Descobrindo Hogwarts



Capítulo 01 – Descobrindo Hogwarts

Lílian Evans era uma garotinha comum.Tinha estatura média para uma criança de 11 anos e passaria despercebida, não fossem seus intensos e brilhantes olhos verdes e cabelos cor-de-fogo.

Na semana anterior, havia recebido uma carta de aparencia oficial, em um papel amarelado selado com um emblema em forma de H e descobrira algo que nunca teria imaginado: era uma bruxa.É claro que algumas coisas estranhas aconteciam à sua volta (sua ADORADA irmã Petúnia dizia que ela era uma aberração), mas nunca imaginou ser convidada a estudar numa escola de magia.

O Sr. e a Sra. Evans ficaram extremamente orgulhosos(“Temos uma bruxa na Família!Não é maravilhoso?”), E agora ali estava ela, com um enorme malão no meio da estação de Londres entre as plataformas 9 e 10.Olhou mais uma vez para o bilhete e leu ”Expresso de Hogwarts, 1º de Setembro, 11 horas, Plataforma nove e meio”.

Quando começava a pensar que diabos de brincadeira sem graça era aquela,ouviu alguém às suas costas perguntar:

-Precisa de ajuda? - virou-se e deu de cara com um menino pouco mais alto que ela e de aparência cansada.Sentiu-se mais segura ao ver o malão que ele trazia consigo, o que indicava q também ia para Hogwarts.

-Sim, meus pais me deixaram a pouco e eu não consigo achar a plataforma nove e meia.Sabe onde fica?

-É claro! - disse ele sorrindo – Também é a primeira vez que vou à Hogwarts.Vi que tinha problemas quando a vi parada com um malão bem em frente a ela interrompendo a passagem. – a menina enrusbeceu e fez uma cara confusa – a plataforma fica depois dessa parede, entre a nove e a dez.Eu vou antes e você me segue, OK?

O garoto encostou-se discretamente na parede e sumiu, a atravessando.Lily fechou os olhos e repetiu o gesto.Ao abri-los, deparou-se com um imenso trem vermelho entitulado “Expresso de Hogwarts”.Viu que o garoto sorria ao seu lado, ao ver-lhe a expressão deslumbrada.

-Obrigada...ahm...Como é mesmo o seu nome?

-Desculpe, esqueci de me apresentar.Remo Lupin, mas pode me chamar de Remo se quiser – disse estendendo-lhe a mão, que foi prontamente apertada pela garota – e vc...

-Lílian Evans, mas pode me chamar de Lílian ou Lily.Vamos? – apontou o trem e ambos entraram.

A confusão la dentro era enorme.Alunos de todas as idades se expremiam e gritavam pelos corredores, cumprimentando amigos e conhecidos.Lily olhou para trás e, não avistando Remo, decidiu entrar em uma cabine praticamente vazia, exceto por uma menina morena que parecia ler.

-Posso me sentar aqui?

-É claro – disse a outra olhando para ela.Percebeu que a menina devia ter a sua idade e tinha olhos muito azuis.

-Prazer, Lílian Evans.Primeiro ano também?

-Sim – a menina respondeu timidamente. - Sou Ana Sullivan,mas pode me chamar de Ana.

E assim, as duas começaram uma animada conversa, com uma Ana menos tímida e uma Lily feliz por fazer uma nova amiga.Os lindos olhos verdes abriam-se cada vez mais à medida que a outra, filha de mãe bruxa e pai trouxa, lhe explicava diverssas coisas sobre o mundo bruxo.

-Então existem quatro casas em Hogwarts: Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina.

-E comos somos escolhidos?

-A minha mãe não quis me contar, mas uma vez ouvi ela dizer...

-ISSO NÃO É JUSTO!!!!!!!!!!!!!! - Ana foi interrompida e as duas se assustaram ao ouvir berros do lado de fora da cabine.Logo a porta foi escancarada dando passagem a uma linda menina de olhos castanho-claros.Ela parecia arfante quando perguntou, apontando o assento vago.

-Se importam?

Lily e Ana menearam a cabeça e a recém chegada se apresentou.

-Amanda Delacourt, prazer.Desculpem pelos berros, mas esses veteranos sonserinos me tiram do sério!Acreditam que eles me expulsaram da cabine?! Ah, mas eu só sai porque estava em minoria porque senão eles iam ver, onde já se viu... – se interrompeu ao ver os olhares atonitos das outras duas – Ahm...Desculpem, as vezes eu falo demais(“não imagina” pensaram elas)...Mas vocês são...

Após as devidas apresentações, as meninas retomaram a conversa, totalmente absortas.

