A Conquista de Harry



Capítulo 4: A Conquista de Harry


A primeira impressão que tiveram foi a de estarem entrando em uma versão recente de Hogwarts. O castelo era imensamente grande, com uma arquitetura imponente. Era lindo e emanava poder.


- Uau... – murmurou Rony, encantado.


- É demais. – vibrou Hermione.


Os tapetes voadores, que estavam em fila indiana, foram descendo, até ficarem trinta centímetros acima do grama verde. Os novos aprendizes foram subindo os degraus de pedra e, conforme iam entrando no castelo, viam a placa de mármore azul que havia ao lado da porta da entrada principal da escola.


”Academia Universal de Aurores.


Um auror tem em seu coração muitas virtudes.


Sua varinha defende o oprimido.


Sua palavra só diz a verdade.


Sua fúria destrói a maldade.”



No saguão, onde os novos aprendizes ficaram aglomerados, surgiu um bruxo com vestes em verde-garrafa. Era sério e aparentava beirar os quarenta anos.


- Sejam bem-vindos à Academia Universal de Aurores. Sou William Littlewith, o Mestre de Venenos e Antídotos e Vice-Diretor da academia. Queiram me acompanhar por favor. – disse cordialmente e então, girando nos calcanhares, seguiu pelo corredor de onde surgira.


Todos foram seguindo-o em silêncio, enquanto observavam as estátuas e archotes do corredor largo e de teto abobadado. Isabella estava admirada com a beleza do lugar, e ansiosa para começar os estudos. Pelo visto, Harry também estava, já que passara a segurar sua mão com firmeza.


A verdade é que Harry notara os olhares masculinos que caiam sobre sua doce Isa, então, tratou de impor-se antes que alguém chegasse e tomasse seu lugar.


Quando entrou no salão principal, sorriu suavemente. O teto não era encantado, como o de Hogwarts...Haviam apenas quatro mesas retangulares. Uma para o corpo docente da Academia, uma para os aprendizes do primeiro ano, uma para os do segundo e a última para os do terceiro. Haviam gigantescas janelas nas laterais que tinham vista para os magníficos jardins que rodeavam o castelo.


No salão já estavam os aprendizes do segundo e do terceiro ano. Ninguém usando uniformes. E na mesa dos professores estava apenas uma cadeira vazia, a de William. Harry, Rony, Mione e Isabella reconheceram o diretor da Academia, Lawrence Flevershan, o homem a quem aplicara o N.I.E.M de Defesa Contra as Artes das Trevas e lhes dissera pessoalmente que tinham uma vaga na academia.


Como William pedira, todos acomodaram-se na mesa vazia, com o número de cadeiras exatas. O mestre sentou-se em seu lugar e então Lawrence levantou-se.


- Bom dia, novos aprendizes. Sei que o Mestre Littlewith já lhes deu as boas-vindas mas...sejam bem-vindos à Academia de Aurores. – disse com calma.


O “Quarteto Fantástico” sabia que Lawrence não era nem de longe parecido com Dumbledore, mas tinham certeza que era igualmente bom e competente naquilo que fazia. E, conforme o diretor ia falando, elfos domésticos iam entrando pela porta, carregando bandejas de prata e colocando o café da manhã nas mesas.


- Como foram avisados antes de virem para cá, o treinamento de vocês durará três anos. Vocês ficarão isolados do resto do mundo, sem receber ou mandar correspondência. A única janela para o mundo lá fora serão os jornais noturnos que receberão. Lembrando que nada de Profeta Diário aqui. O jornal é escrito por aurores e chama-se “Hermes”. – dizia o homem pausadamente e prosseguiu. – Em hipótese alguma vocês poderão sair de Ymländris. E quero avisar que nenhum local da ilha é proibido. Têm permissão para irem onde bem desejarem nas horas livres. E, para que não fiquem apenas no “meio do mato”, há o povoado bruxo de Thryümi. Podem ir lá quando bem entenderem...Beber, renovar estoque de material, roupas e etc.


