Os sete problemas



Harry Potter e o Olho do Dragão
Capítulo Nove – Os sete problemas


- Não entendo o que deu na sua cabeça ao deixar que Scringeour dissesse a meio mundo que você expulsou os Comensais da Morte antes do esquadrão de aurores chegarem. Afinal, o que vocês planejavam atingir com isso?

Era a terceira vez que Rony lançava aquela pergunta no ar e nas três vezes que dissera isso ganhara o silêncio como resposta. Tentou pedir ajuda à Mione, mas ela permanecia calada, com a cabeça sendo segurada pelas duas mãos e os dedos tamborilando no rosto.

Harry, por sua vez, continuava a observar, calado, pela janela, a lua minguante subir aos céus. Fazia pouco tempo que os três haviam retornado à Toca, todos com expressões cansadas, e decidiram por subir ao quarto de Rony para espairecer a mente sobrecarregada de tensão. O garoto nem ao menos tocou no assunto quando viajavam de volta para a casa dos Wealsey, e muito menos ali, porque o sono já começava a quebrar as suas resistências.

O ruivo pôs-se em movimento por seu quarto, totalmente com os nervos em frangalhos. Detestava aquele silêncio mútuo que Mione e Harry faziam sempre quando não queriam falar. Achou melhor parar de caminhar, já que dali não sairia nada mesmo, e se sentou ao lado de Hermione, desabando literalmente na cama como um gigante.

Então, num decorrer de tempo incalculável para Harry, a porta se abriu vagarosamente e uma cabeça apareceu. Era a Sra. Weasley, os olhos inchados de tanto chorar, e uma expressão visivelmente abatida. Estava claro para Harry que o incidente na igreja pegara a todos de surpresa, e aquele rosto triste à porta era a maior prova disso. Até quando a sombra de Voldemort ainda projetaria sobre cabeças inocentes? Harry tinha certeza que somente ele poderia por fim no desespero.

Seus pensamentos desanuviaram quando a Sra. Weasley ordenou que os três descessem imediatamente para terem uma conversa séria. Era a única coisa que Harry não queria fazer no momento... Mas em sinal de respeito à dona da casa, ele seguiu a ordem sem muita obstrução.

Assim que chegaram à cozinha, os outros que ali esperavam se remexeram tomando assento nas cadeiras distribuídas pelo cômodo. Lupin e Tonks se apertaram perto da pia, Moody e os irmãos mais velhos de Rony se amontoaram próximos à mesa e puseram-se a olhar para Harry. O Sr. Weasley estava sentado perto da cabeceira da mesa, o olhar perdido no tradicional relógio dos Weasley.

Harry se sentou no tamborete que a Sra. Wesley ofereceu para ele, e os outros dois amigos ficaram próximos das outras figuras que Harry não tinha percebido até então. Minerva McGonagall estava de pé, o traço fino de sua boca mais comprimido do que nunca, e Mundungo Fletcher, ao seu lado, brincava com um prato de porcelana de Molly Weasley.

Foi então que Harry notara que ali estava parte da Ordem da Fênix, o grupo montado por Alvo Dumbledore. O jovem notou também que havia uma cadeira vaga, junto à cabeceira da mesa, e o seu coração disparou, pensando que ali poderia estar o líder do grupo se estivesse vivo. Somente naquele momento Harry parou para pensar sobre a importância de Dumbledore para o grupo; o ex-diretor funcionava de tal forma que mesmo em situações difíceis alguns rostos felizes transpareciam, mas com sua ausência permanente, todos estavam cabisbaixos.

Ninguém ousou falar sequer uma palavra desde sua chegada ali. Harry pensou que talvez eles estivessem esperando por alguém, ou por alguma iniciativa de um dos presentes para o início da tal conversa séria. Sua primeira hipótese acabou por se concretizar não muito tempo depois, quando Hagrid e Shacklebolt adentram ao cômodo pela porta que dava para os fundos, depois de uma revista minuciosa feita por Olho-Tonto-Moody. Hagrid acenou para Harry e o gigante se colocou apertadamente num canto perto do armário de panelas.

