É chegada a hora de voltar a H

É chegada a hora de voltar a H




- ACORDANDO! ACORDANDO! – falavam as meninas pulando na cama dos meninos e gritando.
- O que vocês querem? – perguntou Harry com uma voz de sono.
- O que conta agora é o que a gente não quer, e nós não queremos chegar atrasados na Estação. – falou Mione – Vamos, acorda. – falou ela sacudindo Ben que ainda não tinha acordado.
- Grita no ouvido dele. – sugeriu Cris que estava tentando acordar Rony junto com a Bia.
- Ele pode ficar chateado. – falou Mione com uma voz meio tímida.
- Então deixa que eu faço. – falou Cris se sentando a lado da cama de Ben – Vê se aprende. – falou ela só mexendo os lábios – VAMPIROOOOOOS!!!!!!!!! – gritou, Ben deu um baita pulo da cama com uma estaca na mão.
- Onde? Onde? – perguntou meio assustado, com os olhos ainda um pouco fechados.
- Foi só brincadeirinha. – falou Cris rindo – Só queríamos acordar você.
- Ah, tá. – falou ele recuperando o fôlego e sentando na cama.
- Perguntinha, Ben – falou Natty empurrando Harry pro lado e se sentando ao seu lado, ela e ele controlavam o riso – Você dorme abraçado com uma estaca? – ela não conseguiu prender o riso e começou a gargalhar.
- Há! Há! Há! – Ben fingia estar rindo – Não engraçadinha. Eu durmo com a estaca embaixo do colchão, o que é completamente diferente.
- Pra que? – perguntou Cris achando Ben muito estranho.
- Eu também tenho uma estaca embaixo do colchão. – falou Ju meio que defendendo Ben.
- Ainda bem que a minha parte é procurar feitiços, porque essas nóias devem ser de gente que luta. Cuidado, Bia! – alertou Natty em tom de deboche.
- Deixa de ser boba. – falou Bia.
- Vocês já arrumaram o malão? – perguntou Ju.
- Lógico, vocês acham que nós íamos deixar pra arrumar de última hora? – respondeu Rony indignado, quase ofendido.
- Querida, você realmente tem uma estaca embaixo do colchão? - perguntou Olívio quando eles estavam indo pra cozinha tomar café da manhã.
- Tenho – respondeu Ju – Por quê? Algum problema?
- Não, nenhum. – respondeu Olívio que achava a namorada mais estranha a cada dia – Não é desconfortável?
- Lógico que não! – respondeu Ju com a sua estupidez matinal – Ela fica embaixo do colchão.