Lawrence continuou falando, agora à respeito das regras da Academia em si, como, por exemplo, o horário das aulas.


- Não é permitido qualquer atraso. Devem estar onde seus mestres mandarem na hora que for marcada. Nem sempre terão aula nas salas do castelo. Agora, vou apresentar os mestres...da esquerda para a direita...


Uma mulher de cabelos ruivos e grandes olhos amarelos com vestes cinza-grafite levantou-se. Era Laura Billking, professora de Plantas Mágicas e Trouxas. Sentou-se e em seguida, William levantou-se e apresentou-se mais uma vez, como Mestre de Venenos e Antídotos. À sua direita estava um outro homem, careca e muito pálido. Era Edward Francly, mestre de Feitiços Ilusórios. Ao lado de Edward estava o diretor e Mestre de Defesa Contra as Artes das Trevas, Lawrence. Então vinha Vladmir Raspotim, Mestre de Trasfiguração e Metaformagia. Seguido de Charles Kutcher, Mestre de Criaturas Mágicas. E por último, Catherine Françoui, professora de Artefatos Mágicos e Rituais Antigos. Estava aí o corpo docente da Academia de Aurores.


Após as apresentações, o diretor pediu para que tomassem café da manhã.


- O que estão achando? – perguntou Harry, muito animado.


- Simplesmente demais...Acho que fizemos a escolha certa em virmos para cá... – comentava Rony enquanto pegava geléia de frutas vermelhas para passar nas torradas que estava a sua frente.


- Viram os nomes das matérias? É maravilhoso! – exclamou Hermione.


- Realmente, a Academia me surpreendeu... – disse Isabella, sorrindo.


Os quatro ficaram conversando enquanto comiam. Ali no salão, grande parte dos bruxos era extremamente séria e cordial, mas ainda haviam aqueles que sorriam animados e descontraídos, como o “Quarteto Fantástico”.


Quando todos terminaram e os elfos domésticos retornaram e recolheram toda a louça e o que sobrou do café, deixando tudo limpo rapidamente, Lawrence levantou-se novamente.


- Muito bem, devem estar cansados da viagem. Terão o dia livre para descansar e amanhã começaremos com as aulas. O mestre Raspotim vai passar o horário das aulas de vocês. Um pergaminho para cada um. A professora Billking vai passar um pergaminho em que vocês vão escrever seus nomes nos campos livres, na ordem em que estão. Há um salão comunal para vocês com cinco quartos que ocupam dez pessoas, independente do sexo. Aqui não temos cerimônias. – explicava Lawrence.


Raspotim foi passando, entregando os horários, enquanto que Billking ia pedindo para que assinassem. Conforme o faziam, as bagagens de cada um eram transportadas para o quarto correspondente. Harry, Rony, Hermione e Isabella iriam dividir o dormitório com mais seis bruxos. Eram eles: Amanda Franco, uma americana de 32 anos, Andrew Zidler, um escocês de 35 anos, Brian Macoulin, outro americano de 43 anos, George Bronsky, um russo de 28 anos, Nicholas Bellany, um inglês de 20 anos e Caroline Zarovich, uma turca de 46 anos.


Quando todos terminaram de assinar a lista, a Profª Billking pediu aos alunos novos que a acompanhassem. Ela os levou até o quarto andar do castelo, virou em três corredores até chegar em um corredor com uma belíssima tapeçaria e uma porta de vidro no fim.


- Espero que tenham gravado o caminho. Não se preocupem, com o tempo vocês vão se acostumando. Atravessando essa porta vocês encontrarão uma sala e cinco corredores que levarão aos quartos. Para cada quarto há dois banheiros. – explicava a mulher com calma, mas com o mesmo tom cordial de William.


A professora despediu-se e retirou-se. Todos foram entrando com calma. A sala era circular e grande. Haviam cinco lareiras, com sofás de três e dois lugares, poltronas e pufes postados na frente de cada uma. Haviam imensas janelas de vidro nos intervalos de lareira e corredor. Ainda havia também muitas mesas de madeira, redondas, com cinco cadeiras, também de madeira. Archotes e decoração em branco e azul.


