A Revolta De Tom



SongFic baseada na música Emotionless do Good Charlotte
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Aos 12 anos, Tom Riddle estava sentado em seu quarto no orfanato Saint James, lugar para onde ia quando as aulas de Hogwarts acabavam. Era uma noite como qualquer outra, não, na verdade não era, não era a primeira vez que sentia falta de um pai. Hoje um garoto do orfanao havia ganhado uma famíla, uma mãe, um irmão... E um pai. Odiou tanto que estourou o vidro do Carro deles.
Durante doze longos anos, Tom permaneceu um incógnito, sem família, sem um pai, a quem pudesse contar o que havia acontecido durante o dia. As coisas deveriam ser bem diferentes se seu pai não o tivesse abandonado, será que sua mãe realmente teria morrido.
Resolveu por suas mágoas para fora, pegou uma folha de papel e uma caneta que estavam jogadas sobre sua mesa de cabeceira e começou a escrever:

Ei pai eu estou lhe escrevendo
Não para dizer que eu ainda o odeio
Apenas para perguntar como você se sente?
E como nós caímos,como nós caimos


Perguntava se seu pai ainda era vivo, as freiras do orfanato disseram que ele ia visitá-lo esporádicamente, uma ou duas vezes no máximo. Nunca havia visto o rosto de seu pai.

Você é feliz lá fora neste mundo grande?
Você pensa sobre seu filho?
Você sente falta da sua menina pequena?
Quando você coloca sua cabeça para baixo como você dorme na
noite?
Você quer saber mesmo se nós estamos bem?
Nós estamos bem
Nós estamos bem


Sim... Apesar de toda a falta que sentia, ele estava melhor sem ele, o ódio era enorme, quando pensava que seu pai o abandonou, sentia que iria matá-lo se o encontrasse. Com ele poderia ter sido tão frio a ponto de abandonar sua mãe.. Aquela maravilhosa mulher, queria ter conhecido ela.

Está sendo uma longa e dura estrada sem você do meu lado
Por que você não estava lá as noites que eu chorei?
Você quebrou o coração da minha mãe, você quebrou a vida de sua
criança
Não é bom, mas eu estou bem
Eu recordarei os dias onde você era um herói em meus olhos
Mas aquilo era apenas uma memoria perdida
Eu gastei muitos anos aprendendo como sobreviver
Agora eu estou escrevendo apenas para você saber que eu ainda
estou vivo


Vivo... Não era uma palavras com que ele se identificava. Podia estar vivo por fora, mas por dentro ele era só dor e sofrimento.Tinha horas que queria morrer, queria gritar!!! Quantos dias a noite, ele chorou pela falta que seu pai fazia, pela dor de não ter alguém para dizer "Boa Noite Filho" ! Por muito tempo ele acreditou que seu pai havia deixado sua mãe por um bom motivo, mas descobriu que ele era um canalha, sujo, um porco maldito que machucou sua mãe...

Os dias onde eu passei com frio,com fome,
estava com ódio
Eu era irritado, as cicatrizes cubri com minhas tatuagens
Há coisas que eu levarei pro meu túmulo
Eu estou bem, eu estou bem
Está sendo uma longa e dura estrada sem você do meu lado
Por que não estava você lá todas as noites que eu
gritei?
Você quebrou o coração da minha mãe, você quebrou a vida de sua
criança
Não é bom, mas eu estou bem


Olhou para seus braços, quantos cortes que haviam em sua pele branca, quantos dias trancado no seu quarto, cortando-se, machucando-se, sentindo o sangue escorrer, pelo menos assim sabia de onde viria a sua dor. A vida nem sempre havia sido fácil, com fome e com frio, nos tempos difíceis que assolaram o Orfanato. Mas ele havia sobrevivido, estava lá, sentindo seu sangue escorrer e mais uma vez manchar os lençóis.


Eu recordarei os dias onde você era um herói em meus olhos
Mas aquilo era apenas uma memoria perdida
Eu gastei muitos anos aprendendo como sobreviver
Agora eu estou escrevendo apenas para você saber que eu ainda
estou vivo
Às vezes eu esqueço, e desta vez eu admito
Que sinto sua falta, sinto sua falta


Sim... As lárgimas escorriam, a última vez que ele choraria por alguém que nunca chorou por ele. Ele sabia, que por mais que não admitisse, sentia falta dele, de uma pai, de uma imagem a quem ele conseguisse se refletir. Mas porquê? Depois de tanto sofrimento? De tanta dor que ele lhe causou, tantas as noites encostado no canto do seu quarto frio e úmido... Chorando...

Está sendo uma longa e dura estrada sem você do meu lado
Por que não estava você lá todas as noites que eu gritei?
Você quebrou o coração da minha mãe, você quebrou a vida de sua
criança
Não é bom, mas eu estou bem
Eu recordarei os dias onde você era um herói em meus olhos
Mas aquilo era apenas uma memoria perdida
Eu gastei muitos anos aprendendo como sobreviver
Agora eu estou escrevendo apenas para você saber que eu ainda
estou vivo
E às vezes eu esqueço, e desta vez eu admito
Que sinto sua falta,sinto sua falta...ei pai!


Terminou a carta, tinha algumas manchas, de lágrimas, suas lágrimas, carregadas de ódio, dor e sofrimento. Mas sabia que de agora em diante, nunca mais irias chorar, iria se transformar em alguém diferente, alguém que todos temeriam, alguém que ele mesmo temeu por tantos anos. Alguém frio e calculista, sem amor no coração, sem um pingo de compaixão. Alguém diferente de seu pai! Um miserável trouxa nojento, fraco, que não teve a capacidade de aturar seu problemas. Sim... Seria Diferente!!
Pegou a carta e olhou com rancor para ela, aproximou a do fogo da vela que havia acendido pouco antes e pos fogo. Viu a carta queimando e com ela seu sofrimento e sua dor se tranformaram em ódio... Os primeiro sentimentos do pior assassino que o mundo Bruxo iria conhecer...

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N/A: Para aqueles que conhecem a música, eu mudei alguns pronomes para que a fic ficasse condizente... Espero que tenha gostado... Comentem!

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