A voz da Sra. Weasley, então, ousou a cortar o silêncio:

- Como está o Vítor Krum, Hagrid?

O gigante deu um suspiro longo e revelou:

- Ele está ainda inconsciente, mas os medibruxos me garantiram que o seu estado não chega a ser tão crítico como nós pensávamos. Fred e Jorge ficaram por lá – anunciou. – Gina, você sabe, foi fazer companhia à Fluer que ficou no hospital cuidando do tio e da irmã que se feriram.

- Eles me avisaram, muito obrigada Hagrid – agradeceu Molly, servindo um chá quente e esfumaçado para os novos convidados.

- Bem, acho que todos já chegaram! – cortou Minerva de forma seca. Ela se adiantou alguns passos e quando voltou a falar, dirigiu os olhos para Harry. – Percebo que você deve ter notado já que aqui estão presentes os integrantes da Ordem da Fênix.

Harry balançou a cabeça, mas não disse nada. Minerva continuou:

- Como você, o Sr. Weasley e a Sra. Granger completaram a maioridade, julgo que é a hora certa para que os três participem da Ordem da Fênix. – Ela pausou ante o burburinho que se levantou e depois de cessado, prosseguiu: - É claro que essa decisão não é toda minha, era sabido por todos nós que Dumbledore queria que vocês adentrassem ao grupo quando completassem a maioridade.

- Eu não concordo, mas como era um desejo de Alvo... – disse a Sra. Wealsey num rompante choroso, que logo foi abafado por seu marido.

McGonagall franziu o cenho seriamente para a mulher antes de continuar. Harry observou que a postura de McGonagall naquele instante era de alguém que estava no comando.

- Não estamos aqui para discutir opiniões, se ele estivesse vivo o desejo do ingresso dos jovens permaneceria o mesmo. Eu também não concordo, há muito que a aprender, mas não vou quebrar um pedido que Dumbledore fez a mim um pouco antes de sua morte.

- Porque Fred e Jorge não foram aceitos na Ordem da Fênix? – perguntou Rony, notavelmente esfuziante por finalmente participar das secretas reuniões e os irmãos gêmeos não.

- Desculpe Molly, mas falarei como ex-professora deles – disse McGonagall. – Os senhores Weasley, mesmo que honestos e confiáveis, não preenchiam alguns requisitos que nós presamos. Já vocês, de certa forma, possuem algo a mais.

Assim dada a resposta, Rony exibiu um largo sorriso no rosto, ao passo que Mione esfregava a cara com as mãos aborrecida com a falta de responsabilidade do garoto. Harry sabia o que Hermione pensava no momento; a Ordem da Fênix não era algo banal e muito menos uma brincadeira. Apesar de parecer um jogo, envolvia vidas, e isso fora provado com a morte de Dumbledore. Só não entendia o porquê da questão de Dumbledore em ingressá-los à Ordem da Fênix.

Em meio a um turbilhão de pensamentos desconexos, Harry ouviu a voz de McGonagall voltar a soar:

-... podemos passar para o próximo assunto, que é, afinal, o que muitos aqui querem discutir.

- Se o Mundungo velho de guerra aqui teve culpa no cartório – completou uma voz arrastada, um pouco sombria. Mundungo voltou o rosto para todos e deu um sorriso amarelado. – Não é mesmo?

- O que você quer dizer com isso, Fletcher!?

- Ora, Moody, não seja tolo – retrucou Mundungo ainda com palavras irônicas na boca. – Alguém foi o culpado de ter deixado a tourada entrar na igreja. Quatro pessoas – fez um gesto com as mãos indicando quatro dedos. – Eu, Arthur, Slughorn e Shacklebolt fizemos o encantamento de proteção. Um desses quatro foi o culpado. E qual que vocês acham que é o culpado? – não esperou Molly Wealsey se manifestar, pois alteando sua voz, respondeu: - Mundungo Fletcher é a resposta.