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O tumulto era tamanho que, quando Remo percebeu, Lilian sumira.”excelente, achar uma cabine sozinho vai ser tão fácil...”, pensou sarcástico, quando viu uma cabine aparentemente vazia.Entrou e deu de cara com um moreno, de cabelos despenteados, que encarava a paisagem tediosamente.Decidiu se pronunciar, ao ver que o garoto não percebera a sua presença.

-Hum hum...Posso ocupar um dos assentos ou tem alguém com você?

O outro surpreendeu-se um pouco por não estar mais sozinho e disse sorrindo.

-Ué, você não percebeu que estou tendo uma conversa extremamente animada com meus amigos?! – riu o moreno – Prazer, Tiago Potter – falou o garoto estendendo a mão.

-Remo Lupin – apertou a mão estendida sentando-se em seguida.

Fosse pela timidez de Remo, teriam ficado calados o resto do trageto, porém Tiago se mostrou extremamente estrovertido e divertido.Isso deixou Remo mais à vontade.

E a viagem transcorreu tranquila.Todos se trocaram, colocando as vestes da escola e o trem parou na estação de Hogsmade.

-ALUNOS DO 1º ANO POR AQUI, NÃO SE ACANHEM!!!1º ANO AQUI POR FAVOR!!! – gritava um homem gigantesco, de barba desgrenhada, fazendo-se ouvir sobre o burburinho dos alunos.

Fazia uma noite limpa e fria.Tiago olhou o homem, assustado, pensando como alguém normal podia ter aquela altura.Quando seu pescoço já lhe doía de tanto olhar para cima, a voz de Remo lhe tirou de seus devaneios.

-Olá Hagrid! – Tiago se surpreendeu ao perceber que Remo não parecia nem um pouco assustado .

-Ah, olá Remo!Como se sente?

-Bem, obrigado.

Tiago já começava a estranhar a conversa e cochicou para o amigo.

-Ei, Remo!Você o conhece?

-Ahm, sim...Bem, eu tive que vir à Hogwarts antes...Digamos, acertar umas coisas com o diretor.

Tiago não entendeu muito bem que tipo de coisas eram essas, mas decidiu não forçar a barra quando se deu conta do quão evasivo Remo fora.

-E porque ele perguntou se você sentia bem? – Remo enrusbeceu “E agora?!”

-Ah...é que...

-É que...

-À época eu estava meio doente, é isso! – até Remo se surpreendeu em como inventara a mentira tão rápido.Viu que o novo amigo não duvidara de sua palavra.

-Pra falar a verdade, você ainda me parece meio doente...

-Ainda não me recuperei totalmente...

Remo viu que teria que se acostumar a mentir de vez em quando.Tiago decidiu não fazer mais perguntas, pois já avistavam os barquinhos nos quais fariam a travessia.


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- ALUNOS DO 1º ANO POR AQUI, NÃO SE ACANHEM!!!1º ANO AQUI POR FAVOR!!!

-Ahh! – Lilian levou as mãos à boca e reprimiu um gritinho ao ver o homem.Parecia ter bem uns 3 metros de altura, barba e cabelos negros. Mas o que chamou sua atenção foram os olhos: mesmo na pouca luminosidade, brilhavam intensamente, como besouros.

-Meu Mérlin, ele parece um gigante! – Amanda se manifestara.

-É, mas ele não parece agressivo.Pelo contrário, olha ele agora está sorrindo, e os olhos...tem algo neles, parecem bondosos...-Ana reparara o mesmo que a ruiva.

-Ah , olá Remo, como se sente? – mesmo ao longe, Lily não pôde deixar de notar que o grandalhão cumprimentava Remo amigavelmente.

Foram andando calmamente até os barcos à beira do lago.Estes pareciam frágeis e pouco seguros. Quando Lílian foi entrar, se desequilibrou e foi amparada por ninguém menos que o grandalhão que os guiava.

-Tome mais cuidado...ham...

-Lílian, Lílan Evans.

-Sim Lílian, acho que não seria uma sensação muito agradável cair no lago numa noite fria como essa – o gigante disse simpático, ao que Lily sorriu.


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A rápida travessia parecia durar séculos, tão anciosos estavam os alunos. Todos conversavam sobre a casa que achavam que iam ficar quando uma mulher de aparência severa apareceu, fazendo cessar os burburinhos.

-Está na hora.Sigam-me por favor.

As portas de carvalho foram abertas e os calouros puderam ver pela 1ª vez o salão principal. Era explêndido: iluminado por milhares de archotes e velas que flutuavam no teto.Este, era encantado e parecia o céu lá fora, à noite.