- Nós vamos levar um esporro da Zelda! – reclamou Ju enquanto eles corriam pela Estação King’ Cross. Vários trouxas olhavam assustados.
- Eu sei! Eu sei! – falou Ben – Mas eu sou o responsável, eu vou levar o esporro em dobro se isso serve de consolo. – falou o elfo antes deles começarem a passar na plataforma nove e meio.
- É realmente divertido competir quem vai levar o esporro maior? – perguntou Mione sorrindo.
- A escola vai ser um pouco estranha sem os gêmeos. – comento Harry enquanto eles corriam até a entrada do trem.
- Nós não vamos nos livrar deles tão fácil. – falou Rony. – Eles abriram uma loja em Hogsmeade e o treino do Puddlemere continua sendo lá. Eles estão morando temporariamente por lá.
- Eu estava pensando, quem deve ser o novo capitão? – perguntou Cris. – Já que a Angelina se formou.
- Acho que deve ser a Katie, ela está no último ano. – respondeu Harry.
- Graças a Merlim! – falou Ju – É o último ano daquela garota!
- Tonks? – perguntou Natty a uma mulher de cabelo verde limão parada em uma das porta do trem.
- Natty! – falou ela abraçando a prima. – Oi, povão! – falou Tonks acenando para os demais.
- Cadê o meu pai? – perguntou Julie – Aconteceu alguma coisa?
- É, cadê o meu pai também? – perguntou Natty.
- E a minha mãe? – perguntou Bia meio desconfiada.
- Antes que vocês perguntem cadê a Zelda. – falou Tonks se adiantando ao ver que Ben ia fala alguma coisa. – Houveram uns imprevistos, e eles não puderam estar aqui.
- Mas o meu pai e o Lupin dão aula em Hogwarts. – falou Natty.
- Ai, por Merlim, deve ter acontecido alguma coisa. – falou Ju ficando desesperada.
- Se tivesse acontecido alguma coisa séria, teriam nos avisado, não se preocupa. – falou Harry confortando a prima – Calma, nem foi noite de lua cheia.
- Eu sei, mas a minha sensação ruim continua. – disse Ju abraçando o primo.
- Não se preocupa. – repetia Harry – Não se preocupa. – mas ele mesmo estava intrigado com a falta dos marotos e Zelda.
- Eu sei. – falou Tonks. – Mas pelo menos por enquanto eles não vão para Hogwarts.
- Como assim eles não vão pra Hogwarts?! – disse Natty indignada.
- É, quem vai substituir eles, agora? – perguntou Ben.
- Você. – falou Tonks.
- Claro, eu. – falou ele como se isso fosse fácil. – Como assim EU? – perguntou Ben que parecia estar entendendo só agora o que Tonks tinha dito. – Mas eu vou ser professor de que? Eu não posso fazer muitos feitiços, como eu vou ENSINAR? Você só pode tá brincando!
- Pelo menos até o Dumbledore achar um substituto, o Snape vai dar aula de Feitiços e como os Elfos são ótimos com poções....
- É, realmente, nós Elfos somos realmente bons com Poções. – falou Ben todo convencido.
- Além de bons em Poções são convencidos! – falou Tonks irritada.
- Não me chame de convencido sua...limão. – falou Ben irritado.
- Não me chama de limão seu orelhudo. – falou ela irritada.
- Tempo! Tempo! – falou Bia se metendo entre os dois – Nós não estamos aqui para brigar, termine de falar o que você estava falando. – pediu ela.
- É assim em toda reunião da Ordem? – perguntou Rony para Natty.
- Não, só quando eles estão na mesma reunião. – falou Natty. – Pelo menos é o que o meu pai diz, eu não posso assistir as reuniões, assim como você.
- Minha mãe não me diz nada sobre as reuniões. – resmungou Rony.
- Como eu ia dizendo... – falou ela se recompondo – Como os Elfos são bons em Poções, você vai ser temporariamente o novo professor de Poções. Eu interpreto isso como um tempo de folga. – falou Tonks tentando provocar o novo professor.
- Nem uma palavra. – falou Cris segurando Ben – Você é o novo professor de Poções, não cai bem os alunos te verem batendo boca.
- E quem vai ser o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas? – perguntou Rony.
- Eu acho que vai ser o Snape, mas ainda não foi dado como oficial, como foi dado que ele vai ser o de Feitiços.
- Finalmente ele conseguiu o que quer a tanto tempo. – falou Harry.
- Duas matérias com o Snape, deve ser tortura. – falou Natty desesperada.
Tocou a primeira chamada do trem.
- Acho melhor nós entrarmos. – falou Mione.
- Bom ano letivo meninos. – desejou Tonks.
- Antes, umas perguntinhas – falou Ben – como eu vou dar aula de Poções se eu não tenho nem um caldeirão?
- Quando você chegar em Hogwarts, você procura o Snape, ele vai arrumar o que você precisa.
- Tá, próxima: Cadê o material desse povo?
- Como era muita coisa, eu coloquei na última cabine do penúltimo vagão. – respondeu ela.
Tocou a segunda sineta.
- Eu acho que é melhor a gente entrar, agora. – falou Ju.
- Também acho. – concordou Tonks. – Tchau.
Eles entraram no trem e Tonks só foi embora depois que o trem começou a andar.

