A morte do grande herói



Logo as semanas passaram rapidamente. Já estavam em outubro. Rebecca Pettigrew não ficou quieta. Continuar a tentar amedrontar Harry. Ele e Hermione marcaram um encontro na sala comunal da Grifinória de madrugada. Iriam conversar sobre eles dois.
Decidiram se encontrar toda terça de madrugada escondidos numa sala, para poderem namorar. Ninguém ainda sabia sobre eles.



O resto do mês foi tranqüilo até chegar perto do dia das bruxas, todos estavam animados para o início das festividades. No dia trinta, uma terça, Hermione se encontra com Harry.



- Harry eu esto suspeitando de algo - disse ela em um tom sério que fez Harry ter medo.


- O quê é? - perguntou Harry aflito.


- Acho, acho - disse gaguejando - Acho que estou grávida.


- Grávida? - perguntou Harry espantado. Por essa ele não esperava. Ficou branco.


- De você Harry.


- Mas como?


- Harry, a gente não tomou cuidado.


- O quê vamos fazer?


- Eu não sei. - disse Hermione desesperada.


- Quanto vai nascer? - perguntou Harry bolando um plano.


- Daqui a uns novemeses - disse Hermione.


- Exatamente em junho.


- Mas eu não posso esconder a barriga.


- A gente dá um jeito.


- Eu te amo, Harry.


- Eu também te amo - disse Harry chorando pelo fato de ser pai.



O dia 31 de outubro começou frio, cinzento, com nuvens no céu. No salão principal tudo estava sendo aprontado para a festa de dia das bruxas. Havia milhares de abóboras por todo o canto.



Harry acordou mal aquele dia. Parecia que foi um sonho, mas Hermione estava realmente grávida. Mas como? Porque Harry não tomara cuidado. Deveria ter se prevenido. Não sabia como eles iriam esconder uma gravidez. Hermione seria ridicularizada por ter um filho tão cedo. Havia ainda a questão dos pais dela. Como ela iria contar aos pais que estava grávida? Não podia simplesmente chegar e dizer: Oi mãe, estou grávida. A mãe dela nem deveria saber que ela não é mais virgem.
Naquela manhã Hermione também acordou mal. Como Harry ela não sabia como esconder sua gravidez. E como Harry também pensou em como ela ia contar para os pais.



Hermione passou a manhã inteira tentando se concentrar nas aulas, o que para ela não era difícil, mas hoje era impossível. Mais dia, menos dia ela teria que anunciar o que aconteceu. Harry também não parecia se concentrar, andava nervoso. Tinham que fingir que tudo estava bem.



***



Eram oito horas em ponto e Harry descia tentando fazer um sorriso. Hermione o acompanhava e juntos Harry, Rony e Hermione foram andando até o salão principal. Foram passando pelas escadas e corredores enquanto Hermione forçava uma falsa cara de alegre. Rony conversa com Harry que estava tentando se distrair para poder curtir a festa.



Quando entraram no salão principal virão ele todo enfeitado com tudo de dia das bruxas: abóboras, esqueletos flutuando pelo salão e um Frankstein bem em a frente da mesa dos professores.
Hermione assim que chegou se deslumbrou com a cena. Ainda não tinha muita gente na festa, mas logo todo mundo chegaria. Ela tinha que se esquecer dos problemas e se divertir, afinal de contas não há uma festa todo dia. Andou pelos cantos olhando os detalhes das decorações com Harry e Rony. Rony contava alguma coisa engraçada para eles sobre Snape. Hermione riu tanto que ficou com a boca doendo de tanta risada. Era isso que ele queria hoje, se divertir.


Hermione continuou caminhando pelo salão que em vez das cinco mesas que ele tinha para as refeições, que estavam encostadas nas paredes, havia muitas pequenas mesas para quatro pessoas e uma grande mesa que ia quase de um canto a outro do salão. Nela tinham tudo o que se podia imaginar de comida, de hambúrgueres até sushis. Em uma mesa que estava encostada no canto tinha várias cores e sabores de suco refrescos e ponches.


Vários alunos estavam conversando no pátio de Hogwarts. Hermione, com a ajuda de Rony e Harry, pegou algumas coisas para comerem ao ar livre.
O tempo que de manhã ameaçava uma chuva, de tarde já estava com poucas nuvens no céu e um sol raiando alto. De noite havia esfriado um pouco, mas não parecia que ia chover.