Harry, Rony, Hermione e Isabella rumaram para o terceiro dormitório, que era o qual eles usariam, de acordo com a lista que haviam assinado. Ao entrarem, depararam-se com os outros seis bruxos, algumas conversas aleatórias aqui e ali enquanto ajeitavam seus “cantinhos”. Restavam três camas ali, uma de casal e duas de solteiro.. Os quatro iam se ajeitando enquanto conheciam os outros bruxos com quem dividiriam o quarto.


Passaram boa parte da manhã fazendo aquela arrumação toda. E ficaram realmente gratos quando ouviram a sineta, avisando o início do almoço. Todos, que estavam famintos rumaram aliviados e quando entraram no salão o cheiro delicioso de comida chegara em suas narinas.


- O que acham de irmos conhecer a ilha primeiro? – perguntou Rony enquanto servia-se de mais peito de frango.


- Eu acho que é o melhor...Quando escurecer, voltamos para o castelo e podemos explorá-lo um pouco... – respondeu Isabella, e em seguida levou um pedaço de batata assada à boca.


Os outros três concordaram e então continuaram a comer. Não demorou muito para que os novatos começassem a sair do salão, exatamente para fazer o que os quatro estavam planejando. Todos queriam conhecer a ilha.


Harry, Rony, Hermione e Isabella descobriram maravilhas na ilha, ainda que não tivessem explorado-a por inteira. Por exemplo, nem chegaram a ver a cidade mágica de Thriümy. Enquanto percorriam a floresta, descobriram que havia uma variedade de criaturas mágicas por lá. Quando finalmente anoitecera, os quatro retornaram para o castelo.


- É...a ilha não deixou a desejar... – comentou Rony quando estava na sala comunal, após o jantar, com Harry, já que Isabella e Hermione foram para o dormitório.


- É...não mesmo. – disse Harry vagamente.


O ruivo endireitou-se na poltrona e observou o amigo.


- Eu sei em quem está pensando. – disse com um sorriso cínico.


Harry pareceu acordar. Arregalou ligeiramente os olhos e fez-se de desentendido.


- O que?


- Isabella, seu tolo...Por que não me contou que está afim dela? – perguntou Rony em voz baixa.


- Rony...eu não...


- Não tente negar. Vi o jeito como anda olhando para ela...Está fascinado. Demorou para notar que “amiga” maravilhosa temos....você tem... – comentou o ruivo, rindo divertido.


- Ah Rony...É complicado...Acho que não tenho chances...Acho que ela não esqueceu o Malfoy...


- Qual é, Harry? Não desanima cara. Você acha que sabe, mas não se sabe...se não tentar. – disse Rony com calma.


- Desde quando você é filósofo? – brincou Harry.


- Desde que casei com a mulher da minha vida. – sussurrou o rapaz, sorrindo quando a imagem de Hermione viera em sua mente.


- Certo...mas, acha que...que devo arriscar? – indagou Harry.


- Tenho certeza. Não deixe a oportunidade passar. Harry, ela está longe do Malfoy...Está com o caminho livre...


Encorajado pelo melhor amigo, o moreno de óculos sentiu as esperanças se renovarem. Ele esperaria a melhor oportunidade para poder falar, confessar seus sentimentos para Isabella e então pedir uma chance para fazer com que ela aprendesse a amá-lo. “Não vai precisar se preocupar...Isa...Jamais vou deixar você...” pensou o rapaz enquanto fitava o fogo crepitante que queimava na lareira.


Ele não conseguia tirar a jovem de sua mente. Simplesmente não podia tirá-la. O sorriso brilhante e o olhar penetrante nunca o deixavam...nem mesmo em seus sonhos...


Ele estava em uma sala, sentado em um sofá com um tapete branco e fofo a seus pés e diante de uma lareira de mármore negro decorada com pedras de âmbar que cintilavam no escuro. Distraído, não nota que alguém se aproximava por trás dele.