- Até mais tarde. – falou Olívio – Eu tenho que ir para o vagão dos professores. – e deu um beijo em Ju.
- Eu acho que eles esqueceram que são discretos e não ficam se beijando num corredor cheio de alunos. – comentou Natty.
- Vai arrumar o que fazer, Natalie! – falou Ju – Te vejo mais tarde. – ela deu um último beijo em Olívio.
- Ate mais. – falou o professor antes de começar a caminhar no corredor.
- Eu acho que tenho que ir com você. – falou Ben seguindo Olívio.
- Eu também tenho que ir. – falou Mione – Vou ter que passar a viagem inteira olhando para o Ernie.
- Antigamente o seu problema era o Malfoy. – lembrou Bia.
- Eu nunca namorei o Malfoy. – disse Mione com uma cara de mal humorada.
- Não precisa se preocupar, Mione, pode ter certeza que o Ernie não vai te encher a paciência, pelo menos por um tempo. – garantiu Natty.
- A não ser que ele queira conhecer a ira da suas amigas de novo. – falou Ju.
- Nós mandamos muito bem! – falou Natty muito alegre.
- Pode crê! – falou Ju e as duas bateram as mãos.
- Eu continuo acreditando que cada vez que elas começam a se aproximar de Hogwarts, elas simplesmente surtam! – falou Bia.
- Eu já vou. – falou Mione rindo.
- Falando no Draco, eu vou procurar ele. – falou Cris que saiu andando toda animada.
- E eu, como não sou chata, vou arrumar o que fazer para não ficar segurando vela. – falou Ju entrando na primeira cabine que viu.
- Você tem uma prima bem esperta. – falou Natty dando um beijo em Harry.
Logo depois ela saiu tampando os olhos.
- Desculpa, eu não sabia. – falou Ju com uma pessoa que não era vista.
- O que tinha lá dentro? – perguntou Natty se separando de Harry e olhando para Ju.
- Um garoto do terceiro ano trocando de roupa. – respondeu Ju um tanto quanto sem graça e muito corada. Ela abriu uma segunda porta e entrou.
- Essa loucura não pode ser genética. – falou ele olhando para a prima – Eu sou super normal.
- Aham, Harry, super normal. – brincou Bia.
- Bia, vamos arrumar uma cabine vazia? – sugeriu Rony.
- Você quer dizer ‘tentar achar uma cabine vazia’, deve tá tudo cheio.
- Nós podemos tentar. – falou Rony sorrindo marotamente. Ele deu três porradas na porta da primeira cabine que Ju entrou e falou: - Garoto, vai demorar muito aí dentro?
- Já tô saindo. – falou um garoto saindo da cabine e andando apressadamente até que ele esbarrou em Ju.
- Desculpa, de novo. – pediu a feiticeira corada, o moleque parecia mais envergonhado que Julie, ele olhou para os seus pés e andou mais rápido ainda sem dizer uma palavra.
- Vejo vocês quando o trem parar. – falou Rony puxando Bia para a cabine agora vaga.
- Vocês podem ir. – falou Ju para Natty e Harry que continuavam parados no corredor. – Eu encontrei umas colegas. – e entrou de novo na cabine.
- Vamos procurar a cabine onde está o nosso material? – sugeriu Natty.
- Bem pensado. – disse Harry.
A viagem no trem foi tranqüila, apesar de nem todo mundo acreditar que Voldemort tinha voltado, pelo menos tinham parado de olhar para Harry como se ele fosse um louco perigoso, isso já era um grande passo.
Harry e Natty ficaram namorando num vagão; Bia e Rony ficaram namorando em outro vagão; Olívio e Ben ficaram rondando o trem tomando conta dos alunos; Mione ficou se controlando para não voar em cima do pescoço de Ernie que ficava provocando ela toda hora; Cris achou Draco e ficaram namorando, claro, depois que ela fez Crabble e Goyle entenderem que ele queria ficar sozinho com Cris e também a Pansy apresentou uma certa resistência em deixar Cris e Draco a sós, mas no final eles conseguiram ficar sozinhos; e Ju ficou conversando com umas colegas sextanistas da Lufa-lufa.
Nas carruagens ficaram: Natty, Harry, Mione, Ju, Bia e Rony; e Cris ficou na carruagem junto com Draco, Pansy, Emília, Crabble e Goyle.

- Eu não agüento aqueles dois amigos do Draco! – reclamou Cris ao encontrar os amigos na mesa da Grifinória.
- Nós sabemos que o Crabble e o Goyle são uns retardados, mas você como namorada do Draco, já devia ter se acostumado com isso. – falou Bia. – O que eles fizeram dessa vez?
- Eles não costumam falar, mas dessa vez, eles falaram. Foi assustador, eu nunca ouvi tanta bobagem junta. Eu não sei como eles passam de ano!
- Eles falam mais besteira que o Rony depois de ter levado aquele balaço no estômago? – perguntou Ju.
- Muito mais. – respodeu Cris com os olhos esbugalhados.
- Impressionante. – falou Ju – Nunca pensei que isso fosse possível.
Rony ia falar alguma coisa, mas viu McGonagall se levantar e resolveu deixar pra lá.
- Por favor – falou Minerva lá na frente – Eu gostaria que vocês fizessem silêncio, os novos alunos vão entrar.

