Vigésimo Primeiro Dia

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Capítulo 22 – Vigésimo Primeiro Dia

Gina estava decidida a nunca mais perdoar Draco Malfoy, depois de ver Pansy Parkson passar a noite toda chorando. Como ele podia ter deflorado a garota e falando uma mentira daquelas? Que a amava e o tudo o mais?
Desceu as escadas que davam para biblioteca, concentrando todos os seus pensamentos mais odiosos para o garoto quando esbarrou no próprio.
“Ahn... Malfoy...”, fez Gina, com desgosto, fitando-o.
“Er... Eu precisava mesmo falar com você...”, disse Draco, lembrando-se da sua jura “Olha... Me desculpe... Eu fui um idiota, quero dizer...”
Gina o fitava impassível.
“Olha, não tem muito o que falar. Faltam nove dias e a única coisa que precisamos é nos dar bem! Faça algo que me alegre e eu farei o mesmo por você!”, disse, dando as costas para ele.
Draco ficou incrédulo, como aquela garota podia ser tão cabeça-dura?
“Ótimo, vou fazer algo que te deixará muito feliz!”, pensou o garoto, raivoso, enquanto entrava na torre da Grifinória.
XxXxX

Gina entrou no curujal e pegou um pergaminho, onde rabiscou.
“Papai,
Preciso urgentemente conversar com o senhor.
Amanhã, à meia-noite.
D.M.”

Releu a carta, sabia que a carta poderia cair em mãos erradas, então, depois de analisar que não havia nada de errado, entregou-a à coruja que alçou vôo em direção à Mansão Malfoy.
“Tenho certeza de que Malfoy ficará muito satisfeito...”, pensou Gina, sem evitar uma pontada de tristeza.
Deu meia volta e saiu, fazendo a capa esvoaçar.
XxXxX

“Ahn... Harry, eu posso falar com você?”, pediu Draco, odiando-se cada minuto mais por ter que desistir de Gina daquele modo.
“Claro, Gina... ahn... Ron, eu já volto... Mi...”, os dois assentiram, enquanto lançaram olhares discretos para os dois e sorriram, sentando-se mais próximos e juntando mais as cabeça de maneira que pudessem observar melhor o questionário que Minerva havia passado.
Claro que, ao ver de Draco Malfoy, ambos tinham uma segunda intenção, quando olhou para a mão da sangue-ruim e do Weasley pobretão e viu que a do ruivo estava sobre a da morena.
“Fala, Gin...”, disse Harry, chegando mais perto dela.
Draco recuou.
“Ahn... Er...”
Harry ergueu uma sobrancelha.
“Eu queria saber se nós... bem, você sabe...”
Harry continuou em silêncio.
“Na verdade, Gina... Você meio que têm me ignorado faz quase um mês, então eu meio que não sei de nada”, comentou Harry, com sinceridade “E o fato de você ter namorado algum tempo com o Draco Malfoy, sabendo tudo de ruim e de pior que o pai dele fez para a família de vocês, também me fez entender menos ainda sobre você”
“Por que é que você tem que ser assim tão chato? Não sei como ela consegue gostar de um idiota como você quando tem um cara como eu...”, pensou Draco, desolado.
“É que... er... você... eu...”, será que Gina também sentiria muita dificuldade em reatar um namoro? Provavelmente, não, ela sabia a influência que causava nos homens.
“Gina? Ahn... É que eu estou um pouco ocupado... Estive pensando que, talvez, nós pudéssemos conversar mais tarde, sim?”, pediu Harry, com pesar, lançando um olhar a Ron e Mione, que pareciam estar prestes a terminar o questionário que os três deveriam fazer juntos.
Deu as costas para Draco, que, no desespero, berrou:
“Eu queria saber, Harry, se você não queria voltar comigo!”, disse ele, com urgência. Harry, Ron e Mione voltaram os olhos para ele, e Draco sentiu-se corar “Talvez, se você quisesse... eu estava disposta...”, Draco forçou-se à naquele momento usar o gênero feminino para que não deixasse-o desconfiar.
Hermione sorriu ao perceber que “Gina” havia seguido seu conselho.
Rony pareceu dar graças por “Gina” ter finalmente encontrado a luz da sanidade.
Harry apenas fitou-o, confuso.
“Você parecia feliz com o... Malfoy...”, disse, receoso.
“Ótimo, vai começar com cu doce? Por que eu posso mudar de idéia em dois segundos!”, advertiu Draco, querendo ardentemente que Harry continuasse com o “doce”, pois assim não reataria o namoro – Malfoys são pessoas de palavra – e nem perderia Gina.
“Não, é só que eu não entendo... Do nada, vocês nem se olham direito e o Malfoy parece voltar a detestar todos os Weasleys, porque, antes, ele até estava razoavelmente aturável, já que nem mesmo xingou a Hermione uma vez se quer e nem zoou com a situação financeira dos Weasleys e nem me agrediu, nem nada.. Mas, quero dizer, do nada, o desprezo dele parece voltar maior do que antes e ele nem mesmo olha pra você e o mesmo se aplica a você, que parece fingir que ele não existe e... eu... to falando demais?”
“Muito mais que demais, para você falar demais, você deveria ter parado no meio do seu sermão”, concordou Draco Malfoy.
“Sinto muito, não entenda mal, Gina, eu quero, sim, voltar com você, mas não acredito que você tenha esquecido...”
“Eu esqueci ele! Ele é um idiota, dá pra, pelo amor de Deus, você fazer o que é certo pra você? Você quer, ou não? Eu não vou ficar implorando!”, irritou-se Malfoy.
“Eu quero!”, apressou-se Harry “Mas...”
Draco fechou os olhos, sentindo algo dentro se partir.
“Olha, Ppp... Harry... Nós vamos ficar juntos, mas eu peço só pra você me dar um tempo. Um tempo pequeno... não muito mais do que nove dias... Eu... Quero dizer... Por favor?”, pediu Draco, não encontrando uma desculpa.
“Nove dias? Bom, com certeza você tem suas razões... Está tudo bem... Mas, Gin...?”
Draco ergueu os olhos para Harry Potter e sentiu um ódio sem tamanho por aquele idiota da testa rachada. Nunca o odiara tanto.
“Sim?”
“Ahn... Obrigado por essa... chance... de estar com você...”, disse o moreno, corando levemente.
“Ah... Certo”, disse Draco “Bom, a gente se vê... Quero dizer...”
“Daqui a nove, onze, quinze dias... Quando você quiser, sem pressão”, disse Harry, sorrindo, e sentando-se junto com Ron e Mione que pareciam muito satisfeitos.
Continua...

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