A Mudança de Aluado



Capitulo 35 – A Mudança de Aluado



Harry decidira ir até Little Hangleton, pois queria ver com seus próprios olhos tudo o que vira antes através de lembranças. Queria ir até o cemitério onde Cedrico morrera há três anos atrás e queria ir até a antiga casa dos Servolo.
-Ginny eu quero que fique aqui... – Harry falou enquanto saia – na verdade eu quero que todos fiquem aqui... Não precisam vir comigo. Não dessa vez.
-Nós vamos sim! Senão qual o motivo de estarmos nesse fim de mundo – Rony falou irritado para o amigo – além do mais, nós já discutimos isso inúmeras vezes, nós iremos juntos para onde for...
-Não... Mesmo que tentem não irão comigo, pois eu sou o único que já fui lá e, portanto sou o único que conseguirei aparatar... – ele olhou severamente para os amigos – eu só os estou advertindo para que me esperem não demorarei...
-E se algo acontecer com você o que faremos? – Ginny interveio.
-É Harry não podemos ficar com os braços cruzados esperando você voltar e se você for atacado nunca saberemos disso, é contra a lógica você ir sozinho... Na verdade é burrice – Hermione comentou sem se importar com a reação do amigo.
-Não é burrice é só que não quero colocá-los em perigo...
-Nós não iremos discutir se você for sozinho iremos do jeito tradicional: Vassouras. – Ginny se levantou – não temos o que discutir Harry você prometeu nos deixar ajudar, então deixe de fricote...
-É cara só queremos te ajudar...
-Eu sei Rony, mas não devemos nos expor tanto, ou acham que não vai parecer estranho para os trouxas, quatro jovens andando pela cidade em pleno fevereiro? – Harry argumentou irritado.
-Bem... Isso é verdade, mas temos que ir com você, ou pelo menos uma pessoa tem que ir com você e como nenhum dos outros vai querer ficar então... Digamos que sua causa é perdida – Hermione foi até a janela – e veja está nublado... Os trouxas não ficam olhando para a rua em dias assim, e outra coisa... Podemos ir todos com você, é só você aparatar segurando o Rony ou eu... E assim dois de nós já terão ido até assim poderemos ir...
-É Harry vamos logo... – Rony falou – vá logo com a Mione e depois voltem aqui...
-Eu não acho que é uma boa idéia... – ele falou confuso.
-Você não disse que quer ir à casa dos Servolo e que fica no meio da mata? Então não será problema se aparatarmos lá dentro... – Hermione falou já se aproximando de Harry – vamos o quanto antes, para que possamos voltar rápido... – ela segurou a mão dele – quando quiser.
-Eu...
-Vão logo – Ginny disse irritada.
Os dois desapareceram e logo depois reapareceram.
-Vem Rony – Hermione esticou o braço e o ruivo o pegou, ao mesmo tempo em que Ginny se agarrava a Harry.
-Você deveria ficar, serio não precisa ir... – Harry tentou mais uma vez convencer a garota.
-Deixa de ser insistente Harry eu vou e acabou... – ela o apertou. – vamos!
Os dois casais desapareceram e foram parar de frente para uma grande quantidade de árvores cobertas de musgo de onde não se podia ver nada.
-Lumus – todos disseram e suas varinhas ficaram com as pontas acessas.
-Onde estamos? – Ginny perguntou soltando-se do abarco de Harry – parece com o interior de uma floresta...
-E é... – Harry respondeu. – venham... É por aqui se não me engano... Inflamo – ele queimou duas pequenas árvores a sua frente e depois passou por elas.
Com um pouco de dificuldade dava-se para ver uma antiga casa sem o teto, ele tinha desabado ou algo do tipo, os garotos se aproximaram dele com cautela e Harry abriu a porta com um chute.
Era como ele lembrava da casa uma sala suja e podre colada com a cozinha havia ainda um poltrona muito gasta que outrora Harry vira o Sr. Gaunt sentado.
-Isso é pior que o curral d’A Toca – Rony falou colocando a mão no nariz – e fede igualmente...
-Fique atento Rony – Hermione falou severamente para Rony que ficou olhando ao redor – o que viemos fazer aqui Harry?
-Só dá uma olhada na casa... Para ver se encontro alguma pista de Voldemort... – ele falou olhando para todos os lados.
-Mas eu não entendo uma coisa... Você não disse que foi aqui que Voldemort pegou o anel que destruiu a mão de Dumbledore? – Hermione indagou.
-Foi...
-Então não há porque procurar aqui... Seria burrice se Voldemort voltasse aqui... – ela falou parando de ficar alerta.
-Mas, pode ser que o Regulo tenha vindo aqui procurar algo – Rony falou.
-Não acho que ele tenha se dado ao trabalho de vir aqui... Acredito que ele tenha ido diretamente ao anel como Dumbledore o fez... – a garota falou examinando as prateleiras cheias de panelas enferrujadas e de teias de aranha.
-O que você quer dizer Mione? – Ginny olhou curiosa para a amiga – que é burrice estarmos aqui?
-Exatamente – respondeu a garota – quero dizer, é uma boa idéia investigar tudo o que você já viu sobre Voldemort, mas eu sinceramente não acho que tenha alguma pista, pois Voldemort nunca veio aqui depois de ressurgir, ou pelo menos é o que achamos...
-Então vamos embora – Harry falou. Estava meio irritado com a amiga, pois porque ela não dera essa explicação antes que trouxesse Ginny e Rony para aquele local? – vamos para o cemitério... Quero ver se há alguma coisa que Voldemort esqueceu lá...