O primeiro a ser selecionado foi o irmão da Cris.
- Fudge, Paul – chamou McGonagall.
O menino foi muito confiante até o banco e logo foi selecionado para a Corvinal.
- O fedelho foi pra Corvinal. – falou Cris surpresa.
- É, ele foi. – falou Bia de boquiaberta.
- Eu nunca imaginei que o fedelho ia pra Corvinal. – falou Ju que olhava sem piscar pro menino.
- Ele foi pra Corvinal, porque tem qualidades da Corvinal. – falou Natty arrumando uma explicação – Só pode ser isso.
- O pirralho sempre nos surpreende. – disse Cris – Quer dizer, ele tem qualidades.
- Qual é o problema do Paul ter ido para a Corvinal? – perguntou Rony.
- Problema nenhum. – falou Bia – É que nós sempre pensamos que ele ia pra Sonserina.
- Por que pra Sonserina? – perguntou Harry.
- Ele é descendente de Slytherin. – falou Ju.
- Então ele é parente do Voldemort. – concluiu Harry meio surpreso.
- Exatamente, Slytherin teve dois filhos, cada um descende de um diferente. – falou Natty.
- Eu não to querendo ser chata, mas eu acho que aqui não é o melhor lugar para conversarmos sobre isso. – interferiu Bia que foi completamente ignorada.
- Por que vocês ficaram espantadas com o fato do Paul não ter ido para Sonserina já que vocês não pareceram abaladas com o fato da Cris não ter ido? – perguntou Mione meio desconfiada.
- Maldição antiga. – falou Cris – Só os homens da família Slytherin são considerados herdeiros, Salazar não achava que as mulheres fossem dignas de ser suas herdeiras e possuir os dons exclusivos dessa família. Meu irmão é descendente de Slytherin por causa da nossa mãe.
- Em compensação, você é uma feiticeira, vai vencer por seus méritos, não por causa do seu sangue. – disse Ju se adiantando ao reparar que Cris ficou um pouco triste.
- Caros alunos, - falou Dumbledore – Sei que vocês estão com fome, por isso vou deixar que comam antes do meu discurso. Só vou dizer duas coisas agora: A Floresta Proibida, continua proibida e o Sr. Flinch pediu para eu informar vocês que a lista de coisas proibidas esta presa no quadro de avisos do Saguão de Entrada. Agora, podem comer. – falou ele em tom sereno.
- Não é mais fácil ele colocar uma lista das coisas que são permitidas? – perguntou Ju indignada – Daqui a pouco jogar bombas de bosta no Pirraça vai ser proibido! – ela estava indignada.
- Ju, isso é proibido, - corrigiu Mione – é proibido ficar atirando bombas de bosta pelo castelo. Você não sabia?
- Eu devia? Isso tá escrito aonde?
- Na lista anual do Flinch, e isso está lá a mais de cinco anos!
- Nossa! – disse Natty – Talvez seja por isso que o Flinch venha perseguindo a gente. – ela estava pensativa.
Quase não se ouvia barulho de gente conversando durante o jantar, Dumbledore tinha acertado em cheio, todos estavam famintos.
Quando as conversinhas paralelas começaram a ecoar pelo Salão Principal, Dumbledore voltou a falar.
- Acho que posso concluir que todos vocês já acabaram de comer, por isso vou começar o meu discurso desse ano. – comunicou ele.
- Tomara que ele explique porque meu pai não está aqui esse ano. – falou Julie meio emburrada – Alguma coisa séria aconteceu, senão tenho certeza que ele estaria aqui, hoje.
- Quero informar certas mudanças temporárias de professores. – falou Dumbledore – Os professores Black e Lupin não puderam retornar a escola esse ano, por isso, temporariamente, o professor Snape vai dar aula de Feitiços e Defesa Contra as Artes das Trevas e teremos um novo professor para Poções, Benlin Stubbs. – varias garotas cochichavam alegres, muito parecido com o alvoroço de quando Olívio virou professor. Ben se levantou e deu um sorriso muito tímido e se sentou de novo.
- O Ben tá tímido! – falou Cris apontando para Ben e gargalhando.
- Ben não, Professor Stubbs. – debochou Natty que começou a rir logo depois.
- Acho que por enquanto é só. Vocês podem ir para seus dormitórios. – falou Dumbledore.
- Ele não explicou porque o Sirius e o Remo não vão dar aulas esse ano. – reclamou Harry – Será que aconteceu alguma coisa?
- Acho melhor nós não pensarmos assim. – aconselhou Mione.
- Vamos pensar que aconteceram imprevistos normais. – completou Natty.
- A lua cheia já passou. – repetia Ju para si mesma – A lua cheia já passou.