- O que faz acordado até essa hora? - perguntou a mulher, sussurrando contra seu ouvido enquanto acariciava-lhe os ombros de uma forma provocante.


Aquilo causou-lhe arrepios pelo corpo inteiro. Endireitou-se, relaxando com a massagem que estava recebendo.


- Estou sem sono...Isa...


- Volte para a cama....estava tão bem dormindo comigo... – comentou ela calmamente.


Harry a fez dar a volta no sofá, até ficar em pé diante dele. Admirou-a por vários segundos. Estava tão sensual naquela camisola branca, justa, curta e de alças finas.


- Não posso dormir na mesma cama que você...É uma tortura para mim... – murmurou ele enquanto ia fazendo com que Isabella sentasse em seu colo, com uma perna para cada lado.


A moça o olhava nos olhos, seduzindo-o. Segurou as duas mãos de Harry e as colocou em seus seios, que estavam completamente rijos agora. Em seguida, passou a acariciar o rosto dele, com toques delicados. Ia aproximando seus lábios dos dele...provocando-o.


- Isa...Desse jeito eu não consigo resistir... – murmurou, meio rouco.


- Não resista...


Aquelas duas simples palavras fizeram o corpo de Harry queimar na chama ardente do desejo de vez. Apertou levemente os seios perfeitos da jovem, por cima da camisola. Ele, que a princípio havia adorado a camisola, agora estava detestando aquele tecido que impedia o contato direto com o corpo da sua doce Isa.


A jovem o provocava, movendo-se por cima dele, fazendo com que, daquela forma, o membro dele roçasse nela. Finalmente os lábios estavam unidos. Era um beijo cheio de amor, paixão e desejo, porém, o sentimento predominante era o último. ..era o mais intenso...


Harry não agüentava mais aquilo, tratou logo de arrancar a camisola de Isabella, deixando-a apenas de calcinha. Ficou admirando seu corpo. Não existiam palavras que expressassem tamanha beleza da forma que merecia. Era maravilhosa...como sempre suspeitara que fosse...


O rapaz não era o único que tinha necessidade de fazer o que havia feito, a bela Lestrange também queria libertá-lo dos tecidos. Começou pela camisa branca que ele trajava. Ao terminar de tirá-la, pendurou-a no braço direito do sofá e voltou a prestar atenção no corpo masculino que estava agora à sua disposição.


- Você é perfeita... – murmurou Harry enquanto levava sua boca até os mamilos rosados e rijos da moça, passando a chupá-los, lambê-los e mordiscá-los suavemente, levando-a a loucura.


Isabella fechou os olhos e concentrou-se nos toques e carícias que recebia. Àquela altura, ondas de prazer percorriam seu corpo, que implorava por ter o corpo do rapaz contra si. Sem agüentar mais, ela levantou-se, ficando novamente em pé, diante dele. Olhando-o nos olhos, um olhar profundo e penetrante, ela foi tirando sua calcinha. Agora, encontrava-se completamente nua.


Harry a contemplou por longos segundos, então, levantou-se também. Sorriu marotamente e colocou as mãos na própria nuca, como que dizendo para que ela prosseguisse. O que ela fez muito bem, já que cuidou de tirar-lhe as peças de roupa restantes. E ficou ajoelhada no tapete, com as mãos na cintura dele, enquanto começava a chupar o membro ereto do rapaz.


Um gemido rouco escapou da garganta de Harry. Os lábios...a língua de Isabella tocando, lambendo, chupando seu pênis que vez ou outra era suavemente mordiscado estavam deixando-o louco...de prazer. Sentia que estava prestes a ejacular então a fez deitar-se no tapete, de pernas abertas.


- Venha Harry...Faça-me sua... – sussurrava ela enquanto roçava o pé esquerdo na panturrilha do rapaz.


Ele não conseguia resistir àquilo...apenas deixou-se levar, deitando-se, encaixando-se entre as belas pernas da jovem e a penetrando logo em seguida...”



Harry abriu os olhos rapidamente, ao mesmo tempo em que Isabella arranhava suas costas e gemia prazerosamente em seu sonho. Ele estava suando frio e então notou que estava todo melado...havia gozado somente com aquele sonho...


