PRIMEIRA BATALHA



CAPÍTULO 7:

Realmente a cena foi no mínimo surreal. Ao ritmo de marcha militar surgiram dos dois túneis os Orcs que Harry tinha visto no mapa de Dumbledore. Todos armados com cimitarras e enormes facas. Ares ferozes, babando, bradando gritos de “morte aos invasores de Orthanc”.

Mas mesmo com todo o barulho que faziam, com todo o medo que poderiam causar, havia alguma coisa estranha ali.

Os Orcs eram mais estranhos que qualquer Orc poderia ser.

Alguns não chegavam a ter 1 metro de altura. Tinha um que decididamente era do tamanho de Dobby. O último que desastradamente surgiu do túnel a esquerda não notou que o da frente tinha parado e fez o tradicional efeito dominó com pelo menos três que estavam à frente dele, soltando um sonoro:

- Dããã...

- Mas o que é isso – exclamou Fred. – quem são esses baixinhos?

- Provavelmente o que sobrou da turma da Branca de Neve – respondeu George preparando a varinha.

O Orc que estava à frente grunhiu:

- Silêncio, invasores. Vocês são prisioneiros de Saruman. Quem entra pelos túneis de Orthanc nunca saem com vida.

E avançou com sua espada curva em punho.

- Agora pessoal! – gritou Harry. – Avante Armada Dumbledore! – apontou a varinha para o primeiro Orc que avançava e mandou um sonoro – Expeliarmus!

A cimitarra do Orc voou longe, deixando-o com cara de bôbo.

Enquanto isso os outros já estavam cuidando dos demais com “Expeliarmus”, “Estupefaça”, “Petrificus Totalis” e outros feitiços.

Mas apesar de pequenos, os Orcs eram ágeis e agora, passado o espanto inicial dos primeiros feitiços, eles se desviavam, subiam pelas paredes, escondiam-se e tentavam atacar.

George e Fred já tinham derrubado dois cada um. Harry, Rony , Hermione e Luna mais um tanto. Neville infelizmente não tinha levado tanta sorte e estava sobre a pedra já com sua varinha quebrada, sendo puxado pela perna pelo maior dos Orcs, gritou:

- Socorro! Me pegaram.

Luna correu em direção ao namorado, mas foi pega pelas costas por um outro Orc que lhe deu uma gravata tentando enfiar uma faca na garganta. Só que Luna era maior que o Orc. Deu um chute com o calcanhar nas partes baixas do Orc que uivou de dor e afrouxou o braço. Foi o suficiente para a loirinha se virar e por falta de espaço para soltar um feitiço, enfiou sua varinha no olho direito do Orc, que ganiu e saiu correndo sem saber aonde colocar a mão se no olho ou mais embaixo.

Mas Harry já estava soltando um “Wingardium Leviosa” no Orc que puxava Neville. O Orc começou a flutuar soltando a perna de Neville e quando já estava a uns três metros de altura, Harry puxou com força a varinha para o chão, fazendo o monstrinho se estatelar.

- Valeu Harry – agradeceu Neville, que já estava sendo abraçado pela namorada que perguntava:

- Tudo bem, meu lindinho? Pode deixar que ninguém vai fazer nada com meu amorzinho. – E mandou-lhe um beijo estalado nas bochechas.

Agora era Hermione que estava em apuros e via-se cercada por dois Orcs, um deles o devagarzão que tinha causado o efeito dominó, instantes atrás.

- Estupef... – começou a garota. – Mas a faca atirada pelo Orc acertou em cheio a varinha de Hermione arrancando-a de sua mão.

Hermione só teve tempo de ver a cabeleira ruiva de Rony se interpor entre ela e o Orc, acertando um soco no mesmo, que não surtiu quase efeito, pois apesar de pequenos, eles eram mais resistentes que pareciam.

- Ah, é, bicho feio. Vê se agüenta assim: “Petrificus Totalis” – e congelou o Orc, se lançando em cima do mesmo num tranco de ombro digno de zagueiros de futebol americano. Resultado: o Orc voou longe.

Mas não deu nem tempo de se vangloriar, pois o “Dããã” já estava lhe dando um soco na altura dos rins, fazendo o menino gemer de dor e cair.

Hermione, mais do que depressa apanhou a varinha que estava no chão e finalmente soltou um caprichado “Estupefaça” fazendo o Orc voar longe.

Ela correu para ajudar Rony a se levantar.

- E aí, Rony, está doendo muito? – abraçou-o a amiga preocupada.

Marotamente, Rony exagerou na careta de dor e arfando respondeu:

- Só dói quando respiro. – e aproveitou para tentar dar um funda inspirada exagerando ainda mais na careta de dor.

Num canto do platô George avançava, varinha e punho para um Orc que recuava sem olhar para trás fazendo malabarismo com sua faca, jogando-a de uma mão para outra, com ar malicioso de quem diz “Vem agora que vou lhe dar uma espetada”. Mas mal pensou nisso tropeçou e caiu para trás, pois Fred tinha se agachado atrás dele, proporcionando uma espetacular cama de gato. Ambos deram juntos um “Expeliarmus”, que fez não só a faca voar como o próprio Orc ricochetear na parede próxima.

De repente um grito retumbante se fez ouvir dentro de um dos túneis que desembocava no platô, que fez os bravos guerreiros da AD congelarem no mesmo instante:

- Parem agora, ou o morcego sem asas morre!

E surgiu pelo túnel um gigantesco Orc com um tapa-olho daqueles pregados no olho esquerdo, segurando numa mão uma grande espada e na outra o pobre Dobby, que olhava suplicante para Harry, enquanto o monstro soltava uma ruidosa gagalhada.

- Uh há há há há há – (só na gargalhada, Neville ficou de pernas bambas, mais uma vez se escorando em Luna). – Bem disse o principezinho louro, que essa cambada de crias humanas nojentas viria tentar alguma coisa...

Surgiu pelo túnel por trás dele mais uns dez mini-orcs, que cercaram os meninos apontando espadas e lanças na direção de seus pescoços.

A gigantesca criatura então repetiu:

- Já avisei. Se não se entregarem agora, o morcego sem asas vai ficar também sem a cabeça.

Os heróis não tiveram outro jeito senão abaixar suas varinhas e se entregarem.


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