Loucuras amorosas no trem

Loucuras amorosas no trem



Harry despertou. Olhou no relógio. Cinco da manhã! Meu Deus, como dormira. Era dia 1º de setembro e ele estava animado para voltar para Hogwarts. Acordou bem cedo, antes mesmo de seus tios, e foi ler o livro de poções. Snape sempre pegava os alunos despreparados no começo do ano fazendo perguntas difíceis, mas este ano Harry estava preparado. Ouvira ruídos do corredor. Seus tios já deviam ter acordado. Arrumou todas as suas coisas em seu malão e levou para o primeiro andar.



Quando Harry chegou seu tio já estava lá embaixo num robe azul-turquesa.



- Já está pronto? - Perguntou Tio Válter em um tom de voz resmungão - Sua Tia e o Duda já estão vindo, então trate de comer logo.



- Tudo bem - respondeu Harry entusiasmado por sair daquele lugar.



Após o café Tio Válter ajudou Harry a botar as malas no carro e foram para a estação.



Durante a ida à Londres, Tio Válter falava alguma coisa sobre um novo investimento de sua firma e Petúnia concordava com uma cara amarrada. Fora isso Duda não implicou com Harry e nem seu tio citou seu nome. Parecia que ele não existia. Harry gostou muito desse fato.



Chegando na estação Harry pegou um carrinho e botou o seu malão.



Harry andou por toda a King's Cross para chegar a plataforma 91/2. Como sempre haviam muito trouxas andando de um lado para o outro na estação e ninguém, como sempre, notou Harry no meio da multidão.



Depois de atravessado o portal Harry viu um trem vermelho escrito "Expresso Hogwarts". A plataforma estava lotada, mas mesmo assim encontrou Hermione e Rony.



- Oi, Mione - gritou Harry para que ela e Rony percebessem ele.



Mione e Rony vieram correndo como dois desesperados para reencontrar o amigo.



- Harry recebeu o meu livro? - perguntou Hermione.



- Claro - disse Harry - Só li o primeiro uso.



- Uso do quê? - pergunta Rony que só chega agora e pega a conversa no meio.



- A Mione me mandou um livro - explicou Harry - Doze usos do sangue de Dragão de Alvo Dumbledore.



- Eu não sabia que o Dumbledore havia escrito um livro. - falou Rony com uma cara de espanto.



- Rony, esse livro não é nenhum best-seller - comentou Mione rindo da cara que Rony fez.



- Mas, mudando de assunto, como se sente sendo a nova MONITORA da Grifinória? - perguntou Harry enfatizando o monitora.



- É a melhor sensação do mundo. Agora a Grifinória não ira perder mais pontos e... - Hermione foi cortada por Rony.



- Tá bom, tá bom - disse Rony interrompendo a garota - deixa para outra hora seu discurso. Depois que encontrarmos uma cabine.



Após de algum tempo dentro do trem Harry, Mione e Rony encontram uma cabine para dividirem com Gina, Fred e Jorge. Eles começam a falar sobre quem irá ser o novo professor de Defesa Contra a Artes das Trevas.



- Eu aposto que vai ser o Lupin - diz Harry - Ele com certeza volta.



- Eu acho que é um professor bem chato e velho - diz Fred rindo de si mesmo.



- Eu aposto que vai ser uma professora - disse Rony esperançoso.



E assim continuaram conversa adentro até chegar a moça do carrinho. Compraram algumas coisas e se serviram. Havia bastante coisas para se comer mas Harry ainda continuou conversando.



Meia hora depois a porta da cabine se abre. E entra Draco Malfoy com seus gorilas Crabbe e Goyle.



- Oi! Vim fazer uma visita aos meus adoráveis amigos. - disse Draco sarcástico.



- Cala a boca Malfoy! - disse Rony irado cerrando os punhos.



- Calma Weasley - disse Draco rindo dele - meu assunto e com seu amiguinho Potter.



Draco ficou encarando Harry nos olhos sabia que seus olhos verdes profundo mostrava que Harry não se intimidava fácil. O objetivo de Draco ali era irritar Harry. Deixá-lo furioso ao ponto dele se dar mal. E estava conseguindo. Draco mudou sua expressão de um sorriso para uma cara mal-humorada quando se lembrou que ainda não estavam em Hogwarts. Então Draco resolveu esperar até o início das aulas.