- Ai cacete... – resmungou enquanto levantava-se desajeitado, indo em direção ao banheiro para se limpar...


***


Na manhã do dia seguinte...


- O que vão levar? – perguntou Harry enquanto espiava dentro de sua mochila.


Todos daquele dormitório já haviam acordado estavam terminando de se prepararem para as aulas. De certa forma, todos estavam começando a criar um laço de amizade ali. Ainda que o laço mais forte e mais intenso fosse o do “Quarteto Fantástico”.


- Ah Harry...penas, tinteiros, e alguns rolos de pergaminho... – respondeu Isabella, fechando o zíper da mochila do rapaz. – Vamos...sem nervosismo... – sussurrou sorrindo e piscou.


Ao olhar para ela, Harry lembrou-se do sonho que tivera naquela noite. Respirou fundo...quanto tempo aquilo ia durar? Quanto tempo agüentaria viver de sonhos? Não conseguiu encontrar as respostas, já que Rony começara a empurrá-lo para fora do quarto.


- Vamos logo...estou morrendo de fome. – disse o ruivo.


Hermione ia logo atrás, rindo divertida enquanto observava atentamente a forma como o marido estava agindo...não havia mudado absolutamente nada. Por último ia Isabella, caminhando com toda a graciosidade que só ela possuía. Sorria ao ver os três...seus melhores amigos...Não se imaginava mais sem eles. Não mais.


- Dois patetas. – brincou quando postou-se ao lado de Mione.


- Não mudaram nada. – comentou a morena entre o riso.


Os quatro rumaram até o Salão Principal. Os elfos domésticos já estavam saindo quando eles chegaram.


- Vejam...acabaram de servir o café. – disse Rony animado.


O ruivo segurou a mão de sua esposa e rumou até a mesa dos aprendizes do primeiro ano. O quarteto acomodou-se na mesa. Harry sentou-se ao lado de Isabella, diante de Rony, que por sua vez estava sentado ao lado de Hermione, que estava diante de Isabella.


- O que temos agora de manhã? – perguntou Harry ao ver Isabella consultando o horário.


- Às sete horas deveremos estar no Saguão de Entrada do castelo. Teremos dois tempos no jardim com o professor Charles Kutcher, Mestre de Criaturas Mágicas. Teremos uma aula de Defesa Contra as Artes das Trevas seguida por dois tempos de Artefatos Mágicos e Rituais Antigos. Das onze e dez até o meio dia teremos um tempo livre e então podemos voltar para cá para almoçarmos. E então, amigos, teremos a tarde livre. Mas às cinco e dez da tarde precisamos voltar, porque teremos uma aula de Feitiços Ilusórios. – respondeu a moça, entusiasmada.


- Poxa...isso aqui é mais puxado do que eu pensei... – resmungou Rony.


- Não achei...pensei que não teríamos tanto tempo livre. – disse Hermione, que parecia ligeiramente desapontada.


- É melhor assim, Mione. – comentou Harry, aliviado.


Então, às sete da manhã, todos os novatos encontravam-se no saguão. Todos muitos animados e dispostos, ansiando pela primeira aula. Quando o Profº Kutcher adentrou do recinto, trajando sua capa de bruxo cinza-grafite, todos ficaram em silêncio.


- Bom dia, queiram me acompanhar, por favor. – pediu ele, com um tom de voz sereno.


Todos foram seguindo o homem de cabeleira amarelo-ovo, falando em voz baixa enquanto deixavam o castelo.


- Vocês vão notar que nessa imensa floresta de Ymländris, existem muitas criaturas mágicas que foram trazidas para cá para serem estudadas. Como sabem, Voldemort andou reunindo muitas criaturas das trevas, portanto, o que nos restou foi reunir criaturas que podem nos ajudar...E entre essas criaturas...estão...os dragões. – dizia Charles quando todos alcançaram uma clareira no meio da floresta.