Todos foram para suas respectivas salas comunais conversando, contando como tinham sido suas férias ou até mesmo falando sobre o novo professor e a mudança de matéria do Snape.
- Eu não tô agüentando de curiosidade. – falou Bia parando no meio do caminho.
- Curiosidade com o quê, Bia? – perguntou Rony.
- Eu preciso saber porque eles não dão mais aula aqui. Alguma coisa aconteceu. – falou Bia parecendo preocupada.
- Nós também estamos. – falou Ju – Eu sou filha, eu quero saber o que aconteceu com o meu pai! – todo o trabalho psicológico que a feiticeira tinha se concentrado em fazer durante o caminho foi ralo a baixo.
- Mesmo que a gente mande uma coruja agora lá pra casa, a resposta demoraria no mínimo dois dias. – falou Natty.
- Isso se eles respondessem. – completou Harry.
- Diram que está tudo bem e que nós não precisamos nos preocupar. – falou Mione.
- Eu tenho uma idéia melhor, eu vou até a sala do meu avô, e pergunto pra ele. – falou Bia.
- Você acha que ele vai responder? – perguntou Rony.
- Eu acho que vale apena tentar.
- Você vai e enquanto isso nós escrevemos uma carta. – disse Mione.
- Se você conseguir que o seu avô diga alguma coisa, sabe que quando voltar vai conta tudo pra gente. – falou Cris indo em outra direção, que não era nem a da Sala Comual da Grifinória nem da Sonserina.
- Aonde você vai? – perguntou Ju.
- Vê o pirralho. Ele parece todo independente, nem um pouco tímido, mas tenho certeza que tá meio surpreso com a casa e que caiu. Toda a vida dele, eu falei que ele ia pra Sonserina. Ele deve estar assustado, deve estar pensando que eu menti pra ele. – explicou Cris.
- Depois de toda essa história, eu acho melhor você ir mesmo ver ele. – falou Harry.
- E você também Bia, vai logo. – falou Ju. – Se nós estivermos cochilando, você pode acordar a gente. – falou Ju antes de ir com Rony, Harry e Natty e Mione para a Sala Comunal da Grifinória – Ouviu, né?
- Ouvi, Ju Lupin, ouvi. – respondeu Bia com descaso enquanto se afastava.


Assim que chegou na gárgula, Bia se lembrou que não sabia qual era a senha, por isso sentou na frente da gárgula meio que esperando um milagre.
- Idiota! Idiota! Idiota! – falava a menina enquanto batia com a mão na cabeça. – Como você veio pra cá sem saber a senha. Idiota! Idiota! Burra! Burra!
- Sabia que se descesse ia encontrar algo interessante. – falou uma voz atrás dela, uma voz muito calma. – Já é tarde, Bia, o que faz aqui?
- Vô! – falou Bia dando um abraço em Dumbledore – Eu queria muito falar com você só que quando eu cheguei aqui eu não sabia a senha aí eu fiquei sentada esperando um milagre. – falou Bia de uma forma muito rápida.
- Fale mais devagar, Bia. – pediu Dumbledore. – Vamos subir e você me conta o que quer, tudo bem?
- Tá. – falou ela. – falou ela respirou fundo, ela tinha se dado conta de como tinha falado rápido.

- Então, o que você quer? – perguntou Dumbledore assim que se sentaram. Até parece que ele não sabia o assunto da conversa.
- Eu quero saber por que minha mãe não tava na Estação King’ Cross quando eu cheguei. E também quero saber porque o Remo e o Sirius não vão mais dar aula aqui.
- Você e todos os seus amigos, principalmente a Black e a Lupin, eu garanto. – falou ele sorrindo, Bia também deu um sorriso. – Sua mãe não foi porque estava no País de Galês, numa missão da Ordem.
- Ela podia ter aparatado! – disse Bia que nem uma garota mimada.
- Você sabe que não é tão fácil, ela não pode abandonar uma missão no meio. – falou Dumbledore.
- Tá, que tipo de missão? – perguntou Bia fazendo bico.
- Muitos bruxos morreram em num curto espaço de tempo lá e sem motivos aparentes, mandamos sua mãe pra ela descobrir a que estão relacionadas essas mortes. – explicou Dumbledore.
- E ai? O que ela descobriu?
- Você sabe que isso é informação confidencial da Ordem, mocinha.
- Tá, e por que nem o Remo nem o Sirius vão dar aula esse ano e Hogwarts?
- Suspeitamos que existem alguns traidores dentro do Ministério, por isso Remo e Lupin estão trabalhando lá, agora. – explicou Dumbledore.
- Só isso? – perguntou Bia.
- Nós estamos precisando de gente, e não é necessário ter dois membros da Ordem dentro de Hogwarts, eles estão trabalhando no Ministério, na Comissão do pó de Flú. – Dumbledore sorriu – Lá eles são bem mais úteis do que aqui, já descobriram algumas coisas interessantes.
- Seria um abuso se eu pedisse pra me contar que coisas interessantes? – perguntou Bia que já sabia que o avô não ia responder.
- Bia...
- Não precisa terminar a frase, vô, eu já entendi.
- Respondi a todas as suas perguntas?
- Por que você me contou todas essas coisas? – perguntou a menina – Vocês, membros da Ordem, não costumam responder nossas perguntas.
- Você e seus amigos são muito espertos, porém muito criativos, eu sei que vocês não iriam se acalmar até descobrirem o que aconteceu, preferi eu mesmo contar do que deixar vocês imaginando coisas terríveis. – explicou o diretor de Hogwarts.
- Sabe, vô, nunca imaginei que era tão fácil descobrir as coisas, vou tentar isso mais vezes. – falou Bia fazendo um carinho na cabeça da Fênix e depois se dirigindo à saída da sala.
- Isso o quê? Perguntar? – perguntou Dumbledore rindo.
- É! – afirmou Bia.
- Acho que a Lupin, a Fudge e a Black estão sendo uma má influência pra você, vê se você anda mais com a Granger. – brincou.
- Boa noite, vô. – falou ela voltando, dando um beijo na bochecha do avô e depois indo embora.