- Que foi Malfoy? - perguntou Harry tentando se controlar apesar de estar vermelho como um pimentão - Quer briga? Quer?



- Deixa para depois o nosso assunto. - disse Draco girando na ponta dos calcanhares e indo embora com Crabbe e Goyle.



- Malfoy você me paga - disse Harry depois de Draco ir embora.



Quando aquele bate-boca com Draco acabou, Harry tentou voltar ao normal apesar de continuar com os punho fechados. Tentando acalmar Harry, Rony o chama para uma partida de xadrez. Rony pega o seu tabuleiro e começam a jogar. O que distrai Harry, mas não o deixa feliz. Rony ganhou rapidamente de Harry.



- Talvez devêssemos tentar snap explosivo. - sugeriu Harry após a quarta partida perdida - Vamos Rony!



Enquanto Harry e Rony se entretinham em uma emocionante partida de snap explosivo, os outros não tinham muito o que fazer. Hermione lia a edição de hoje do profeta diário pela décima vez. Fred e Jorge conversavam sobre a loja que montariam assim que saíssem de Hogwarts. Gina ficava muito entretida conversando e gesticulando bastante com Rony e Harry enquanto eles jogavam.



De repente o trem da um freada forte e todos acabam caindo. Se houve gritos por todos os cantos e várias pessoas indo até os corredores se perguntando o que aconteceu. Todos estavam assustados. Não havia motivo para o trem dar uma parada agora porque estavam no meio do caminho, mesmo assim a parada não era tão brusca quanto foi essa. Hermione saiu da cabine e foi para o corredor tentar acalmar as pessoas, afinal de contas ela era a Monitora da Grifinória.



Missão impossível. Acalmar as pessoas? Onde ela estava com a cabeça quando tentou fazer isso? Todo mundo estava com medo do que estava acontecendo. No corredor as pessoas gritavam. Ela também viu pessoas correndo de um lado para o outro querendo saber o que aconteceu. Hermione resolveu voltar a cabine e ver se estava tudo bem.



- Mione, o que aconteceu? - perguntou Rony - Porque paramos?



- Eu não sei Rony. - disse Hermione gritando de desespero - Eu também queria saber - disse ela quase chorando - eu preciso ir ver o que está acontecendo. Vou falar com o maquinista. Ele talvez possa nos dizer o que realmente está acontecendo. Harry, vem comigo? - pede Hermione.



- Claro - disse Harry que também estava querendo muito saber o real motivo para o trem parar.



- Eu quero ir Mione. - disse Rony - Eu preciso saber.



- É melhor você ficar aqui Rony - disse Hermione - Talvez não seja nada - disse ela esperançosa



- Nada, Mione? - perguntou Rony indignado - parar um trem no meio de uma viagem não é nada. Não tem nenhum professor aqui.



- Os monitores estão supervisionando a viagem - disse ela.



- E se eles não conseguiram supervisionar isso - rebate ele.



- Isto está fora de questão, Rony - grita Hermione começando a se enervar. Os outros só assistindo.



- O que está fora de questão sua sabe-tudo? - pergunta Rony gritando mais alto Rony.



- Cala a boca Rony - diz ela.



- Parem! - grita Harry para a confusão terminar - Olha Rony, fique aqui que logo eu e a Hermione traremos notícias.



- Mas, Harry... - diz Rony com um tom de voz quase inaudível.


- Rony, você não vai e pronto - falou Harry decidido.



- Ah! Vão logo. - disse Rony cheio de raiva.



- Vamos Hermione - diz Harry - Rony não responde por si nesse momento.



- Então vamos correr - diz ela saindo da cabine.



A caminho para o vagão dos monitores, Harry e Hermione olham como está os outros vagões. A situação não parece muito diferente do vagão deles. É até pior. Pessoas correndo em busca de informações, gritaria e muita confusão. A situação era desesperadora. Harry e Mione estavam como eles. Não sabiam de nada do que tinha acontecido por isso corriam tentando chegar o mais rápido possível ao vagão dos monitores.



Hermione tropeçou num tapete e caiu no chão. Harry tentou ajudá-la a se levantar em meio a gritos e pessoas correndo. O que era muito difícil porque ninguém parava quieto.