- Que tolice! – bufou mais uma vez Olho-Tonto.

- Onde foi que você andou bebendo dessa vez, Mundungo? – quis saber a Sra. Welasey, de mãos nas cadeiras, muito séria.

Muitas vozes começaram a ser disparadas contra o ar ao mesmo tempo, deixando Harry mais tonto do que já estava. A comandante, então, impôs a voz pedindo silêncio:

- Olha aqui, Fletcher, não comece com bobagens. Vamos permanecer como pessoas civilizadas e não é com brincadeirinhas que chegaremos ao ponto de debate. Não estamos aqui querendo colocar a culpa em ninguém, pois ainda não foi provado que tenha sido intencional...

- Por favor, Minerva, sejamos racionais! – Era Lupin, pela primeira vez dizendo a todos. – Um encantamento de proteção não se quebra tão facilmente, ainda mais com pessoas que sabemos que são extremamente boas em encantamentos desse tipo. Ou seja, por mais que as pessoas sejam confiáveis, a única resolução para o caso é procurar o culpado pela ação. Fletcher, por um lado, tem razão em colocar a culpa numa dessas quatro pessoas, mas errado em se portar como coitadinho.

Harry acompanhou a feição de Mundungo enquanto Remus falava. O bruxo esboçou um pequeno sorriso, satisfeito por alguém colocar crédito em sua teoria. Mas repentinamente o rosto modificou seriamente quando Lupin disse que se portara como um coitadinho. Harry não gostava dele nenhum pouco, ainda mais depois que o viu, no ano anterior, com algumas pratarias roubadas do Largo Grimmauld. Aquela mudança significativa na expressão denotava culpa ou era uma mera neurose por parte do jovem?

O zunzunzum voltou sobre a cozinha e não muito para que a ordem se restabelecesse. Depois disso Hagrid teve voz e ele mostrou seu ponto de vista a favor de Lupin. Não demorou muito para que várias opiniões dessem voto a favor para Lupin. Ficou nítido para Harry que outra sombra perseguia parte do grupo: a traição recente de um membro. Snape ecoava em sua cabeça assim como nas cabeças dos demais. A desconfiança se tornava vigente no momento e Quim expressou sua preocupação quanto a isso:

- De fato, Lupin tem um pouco de razão, mas talvez podemos estar influenciados por uma sombra que, pelo menos para mim, é bem palpável. Por mais que nós não gostássemos de Snape, confiávamos nele porque Dumbledore confiava. E a traição marcou todos nós, mesmo que lá no fundinho alguém nos avisasse que ele não era uma boa pessoa. – Pigarreou um pouco e prosseguiu: - Entendem onde eu quero chegar? A mancha que Snape deixou para trás está marcada em cada um de nós. É a desconfiança, o olho torto, a mente sempre fechada ou sempre tentando lê-la. Para mim, a partir de agora ninguém mais confia no outro.

Moody balançava a cabeça com veemência enquanto o negro falava. Após a sua fala, ele emendou com algo que estava garrado em sua garganta e que achara melhor colocar naquele momento:

- Quim tem toda razão, o meu olho vê o que muitas pessoas não vêem. Vejo a desconfiança também. Isso é fatal para um grupo como nós. Eu já tinha decidido o meu desligamento da Ordem da Fênix quando o querido velho Dumbledore nos deixou. Agora notando todos vocês, a minha decisão acaba de se concretizar: estou fora!

A primeira reação se deu por parte das mulheres. Tonks e a Sra. Weasley levaram as mãos aos olhos inconscientemente. Minerva McGonagall não disse nada, continuava imperturbável de seu lugar, mas os olhos estavam levemente marejados. O mais estranho era que ninguém se opôs a Olho-Tonto Moody, nenhuma fala que o convencesse a fazer ao contrário, que continuasse na ativa. Era a falta de Dumbledore novamente...