Assim que chegou na Sala Comunal, ela teve que passar a ficha, para os amigos que ainda estavam acordados escrevendo a carta. Logo após isso, eles foram dormir, pois amanhã começavam as aulas.
Quando eles foram dormir, Cris ainda não tinha voltado.

- Bom diaaaa! – falou Cris, depois um longo bocejo, ao encontrar os amigos no Salão Principal – Por que vocês não me acordaram?
- Quando você chegou ontem, já eram quase duas da manhã, por isso nós deixamos você dormir mais um pouco. – explicou Ju.
- Por falar nisso, como foi lá com o seu irmão? – perguntou Natty ao terminar de comer uma torrada.
- Foi bem. – falou Cris ao se sentar – O pirralho já entendeu porque foi pra Corvinal, mas eu só pude ir embora depois que ele dormiu.
- Horários. – falou Mione muito irritada jogando os horários em cima da mesa.
- Eu nunca consigo ter um horário decente – falou Ju enquanto retirava o papel de dentro da jarra de suco – Tá vendo, né, Bia? – falou ela chamando a atenção de Bia que conversava com Rony – Dessa vez não fui eu. Já me entregaram o horário estragado – ela apertou bem os olhos e continuou – e impossível de ler, também. – Bia apenas lançou um olhar furioso pra Julie – Imagina se tivesse sido eu quem jogou o horário dentro do suco. – murmurou para si mesmo enquanto colocava o horário em cima da mesa e depois jogou um feitiço para seca-lo.
- Mione, eu sinto uma tensão aqui. – falou Cris se virando para Mione que estava em pé atrás dela. – O que aconteceu?
- O Ernie, eu vou matar aquele moleque! – respondeu Mione furiosa.
- Nunca imaginei que ia ver Hermione Granger irritada com alguém que não fosse um certo Weasley.
- Ele tem sorte de ainda ser um ser vivo. – murmurou Mione para si mesma.
- O que o nosso ‘amiguinho’ fez desta vez? – perguntou Ju com um grande sorriso.
- Nada de ter idéias malignas antes de Mione contar o que aconteceu. – disse Bia bem seria para Natty e Ju que sorriam malignamente.
- Ele fica me provocando toda vez que os monitores se encontram! O Dino já teve que me segurar umas duas vezes pra eu não voar no pescoço daquele garoto.
- Que tipo de provocação? – perguntou Natty, ansiava por mais detalhes.
- Não quero que você e a Ju se metam nessa história, dessa vez, eu preciso aprender a ter autocontrole. – disse Mione que começava a comer o seu café da manhã.
- Ou o Dino precisa ter braços mais fortes. – brincou Rony, Mione lhe lançou um olhar furioso – É só brincadeira. – disse o bruxo.
- Pensa que pelo menos agora, você não vai ter que olhar mais pra cara daquele moleque em toda aula, eu soube que ele escolheu trabalhar em Gringotes. – falou Harry.
- É, eu também ouvi falar. Mesmo assim, eu e a Ju ainda temos Aritmacia com ele, ele vai ter que começar a fazer esse ano. – falou Mione se sentando. – Vai ter que estudar muito pra conseguir aprender quatro anos de Aritmancia. – a bruxa parecia extremamente satisfeita com a idéia.
- Que matérias você vai ter, Mione? – perguntou Bia.
- Eu só tenho: Poções, Feitiços, Defesa Contra as Artes das Trevas, Herbologia, Feitiços e Tranfiguração, só que como eu gosto muito de Aritmancia, eu vou continuar fazendo essa matéria, também. – explicou ela. – E vocês?
- Já que você só tem seis matérias, porque não mais uma? – disse Rony.
- Eu tenho: Defesa Contra as Artes das Trevas, Adivinhação, Transfiguração, Poções e Feitiços. – falou Harry.
- Eu também, só que no lugar de Adivinhação, eu tenho Aritmancia. – falou Ju tentando ler o que tava escrito no seu horário. – Pelo menos eu acho que é isso. – falou apertando os olhos – Agora, os horários, são outra conversa, tá impossível de ver.
- Eu tenho as mesmas matérias que o Harry, só que eu não tenho Adivinhação, no lugar eu tenho runas. – falou Bia.
- Eu só teria quadribol o tempo todo, tanto escrito como prático, só que agora eles colocaram que nós temos que fazer: Defesa Contra as Artes das Trevas, Feitiços, Poções e História da Magia. – falou Cris com uma voz sofredora. – Não me livrei do Binns, ele dá mais sono que um sonífero.
