Quase sem Querer - Legião



*p*- Draco! DRACOOO!!! – Snape gritava na sala de poções feito doido, tentando despertar Draco de seu transe.
*p*- S-sim, professor? Chamou-me? – Draco olhou para o professor, ainda meio atrapalhado das idéias.
*p*- COMO? Perguntou se estou a chamar-lhe? Estou gritando há séculos para ver se você me escuta, mas está difícil, não é mesmo senhor Malfoy? – Snape aproximou-se da mesa de Draco, abaixou-se e o encarou. – Está há semanas agindo dessa forma, senhor Malfoy... acho que deveria lhe dar uma semana de detenção, quem sabe isso não resolveria seu problema...
*p*- CALA A BOCA! Sai da minha frente! – Draco levantou-se, extremamente irritado, de sua mesa, e saiu da sala de Snape, deixando todos os alunos assustados, e se perguntando como teve coragem de fazer aquilo.
*p*- Se ousarem seguir o exemplo desse garoto, não terão a mesma sorte que ele teve... estou apenas dando um aviso... continuemos as aulas... – E então Snape pensou. – “Eu vou ter que falar com o pai desse garoto... Draco vai aprender a ter modos!”
*p*O garoto saiu daquela sala totalmente sem destino, sem saber o que deveria fazer para deixar de lado aquela angústia que há semanas o perseguia... mas era uma confusão diferente, que o deixava feliz e tranqüilo quando pensava nela... era aquela garota, da Grifinória, irmã do pobretão Weasley que o deixava daquela maneira... todos os garotos a olhavam, ela estava muito bonita, não era mais a menina miudinha e tímida que sempre fora.
*p*E era exatamente a concorrência que o fazia ter vontade de conquistá-la... mas ela era grifinória, e ainda era irmã de Rony... o que fazer? E... bem, sendo ele um Malfoy, certamente seria ainda mais difícil... quando ela chegava perto, sentia vontade de ofendê-la também... eram misturas de sentimentos e não sabia como controlá-los.

*p**i*Tenho andado distraído

*p*Impaciente e indeciso

*p*E ainda estou confuso

*p*Só que agora é diferente

*p*Estou tão tranqüilo e tão contente*/i*

*p*Quando percebeu, seus pés o haviam levado até os Jardins, um lugar tranqüilo e perfeito para pensar. Mas era difícil pensar quando não conseguia tirá-la do pensamento... e Draco andava pelos Jardins sem rumo, chutando algumas pedras e olhando para algum ponto acima do grande lago que separava Hogwarts de Hogsmeade. E então acabou esbarrando em alguém. Caiu com tudo no chão.
*p*- Ah... – A garota juntou seus livros do chão. – Perdoe-me... não o vi... – A garota possuía cabelos flamejantes... era mais que óbvio.
*p*- Virgínia Weasley? – Draco levantou-se do chão. – Você, além de pobre, é cega também? Não olha por onde anda? – Ao invés de Draco falar tudo o que sentia àquela garota, seguiu seu instinto agressor.
*p*- Ah, mas eu não tenho sorte mesmo... esbarrar em você, Malfoy? Que porcaria! E se quer saber mesmo, eu só enxergo coisas que tenham algum valor, não enxergo seres insignificantes como você! – A caçula Weasley saiu pisando duro.
*p*- Pelo menos eu não sou uma garota ridícula, que pensa ser mais do que não é! – Draco gritou, e as palavras bateram contra Gina de uma forma muito dolorosa.
*p*- Nossa, Draco! Está melhorando cada vez mais em relação às suas ofensas aos Weasley. Gostei... provou ser realmente infalível! – Pansy, que estava de passagem, assistiu à cena, e elogiou o amigo. Logo após, sumiu castelo adentro.
*p*E então Draco recomeçou a caminhar entre as árvores do Jardim do castelo. E pensando em como fora duro com Virgínia, uma garota linda na sua essência, porém pobre.
*p*“- Mais uma chance de aproximação desperdicei... quando eu irei entender que eu não preciso provar nada pra ninguém, que eu não preciso ser o que eu não sou?”