- Mione, vai ter música na festa? - perguntou Rony interessado em dançar com a garota.


- Acho que sim. - respondeu prontamente Hermione comendo um sanduíche.


- Vem comigo lá dentro ver se vai ter música. - propôs Rony.


- Tudo bem - disse ela terminando de comer o sanduíche - Harry, você pode esperar a gente?


- Ah, claro.


- Então vamos, Rony.


Hermione e Rony caminharam até o Hall de Entrada. Chegando no salão, que estava bem mais cheio do que antes, eles foram procurar o Dumbledore ou Mc Gonnagal. Dumbledore estava na mesa dos professores conversando com Flitiwick e bebendo vinho.



- Prof. Dumbledore - chamou Hermione.


- O quê Srta. Granger?


- Vai ter música nessa festa?


- Vai, só estamos esperando o resto dos alunos chagarem.


- Obrigado Professor.



- De nada - respondeu educadamente Dumbledore.



Hermione e Rony felizes da vida porque iriam ter música na festa. Correram empolgados pelo castelo até chegarem perto do lago onde estavam com Harry.



- Cadê o Harry - perguntou Hermione não o encontrando.


- Não faço a mínima idéia - disse Rony procurando o amigo por todo o lado.



Ficaram gritando seu nome para ver se ele respondia, mas nada. Entraram de volta no castelo para ver se ele tinha ido para dentro e também não o encontraram.



- Rony, onde será que o Harry se meteu? - perguntou a garota apreensiva.



- No meu bolso não está - disse Rony rindo da cara de preocupação da amiga.



- Como você pode brincar numa hora dessas? - perguntou Hermione séria quase chorando.



- Relaxa Hermione - tentou acalmar Rony - Ele deve estar por aí. Se ele não voltar em trinta minutos para o lugar onde a gente estava lá fora, você pode chamar o Dumbledore.


- Jura? - perguntou ela não acreditando em Rony.


- Claro que sim. - disse Rony.



Hermione e Rony caminharam até o lado de fora da festa onde encontraram Simas Finnagam.



- Oi Simas! Você viu o Harry por aí? - perguntou Rony esfregando as mãos tentando se aquecer do frio da noite.


- Não sei - disse Simas coçando o olho, com certeza estava com sono.


- Olha, se por acaso você o ver avisa para a gente?


- Claro.


Simas Finnagam parecia não dormir fazia anos. Seus olhos azuis quase não eram vistos porque suas pálpebras mal ficavam abertas.



- Simas, você tem dormido? - perguntou Hermione preocupada com Simas e o olhando de cima a baixo.


- Não eu estou bem. E que já é meio tarde. - disse ele tentando disfarçar o sono.


- Mas são oito da noite ainda! - disse Hermione em tom de espanto.


- Qualquer coisa sobre o Harry eu aviso para vocês - disse Simas indo para um outro canto do lago antes que Hermione pudesse perguntar algo.



Hermione ficou estranhamente inquieta depois que falou com Simas. Ela andava de um lado para o outro preocupada com Harry e com Simas que parecia que cair de sono. Ele não parava de bocejar. Parecia estar dormindo em pé. Com um olho semicerrado e o outro fechado.
Passados vintes minutos e depois de umas quarenta voltas que Hermione deu envolta da comida Rony percebeu que ela não estava bem. Sua cara de medo misturada com ansiedade a deixava tão bonita pensou ele. Talvez ele devesse declarar a Hermione que ele a amava.



Não, pensou Rony. No mínimo ela ia rir da cara dele e dizer que ele estava maluco. A voz de Hermione de repente o fez voltar ao mundo real.



- Rony, e melhor a gente falar com o Dumbledore - disse Hermione completando mais uma volta.


- Tudo bem eu prometi, está prometido. - disse Rony que também não escondia sua preocupação.



- Vamos logo antes que aconteça algo a Harry. - disse Hermione correndo até o salão.



O salão a essa hora já estava cheio. Muitas pessoas que estavam do lado de fora, entraram para poder escapar do frio. Rony e Hermione correram até Dumbledore. Para falar com ele. Estavam vermelhos e suados de tanto correr. Mal conseguiam falar. Estavam se fôlego. Correram o mais rápido que puderam.



