Salas escuras e desertas



6º capitulo – Salas escuras e desertas


Eu já estava achando estranho o Malfoy não ter feito nada. Ontem, duas semanas depois, foi o último dia de detenção dele. Era estranho, mas desde o dia do “desmaio” eu não esbarrava mais com ele em lugar nenhum.
O jantar já tinha acabado. Eu subia uma escada no momento em que avistei Stephen. Fui ao encontro dele.

-Gina...Estava te esperando.

-Sério? O que foi?

-Eu queria falar com você...Em particular. Vem comigo.

Ele me pegou pela mão e começou a me puxar. Eu já sabia perfeitamente onde isso ia dar, e minha resposta iria depender unicamente de como tudo ia ser feito. Eu estava ansiosa.
Chegamos em uma sala no quinto andar. Ela era uma das centenas de salas desertas de Hogwarts. A sala estava escura, nós entramos e fechamos a porta. Uma das janelas mostrava um céu completamente nublado. Hoje não seria uma noite bonita.

-Bem...Gina...

Ele ficou de frente para mim. Eu podia senti-lo ali, bem na minha frente. Eu estava nervosa.

-O que Stephen?

-É que eu...Gosto de você...Sabe?

-Eu já imaginava – dei uma risada.

Ele então me puxou para frente e me beijou.

***

Rony e Harry estavam saindo do salão principal quando toparam com Pansy e uma outra amiga dela saindo de lá.

-Harry, meu amor – ela disse.

-Oi Pansy. Não te vi hoje o dia todo...Estava com saudades.

-Vamos dar uma volta? – ela disse sugestiva.

-Claro amor – ele tinha entendido a indireta.

Os dois se deram às mãos e saíram de lá, não sem antes Harry e Pansy se despedirem de seus amigos. Eles entraram em uma sala do terceiro andar. Perto da sala de Transfiguração. Não seria uma boa encontrar McGonagall, mas eles pareciam dispostos a correr o risco.

-Pansy eu...

Ela nem deu chance para Harry falar. Simplesmente o puxou pelo colarinho e começou a beijá-lo.

***

Rony e a amiga de Pansy ficaram se olhando, um para a cara do outro.

-Oi – ele disse por fim, quebrando o gelo – Sou Rony Weasley, e você é?

-Martha White, prazer.

-Você é muito linda sabia?

-Sério? – ela disse encantada.

Os dois foram andando juntos. Um perto do outro. Passaram por vários alunos, sempre conversando. Rony já se sentia confortável conversando com ela, coisa que era difícil de acontecer.

-Você tem namorado? – ele perguntou.

-Não...E você?

-Também não.

Ficaram em silêncio, depois se olharam. Rony já sabia, não precisava de palavras. Abriu a primeira porta que viu e a puxou. Um segundo depois os dois estavam encostados na porta se beijando.

***

Ásis estava passando pelo corredor, de volta ao salão comunal da Grifinória. Estava cansada e morrendo de sono. Odiava ficar assim.
Ouviu passos no corredor e se virou, não encontrou ninguém. Durante metade do caminho ela teve a sensação de que estava sendo seguida. Ouviu passos de novo, ela estava em um corredor super estranho.

-Adivinha quem é?

Ela podia reconhecer aquela voz em qualquer lugar do mundo.

-O que é Jim?

-Nada – ele disse casualmente – Nada demais mesmo...Só vim aqui porque...Bem, eu queria...

-Fala logo – ela disse impaciente.

Ele a empurrou direto para uma porta. Depois, no escuro, ele a segurou. Jim sabia que ela não iria fugir, eles estavam nesse jogo a tempo demais, era hora de agir. Ela sabia disso, ele também.

-O que você...

Jim só viu uma forma de calar Ásis. Beijando-a.

***

Eu e Liza estávamos em um momento critico do amasso. Infelizmente nos encontrávamos no corredor, era impossível fazer outra coisa com ela. Precisava achar logo uma sala vazia.

-Draco espere – ela começou.

-O que foi? – eu dizia enquanto alternava palavras com beijos.

-Tem pessoas...Passando aqui – ela deu um tapa na minha mão – Calma.

-Vem comigo.

Eu a puxei pela mão. Entrei na primeira sala que vi.

-Pronto – disse por fim – Agora não tem ninguém.

-Eu sei.

Ela me olhou maliciosamente. Empurrei ela contra a parede. Agora a festa ia começar.

***

Parei o beijo e olhei bem nos olhos do Stephen. Ele era lindo, simpático, gentil...Porque então eu não tinha sentido...Sabe? O frio na barriga. Mas eu estava sozinha a tempo demais. Era hora de dar chance a alguém.

-Gina eu...Você está brava?

-Não. Claro que não.

-Que bom.

Eu passei meus braços em volta do pescoço dele. Depois ele voltou a me beijar. Tive certeza então, eu não sentia frio na barriga com ele. Sinal de que eu não estava apaixonada.

***

Pansy estava sentada em uma mesa enquanto Harry, debruçado em uma janela, tentava ver a lua no meio da neblina.

-O que houve? – ela disse por fim.

-Nada – ele respondeu vagamente.

-Harry...O que houve? – Pansy insistiu – Você não me beija mais como antigamente. O que houve?

Pansy saiu de cima de mesa e foi se aproximando de Harry. Ele continuava encarando o céu. Pansy colocou sua mão no ombro dele.

-Pansy é que...

Ele começou, mas não pode terminar. Ali, na frente dele, estava Hermione. Linda como sempre. Sorrindo pra ele. Harry pegou Pansy com paixão e a beijou. Beijou como nunca havia beijado ninguém em toda sua vida.

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