- Imagina o Olívio dando aula teórica de Quadribol. – falou Ju rindo – Será que nos nossos tempos vagos, a gente pode ir assistir a essa aula? – ela não se agüentava de rir.
- Será que ele vai ser tão cruel quanto ele é na prática? – perguntou Rony engolindo a seco – Porque eu tenho as mesmas aulas que a Cris, isso inclui Quadribol teórico.
- Não, Rony. – falou Natty calmamente – Ele vai ser muito pior. – a expressão de Rony foi de terror ao ouvir essas palavras - Quando a aula é prática, ele pode fingir que não tá vendo as burradas que você faz e ele também pode ficar voando pelo campo, isso faz ele extravasar a ira que ele sente com cada erro estúpido que você comete, agora, aula teórica ele tem que ficar olhando pra sua cara sem descanso, sem contar que eu acho que não são muitos alunos querendo seguir uma carreira no quadribol. – os olhos da feiticeira brilhavam enquanto ela aterrorizava o ruivo.
- Eu vou ter: Defesa Contra as Artes das Trevas, Feitiços, Poções, Trato de Criaturas Mágicas e Her-bo-lo-gia. – falou Natty com nojo – Eu não me livrei daquelas plantas asquerosas. – Natalie olhou no horário e falou – E eu tenho elas agora. – falou ela se levantando – Tchau. – ela deu um beijo em Harry e depois foi embora.
- Nós duas temos Aritmancia. – falou Mione se levantando e puxando o braço de Julie.
- Mas eu ainda não terminei de comer. – reclamou Julie.
- Você nunca termina de comer. – debochou Cris.
- Nós vamos chegar atrasados na aula. – falou Mione impaciente.
- Valeu por me dizer o horário. – falou Ju apertando os olhos pra tentar ler o próprio horário, de novo – Apesar de eu ter secado o meu, as letras continuam borradas, parece mais um desenho abstrato.
- Eu acho melhor você pegar umas torradas ou uma fruta. – sugeriu Mione, a fome realmente afetava o cérebro de Ju. Julie pegou umas torradas antes de sair.
- Bora, Rony – falou Cris se levantando e puxando o braço de Rony que estava comendo – Temos a nossa primeira aula teórica de quadribol – falou ela muito irritada – Como se alguém precisasse de aula teórica de quadribol.
- Eu mereço. – falou Rony se levantando – Se não bastasse a aula teórica do Olívio, eu ainda vou ter que aturar a ‘dark’ Cris no caminho até a sala. – reclamou ele.
- O que você falou? – perguntou Cris se virando para ele com uma cara feroz.
- Nada. – falou ele com medo. – Vamos? – e eles saíram do Salão Principal.
- Parece que só nós dois temos tempo vago. – falou Bia enquanto comia uma torrada e Harry bebia um gole de café-com-leite.
- Eba! Temos aula de Poções no primeiro tempo. – gritavam duas garotas do sétimo ano da Lufa-lufa enquanto saiam do Salão Principal.
- Calma, Simas! Calma, Simas! – falou Bia dando tapinhas nas costas do garoto ao seu lado que tinha engasgado.
- Eu ouvi isso? – perguntou Simas incrédulo. – as pessoas ficam felizes quando tem aula de Poções?
- O Ben é o novo professor de Poções. – tranqüilizou Harry quando Simas parou de tossir.
- Ben? – perguntou Simas olhando pra Harry.
- Professor Stubbs. – corrigiu Bia rapidamente.
- Ah tá. – disse ele voltando a olhar pra frente - Mas essa notícia ainda é recente. – falou Simas – As pessoas ainda não podem gritar assim que gostam de ter aulas de Poções, certas pessoas ainda não se acostumaram que Poções pode ser legal já que o Snape não é mais o professor, pelo menos por enquanto. – ele já estava se recuperando do susto.
- Tudo bem, Simas? – falou Bia para ter certeza que podia ir embora.
- Tudo. – respondeu Simas voltando a comer – Já me recuperei do susto.
- Ele já tá até comendo. – comentou Harry se levantando.
- Então tá. – falou ela se levantando sorrindo da piadinha de Harry - Vamos dar uma volta, Harry?
- Vamos. – respondeu Harry meio desanimado – O que nós vamos fazer nesse tempo vago? Já tô morrendo de saudades da Natty.
- Que bonitinho! – falou Bia sorrindo.
- Sério, desde que ela entrou em Hogwarts, nós sempre tivemos todas as aulas juntos. – disse Harry meio que se defendendo.
- Eu não tava sacaneando. – explicou Bia – Mas Harry, ela entrou ano passado em Hogwarts, isso não é muito tempo. – o bruxo ficou corado e não falou nada.