O velho bruxo mancou em direção à porta de saída, mas antes que saísse por ela, ele se virou para Harry e retribuiu um olhar profundo. Disse:

- Garoto, pode contar com o meu apoio para qualquer tipo de eventualidade. O velho Moody sai de cena, mas ele voltará na melhor parte! – E com um sorriso incomum, Olho-Tonto Moody desapareceu porta a fora.

Aquele era o fim da Ordem da Fênix? Quem mais deixaria o grupo? Harry não sabia ao bem se presenciava a extinção da Ordem da Fênix. Talvez se tratasse de um inicio de férias forçadas, pois no fundo cada um presente naquela cozinha havia dentro de si a chama da fênix. No momento, essa chama estava quase se apagando e dentro em pouco tempo apagaria. Mas como uma verdadeira fênix, o seu fogo em breve voltaria a se reluzir e Harry julgava que o momento culminaria com a batalha definitiva contra Voldemort.

As expressões se tornaram preocupadas quando Quim Shacklebolt disse algumas poucas palavras e se dirigiu para porta. Outra figura que se levantou para ir embora foi Mundungo Fletcher, mas sem dizer qualquer palavra de animo, apenas um simples até logo. Remus Lupin ergueu-se da cadeira, para surpresa de Harry e os outros, porém não se conduziu à porta.

- A Ordem da Fênix permanecerá na ativa, mesmo com as recentes baixas. Pelo menos eu e Tonks continuaremos a lutar, esse era o desejo de Alvo Dumbledore. Momentos difíceis foram feitos para enfrentá-los. Não culpo Moody, Fletcher e nem Shacklebolt por terem saído, eu sei que eles continuarão ajudando. Principalmente a você, Harry – Ele olhou para o jovem com carinho. – Estamos cientes que Dumbledore passou uma missão para você cumprir, não sabemos o quão importante ela é, mas tenha certeza que os seus companheiros da Ordem da Fênix ajudarão o quanto for preciso para concretizá-la.

Harry se sentiu comovido. Às vezes se perguntou, enquanto a reunião prosseguia, o porquê de ter aceitado silenciosamente em participar da Ordem da Fênix. Afinal de contas, teria que enfrentar uma missão que apenas ele seria o responsável por terminá-la. Assumindo compromisso com a Ordem ele estava colocando mais uma responsabilidade em sua listinha, que não era de forma alguma pequena. Mas uma voz, naquele instante, brotou de sua cabeça e resolveu o impasse. Por mais que fosse o único capaz de matar Voldemort, os amigos teriam um papel fundamental para sua conquista. Sem Rony, Gina e Mione, Harry não seria nada. Cada um deles possuía uma particularidade e unidas em conjunto o resultado era sempre o melhor. Porque não poderia acontecer o mesmo com a Ordem da Fênix? Ainda que informalmente, o apoio de Lupin, Tonks e Hagrid, por exemplo, poderia ser substancial para a vitória, assim como Rony, Gina e Mione. Então, ele estava certo em concordar...

Com um abano de cabeça, Harry se erguey da cadeira e olhou cada um a sua volta. Certo de que era o momento, falou:

- Eu sinto uma coisa que Dumbledore tinha me falado constantemente que eu não entendia muito bem. Agora, com vocês ao meu lado, entendo um pouquinho do significado. Não é a hora de falar, mas quando tomarem conhecimento no futuro haverão de concordar comigo. – Fitou Rony e Hermione piscarem os olhos e então ele continuou: - Como Lupin disse, Dumbledore me confiou uma missão muito importante. Ele fez me prometer que eu não falasse a ninguém, por isso continuarei com a promessa. E esse encargo começa amanhã, quando partirei rumo ao meu destino.

- O que você quer dizer, Harry? – esganiçou Hagrid, ainda choroso – Você vai nos deixar amanhã?

- Sim, Hagrid. Amanhã.

- E Hogwarts? – indagou McGonagall expressamente contrafeita. – Ela permanecerá aberta, você precisa dos ensinamentos dela!

