Escolhendo um nome




—Com licença—diz a enfermeira, batendo na porta do quarto do casal Potter—o senhor do cartório está aqui para registrar a criança. Ele pode entrar?
—Claro—Responderam Lilly e Tiago juntos
Entra na sala um homem baixinho e barbudo, trajando um terno risca de giz que parece grande demais para ele. O homem cumprimenta os Potter e se apresenta:
—Sou Albert Horn, prazer em conhece-los. O hospital já me forneceu todos os dados sobre vocês e o bebê, mas para tornar o processo completo, preciso que os pais digam o nome dele. Já chegaram a alguma decisão?
O casal se entreolhou. Durante a gravidez não haviam discutido aquilo, pois cada um queria uma coisa e Lílian não podia se estressar. E depois do nascimento, foi tanta emoção que nem se lembraram desse pequeno detalhe.
—Er... na verdade, ainda não chegamos a um acordo. Pode nos dar licença por um minuto, sr...?—Disse Lilly, finalmente, já que o marido parecia ter esquecido de como se faz pra falar.
—Horn.
—Sr. Horn?
—Posso, mas peço que sejam breves.
—Seremos.
Assim que o homem saiu da sala, Tiago explodiu:
—Somos pais horrorosos! Como não pensamos nisso antes?
—Você está certo... Isso é uma coisa de muita importância! É o nome que nosso filho deverá ter para sempre! Não pode ser decidido as pressas!
—Mas terá de ser assim... desculpe, meu filho!—Tiago disse isso como se o menino estivesse na sala com eles—Eu quero James.
—James? Já não te falei que a coisa mais cafona do mundo é ter o mesmo nome do pai?! Ainda mais nome do meio! B-R-E-G-A!!! Harry é muito mais... lindo.
—Harry... Harry... é legal, mas so isso! Nosso filho tem que ter um nome forte!! Harry ´r muito... normal! James, sim! Veja como soa: James!!—Disse Tiago, animado, colocando bastante ênfase no nome—Isso sim é um nome digno para um filho de Tiago Potter...
—Aham!—Pegarreou Lílian—Cadê aquele papo de que eu deveria ganhar um premio por ter concebido nosso filho? Eu fiz todo o trabalho duro e agora você fica aí...
Lílian não pôde terminar a frase, pois o sr. Horn adentrara novamente a sala.
—Desculpem-me interromper, mas peço que me dêem uma posição agora. A criança precisa de um nome.
—Claro que ela precisa, nós sabemos! So não sabemos qual...—Justificou Lilly
—Sabemos sim! Escreve aí: James!—Insistiu Tiago
—Ele quis dizer Harry, desculpe.
—Mas qual dos dois vai ser? Estou ficando confuso!—Perguntou o sr. Horn, levemente irritado
—Harry!
—James!
—Harry!
—James!
—HARRY!!!
—JAMES!!!
—Está certo… Vai ser Harry James... sobrenome?
—Harry James...—Falou Tiago, novamente pensando alto, como se estivesse admirando um nome escrito no ar.
—Como alguém pode se chamar Harry James Harry James?! Por favor senhores, estão tomando meu tempo, peço que parem de brincadeiras e digam logo o sobrenome da crianç...
—Potter—Informou Lilia, antes que o sr. Horn tivesse algum tipo de ataque
—Então ficou Harry James Potter, certo?
—Certo—Concordou a mulher novamente—Não é, amor?
—Harry James...—Tiago continuava a admirar o nome, apesar de aquilo soar como um delírio. Lílian tomou aquilo como um “sim”, e creio que Albert Horn também.
—Ok.. obrigado pela atenção... e tenham um bom-dia. Adeus.—Despediu-se ele afetadamente, e nenhum dos dois membros do casal Potter acreditou que ele realmente desejasse aquilo, ainda mais porque:
—Meu Merlim, aquele ali estava a beira de um ataque epilético!—Disse Lílian
—Pode crer—concordou Tiago—Lilly, acabei de perceber que agora não somos mais Lílian e Tiago Potter!
—Não?!
—Não! Agora somos os pais de Harry James Potter!
Lílian achou graça do comentário do marido, e então o pegou pelo braço e murmurou em seu ouvido:
—Então agora a mãe de Harry James Potter quer ver o Harry James Potter um pouquinho. Será que o pai de Harry James Potter quer ir com ela?
Tiago também sorriu e seguiu a mulher até a ala onde ficavam os recém-nascidos.


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