Garrafas de Firewhisky e uma P

Garrafas de Firewhisky e uma P



Cap. 27 – Garrafas de Firewhisky e uma Partida

Pansy, após a partida de Gina, voltou a se sentar no sofá, ainda sentia dores em todo o corpo.
- Fibby! – chamou a elfa, que apareceu rapidamente na sala. – A Gina já foi, eu vou tomar um banho e vou descansar. Por favor, me faça um chá...
A elfa fez uma de suas reverencias exageradas e saiu da sala. Pansy se levantou e quando olhou de relance para a poltrona viu um pouco de sangue. Limpou imediatamente, Draco não podia saber da pequena visita que ela recebera. E então subiu para o quarto. Tomou um longo banho na banheira, estava exausta e mesmo assim muito pensativa. Logo, receberia uma carta de Harry dizendo qual seria o plano. Estava aflita, mas independente do que acontecesse ela queria estar presente no fim de tudo. Queria poder participar e ver o fim Dele, apesar de tudo ela ansiava por esse momento. E alem de tudo, ela queria enfrentar Bellatrix frente a frente. Aquela seria a hora de resolver as diferenças delas.
Draco depois de estar em muitos lugares voltou para a casa. Aparatou no hall de entrada, onde Fibby passava com uma bandeja com uma xícara.
- Fibby? – a elfa tomou um susto. – Pansy está em casa?
- Sim senhor, ela está no banho e pediu que eu levasse isso para ela.
- Me de a bandeja, eu levo até ela. – Draco pediu estendendo a mão.
Fibby deu para o loiro a bandeja.
- Ela chegou há muito tempo?
- Mais ou menos... – a elfa disse olhando para o chão.
- Volte aos seus afazeres...
Fibby saiu rapidamente e Draco começou a subir as escadas em direção ao quarto. Ao chegar no segundo andar, ouviu um barulho estranho. O que Pansy estaria fazendo? Ele caminhou devagar até a porta entre aberta e a abriu receoso...
Pansy saiu do banho decidida, iria passar a semana na casa dos pais. Precisava espairecer a cabeça, se esquecer um pouco daquilo tudo, ao chegar na Mansão dos Parkinson, mandaria uma carta a Harry dizendo que estava na casa dos pais. Ao sair do banho se trocou, colocou um vestido verde escuro, quase preto e começou a fazer as malas. Colocou algumas roupas, se pudesse iria para a casa dos pais antes que Draco chegasse.
Estava voltando do closet com o ultimo vestido que colocaria na mala, quando viu a porta, que estava entreaberta se abrir pensou que fosse Fibby com o chá, mas era Draco. Ele olhou para ela, com um vestido na mão, a mala em cima da cama.
- Para onde você vai? – Foi a única coisa que conseguiu dizer no momento.
- Para a casa dos meus pais... – Pansy disse colocando o ultimo vestido na mala e a fechando.
Draco entrou no quarto e caminhou com a bandeja até a pequena mesa perto da janela.
- Posso saber o motivo? – perguntou se sentando.
Pansy se apoiou na mala, respirou fundo e se virou para o marido.
- Draco você acha que pra mim foi bem agradável receber um crucio de Lorde Voldemort nas condições que estou não é mesmo?
- Você foi procurar sarna pra se coçar! – Draco disse displicente.
Pansy o olhou descrente.
- O que fizeram com você?
- Como assim? – ele perguntou.
- Como assim, Draco? Que parte do crucio do Lorde Voldemort nas condições que eu estou você não entendeu? – ela perguntou descrente que ele estava encarando tudo tão bem desse jeito.
Draco bufou.
- Pansy você deveria saber as conseqüências se você fosse até lá!
- Draco o que fizeram com você? Por que você está agindo desse jeito! – Pansy disse quase gritando.
- Depois de rodar Londres atrás de você e não te achar eu comecei a pensar na burrada que você fez! – ele disse alterando um pouco a voz.
- O que você deve ter rodado foram garrafas de Firewhisky não é? – Pansy disse cruzando os braços e olhando furiosa para ele.
- Pansy não tente ter razão agora! – ele disse se levantando. – Você sabe que você estava errada indo até lá.