- Professor... - disse Hermione ofegante.


- O quê aconteceu? - perguntou Dumbledore olhando sem entender porque Hermione e Rony haviam corrido tanto.



- O Harry professor... - disse Rony tomando o lugar da amiga.


- O quê tem ele? - perguntou Dumbledore preocupado.


- Ele sumiu.



- Como assim sumiu? Vamos a minha sala, agora! - disse Dumbledore quase gritando e impressionando Rony e Hermione que nunca o viram agir desse jeito. Estava muito tenso com o sumiço de Harry. Só podia ser, tentava se convencer Hermione. Rony por outro lado estava mais calmo, pelo menos era o que ele demonstrava.


- Professora McGonagall por favor - chamou Dumbledore - pode me acompanhar até minha sala.



- Com prazer - disse McGonnagall.



Foram pelo colégio. Todos calados sem falar uma palavra. Dumbledore tinha um olhar azedo, andava a passos largos o que dificultava para os outros que as vezes tinham que apressar um pouco o passo para acompanhá-lo. McGonagall tentava disfarçar a curiosidade, ela não tinha ouvido a conversa de Harry e Hermione com Dumbledore, e tentava a cada momento decifrar o rosto do diretor. Hermione nunca imaginou que Dumbledore fosse capaz de fazer o que fez com eles. Gritou. Isso não combinava com Dumbledore. Ele devia saber alguma coisa a mais. Rony estava assustado. As ameaças de morte feitas pela Rebecca Pettigrew pareciam se concretizar. Só ela poderia ter cometido tal barbaridade. Era claro que a Sra. Pettigrew odiava Harry mas chegar ao ponto de matá-lo? O que levou ela a odiar tanto Harry. Porque Harry não acreditou no que ela dizia? Porque ele pensou que fosse um blefe? Essas eram algumas das perguntas que podiam se respondidas podiam ter deixado Harry vivo.



Quando chegaram no tradicional gárgula de pedra que protegia a entrada da sala de Dumbledore, McGonagall disse uma senha qualquer que nem Rony nem Hermione prestaram atenção. Em fila indiana subiram a escada em espiral para a sala de Dumbledore.



A sala de Dumbledore era cheia de retratos de antigos diretores que cochichavam um com o outro sobre a vida das pessoas. A fênix de Dumbledore, Fawkes, estava grandiosa, no auge do seu ciclo de vida. Haviam várias coisa na mesa de Dumbledore: espelhos, objetos de prata e a tradicional penseira.



- Srta. Granger, conte desde de o início o que ocorreu - disse Dumbledore olhando para a garota através de seus óculos de meia-lua.



- Eu, Rony e Harry fomos para o lado de fora. Nós pegamos algumas coisas para comermos. Ficamos conversando um certo tempo até que o Rony quis saber sobre a música.



- Disso eu sei - falou Dumbledore - Vocês foram no salão e me perguntaram se ia haver música. Mas, o que aconteceu depois?



- Eu e Rony estávamos felizes causa da música e queríamos contar logo para o Harry o que havia acontecido. Só que quando voltamos lá, não havia ninguém.



- Ele havia sumido - concluiu Dumbledore.



- Exato - disse Hermione.



- Mas, já faz algum tempo que vocês me perguntaram sobre a música. Porque não vieram antes?



- Por minha culpa - se meteu Rony - Eu pedi para que Mione esperasse mais um pouco para falar com o senhor. Afinal de contas, ele apenas podia ter ido no banheiro. Esperamos meia hora para ver se ele chegava mas como não chegou fomos contar o que aconteceu.



- Está certo - disse Dumbledore - Professora Minerva, por favor cancele a festa. Mande todos irem direto para seus dormitórios. E a senhora também faça o favor de avisar a todos os professores que vão para o salão principal. Vocês dois fiquem aqui - completou olhando para Rony e Hermione.



- Já estou indo - disse Minerva fechando a porta.



***



Todos se perguntaram o motivo do cancelamento da festa. Estavam muito chateados e muito curiosos. Qual era o real motivo do cancelamento? Os alunos só saberiam na manhã seguinte quando Dumbledore contasse o ocorrido.

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