*p**i*Quantas chances desperdicei

*p*Quando o que eu mais queria

*p*Era provar pra todo mundo

*p*Que eu não precisava

*p*Provar nada pra ninguém*/i*

*p*Mais um dia passou, e Ginny vagava pelo castelo, sem rumo, sentindo vontade de ficar sozinha, de pensar sobre sua vida. Não sabia desde quando estava daquele jeito, mas deduzia que fosse por causa de Malfoy. Depois do que ele falou, começou a refletir se tudo o que ouvira era verdade. Será que realmente achava ser mais do que era? Será que ela deveria voltar de onde veio, voltar a ser a menininha tímida e miúda, que ouvia tudo calada?
*p*Ela então passou a se sentir menor do que os outros, e tudo por causa dele... chorava sem parar. E o pior era que fazia tempos que sentia algo diferente quando o via, algo parecido com o que algum dia pensou sentir por Harry: amor. Não conseguia ainda acreditar que gostava de Draco Malfoy, mas era pior se enganar. Queria que Draco lhe surgisse em sua frente naquele momento, e retirasse tudo o que havia dito a ela, queria que ele a reconstruísse, a fortalecesse...
*p*Tentava achar explicações, entender o porquê de sempre amar alguém que a despreza totalmente... primeiro Harry, que mesmo ela aparecendo pintada de ouro em sua frente não a notaria... e agora Draco, que a xinga toda vez que a vê... mas não podia compreender o coração... não podia.

*p**i*Me fiz em mil pedaços

*p*Pra você juntar

*p*E eu queria sempre achar explicação

*p*Pro que eu sentia*/i*

*p*Draco a viu de relance no castelo no primeiro ano dela na escola. E logo reconheceu que ela era uma pobretona Weasley... os cabelos de fogo denunciavam tudo, e ainda deduzia que ela fosse insuportável como o irmão. E olhando-a agora, viu que não podia ter se enganado tanto: era doce, meiga, e linda... não entendia o porquê de querer ofendê-la, mas agora o que fazer?
*p*“- Por que se enganar, Malfoy? Você a ama, não percebe?” – Draco pensou.
*p*Mas não devia amá-la, devia esquecê-la... ela o odiava mesmo, não havia muito o que fazer. Pouco sabia ele que estava enganado. Agia feito uma criança, que achava entender tudo, antes de conhecê-la... e agora havia mudado, pois não sabia o que fazer... entendeu agora que não era o dono da verdade... não poderia saber tudo.


*p**i*Como um anjo tão lindo

*p*Fiz questão de esquecer

*p*E mentir pra si mesmo

*p*É sempre a pior mentira

*p*Mas não sou mais tão criança

*p*A ponto de saber tudo*/i*

*p*“- Vou falar com ele!” – Gina pensou, e já o procurava pelo castelo. – “Ele precisa saber, não consigo mais guardar isso comigo!”
*p*Draco a observava no castelo, quando viu ela se mover rapidamente, como que procurando algo... a viu chorar, ali, sozinha, e sabia que era por sua causa. Partiu para os Jardins, atrás dela, pois deduzia que ela o procurava. Encostou-se em uma árvore, esperando que ela o localizasse.
*p*- Malfoy? – Ela o encarou. Seu rosto possuía aflição, talvez medo de ser rejeitada.
*p*- Virgínia? – Draco levantou os olhos e a olhou profundamente. – Eu sei o que você quer me dizer.
*p*- Mas como? Ninguém consegue entender o que se passa em meu interior, ninguém me vê... como você sabe? – Gina possuía agora um olhar confuso.
*p*- Eu gostaria de entender... mas me fale... – Draco aguardava ansioso, as palavras da ruiva.
*p*- Eu... eu queria que você entendesse que... que eu te amo... eu sei que você vai rir de mim agora, mas... – Virgínia abaixou os olhos.
*p*- Eu te amo também... e não sei por que... mas não me preocupo... muito pouca gente olha pra mim e acredita que eu possa amar alguém... mas eu vejo isso em mim, e é o que me interessa nesse instante...
*p*- Eu vejo isso em você, Draco... vejo nesse momento... vejo o mesmo que você! – E num ato sem pensar, Gina o abraçou. – Foi quase sem querer que eu comecei a te amar...
*p**i*Já não me preocupo se eu não sei por que