Haviam 4 enormes mesas dispostas paralelamente, na qual os outros já estavam acomodados. No extremo do salão havia outra mesa, mais comprida e perpendicular às demais, onde se encontravam os professores e Dumbledore.

Assim que entraram, as centenas de cabeças se viraram para olhar os novos alunos, cada um com o semblante mais assustado que o outro. Quando chegaram à frente da mesa dos professores ,havia um banquinho de 3 pernas e sobre ele um chapéu de bruxo negro que parecia muito velho e gasto.Puderam perceber que era remendado em vários pontos, os últimos burburinhos logo cessaram e todos passaram a observar o chapéu.

“Oras, mas o que há de tão interessante em um chapéu esfiapado?Será que temos que tirar algo de dentro dele?”.Esses eram os pensamentos de Lílian, interrompidos por uma voz que saía de um rasgo junto à aba, cantando:

Há mil anos ou pouco mais
Eu era recém-feito
Viviam quatro bruxos de fama
Griffindor, Ravenclaw, Hufflepuff e Slytherin
Que compartiam o sonho de educar jovens bruxos
Cada qual tinha sua própria casa
Escolhendo os que julgavam mais aptos

Mas como selecionar os melhores
Quando um dia tivessem partido?
Griffindor encontrou a solução:
Tirou-me da própria cabeça
E juntos dotaram-me de cérebro
Para que por eles pudesse escolher
Desde então eu tenho essa missão

Quem sabe sua morada é a Grifinória
Casa do sempre valente Griffindor
Onde a coragem e a nobreza
Dominam os corações dos seus discípulos
Ou talvez a Lufa-Lufa será a sua morada
A casa da sincera Hufflepuff
E novos amigos, justos, leais, sem medo da dor
Lá você fará.
Ou integrará a Corvinal
Casa da sábia Ravenclaw
Onde os de inteligência aguçada
E sede de conhecimento
Encontram seus semelhantes
Ou por fim você será da Sonserina
Para onde o astuto Slytherin selecionava
Os determinados e gananciosos
Aqueles que sempre buscam os fins desejados
Quaisquer que sejam os meios

Todas as casas produziram grandes bruxos
Mas qual será a sua?
Coloque-me na cabeça e mostre-me seus pensamentos
Para que eu lhe conduza à sua nova família
E sele seu destino!


Ao término, o salão prorrompeu em aplausos e calou-se em seguida.A mulher de aparência severa se adiantou e disse em tom solene:

-Quando eu chamar seus nomes, vocês se sentarão no banquinho e porão o chapéu.

Os novatos pareciam sinceramente aliviados por não ter que executar nenhum tipo de feitiço, tinham apenas que experimentar o chapéu.

-John Summers.

“CORVINAL”

-Robert Bones.

“LUFA-LUFA”

-Frank Longbotton.

“CORVINAL”

-Narcisa Black.

“SONCERINA”

A cada novo aluno, a mesa da respectiva casa prorrompia em vivas e batia palmas. A ida de Narcisa Black para a soncerina não surpreendeu ninguém, afinal era uma Black.Toda a família havia pertencido à casa, com exceção de Andrômeda Black uma autêntica grifinória que já havia terminado a escola.Não houve surpresa tembém com a seleção de Lúcio Malfoy, cuja casa doi dita antes mesmo de o chapéu tapar-lhe os olhos.

-Lúcio Malfoy.

“SONCERINA”

-Amanda Delacourt – a menina parecia decidida ao se dirigir ao banquinho.

“GRIFINÓRIA”

-Lílian Evans – Amanda cruzou os dedos, torcendo para que a nova amiga fosse para sua casa.

“GRIFINÓRIA”

-Caroline Mackenzie

“LUFA-LUFA”

-Severo Snape- Um Garoto de pele branca como cera e cabelos oleosos se adiantou .

“SONSERINA”

-Remo Lupin.

“GRIFINÓRIA”-Lily bateu palmas entusiasmada.

-Kim Lang.

“CORVINAL”

-Alice Fielbet.

“GRIFINÓRIA”

Outros tantos foram chamados até que sobraram 2.

-Tiago Potter.

“GRIFINÓRIA”-Ochapéu não demorara muito e o menino parecia realmente feliz. Agora só faltava um garoto de cabelos negros e brilhosos, olhos igualmente negros e penetrantes.

-Sirius Black.

A mesa da Sonserina apurou os ouvidos.Sirius pôde ver os olhares que suas primas lhe dirigiam. Todos já pensavam saber sua casa, um Black “obiviamente” iria para a Sonserina, quando...

