A resposta da Deusa



Sofie abriu os olhos e percebeu que havia dormido a tarde inteira. Acendeu o abajur e havia uma coruja muito negra de olhos igualmente negros em sua penteadeira. Aproximou-se e percebeu que havia um pedaço de pergaminho em sua pata. Retirou-o e logo que o fez a coruja saiu pela janela.

Francesinha,

O que você esta fazendo? Já estou com saudade, mas nem mesmo sei onde é o seu quarto! Mas você sabe onde é o meu... Porque não vem me visitar?

Muitos beijos

Sirius “apaixonado” Black.


Ela sorriu e guardou o pergaminho numa gaveta de sua escrivaninha. Resolveu arrumar-se para o jantar. Tomou banho e como estava muito quente vestiu um vestido branco e leve com sandálias rasteiras também brancas. Quando estava penteando os longos cabelos ouviu três batidas na parede direita de seu quarto. Levantou-se e acariciou uma das flores do papel de parede do quarto. Uma passagem imediatamente se abriu.

- Pensei que você fosse dormir até amanhã! – Disse Lily sorrindo enquanto entrava no quarto da amiga.

- Non sei o que aconteceu! Simplesmant adorrmeci. – Disse Sofie voltando a se pentear. – Sirrius me mandou uma corruja.

- Tiago também me mandou uma... – Disse Lily corando. – Sofie, você tem sonhos com o Sirius?

- Sonhos? Clarro! Semprre tenho sonhos com elle! É norrmal quando se esta apaixonada...

- Não este tipo de sonhos... Sonhos... – Lily corou ainda mais e engasgou. – Sensuais sabe?

- Non me diga que anda sonhando com Tiago, Lily! Vocês mal começarram a namorrar! – Disse Sofie divertida.

- Eu sei! Mas estes sonhos vem desde antes de começarmos a namorar... Desde que nós nos beijamos aquele dia no Salão Comunal... – Disse Lily parando de corar e resolvendo que precisava desabafar.

- Mas isso é norrmal Lily! Tiago é lindo... E também, vocês se amam. – Disse Sofie tentando acalmar a amiga.

- E ele também não ajuda muito sabe? – Disse Lily com um pequeno sorriso maroto no rosto. – Ele me provoca e faz com que cada beijo seja mais e mais sensual.

Ouviram três batidas na parede esquerda do quarto de Sofie. A francesa foi até ela e acariciou uma das flores do papel de parede. Uma passagem se abriu e Lana entrou por ela.

- Ouvi a voz de vocês e resolvi vir aqui também... O que estavam conversando? – perguntou Lana sentando-se ao lado de Lily.

- Lily anda tendo sonhos sensuais com Tiago... – Disse Sofie sorrindo e piscando para as duas.

- Mas isso é realmente inesperado! E como são os sonhos? – perguntou Lana interessada.

- Para Lana, não me venha com perguntas indiscretas! – Disse Lily se levantando. – E vamos descer? Não agüento mais ficar presa em um quarto... Preciso de um pouco de ar.

- Vamos sim! O jantarr já deve estarr prronto. – Disse Sofie abrindo a porta. – Vamos passarr no quarrto dos garrotos parra chama-los também.

Elas seguiram pelo corredor. Lana foi logo para o quarto e Remo e Sofie e Lily bateram na porta do quarto de Tiago. Ninguém atendeu e não havia indícios de que alguém estivesse ali dentro.

- Remo não esta no quarto... – Disse Lana saindo do quarto do namorado.

- Aposto que eston do quarrto de Sirrius. – Disse Sofie batendo na porta do quarto de Almofadinhas. Uma cabeça de cabelos negros e desgrenhados surgiu na porta.

- Olá meninas! – Disse Tiago com um sorriso encantador. – Almofadinhas, você tem visita, a francesinha esta aqui. – Disse Tiago saindo do quarto e abraçando Lily, levantando-a no colo. – Remo também tem visita...

- Saiam do meu quarto vocês dois então! Quero um pouco de privacidade aqui. – Disse Sirius surgindo na porta e sorrindo abertamente. Estava lindo. Seus cabelos molhados e desarrumados. Vestia uma calça branca e larga e blusa verde da cor dos olhos de Sofie. A francesa sorriu com olhar insinuante.