- Eu não agüento mais andar sem ter pra onde ir. – reclamou Harry.
- Tenho que concordar com você, Hogwarts é mais engraçada quando o povo todo tá junto. – falou Bia.
- Não tem lugar nenhum pra gente ir não? – perguntou Harry se sentando – Que não seja a biblioteca. – completou quando viu que Bia ia sugerir isso.
- Você acha que Olívio vai se incomodar se a gente assistir pelo menos um pouquinho da primeira aula teórica dele? – perguntou Bia tendo uma idéia ‘brilhante’.
- Não sei, podemos tentar. – falou Harry e eles foram na direção a sala de Aula do Olívio.

- Será que a gente pede pra entrar? – perguntou Harry ao ver a cara de mau que Olívio fazia para os alunos que copiavam uma matéria que estava no quadro.
- Harry, eu não vim correndo meia Hogwarts à toa. Agora nós vamos pedir pra entrar. – falou Bia determinada. – O máximo que ele pode fazer é gritar com a gente, mas ele sempre faz isso nos treinos de quadribol mesmo.
- Tudo bem. – falou Harry – Professor Wood, você pode vir aqui, por favor?
- Professor Wood? – perguntou Bia – A gente não chama ele de Olívio?
- É que tem um aluno na sala além da Cris e do Rony, temos que mostrar respeito. – explicou.
Olívio desfez a cara de mau e falou: - Claro! – Cris e Rony fizeram uma cara de quem precisa de socorro desesperadamente. – O que vocês querem? – perguntou ele ao sair da sala.
- Nós queríamos saber se podemos assistir a aula. – perguntou Harry. – Estamos tendo tempo vago agora.
- Acho que sim. – falou Wood dando com os ombros – Caso vocês não tenham reparado, só tem três alunos: Cris, Rony e Jordan Prather. Esse moleque é o novo apanhador da Lufa-lufa, ele quer trabalhar no mesmo departamento que o Rony.
- Você sabe se ele é bom apanhador? – perguntou Harry.
- Ainda não, vou dar aula pra ele hoje, depois eu te falo. – disse Olívio.
- É ótimo ter um espião no quadribol – comentou Bia – ainda mais quando ele é um professor.
- E como é um professor imparcial! – brincou Harry.
- Nós podemos nos sentar aqui? – perguntou Harry apontando para umas mesas com cadeiras no final da sala.
- Tudo bem. – falou Olívio antes de voltar para frente da sala – Só não atrapalhem a aula.
Eles se divertiam muito com as constantes discussões de Cris e Olívio, ela cismava de contrariar tudo o que ele dizia só por pirraça, porque não queria ter aula teórica de quadribol e Olívio sendo a pessoa calma e adulta que é acabava caindo na pilha da aluna.
- Tenham um bom dia. – falou Olívio assim que deu fim ao seu segundo tempo de aula. O pobrezinho caiu exausto em cima de sua cadeira.
- Eu vou matar o Olívio! – falava Rony depois de dar um beijo em Bia – Melhor, eu vou pedir pra Ju matar ele.
- Calma, Rony. – falava Harry rindo – A aula não foi tão ruim, ele quase não brigou com você, tava tão concentrado em discutir com a Cris.
- Eu concordo com o Rony. – falou Cris irritada. – Eu tenho quinze galeões aqui, será que isso é suficiente para pagar a Ju para ela matar o Olívio?
- Cris, volta ao normal. – falou Bia sacudindo Cris – Quer dizer, volta ao seu normal.
- Droga, eu acho que a Ju não vai querer cooperar, ela parece gostar dele. – disse com cara de nojo.
- Aquele monstro pediu pra gente fazer uma maquete, na qual tenha os jogadores se mexendo e fazendo o Hawkshead Attacking Formation. Esse homem tá maluco! – falou Rony indignado.
- Ele fazia maquetes em que os jogadores se mexiam. – comentou Harry vagamente – Eu não me lembro direito que movimento os bonequinhos faziam, eu acho que tava dormindo na hora que ele tava explicando.
- Você e todos no time. – falou Rony – Jorge e Fred falaram como os discursos dele eram cansativos.
- Vamos correr, não quero chegar atrasada na primeira aula do Ben. – falou Bia.

Notas da Autora: Esse é um dos meus típicos capítulos, ele é grande, dá várias voltas e simplesmente não acrescenta nada a história, mas mesmo assim, espero que vocês tenham curtido. Até a próxima, Ju Lupin.

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