- Não poderei estudar lá, apesar de que Hermione poderá me dar uma força nessa jornada.

Dessa vez, a Sra Weasley interferiu:

- A Hermione vai?

- Eu também vou, mamãe – informou Rony em apoio.

- RONY WEASLEY! EU O PROÍBO! – gritou ela.

- Obedeça sua mãe, rapazinho – emendou o pai com uma cara não muito agradável. – E você também, Harry, mesmo que ela não seja sua mãe.

A Sra, Welasey ficou vermelha, enquanto Harry, por sua vez, deu um leve sorriso. Mas rapidamente seu rosto tornou-se sério quando disse:

- Sr. Weasley, me desculpe, mas eu partirei pela manhã. Eu já tinha me decidido sobre isso depois do funeral de Dumbledore. E acho também que será difícil o senhor nos segurar, já que sabemos aparatar!

- Papai, eles já estão bem crescidos o senhor não acha? – questionou Gui Weasley bem-humorado.

- O senhor é tão crescido como eles e quase foi mordido por um lobisomem! – ralhou o Sr. Weasley de forma autoritária.

- Pessoal, se essa tal de missão é importante, por que não deixar os garotos irem? – disse Tonks rodopiando o dedo num de seus cachinhos rosa-chiclete.

- Eu já me decidi – entoou Harry definitivamente, antes que mais alguma torrente começasse contra sua partida. – Amanhã pela manhã partirei da Toca. Quando eu chegar ao meu destino mandarei notícias! Agora, boa noite!

O rapaz girou os calcanhares, sentiu os olhos dos outros fuzilarem o seu pescoço, e saiu certo de si. Rony e Mione logo o alcançaram na escada.

- Não gostei da forma que você disse, Harry. Não se esqueça que nós partiremos pela manhã e nós mandaremos notícias. Nem pense em sair escondido! – advertiu com o dedo em riste.

- Tenho que concordar com a Mione – disse Rony balançando a cabeça.

- Então me cubram de guizos para que eu faça o maior estardalhaço quando eu acordar – e dizendo isso, fechou a porta do quarto de Rony na cara dos dois.

- Ei, esse quarto é meu! – reclamou o ruivo.

A porta então se entreabriu e pode ouvir a voz de Harry soar lá dentro:

- Então faça silêncio, pois eu quero pensar em algumas coisas.

Mesmo com o autoritarismo injustificado de Harry, Rony concordou e entrou no quarto. Enquanto se despia para preparar para ir dormir, notou Harry sentar à escrivaninha, pegando pena e pergaminho.

- O que você vai fazer?

- Eu disse que quero silêncio, não escutou? – indagou Harry rispidamente.

- O que foi que te mordeu, ein? – Mal-humorado, Rony teve que se contentar com a cama e fechar os olhos para logo dormir.

Harry queria silêncio e ele reinou nos minutos seguintes. Colocou o pergaminho para próximo de si, mergulhou a pena no tinteiro e começou a escrever. Era necessário catalogar todas as suas metas daqui para frente. Fez uma lista de sete itens e notou que representavam não sete ações, mas sim sete problemas. Ergueu-se e pôs-se a caminhar em círculos pelo quarto quase escuro. Parou em frente à janela num dos muitos ciclos que havia dado e notou a decoração que os Weasley prepararam para o casamento, já que depois da cerimônia haveria a festa. As mesas enfeitadas, muitos artifícios mágicos ainda iluminando o local e o palco colorido que ele e Rony montaram na semana... Nada fora usado, graças ao ataque que Voldemort planejara. Uma pergunta veio em sua cabeça: quem poderia ter afrouxado a proteção que envolvia a igreja? Fora ato premeditado ou simples desleixe? Harry quis colocar essas perguntas no papel, mas ponderou por um minuto. Aquilo poderia ser deixado para a Ordem da Fênix descobrir.