- Vamos descerr? O jantarr já dev estarr prronto! – Disse Sofie sem tirar os olhos de Sirius, travavam uma luta de olhares muito interessante no momento.

- Vamos sim, ora Sirius saia da frente, você não quer que eu saia do seu quarto? – Disse Remo, mas não foi obedecido. Empurrou então o amigo que se desequilibrou e se segurou na parede, levando junto Sofie. Os dois estavam numa situação não muito confortável. Ele a prensava na parede e ela apoiava as mãos no tórax dele. Suas respirações estavam no mesmo compasso e um beijo parecia inevitável. Ou quase...

- Cuidado Sirius, ela pode te deixar louco cara... Há sim, é claro... Esqueci que isso já aconteceu... – Disse Tiago cinicamente. – Vamos descer logo, disse puxando Sirius que mesmo assim não conseguia parar de olhar no fundo dos olhos de Sofie.

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O jantar corria bem e todos conversavam animadamente. Sempre que os olhos de Sirius e Sofie se cruzavam na mesa, os dois ficavam por algum tempo se encarando, o que não passou despercebido por todos os presentes.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Hélio sem demonstrar preocupação e sem direcionar a pergunta a ninguém.

- Nada papa! – Disse Sofie sorrindo.

- Se você quiser ir hoje até o corredor da família tem a minha permissão. – Disse o pai casualmente.

- Muito obrrigado... – Disse Sofie tentando não prolongar a conversa.

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O jantar terminou e todos foram para o jardim. Fazia uma noite agradável e fresca e o céu estava muito estrelado.

- Sirrius... Posso falarr com você em parrticularr? – Perguntou Sofie segurando a mão dele e falando em seu ouvido.

- Loirinha, se você fizer isso de novo nós não vamos ficar só na conversa... – Disse Sirius que se arrepiou com a respiração quente da Sofie em seu pescoço.

- Orra Sirrius... – Disse ela sorrindo. – Infelizmant o assunto é um pouco sérrio. Você acha que esta prronto parra descobrrirr se é o descendente de Arres?

- Se for para finalmente poder te beijar e te ter só para mim eu estou pronto até pra guerra... – Disse ele beijando suavemente a mão que ainda segurava, enquanto se encaminhavam para dentro de casa novamente.

- Enton nós vamos perrguntarr parra ela, parra Afrodite. – Disse Sofie parando ao pé da escada que dava acesso ao segundo andar da casa, porém não a mesma que eles haviam subido para ir para seus quartos. Esta ficava em frente à outra.

- Mas como? – Perguntou Sirius muito interessado no assunto, porém receoso.

- O corredor da família. – Disse Sofie descendo uma escada que se escondia atrás da escada em que eles estavam ao pé. Era realmente um corredor. Todo iluminado com tochas douradas de chamas azuladas. Vários quadros de antepassados de Sofie se moviam e olhavam para o casal enquanto estes caminhavam pelo corredor e esculturas espalhavam-se pelo corredor, que parecia não ter fim.

- Ela esta aqui? Tem um quadro dela aqui? – Perguntou Sirius achando que já havia entendido.

- Non. Quando eu nasci meu papa teve uma visão. Na verrdade ele foi trransporrtado parra o Olimpo, onde vivem os Deuses, e lá Afrodite lhe explicou que ele havia acabado de rreceber a descendente dela para crriar e amarr. Disse que dependia dele o sucesso da minha crriação. Disse que eu somente poderria me envolverr com um homem em toda a minha vida, e este serria meu destinado. Serria o Descendente de Ares, o único Deus que ela rrealmente amou. Enton meu papa perrguntou parra ela como eu saberria quem erra o meu destinado. E ela lhe entrregou isso. – Sofie mostrou um espelho para Sirius. Era oval e mostrava todo o corpo. Suas bordas eram de ouro e cravejadas de pedras preciosas, principalmente Jades. Nunhuma figura estava espelhada nele, mesmo os dois estando à frente do mesmo. – Atrravés deste espelho eu posso me comunicarr com ela. Mas somente uma vez em toda a minha vida posso fazerr isso.