- Mione, você está bem? - perguntou Harry preocupado.



- Acho que sim. Ai! - diz ela pondo a mão na perna.



- Você consegue andar? - pergunta ele.



- Acho que sim. - diz ela tentando andar mas não consegue.



- Fica tranqüila que eu te carrego até o vagão. - diz Harry.



- Mas Harry, precisamos saber o que aconteceu - diz ela.



- Então eu te levo - diz Harry pegando Hermione para carregá-la.



- Cuidado com minha perna Harry - disse Hermione.



- Calma, calma. - disse Harry - Isso, põe o braço aqui - ele corrigiu a posição dela e foram andando. Agora Harry andava um pouco mais devagar devido ao peso de Hermione.



Passaram por mais corredores e lugares escuros onde encontravam mais desordem. Finalmente chegaram ao segundo vagão que era destinado ao monitores. Hermione tentou abrir a porta e não conseguiu. Estava trancada. Como iriam entrar?



- Harry, eu não sei o que fazer. - disse ela.



- Vamos gritar. Talvez alguém nos ousa - disse Harry colocando Hermione no chão.



- TEM ALGUÉM AÍ? - gritou Harry fazendo uma concha com a mão e falando através dela.



Ninguém respondeu.



Harry gritou algumas vezes e se deu por vencido.



- Será que aconteceu alguma coisa com eles? - perguntou Hermione com uma cara pálida.



- Provavelmente. - disse Harry falando o óbvio - Mas, o quê?



- Se eu soubesse não te perguntava - disse ela enquanto Harry se sentava no chão pensando em como entrar no vagão.



- Harry? - disse ela se aproximando do rosto dele.



- O quê? - agora os olhos castanhos de Hermione encaravam Harry.



- Obrigada por me ajudar - disse ela sem arrependimento.



- Sem problema. Eu sempre gosto de ajudar os meus amigos.



- Amigos?



- É, Amigos. Você não é minha amiga?




- Hã? Ah é. Quero dizer. Sou. - disse ela com uma decepção estampada no rosto



- Hermione. Eu vou te ajudar. - disse Harry no ouvido dela. Sua voz era doce e fazia um frio nela.



- No quê? - perguntou ela sem saber do que Harry estava falando.



- Com o Rony. Eu sei que você gosta dele. Para mim você não precisa mentir. - disse Harry sem receio



- Harry, eu não gosto do Rony. Quero dizer. Gosto dele como amigo e só - disse Hermione atropelando as palavras por ter sido pega de surpresa.



- Está na cara que você ama o Rony.



- Eu não o AMO - disse convicta.



- Duvido. Me prova.



- Quer que eu te prove?



- Quero. Mas não sei como. - disse ele não fazendo a mínima idéia do que falava.



- Assim. - e agarrou Harry o beijando e o deixando sem ar. Sugando-o todo dele. Dando a ela uma sensação maravilhosa.



- Hermione, isso não é certo - disse ele preocupado - O Rony gosta de você.



- Mas, eu não amo ele - disse Hermione - Eu te amo, Harry.



Esse foi o argumento que Harry levou em consideração na hora em que decidiu retribuir o beijo. Ficaram se beijando e se agarrando aproveitando o momento maravilhoso a até Hermione ter uma idéia.



- Harry, como eu não pensei nisso antes - disse ela surpresa com a bobeira que cometera.



- Pensar no quê?



- Um feitiço tão simples como o "Alorromora".



- Tente.



- Alorromora - ordenou ela apontando sua varinha para a porta.



CLEC



A porta se destrancou.



- Vamos entrar Harry - disse ela entrando pelo vagão.



Encontraram um vagão totalmente vazio. Ninguém. Apesar de tudo estar em perfeita ordem, nenhuma pessoa estava ali além deles dois.



- Hermione no que está pensando? - perguntou Harry observando Hermione



- Harry eu te amo. E quero ficar com você para sempre e...



- Hermione - disse cortando ela - eu também te amo. Mas isso não vem ao caso.


- Harry, eu quero ser sua. É agora. Tem que ser com você, porque eu te amo.



- Hermione eu também...



- Então me possua.



