Um mórbido Halloween



As semanas seguintes foram de uma calma nunca antes vista na sala comunal, mas de um tormento no espírito de Lily. Desde o dia em que pedira desculpas a Potter, tanto ela quanto Camille conversavam muito mais com os Marotos, para a alegria de Diane e Remo. Sirius já mandava piscadelas discretas a Camille e não recebia um tapa, o que era um grande progresso na opinião do maroto, e Lily e Tiago conseguiram ficar quinze minutos conversando como pessoas civilizadas, e era isso que incomodava a garota. Tiago estava sendo muito mais atencioso com ela nas últimas semanas, além do que, o número de alunos que ele azarava diminuiu significativamente, agora ele só azarava Snape e, mesmo assim, só quando pensava que Lily não estava por perto. A garota realmente estava considerando o fato de que Tiago finalmente amadurecera e estava feliz com isso, mas não sabia dizer exatamente o porquê de tamanha felicidade.

Era reconsiderando seus pensamentos sobre Tiago que Lily andava, totalmente distraída, pelos corredores do castelo naquela sexta-feira 30 de Outubro, quando esbarrou com alguém que vinha apressado, derrubando os livros que a garota carregava.

- Me desculp... – Lily interrompeu a frase no meio ao ver em quem havia esbarrado. Sabia que de nada adiantaria as suas desculpas.

- Tome mais cuidado da próxima vez. – disse Lúcio Malfoy, alcançando os livros de Lily, com um sorriso cínico nos lábios que incomodou a garota.

Lily ficou parada no meio do corredor observando o garoto afastar-se, desconfiada da sua atitude. Depois de devolver os livros que levava na biblioteca, Lily olhou no relógio e se deu conta de como acordara cedo, estava a recém na hora do café. Com o espírito leve, Lily seguiu em direção ao Salão Principal pensando que, se excluísse o estranho encontro com Malfoy, o dia tinha tudo para ser ótimo. Uma conclusão errada como ela logo percebeu.

O Salão Principal estava lotado àquela hora da manhã, mas ouvia-se apenas sussurros ecoando das mesas. Os alunos estavam envolvidos em grupinhos que cochichavam e mal tocavam na comida. Um tanto preocupada, Lily andou rapidamente até onde Diana e Camille estavam sentadas, sentando-se no único lugar vago da mesa, que era ao lado de Tiago.

- O que aconteceu? – perguntou a garota, após cumprimentar a todos.

Os amigos entreolharam-se e por fim Remo respondeu:

- Voldemort e seus Comensais atacaram novamente.

Lily ficou em silêncio processando aquela informação. Sabia de quem Remo estava falando, era um bruxo das trevas que estava surgindo. De início o Ministério da Magia não deu muita atenção, mas então trouxas e bruxos filhos de trouxas começaram a desaparecer e não demorou para que a primeira morte fosse divulgada. Esse tal Voldemort, que Lily descobrira que já havia estudado em Hogwarts, fora conquistando seguidores e o apoio de algumas famílias puro-sangue, como os Malfoy, os Black, os McNair, entre outros. Claro, nenhuma dessas famílias comunicava o seu apoio, mas ninguém tinha dúvida que a maior parte das famílias da Sonserina apoiavam Voldemort, no entanto, não havia provas. Fazia pouco tempo desde que o primeiro ataque público acontecera, mas aurores do Ministério apareceram antes de qualquer morte ocorrer. Parecia que isso não acontecera desta vez.

- Quantas vítimas? –perguntou Lily.

- Não muitas, cinco trouxas e dois bruxos. – respondeu Diana. – O que mais preocupa o Ministério é que Voldemort e seus seguidores não têm medo de atacar em público, o que torna difícil para os aurores tanto de controlar a situação quanto de prever o próximo local de ataque.

- Alguém de Hogwarts conhecia alguma das vítimas?

- Um dos trouxas era pai de Candice Walters, a garota da Lufa-Lufa. – disse Sirius, e Lily assustou-se com o tom quase raivoso do rapaz. Foi só então Lily percebeu algo que a aterrorizou.

- Ok, vamos mudar de assunto! – exclamou Camille – Esse é muito mórbido! Estamos seguros aqui em Hogwarts!

- Mas meus pais não estão. – disse Lily, pálida, fitando o ar. – Eles são trouxas, eu sou uma bruxa filha de trouxas, os alvos de Voldemort.

- Lily, não se preocupe, tenho certeza que seus pais estarão seguros. – Tiago disse olhando-a nos olhos. Naquele momento, Lily realmente acreditou nas palavras dele.

---

Lily acordou às quatro horas da manhã do dia 31 sem conseguir voltar a dormir. Algo a perturbava, mas ela não sabia o que era. Tentando manter-se ocupada para ver se pegava no sono, Lily, após terminar todas as lições, incluindo as que os professores ainda iriam passar, ficou folheando a matéria sobre Voldemort do dia anterior tentando entender o que se passava pela mente doentia do bruxo. Às oito horas finalmente levantou-se e, não querendo acordar as colegas tão cedo numa manhã de Sábado, resolveu ir à biblioteca.

No caminho esbarrou-se na profª McGonagall e quando pediu desculpas foi que percebeu o olhar pesaroso que a professora estava.

- Srta Evans, queira me acompanhar à sala do diretor, sim?

---

- Bom dia! – cumprimentaram alegremente Diana e Camille ao encontrarem os Marotos na Sala Comunal. – Onde estão Pedro e Lily?

- Pedro, para variar, está comendo, - disse Tiago enquanto Sirius bocejava. – e Lily ainda não apareceu, pensamos que ela ainda estivesse dormindo.

- Não está, ela não desceu? – perguntou Mille preocupada. – Deve estar então na biblioteca.

Quando ela terminou a frase, o buraco do retrato se abriu e Lily entrou na Sala Comunal totalmente pálida. Parecendo não ver os amigos que a olhavam surpresos, Lily andou como um fantasma até uma poltrona onde sentou-se e ficou a observar o nada. Cautelosamente, Tiago aproximou-se dela, seguido pelos outros. Ele não conseguia ver Lily assim e queria fazer de tudo para ajudá-la, mas para isso precisava saber o que acontecera. Lily permaneceu um minuto em silêncio e os amigos, que estavam já sentados em volta dela, estavam preocupados e impacientes.

- Voldemort atacou novamente nesta madrugada. – disse a garota numa voz rouca enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto. – Ele atacou um hotel trouxa perto de Oxford, onde meu pai estava hospedado.

Ninguém disse nada, todos estavam estupefatos demais com a notícia. Lá fora uma tempestade violenta batia nas janelas, o cheiro do delicioso café da manhã do dia 31 penetrava na silenciosa Sala Comunal, até que Tiago envolveu Lily em seus braços e só o que se ouvia então eram os soluços da garota. Era Halloween.


N/A: Meu Deus, eu atualizei!! MIL PERDÕES A TODOS! É tudo culpa do colégio, ele estão dando muitas provas e trabalhos! Ok, talvez a culpa não seja toda do colégio, mas grande parte é! O q acharam? Acho q perdi o embalo da fic, ninguém mais comentou, então não sei se ainda tem gente lendo... Se tiver alguém lendo, por favor deixe um crítica, uma sugestão, um comentário, nem que seja apenas dizendo: "Li o cap. 7". E u preciso saber se vcs estão gostando! Obrigada noamente a todos que já comentaram ao menos uma vez em outros caps! Bjus, Torfithiel

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.