Na clareira havia dezenas de cercados contendo dragões adormecidos de variadas espécies e diferentes tamanhos.


- Nós vamos aprender a como domesticar esses animais...e usá-los a nosso favor quando for a hora. – disse o professor, sério.


Hermione não conseguiu resistir e ergueu sua mão.


- Professor? – chamou ela.


- Sim, srta...Granger, certo?


- Sim. Tenho uma dúvida...


- Diga, senhorita.


- O Ministério da Magia classifica os dragões como sendo criaturas XXXXX, ou seja, impossível de treinar, domesticar e matam humanos.


- Diga isso para Voldemort...pois ele já roubou criaturas da mesma classificação e começou a treiná-las. – disse Charles com calma. – Vamos fazer o seguinte...Lembram-se daquela classificação que o Ministério deu para as criaturas mágicas?


Todos assentiram com a cabeça, afirmando que lembravam.


- Pois bem...esqueçam-na. Vamos começar do zero. – disse o professor com simplicidade e então começou a explicar sobre as raças que haviam ali.


Aquela manhã passou numa velocidade incrível para eles, que, quando finalmente sentaram-se à mesa do salão principal, sentiam as barrigas roncar de fome.


- Foram aulas incríveis! – exclamou Hermione.


- Puxa...eles são brilhantes... – comentava Isabella, mas fora interrompida por Nicholas Bellany, que estava sentado ao seu lado.


- Brilhante é o que eu escutei hoje. – disse num sussurro. – Ouvi dois aprendizes do terceiro ano falando sobre uma sala aqui do castelo...uma tal de Sala Perdida.


O quarteto entreolhou-se e então voltou a encarar Nicholas.


- Disseram que bruxos realizaram coisas incrivelmente extraordinárias lá dentro...mas que há cinqüenta anos, ninguém nunca a encontrou. Dizem por aí que somente os dignos podem achá-la... – Explicou ele.


- O que foi que realizaram lá dentro? – perguntou Hermione, curiosa.


- Não se sabe ao certo...Foi há muito tempo...Mas os aurores se destacaram em suas vidas e no mundo. – respondeu Nicholas, sorrindo. – Imaginem...dons extras, por assim dizer. Incrível!


Todos os pares de olhos ali brilharam. Cada um imaginando os poderes que poderiam ser concebidos ao bruxo que pisasse na Sala Perdida. Talvez eles discutissem sobre a sala misteriosa mais tarde, mas aquele “mais tarde” não chegou. Ficaram demasiadamente atarefados nos dias que foram se seguindo. E a cada dia que se passava, os quatro, Harry, Rony, Hermione e Isabella, se destacavam ainda mais na Academia de Aurores. Eram realmente talentosos naquilo que faziam, e impressionaram seus mestres com a capacidade de fazerem tudo com muita eficiência. E sempre ficava mais evidente de que o mundo bruxo e trouxa poderia esperar grandes feitos daquele grupo.


No segundo domingo daquele mês, eles finalmente tiveram uma folga. Aproveitaram, assim como os demais aprendizes, para irem visitar a cidade mágica de Thriümy. Ela ficava em uma ponta da ilha, próxima da praia. Era circular e no seu centro havia uma piscina natural de água límpida e cristalina. As lojas eram todas feitas de tijolinho, mas coloridas Os locais mais interessantes eram a Cristais de Açúcar, uma loja de doces com tijolos coloridos. Coração do Dragão, uma casa noturna e uma danceteria bem exótica. Mademoiselle Sophie e Tiques de Moda, a loja de roupas para todas as ocasiões. Haviam ainda as lojas de artigos mágicos, esportes, livraria, mais um Bar e Café, mas nenhuma era tão atraente quanto o restaurante da cidade.