“GRIFINÓRIA”

Sirius levantou-se do banquinho com um enorme sorriso e se dirigiu à mesa da Grifinória. Sabia que seus pais lhe arrancariam o couro, mas valera à pena só por ver os olhares das suas “tão amadas e queridas priminhas”. Afinal, não era tão mal, fora para a mesma casa que Andy, a única da família que realmente considerava. E tinha até as férias para se preparar para a surra que certamente levaria, por ter “sujado o puro e nobre nome dos Black”. Terminada a cerimônia, Dumbledore levantou-se e saudou-os animadamente.

-Boa Noite! Sejam bem-vindos à mais um ano em Hogwarts! Gostaria de avisar a todos que, este ano, foi plantado próximo à floresta proibida uma árvore não muito amigável: o Salgueiro Lutador. Peço encarecidamente, àqueles que querem manter seus pescoços no lugar até o fim do ano, que não se aproximem. Devo avisar também aos alunos novos e relembrar aos antigos de que a floresta de nossos terrenos é terminantemente proibida, como o nome já diz. Agora, sei que não aguentam mais ouvir as palavras de um velho chato, deliciem com o banquete!

Dito isso, as travessas douradas encheram-se magicamente de farta comida e,quando todos já estavam saciados, os restos sumiram do mesmo modo como apareceram. Os monitores das casas adiantaram-se e guiaram todos à seus respectivos salões comunais.

Após subirem muitas escadas, depararam-se com o retrato de uma mulher muito gorda de vestido rosa.

-Senha?

-Fadas mordentes-disse um dos monitores, ao que o retrato se abriu dando passagem à todos.

Ao ultrapassar o buraco, os grifinórios depararam-se com uma sala circular de aparência esplêndida. No canto esquerdo, poutronas de aparência muito confortável circundavam uma imponente lareira, cuja luz se refletia nas paredes de pedra. Porém mesmo estas eram adornadas com detalhes vermelhos e dourados, também existentes nas luxuosas cortinas e tapetes que cobriam o chão da sala.

No outro canto, encontravam-se algumas pequenas mesas com cadeiras acolchoadas também em tecido vermelho. Atrás destas avia um quadro de avisos com várias tachinhas.Porém a 1ª coisa que viam ao entrar eram duas escadas circulares dispostas lado a lado.

-Dormitório feminino à direita, masculino à esquerda - disse o monitor.

Os alunos, cansados, puseram-se a subir para seus dormitórios. Tiago e Remo estavam absortos em uma conversa sobre quadribol e foram ficando para trás.

-É por isso que eu acho que o apanhador dos Tornados da banho no do Cannons - Tiago defendia veementemente.

-Tudo bem Tiago, – Remo replicou cansado – eu sei que não adianta discutir com um cabeça dura como você...

-Ahá!!!!! Eu sabia Remo, ninguém resiste à minha lábia!

-Convencido, huh...

Tiago ia continuar quando viu Sirius, bem a frente, subindo as escadas rumo aos dormitórios. Remo seguiu seu olhar.

-Que foi Tiago, vocês já se conheciam?

-Não é isso Remo, ele é um Black!

-E... – falou Remo enquanto subiam as escadas.

-UM BLACK! Alou! Mundo mágico chamando Remo! É uma das famílias bruxas mais conhecidas por estar envolvida com artes das trevas, nenhum deles presta! – Tiago exclamou já na porta do dormitório, que possuía uma plaquinha dourada: “1º ano”.

-Mas o chapéu o colocou na Grifinória e não na Sonserina como o resto dos Black. Ele deve ser diferente, talvez a ovelha branca da família – mal perceberam que a porta estava entreaberta.

-Ah, tudo besteira, um Black sempre será um Black! – disse Tiago abrindo a porta.

Adentraram o dormitório e depararam-se com um Sirius de pijama lançando-lhes um olhar entre mortífero e debochado.

-Sim, eu sou um Black. Algum problema com isso?

-Todos, eu não me misturo com bruxos das trevas – disse Tiago ríspido.

-Os incomodados que se mudem – falou Sirius com um olhar ao mesmo tempo ameaçador e divertido.

-Incomodado, eu? Não costumo me incomodar com ratos que se acham superiores por serem puro sangue!

-Cuidado com as palavras Potter!!! – retrucou Sirius ameaçador – Não se sabe o que se pode acontecer enquanto dormimos...

-Você está me ameaçando Black? – Tiago estreitou os olhos estudando o outro.

-Entenda como quiser – Sirius deu um sorriso cínico fechando o cortinado e enserrando a conversa.

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