Meia hora depois dos monitores conjurarem uma ponte de ferro para o trem passar porque a outra havia se rompido, eles voltam para seu vagão e encontram Harry e Hermione.



- O quê vocês estão fazendo aqui? - perguntou Taylor Douglas , o monitor-chefe. - Ei!- disse apontando para Hermione que estava sentada na frente dele - Você não é a monitora da Grifinória?



- Sou sim. Hermione Granger. - disse se apresentando.



- Mas, o quê o garoto está fazendo aqui? - perguntou Taylor fuzilando seu olhar para Harry.



- Eu vim apenas saber porque o trem parou. - disse Harry mentindo.



- Como conseguiu entrar? - perguntou Taylor.



- Eu gritei e ela me deixou entrar. - respondeu ele bem afiado.



- Tudo bem. E para sua informação - dirigiu seu olhar a Harry - o trem parou, porque uma ponte se partiu um pouco a frente. Quase caímos. Então os monitores foram conjurar uma nova ponte. Srta. Granger, porque não estava lá?



- Eu estava no banheiro - respondeu ela tentando não rir.



- Tudo bem, pode ir garoto. E Hermione você também pode ir.



- Valeu - respondeu Harry.



Hermione ainda sentia um pouco de dor na perna mais conseguiu andar. Saindo do vagão dos monitores a caminho da cabine onde estavam foram conversando.



- Por pouco, ele não nos pegou - disse Harry suspirando aliviado.



- Imagina. Eu Hermione Granger, a nova monitora da Grifinória ser pega naquela situação.



- Você ia perder no mínimo a vaga monitora.



- Com certeza. E talvez fosse até expulsa - disse ela nem querendo pensar na possibilidade.



Chegaram na cabine onde ainda continuava a confusão.



- Mione, Mione, o quê aconteceu? - perguntou Rony afobado.



- Uma ponte que fica ali em frente se rompeu - disse Hermione - e os monitores mais velhos conjuraram uma nova.



- Mas dá muito trabalho conjurar uma ponte.



- Por isso eles demoraram. Agora - disse ela mudando de assunto - Todo mundo senta por favor que a viagem vai continuar.



Ficaram conversando uns três minutos até o trem voltar a andar. Hermione era a única que não conversava.



Ela ainda pensava no que aconteceu no vagão entre ela e Harry. Foi tão bom. Conseguiu mostrar todo o seu amor por ele. Ela tinha medo de explicar para Harry que o amava. Mas leu um livro de auto-ajuda chamado "Conte seus segredos" de Bernad Juice. Esse livro lhe deu coragem suficiente para contar a Harry o que sentia.



As horas se passavam devagar. Ela se lembrou de algo. Rony. Ele gostava dela apesar de Hermione só vê-lo como um amigo. Para ela a culpa é dele. Quem mandou não falar com ela antes. Todos esse últimos quatro anos ele não falou nada. Se Harry não lhe contasse ela nem saberia. Não havia motivo para ela se preocupar. Mas é o Harry? Ela se lembrou que Rony pediu para Harry dar uns toque em Hermione para que ela soubesse o quanto ele a ama. Harry por sua vez não fez isso. Vez pior. Quis Hermione para ele. Na visão de Rony isso seria uma traição. Harry sabia que o amigo amava Hermione e em vez de lhe ajudar só atrapalhou. Era melhor Rony não saber sobre o que ocorreu. Iria pedir a Harry sigilo absoluto para não criar mais confusão.



A noite começou a aparecer aos poucos. O sol que antes reinava imponente dava lugar a lua. Era isso que Hermione via porque estava do lado da janela . Olhava paisagens. Árvores altas, baixas, robustas, graciosas. Além das árvores ela via pequenos morros. A viagem parecia durar um século. Ela não parava de pensar em Harry e Rony. Isso era problema demais para uma garota que ainda vai fazer quinze anos.



Ela olhou para Harry para saber como estava se sentido. Ele não estava muito diferente dela. Seus olhos verdes estavam sem vida. Com certeza ele já pensou sobre Rony. Pensou que traiu o amigo. Para ele parecia pior do que para Hermione. Ela ainda podia dar a desculpa de que não sabia de nada. Mas Harry sabia de tudo. Hermione também sabia dos riscos que ela corria se Rony descobrisse. O quê fazer se ela amava Harry?

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