Descoberta.



Rony, em sua cama, sonhava com Melissa... sonhava que estava beijando-a, acariciando-a... acordou suado. Tirou a camisa. Notou que suas roupas íntimas, tanto quanto sua calça, estavam molhadas, devido à excitação que sentira há pouco. “Merda!”. Abriu a cortina em volta de sua cama, a fim de pegar roupas limpas em sua gaveta. Vestiu-as. Ao deitar novamente, reparou que ao lado da cama de Harry havia uma mala aberta. Foi tomado pela curiosidade. Levantou-se, e foi ver o que era. “A capa e o mapa sumiram”, pensou quando viu a mala vazia. Hesitou em acordar Harry. Desceu as escadas e sentou-se em uma poltrona, pensando sobre o acontecido. Estava tão distraído que nem reparara que vestia apenas uma calça. Para a sua surpresa, pouco tempo depois ouviu a porta se abrir. Era Melissa, já fechara o mapa do Maroto e tirava a capa da invisibilidade, e também distraída, nem percebera um Rony estático com o que via.
-- Melissa?
-- R-Rony! Você me assustou. O que faz aqui? Semi nu?
-- o que eu faço aqui? Acho que deveria dizer o que a senhorita faz com a capa da invisibilidade do Harry e o mapa do Maroto nas mãos, de madrugada!
-- Rony, eu... eu posso explicar.
-- estou esperando! – Rony chegava perto de Melissa, fazendo-a derrubar a capa no chão. Ela estava com a blusa entreaberta, e o ruivo reparou em algo brilhante em seu pescoço.
-- que diabos é isso aqui?
-- Rony não!...
Rony pegou a corrente, vendo o pingente de coração. Notou um pequeno fecho, e resolveu abri-lo. Ao ver a foto dentro, o garoto soltou a jóia rapidamente, olhando para Melissa com um olhar assustado.
-- é por isso, não é Melissa?! É por isso que não quis ficar comigo. Você está com outro... com MALFOY!!!
-- Rony acalme-se... eu....
-- você o que Melissa? Vai dizer que estou vendo coisas e que não é você beijando o Malfoy nessa foto? Como você pôde... como fez isso comigo. Estamos falando de um MALFOY!!!
-- CHEGA! Rony chega! Pare com isso! Você não tem o direito de falar assim dele na minha frente!
-- não acredito que está defendendo aquele...
-- estou! Estou defendendo o Draco sim.
Rony pegou Melissa pelo braço, fortemente.
-- Rony, está me machucando...
-- sente o que eu sinto agora? Você me machucou Melissa... você não deu valor nem a mim, nem ao Harry quando fez isso tudo.
Rony soltou Melissa, fazendo-a esbarrar na mesa que estava posicionada atrás dos dois... o ruivo pegou a capa de Harry, o mapa e subiu as escadas correndo. No dormitório, depositou as coisas em seu devido lugar e deitou-se em sua cama, sem esquecer de fechar a cortina em volta dela. Não dormiu mais, pensando no que acabara de presenciar.

Depois da noite conturbada, finalmente o sol saiu e o dia amanheceu. Melissa acordou, vestiu suas roupas rapidamente e saiu para o café da manhã. Seguiu em direção à mesa da Grifinória, sentou-se ao lado de Rony, a fim de poder conversar com o amigo. Este por sua vez, levantou-se antes que ela pudesse falar algo. Melissa então, voltou-se para Harry, à sua frente.
-- acredito que ele tenha te contado... – disse ao amigo.
-- contou sim.
-- Harry, não me julgue como ele fez.
-- é difícil Mel.
Melissa contou a história para Harry, que pareceu entendê-la, mas não aprovou as atitudes da garota.
-- mas Harry, eu me apaixonei pelo Draco! Essas coisas não dá pra controlar!!!
-- eu sei Melissa. Mas nem sequer pensou em mim, ou no Rony.
-- Harry... por favor, eu preciso de você ao meu lado. Pelo menos você.
-- não aprovo esse “namoro”. Mas não deixei de ser seu amigo. Falei com Sirius sobre isso, Mel. Ele disse para ter cuidado com o pai do Malfoy.
-- Draco também me disse isso.
Sirius Black, padrinho de Harry, se encontrava livre de Azkaban e permanecia em Hogwarts, dando aula de Defesa Contra a Arte das Trevas e também resolvendo futuros problemas com Voldemort, o famoso “lord das trevas”.
Harry e Mel conversaram mais algum tempo e seguiram para as aulas. A 1ª era novamente Poções. Melissa procurou Draco com os olhos e avistou-o. Discretamente, mandou-lhe um pequeno bilhete.
“Rony sabe de tudo.
Mel.”
Draco fitou a garota por alguns segundos. Snape entrou na sala.
-- página 260. Malfoy, Dumbledore quer falar com você.
Um aperto invadiu o coração de Melissa. Rony entrou na sala, atrasado.
-- onde pensa que está, Weasley?
-- desculpe, senhor.
-- vai ficar meia hora depois da aula.
Melissa mal conseguia se concentrar. E Draco? Onde estava e o que acontecera?