- Então se eu não for o descendente de Ares, você não terá a chance de saber se outro pode ser? – perguntou Sirius impressionado e ao mesmo tempo hesitante.

- Exato. Mas eu querro saberr se é você. Porr que se non forr non faço queston de que seja mais ninguém. – Disse Sofie com lagrimas nos olhos. Sirius a abraçou e apertou sua mão, lhe beijando a testa. Sofie olhou para o espelho e disse em Francês. - Vous que l'élasticité je toute la puissance et toute la beauté, Afrodite me donnent une plus de chose, me donnez une réponse. (N/A: Tradução – Você que me deu todo o poder e toda a beleza, Afrodite me conceda mais uma coisa, me conceda uma resposta.).

A imagem de Sofie se espelhou no grande espelho, mas logo Sirius percebeu que não era Sofie. Os traços do rosto eram mais adultos e as roupas também eram diferentes. Era uma túnica muito parecida com a que Sofie havia usado no baile. Os cabelos estavam a voar.

- Tendes certeza de que é dada a hora? – Perguntou Afrodite de dentro do espelho.

- Sim minha Deusa. – Disse Sofie dando um passo à frente. – Quero-te fazer uma pergunta. – A voz de Sofie saia sem sotaque e ela parecia estar envolta por luz rosa.

- Pois a faça e saiba que nunca mais ouvirá minha voz. – Disse a Deusa.

- Quero saber se este homem, este que amo e quero para mim, se é ele o meu destinado. Se ele é o descendente do seu eterno amado Ares. – Perguntou Sofie ainda sem sotaque. Sirius olhava impressionado para a cena. Mesmo tendo nascido no meio da magia nunca havia visto aquilo, era impressionante.

- Vejo que a beleza é digna, e que o caráter é tanto quanto. Tende o sangue da Grécia belo homem? – Perguntou Afrodite olhando fixamente para Sirius.

- Não. – Respondeu simplesmente Sirius.

- Tende a vontade da justiça e a capacidade do poder? – Perguntou mais uma vez Afrodite.

- Sim. Mesmo que um dia morra por meus intuitos. – Respondeu Sirius sem saber direito de onde vinham as respostas.

- Amas minha descendente como a sua própria vida e dela imagina que lhe nasçam filhos de beleza e poder incomparáveis? – Perguntou a Deusa sorrindo.

- Desde que assim seja querido por ti e por Ares. – Respondeu Sirius falando como se não tivesse poder sobre sua própria voz.

- Então és digno e és tu. Somente lhes digo que não será fácil e que todo o Olimpio conspira contra vós, assim como contra a família que um dia poderão formar. Será uma luta constante e vós nascerá o medo e o terror. Mas também aquele que espalha o amor entre os homens. Se nada disso acontecer dos amigos que lhe amam, e por eles e graças a eles, a desgraça e salvação serão expostas ao mundo durante longos vinte anos.

A imagem do espelho se desfez e Sofie caiu desmaiada no chão de pedra. Sirius correu a ampará-la, mas também sentiu suas pernas falharem. Os olhos pesaram e ele conseguiu somente ver uma corrente dourada em sua mão antes de desfalecer.


N/A: Olá gente! Viagem ou imaginação muito fértil? Acho que não é nada disso...rs

Espero que estejam gostando e não abandonem esta pobre autora... E continuem comentando é claro... Bjokas.

Wynna - Prometem mesmo... Mal começaram e já viu o que já ta rolando né? rs Quanto aos pais da Sofie... Bom, se eles te adotarem eu vou junto ok:? heuehue Obrigada pelos elogios e até o prox capitulo.

Pamela _Wesley_Potter_Evans - Pois é... Este eu demorei um pouco mais, mas antes tarde do que nunca...rs Que bom que vc gostou de conhecer mais um pouco dos personagens... Agora a fic vai ficar romantica com uma pitada de aventura, humor e até mesmo... Um pouco mais sensual..rs Bjokas e até...

Bjokas a tds e coments plz... Bye and see u long

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