.

Eu olhei em seus olhos
e meu mundo desmoronou
você é um demônio disfarçado
por isso, estou cantando esta canção


“ Como assim, me unir a você, Voldemort? “ – As palavras ecoavam no quarto de paredes verde escuras, as cortinas de veludo negro pareciam poder escutar. “Me propõe casamento, é isso?”
Ele sorriu. Incrível como parecia humano quando seu belo rosto se abria num sorriso sincero...!

“ Mais do que isso. Eu quero... Que nossos poderes se unam. Seremos soberanos, invencíveis. Aquele moleque desprezível... “ – Rosnou, num esgar de nojo e raiva. – “ Você não teria se deitado comigo se visse no que ele me transformou... Ainda bem que agora posso estar nessa forma...”

Amanda tinha outros interesses. Sim, não era um anjo. Mas se já matara, fora por legítima defesa.

“ Não quero ter inimigos. Prefiro que sejam meus aliados... Que me sirvam...”

Lord Voldemort ergueu a mão grande e larga, que fez espalmar na mão longa de dedos finos da amante.

“ Ainda é muito jovem. O tempo dirá... Seus valores vão mudar. Você verá como o poder muda a visão do mundo... Quando sentir o gosto, não irá querer outra coisa. “ – Afirmou, malicioso, numa risadinha marota. Amanda gemeu baixo.

“ Como quando provei de você... Não hei de querer outra coisa...”

“ Não. “ – Assentiu, agora sério. Moveu a mão rapidamente no ar, fez surgir outras roupas para a futura mulher.

“ Levante-se. “ – Murmurou, ao que ela obedeceu, muda.

Se eu fosse inteligente, correria para bem longe
mas não sou, acredito que vou ficar
que os céus proíbam
vou ter minha chance com um belo estranho


Era algo mais condizente com sua atual condição. Lord Voldemort desceu as escadarias segurando-lhe a mão macia. O longo colante cor de sangue, em causa sereia e minúsculas gotas de rubis realçava as formas curvilíneas da noiva do Lord das Trevas. A Mansão parou para vê-los desfilarem. Lucius Malfoy sentiu uma fisgada de mágoa. Pousando-lhe a mão na própria cintura, Narcissa soprou as palavras gelidamente:

“ Queria-a para seu filho ou para si? “ – Inquiriu, maldosa.

Malfoy abanou a cabeça como se houvesse tomado um choque. – “ Para Draco, claro ! Tudo os dois fedelhos fizeram foi se acariciarem como duas crianças. Ele devia a ter engravidado...” - Lamentou.

“ O Lord das Trevas nos mataria a todos...” – Obstou veementemente, girando devagar a taça de espumante.

“ Não se Amanda ficasse do nosso lado... Com o treinamento e as coisas certas a serem ditas, ela poderia ultrapassá-lo facilmente... Quem aos seis meses de idade atravessa paredes como se cortasse o ar e aos três anos de idade lê pensamentos sem treino algum e voa sem vassoura...? “ – Retorquiu o Comensal, pressuroso.

Mas os sonhos de Lucius não se realizariam de forma alguma. Dali a pouco Voldemort anunciaria seu casamento com Amanda. Encerrado o pequeno pronunciamento, tomou-lhe o rosto entre as mãos e a beijou devotamente.

Longe dali, o garoto chamado Harry Potter despertou de um sono agitado, com a cicatriz doendo mais do que nunca.

( Continua... )

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