*p*Às vezes o que eu vejo

*p*Quase ninguém vê

*p*Eu sei que você sabe

*p*Quase sem querer

*p*Que eu vejo o mesmo que você*/i*

*p*Draco olhou para os olhos de Gina e viu o quanto eram verdadeiros os sentimentos escondidos neles... não queria mais magoá-la... ela não merecia tudo isso, mas Draco não sabia o que fazer, não sabia se pedia para namorá-la, ou se a deixava... tinha medo de tudo, de todos, de seus pais... era tudo muito confuso...
*p*Já era noite e os dois nem haviam percebido... Draco, abraçado com Gina, olhou o céu, e, como nunca havia percebido na sua vida, o achou muito bonito... nunca havia parado para olhar o céu... na sua vida aprendeu sempre a valorizar coisas que não possuíam valor nenhum comparado a outras coisas da vida...
*p*- Eu não quis te magoar, Gina... desculpe por ontem... – Draco a olhou com ternura.
*p*- Draco, hoje você já falou isso muitas vezes... eu te desculpo... não tem problema.
*p*- Sei que usei palavras repetidas, mas existem algumas palavras que preciso aprender a dizer... como pedir desculpas...
*p*- Afinal, quais são as palavras que nunca são ditas? – Gina fez um carinho nos cabelos de Draco.

*p**i*Tão correto e tão bonito

*p*O infinito é realmente

*p*Um dos deuses mais lindos

*p*Sei que às vezes uso

*p*Palavras repetidas

*p*Mas quais são as palavras

*p*Que nunca são ditas*/i*


*p*- Quando te vi chorando, hoje... me senti muito culpado... senti meu coração dar um salto, como querendo ir onde você estava, para te consolar, te pedir desculpas...
*p*- Eu sei que você está com peso na consciência, mas já passou Draco, entenda isso! Eu já te desculpei, iniciamos agora uma nova era!
*p*- Talvez se eu não tivesse te visto chorando, a gente não estivesse junto... porque quando te vi assim tão triste, percebi o quanto eu te queria... se Pansy não tivesse me dito que você estava chorando, talvez eu não percebesse que você gostava de mim, e não fosse à sua procura... foi por isso que percebi o quanto eu te quero...


*p**i*Me disseram que você

*p*Estava chorando

*p*E foi então que eu percebi

*p*Como lhe quero tanto*/i*

*p*- Eu não me preocupo em saber o por que de te amar, e nem me preocupo com o meu irmão, que com certeza não vai concordar com nós dois porque não viu em você o que eu vi... eu vi sentimento em seu interior, um sentimento adormecido, que eu despertei! Eu vi o que quase ninguém viu... mas você não acha que está faltando você me dizer alguma coisa?
*p*- Sim... eu estava pensando o tempo todo nisso... você quer namorar comigo, Virgínia? – Draco a beijou com ternura e amor, e a olhou no fundo de seus olhos azuis.
*p*- Eu quero o mesmo que você, Draco. – Gina o beijou, e assim selaram o compromisso que o destino sempre quis... unir duas pessoas tão diferentes na sua essência, mas que se amam de verdade.

*p**i*Já não me preocupo se eu não sei por que

*p*Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê

*p*Eu sei que você sabe

*p*Quase sem querer

*p*Que eu quero o mesmo que você*/i*


*p**b*Coments da autora:*/b* Bem, para escrever essa song eu não estava muito inspirada... desculpem se não agradei. Mas espero que vocês comentem e me dêem opinião, ou peçam alguma música para fazer alguma song... se eu conhecer a música, farei. Agora darei um tempo nas songfics, porque vou fazer a continuação de Unidos pelo Destino, minha outra fic(Leiam e comentem tb!), a Unidos pelo Destino 2. Mas em breve estarei de volta às songfics. Beijos, aguardem, e comentem! Até!

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