Mystilla’s Restaurante e Casa Noturna era um belíssimo prédio de três andares. No térreo, havia um magnífico bar e diversas mesinhas, onde as pessoas podiam aguardar quando o local que desejavam ir estivesse lotado. Os clientes podiam optar por um dos três segmentos. O primeiro andar era o Alÿritee, a danceteria. A música era alta e luzes coloridas piscavam em todas as direções. Nada de mesas, apenas cadeiras e sofás recostadas nas paredes, mas nenhuma ficava próxima ao bar. O segundo andar era o Ümbralis. Uma pista central com música exótica era rodeada por mesinhas. Ideal para jantares. E por fim, o terceiro andar, era o Ectëlys. Um ambiente com música lenta e baixa, ideal para casais românticos.


Harry, Rony, Hermione e Isabella estavam no Bar e Café Dragüilys. Encontravam-se sentados em uma mesa, do lado de fora do bar, tomando hidromel enquanto conversavam.


- ...mas é fascinante! – exclamava Hermione.


- Mas o nome diz tudo, mulher, Sala Perdida. O que a faz pensar que a encontraremos?? – resmungou Rony, impaciente.


- Nós somos ou não somos o Quarteto Fantástico? – indagou a morena, olhando do marido para Harry e deste para Isabella.


- De onde tirou isso, Mione? – perguntou Harry, arqueando uma sobrancelha.


- Ouvi um grupo de aprendizes falando a nosso respeito. Lembram da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas? Ninguém nunca conseguiu executar aqueles feitiços em único dia... – explicou ela, sorrindo de orelha a orelha.


- Gostei disso...Quarteto Fantástico. – comentou Isabella, rindo divertida.


- Vamos...Podemos vasculhar o castelo...Nós podemos até mesmo fazer um mapa, como o do Maroto... – disse Hermione, esperançosa.


- O Mapa Fantástico? – indagou Rony, olhando para o amigo, atônito.


- E por que não? – perguntou Harry sorrindo. – Acho que podemos no mínimo tentar...


Hermione e Isabella vibraram.


- Eu topo. – disse o moreno de óculos.


- Eu também. – disse Isabella, sorrindo amistosa.


- Eu, com toda certeza. – disse a outra jovem.


Os três viraram-se para Rony.


- Até parece que nenhum de vocês me conhecem...O que quer que façam, vou apoiar e participar...Estou dentro. – disse o ruivo.


Os quatro ergueram seus copos e brindaram. Todos rindo divertidos. Enquanto Hermione começava a explicar sobre os feitiços que poderiam ser úteis para que o Mapa Fantástico ficasse da mesma forma que o Mapa do Maroto, Isabella observava discretamente os amigos, com uma expressão calma, sorriso carismático e olhar carinhoso.


“Se vocês soubessem o quão importantes se tornaram para mim...são essenciais agora...sem vocês eu não estaria em lugar algum...Tê-los em minha vida me faz a mulher mais rica desse planeta...” pensava a jovem, saboreando o hidromel.


Harry havia notado que a moça estava calada. Olhou-a de soslaio. Se ao menos pudesse ficar a sós com ela...Estava tão distraído que, quando deu por si, estava falando.


- Isa...vamos dar uma volta...Precisamos conversar... – dizia o rapaz.


Os outros três viraram-se para ele. Rony, dirigindo-lhe um sorriso encorajador, enquanto que Hermione o fitava desconfiada e Isabella sorria, um tanto confusa.


- Hum...tudo bem... – disse Isabella, deixando o seu copo, vazio, na mesa.


Os dois se levantaram e afastaram-se do casal.


- Rony... o que é que está havendo? – indagou Hermione, olhando para o ruivo, exigindo a verdade.


- Será que não notou que nosso amigo está perdidamente apaixonado pela Isa? – perguntou Rony, como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo...e era...


- Ai Merlim...


Hermione estava preocupada. Não havia encarado aquilo tão bem. Temia que corações fossem partidos com aquela história...Era como se já soubesse o que estava por vir... “Tomara que a Isabella faça o que deve ser feito” pensou ela enquanto observava os dois amigos andando pela cidade.


Enquanto isso...


- Essa cidade é simplesmente perfeita... – comentava Isabella enquanto caminhava ao lado do amigo, olhando o vilarejo.


- Como você... – murmurou Harry.