Pansy riu forçadamente. Abriu a boca para falar, mas achou melhor ficar quieta. Aproximou-se da mesa e pegou a xícara, tomou dois goles. E Draco tentou abraçar ela. Que deu dois passos para trás.
- Não chega perto de mim, por favor! – disse afastando ele com o braço.
- Pansy...
- Draco, tem certas coisas que a gente demora a perceber... – ela pensou não podia falar nada que fosse se arrepender. - Mas algo que eu não demoro a perceber é a sua bebedeira e muito menos quando você chega perto de mim com esse bafo! – Pansy disse nervosa.
- Você está me enchendo Pansy, vai logo pra casa dos seus pais!
Pansy saiu de perto dele, pegou a mala com a xícara ainda em mãos, ia deixar na cozinha então caminhou até a porta.
- Tome mais cuidado ao fazer as suas idiotices!
Ela virou, mas não para responder ao que Draco havia falado, ela virou para tomar impulso e poder jogar a xícara nele. Errou por alguns centímetros, afinal nem mirou e estava nervosa de mais para isso. A xícara se despedaçou na parece atrás de Draco. Ele olhou para ela furioso e foi até caminhando até ela. Pansy sabia que ele faria algo que se arrependeria depois. Mostrou o dedo do meio para ele e disse um `idiota` de boca cheia e então aparatou na casa dos pais.
“Já temos um plano. Iremos atacar e precisamos de você. E você sabe muito bem o motivo, não acho seguro te contar o que realmente irá acontecer por aqui. Será que dá pra gente se encontrar? Vamos a um bar, que tal o Pernas de Lagartixa no Beco Diagonal? Não é um lugar muito movimentado, será melhor... Hoje é quarta... que tal amanhã no fim da tarde, umas cinco horas? Caso não você não possa ir me mande um recado!”
Pansy caminhava em direção ao Pernas de Lagartixa com o bilhete em mãos, ela não conhecia muito bem o local, mas Harry havia colocado um pequeno mapa para ela. Acertou de primeira e ao chegar ele, que não tinha uma aparência das melhores já esperava por ela. Ela entrou e se sentou junto dele numa parte bem reservada do local.
- Então me conte...
Harry sacou sua varinha e apontou para o local e disse:
- Abaffiato!
- Pra que serve o feitiço? – Pansy perguntou curiosa, vendo que nada havia mudado no local.
- Se alguém tentar nos ouvir, não irá conseguir...
Pansy sorriu.
- Então, me conte o plano.
- Bem é simples, não há muito o que arquitetar... Mas estamos pretendendo atacar no sábado enquanto ainda tenho forças. Iremos aparatar em qualquer lugar em Little Hangleton...
- Vocês quem? – Pansy perguntou.
- Aurores... – Harry respondeu serio. – Pelo que você disse quanto aos comensais, serão no mínimo uns 30 aurores.
- Boa quantidade, tenta reservar alguns para atacarem por trás! – Pansy disse elementar.
Harry concordou com a idéia.
- Bom depois que aparatarmos lá, será tudo como tem que ser...
- Ótimo, sábado à noite acredito... – Pansy disse
- Sem duvidas... Será que poderemos ir até a sua casa, para lhe buscar...
- Bem, eu ainda estou na casa dos meus pais, mas talvez eu volte para casa sábado.
- Então você volta no sábado? – Harry perguntou.
- É, caso eu não volte, te aviso.
- Ótimo... – Harry tomou a mão de Pansy, por uma segunda vez (havia o feito quando pela primeira vez quando pediu para Pansy mudar de lado). – Pansy, saiba que você está sendo de grande ajuda nessa guerra, jamais imaginei uma ajuda vinda de sua parte, mas você me surpreendeu.
Pansy sorriu envergonhada. E então se levantou, não queria falar sobre aquele assunto.
- Vou indo, tenho que estar antes das sete em casa...
Harry sorriu.
- Claro você quer que te acompanhe? – Harry perguntou se levantando.
- Não precisa...
- E pra quando será a criança?
- Daqui a menos de um mês!
- Que seja uma criança saudável...
Pansy sorriu agradecida e então deixou o bar sem dizer nada. Aparatou em sua casa, na sala e subiu para o quarto, ninguém havia a visto.