Do lado de fora da sala de Dumbledore, Lucius Malfoy esperava Draco. Snape mentira.
-- pai?
-- me acompanhe.
-- mas pa...
-- VENHA!
Lucius levou Draco até uma sala parecida com a de Snape. Fez o garoto entrar 1º e entrou em seguida, batendo a porta com força.
-- agora me diga o que é que você está fazendo da sua vida.
-- pai, não estou entendendo...
Lucius pegou Draco pelo braço.
-- você sabe muito bem, muleque. Agora deu para andar com filha de trouxas...?
-- eu...
-- CALE A BOCA!
Um tapa estalou no rosto do Sonserino, fazendo-o cair no chão. O pai prosseguiu...
-- você não honra seu nome? Não vou deixar que você estrague anos de tradição por um divertimento com uma sangue ruim.
-- ELA NÃO É SANGUE RUIM! – Draco levantou-se, encarando o pai, levando em seguida outro tapa. Mas dessa vez não caiu. Ergueu a mão, a fim de revidar a violência paterna, mas foi segurado pelo pulso.
-- como ousa levantar essa sua mão para mim?!
-- você não vai falar mal da Melissa na minha frente.
-- ah... Melissa? É esse o nome da vad...
Draco empurrou Lucius, o impedindo de desrespeitar Mel. Como castigo, levou mais um tapa e foi encurralado na parede, com o pai apontando a varinha em direção ao seu pescoço.
-- não quero você andando com essazinha. Se eu souber... escute bem, se eu souber que você continua se encontrando com ela, terá que sofrer as conseqüências depois. – Lucius soltou Draco, que deslizou até o chão. -- não diga que não avisei!
Saiu da sala, depois de algum tempo, Draco saiu também. O louro seguiu até a enfermaria, devido a um pequeno corte que seu pai lhe fizera acima da sobrancelha esquerda. Fez um curativo e seguiu para as aulas.
À tarde, antes do treino da Grifinória, fora conversar com Melissa. A garota, assim que o viu, correu ao seu encontro. Deixando um Rony se roendo de ciúmes, entrando no vestiário com raiva.
-- Draco! O que faz aqui? E esse curativo?
-- Mel, preciso conversar com você.
-- o que aconteceu?
-- não era Dumbledore que queria falar comigo, era meu pai. Não sei como ele ficou sabendo sobre nós... mas me ameaçou.
-- Draco não pode ser...
-- não quero te ofender, mas não acha que o Weasley poderia ter aberto aquela grande boca para o Snape?
-- Malfoy! O Rony não faria isso! Nem mesmo estando tão magoado...
-- ele gosta de você Melissa! Quando gostamos de alguém somos capazes de qualquer coisa!
-- não Draco! Ele não contou nada! Tenho certeza!
-- ta bom! Seja cega então. – Malfoy desvencilhou-se de Melissa e saiu andando...
-- Draco volte aqui! – Melissa segurou-o pelo braço -- fique comigo.
O Sonserino abraçou-a.
-- não podemos Mel. Não podemos mais ficar juntos.
-- foi seu pai quem te fez esse corte?
-- foi. E ele vai fazer muito mais se souber que estamos nos encontrando de novo.
Harry se aproximou do casal e pegou de leve no braço de Melissa, chamando-a para conversar alguns instantes...
-- Mel a gente precisa ir... temos que treinar.
Melissa voltou-se para Draco e beijou-lhe a boca...
-- a gente se fala depois Draco.
-- ta bom... – Malfoy abraçou-a por mais alguns segundos, disse-lhe baixinho no ouvido um “eu te amo” e saiu andando.
Melissa seguiu com Harry para o treino.

Mais tarde, os alunos saboreavam um delicioso banquete... mas Rony se encontrava com o prato vazio e um olhar distante. Melissa resolvera não força-lo a conversar, e deixar que as coisas acontecessem naturalmente. Harry aproximou-se do amigo...
-- Rony... você está se sentindo bem?
Não obteve resposta...
-- Rony?!
-- não Harry... não estou bem.
-- Rony, você sabia que ela não sente por você o mesmo que você sente por ela.
-- MAS ELA NÃO TINHA O DIREITO!
O ruivo levantou-se e saiu do salão. Melissa sentou-se ao lado de Harry.
-- ele não ta bem, não é?
-- é Mel...
-- e é por minha causa?
-- também é Melissa. Já te disse isso, o Rony é apaixonado por você há uns 3 anos...
-- mas por que ele nunca falou nada comigo? Você sabe como eu sou péssima em reparar nessas coisas...
-- acho que ele teve medo...
-- de quê?
-- de acontecer o que aconteceu. Você dizer “não”.
Melissa abaixou a cabeça e também saiu da mesa. Dirigia-se ao salão comunal da Grifinória quando foi parada por alguém. Era Draco.
-- Mel... precisamos terminar a nossa conversa.
-- eu sei. Vamos à nossa sala mais tarde.
-- acho que é um pouco arriscado...
-- mas é o único lugar que temos...
-- está bem. No mesmo horário... – Draco olhou para os lados, certificando-se de que estavam sozinhos, e beijou Melissa nos lábios... demoradamente. Escutaram um barulho atrás de uma das estátuas e se soltaram rapidamente.
-- você ouviu? – sussurrou Draco à Melissa.
-- ouvi.
-- devagar, vai indo pro salão da sua casa. Te vejo mais tarde.

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