Sentou-se mais uma vez na cadeira e leu o documento que tinha em mãos. Avaliou os itens e achou que estava de bom tamanho, era o que resumia o presente momento. Antes, porém, modificou o título do documento. “Os sete problemas” ficava mais charmoso do insosso título que havia colocado antes. Então, releu:

“Os sete problemas


Mistérios e problemas a resolver:

1. Procurar as quatro horcruxes perdidas: Medalhão – paradeiro: em poder de R.A.B.; Taça de Helga Hufflepuff – paradeiro: desconhecido; Objeto de Ravenclaw ou Griffyndor (?) – paradeiro: desconhecido; Nagini (?) – paradeiro: em poder de Voldemort.

2. Descobrir a identidade de R.A.B. – Suspeitos, segundo Hermione: Rosamund A. Blackwood e uma pessoa que ela não terminara de dizer quem era (perguntar o mais rápido possível).

3. Descobrir a identidade da velha misteriosa, portadora das cartas de Dumbledore. Possível R.A.B.?

4. Visitar dois lugares importantes em busca de pistas para as horcruxes: Godric’s Hollow e o Orfanato onde Tom Riddle passara a infância.

5. Descobrir o significado da carta-aviso de Dumbledore. O que é o Olho do Dragão? Um lugar, um objeto ou um olho de dragão literalmente? Os lugares descritos na inscrição da parede existem realmente?

6. Por que Dumbledore quer que eu volte para Hogwarts? Desvendar alguma pista na carta que remetera para mim.

7. O que Voldemort queria quando atacou a igreja no dia do casamento de Fluer e Gui? É verdadeira a afirmação de Belatriz? Porque Voldemort invadiu o Ministério passando-se por mim?O plano, nos dois fatos descritos acima, tem alguma relação?”



Pousou o pergaminho de volta a escrivaninha e dobrou-o em quatro partes e colocou no bolso do jeans que usava.

Fitou o relógio de cabeceira: 00h01min. O amanhã que ele sempre esperara havia chegado. Pensou em ir já para Godric’s Hollw mesmo nem sabendo sua localização. Reparou que Rony ressonava, lembrou da importante lição que tivera hoje e tirou a idéia de ir embora da cabeça. Trocou a roupa pelo pijama branco e caiu na cama, não demorando muito para dormir... e sonhar.

Sonhou que estava sendo sugado por um enorme buraco negro, e a gargalhada altiva de Voldemort como som de fundo só fazia com que o seu desespero aumentasse. Na manhã seguinte, já não se recordava desse terrível pesadelo. Chegara o grande dia.

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Preview: Harry, Rony e Mione partem para o primeiro desafio: Godric’s Hollow. Que mistérios os aguarda? E novamente a aparição de Draco Malfoy... Ele se revelará para Harry? Você confere as respostas no próximo capítulo, Retratos de Família.
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Helooooo!! Tudo bem pessoar? Aqui quem vos fala é a autora pirada dessa birosca! E eu pergunto: Tem gente que lê essa fic: SIIIMMMMMM! ÊÊÊ, ainda bem que tem né, senão eu tava frita. Adorei os comentários, muito feliz. Mas como tudo pra mim é pouco eu quero mais. Olha, me chamaram até de menininha indefesa! Adoreii!

Chega de bobagem (mandar coment não eh bobagem rsrs) e vamos lá falar do capitulo. É um terror para eu fazer reuniões desse tipo como aconteceu nesse cap. A gente tem que envolver todos os personagens para que eles não fiquem paradões e babando na cena. E ainda por cima coloca-los parecidos com a forma que a tia Jô os criou. Outra coisa: o capitulo se chamaria Planos de Guerra, como foi prometido no cap anterior, mas acabei mudando para os sete problemas, achei, assim como o Harry, mais charmoso. Qualquer coisa, me desculpem. Cap que vem só quando o espírito baixar, a fic agora vai alavancar! Desculpem qualquer erro que possa aparecer na fic, to postando pq to um dia atrasada! Bjinho, bjinho, bjinho, tchau tchau!

Malfeito feito
Madame Selina

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