Entrou no quarto. Estava sedenta por uma bebida, e sabia muito bem onde tinha. Em seu quarto à sua direita tinha sua cama e na esquerda uma cômoda e no chão um tapete de peles. Pansy o levantou, tinha um pequeno alçapão, ela o abriu. Tinham algumas garrafas empoeiradas.
- Exatamente onde eu deixei vocês! – Ela disse pegando uma garrafa de Firewhisky.
Fechou o pequeno alçapão, colocou o tapete no lugar e então foi para o banheiro e no caminho trancou a porta com a varinha.
Tomou um longo banho, adorava tomar banhos de banheira, a acalmava, ainda mais bebendo. Quando saiu do banheiro, ainda tinha um pouco menos de meia garrafa, colocou um roupão e uma toalha no cabelo. Saiu do banheiro, caminhou até o quarto e parou em uma cômoda, que ficava de frente para a cama. Estava escolhendo uma roupa quando ouviu um `crac`. Olhou para trás e lá estava seu marido, parado ao lado da cama, ela apenas continuou a fazer o que estava fazendo, procurar uma roupa. Deu um grande gole na bebida e Draco se sentou na cama.
- Bebendo? – Ele perguntou.
- É o que parece! – Pansy respondeu seca.
- Calma, não precisa vir com um pau na mão...
- Estou agindo como um conhecido meu! – ela respondeu fechando a gaveta da cômoda, não havia achado a roupa que queria e se sentou em uma poltrona perto da janela.
- Me desculpe... – Draco disse parecendo envergonhado. – Eu sei que eu exagerei naquele dia.
- E como exagerou... – Pansy disse séria.
- Você anda muito irônica, o que está acontecendo?
- Nada... Fale logo, o que você veio fazer aqui? – Pansy disse com uma pontada de impaciência.
Draco se levantou e caminhou até ela e se ajoelhou ao lado da poltrona.
- Volta pra casa! Lá é tão sem graça sem você... – ele disse fazendo bico.
- Não sei Draco, saiba que eu estou aproveitando muito a minha estadia aqui na casa dos meus pais...
- Sinto sua falta... De você deitada ao meu lado, do seu barrigão, de tudo Pansy.... Volta pra casa vai... Sei que fui um idiota...
- E muito...
- E que falei coisas que não devia...
- E como...
- Mas eu estou arrependido... Volta pra nossa casa, volta pra mim!
Pansy desviou o olhar dele, apesar dos pesares ela amava muito Draco e queria muito voltar para casa, só estava esperando uma atitude da parte dele. Estava fazendo um pouco de suspense, mas ela voltaria. Olhou para ele novamente, passou a mão no cabelo dele e em seu rosto. Depois colocou a mão no queixo dele e o puxou, se beijaram.
- Você volta? – ele perguntou ao se separarem.
- Claro Draco... Mas pode ser amanhã? Estou exausta...
Acabaram dormindo na Mansão dos Parkinson e voltaram para a própria casa no outro dia após o café. Saíram durante à tarde, foram comprar mais coisas para a criança, os detalhes finais. Jantaram no Beco Diagonal e voltaram para casa, Pansy tomou um banho e depois Draco, se deitaram na cama e dormiram.
Pansy acabou acordando no meio da noite por causa da barriga, estava a incomodando um pouco. Tentou, mas não conseguiu dormir, acabou se levantando e indo até o quarto do bebe. Era todo em perola, afinal eles não sabia o sexo, tinha um berço cômoda, roupinhas, bichinhos, uma poltrona para Pansy tudo o que eles precisariam. Pansy tirou o ursinho da poltrona e se sentou nela, tudo cheirava novo. Ficou acariciando o bichinho e pensando que tudo mudaria dali algumas semanas. Tudo mudaria e isso era totalmente inevitável.
Ela sentiu uma dor no braço esquerdo, depois que havia se distanciado Dele a dor diminuira um pouco. Não demorou muito e Draco entrou no quarto, pela porta entre aberta.
- Tenta voltar logo! – Pansy disse olhando para ele.
Ele sorriu, caminhou até ela e deu um beijo na testa dela. Depois saiu do quarto e aparatou na Mansão dos Riddle.
- Amanhã tudo vai ter o seu fim! – disse se levantando e colocando o ursinho no lugar dele. – Você não vai viver no meio de uma guerra, não se preocupe! – ela sussurrou carinhosamente para o filho.

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