- O que disse? – indagou a moça, pensando ter ouvido mal.


O rapaz engoliu o seco. Estava na hora. Arriscaria tudo. Jogaria dardos contra a parede e torceria para que alguns ficassem presos. Segurou a mão da jovem e a fez parar diante de si, em seguida, pegou a outra mão e ficou acariciando-as enquanto olhava-a nos olhos.


- Disse que a cidade é simplesmente perfeita, como você...Mas estou enganado...você não pode ser comparada porque...você é a Isa... – disse calmamente.


Isabella não estava pasma, no fundo, era como se soubesse o que estava por vir. Na verdade, ela estava surpresa por Harry estar falando daquela forma...As palavras dele faziam seu coração disparar e seu corpo estremecer...O que estava acontecendo?!


- Eu não sei se realmente devo fazer isso...mas estou deixando minha razão de lado...Vou cair na insanidade do meu coração agora... – sussurrando enquanto ia trazendo a bela mulher para perto de si.


- Harry...eu...


Mas Isabella não terminou de falar. Os lábios do rapaz estavam tão próximos e tão convidativos...que não podia resistir à eles. Seus coração e sua alma, além de seu corpo, imploravam por aquele beijo. Foi fechando os olhos lentamente enquanto soltava as mãos dele e o abraçava pelo pescoço.


Aquilo estava realmente acontecendo? Era real? Bem...o toque da língua da moça, o sabor adocicado de seus lábios e a carícia que suas mãos faziam confirmavam aquilo. Então, se era real...que fosse eterno também. Harry desejou que aquele momento nunca acabasse e que eles ficassem daquele jeito, abraçados e beijando-se por todo o sempre. Sentia-se completo agora...


Mas como tudo o que é bom dura pouco, o beijo também teve fim. Ainda assim, não se afastaram, permanecendo abraçados...As mãos de Harry percorrendo habilmente as costas da jovem, ainda que raramente tenha feito algo do gênero. Haviam diversos sentimentos sendo transmitidos através dos olhares de cada um, mas os que predominavam eram amor, carinho, paixão e satisfação. Sorriam, carismáticos, um para o outro.


- Não sabe o quanto eu desejei fazer isso... – confessou Harry.


- Adorei sua atitude... – disse Isabella, acariciando-lhe o cabelo.


- Eu preciso te contar uma coisa...É muito importante para mim... – começou ele, corando.


- Não precisa ter vergonha de falar, Harry. – disse a moça, serenamente.


- Eu...nos últimos meses...notei que realmente aprendi a amar você...mais do que amiga...Amo-te como mulher, Isabella. E...quero pedir uma chance para fazer você aprender a me amar como um homem...não como um amigo...


Um silêncio apaziguador pousara sobre os dois. Isabella não respondeu com palavras, seu olhar encarregou-se daquilo, assim como os gestos. Afinal, que resposta melhor que um beijo? E foi o que ela fez, o trouxe ainda mais para perto e voltou a beijá-lo intensamente.


Sim, estava disposta a aprender a amá-lo. E se as coisas continuassem naquele ritmo, sabia que não seria tão difícil...Só restava um único problema...Um fantasma chamado Draco Malfoy... Ela havia esquecido-o por completo? Não...Ele ainda estava lá...em sua alma e seu coração...em seus pensamentos...Mas Harry Potter estava em seu caminho, de uma outra maneira, é claro...Não que ele fosse tomar o lugar de Draco...isso ninguém faria...Mas ele assumiria um lugar no coração de Isabella, igualmente importante...especial e essencial...










N/A: Oláááááááááá! Olha eu aqui de novo...Finalmente consegui postar esse capítulo.
Agradecimentos:
Beijos para a gata da Sy, minha princesa Rê, a lindinha da Alessandra, a fofíssima da Mari, a querida da Miaka *_* e para a perfeitosa da Pá.
Abraços para o Thiago, Paulinho e Alexandre.
Galera, adorei os comentários de todo mundo! Para os interessados, entrem no blog, tem as fotos dos novos personagens. Valeu gente!!!!!!

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