-Sei lá Harry acho que deveríamos ir até a tal casa do pai de Voldemort... – Hermione falou, fazendo ele se irritar mais – é que eu tenho certeza que ele limpou tudo... Ou você acha que Dumbledore não mandou uma equipe para procurar pistas de que Voldemort estivera no cemitério? Ele passou um ano procurando pistas e é obvio que o primeiro lugar onde procurou foi no cemitério...
-Então porque você não me diz onde procurar? – Harry falou quase num grito.
-Calma Harry, a Mione só quer ajudar – Ginny retrucou com o garoto.
-Bem... Acho que deveríamos ir a tal casa, você nos disse no quarto ano que um homem fora morto, um trouxa foi morto por Voldemort na tal casa, na época Voldemort não tinha recuperado seus seguidores... Porque não vamos até lá?
-Certo – o garoto estava se sentindo um idiota, como se esquecera do trouxa chamado Franco Bryce. Ele tivera pesadelos durante todo mês de julho nas férias entre o terceiro e o quarto ano. – desculpe Mione...
-Que nada Harry... Eu que deveria ter falado isso de um jeito mais educado – ela sorriu para o garoto – agora como iremos até lá?
-Vamos aparatar do mesmo jeito que chegamos até aqui... – Rony falou entusiasmado.
-Não dá... Não lembro direito do local... Faz tempo que tive o sonho sabe... Eu lembro do lado de fora, mas ficava bem de frente para o pub da cidade... – Harry comentou deixando Rony desanimado novamente.
-Então vamos voando... – Ginny falou sorrindo.
-Está louca? Por mais que esteja nublado não podemos sair voando por ai em plena luz do dia... – Rony olhou enraivecido para a irmã.
-Não seu idiota, nós não vamos assim – ela falou calmamente – vamos usar o feitiço da desilusão... – ela sorriu e bateu a varinha na sua cabeça, depois fechou os olhos como se quisesse impedir de que algo entrasse no s seus olhos e assim seu cabelo vermelho se tornou um marrom quase preto. – é o que se usa par viajar de vassouras sem ser descoberto... Agora precisamos de vassouras ou algo que sirva como uma...
-Boa idéia Ginny – Hermione e Harry fizeram o mesmo que Ginny fizera e Rony ficou parado olhando – certo... Eu acho que não posso esperar tanto de você não é? – ela sorriu e o garoto também sorriu, depois bateu sua varinha na cabeça dele. – Bem precisamos das vassouras.
-Eu estou com a minha – Rony tirou da mochila sua uma agenda e com um toque da varinha ela se transformou na sua Nimbus 2002. Harry fez o mesmo só um pequeno isqueiro prateado se transformou na sua Firebolt.
-Isso basta... – Hermione falou – eu irei com você na sua vassoura Ron, e a Ginny com o Harry... Eu sei que é desconfortável, mas é tudo o que podemos fazer. Harry veja se consegue colar sua capa à vassoura depois de fazer um feitiço de desilusão nela... Eu vou criar a minha própria capa ¬– ela e Harry fizeram tudo que dissera. – Pronto podemos ir... Harry vá guiando na frente.
-Certo – ele de um impulso com os pés e a vassoura foi subindo com dificuldade por causa do peso, mas não dava para ver, pois estavam invisíveis e quando a capa escapava por um pouquinho não dava para se notar devido ao feitiço de desilusão.
-Vamos Ron... Tente seguir o Harry...
-Como se ele esta invisível – Rony protestou. Até que sentiu o cabo da vassoura ser puxado para frente.
-Tem um fio prendendo as vassouras só tente se manter perto deles – Hermione falou.
-Porque não disse antes?
E eles seguiram até um pequeno morro que começava na frente de um conjunto de pequenas casas.
Harry começou a descer na frente da casa do jardineiro. Rony também começou a descer quando sentiu o fio puxar para baixo.
-É aqui... – Harry falou ao retirar a capa de cima dele e perceber que Hermione e Rony haviam pousado. – é melhor que continuemos com a capa... Voldemort pode ter deixado alguém de vigia aqui...
Os outros concordaram e assim eles entraram na casa subiram as escadas e se dirigiam para um quarto quando viram algo bem aterrorizador, um esqueleto em decomposição.
-Que horrível – Ginny falou olhando para o corpo.
-Não pode ser... – Harry olhava para as vestes do corpo – esse é o corpo do trouxa que Voldemort matou há três anos e meio...
-Eca – Rony comentou fazendo cara de nojo.
-Quietos – Hermione alertou a todos para um pequeno barulho.
-... Seu rato inútil, como você não se lembra onde deixou a marionete de carne do Lorde das Trevas? Já é o terceiro dia seguido que temos que vir para essa casa trouxa e você ainda não os achou? – uma voz arrogante falou.
-Não é culpa minha! – guinchou outra voz – O Lorde das Trevas é quem guardava tudo... E para que estamos aqui, não me lembro do Lorde ter nos ordenado vir aqui...
-Quieto! Ou você esta me desafiando, lembre-se que ele mandou você seguir minhas ordens, agora não me questione e ache logo o que preciso...
-Estupefaça – Harry falou na direção da primeira voz.
-Protego – ele falou revelando estar com uma mascara preta sobre seu rosto.
-Eu achei – o homem baixinho guinchou – o que esta havendo?
-Revele-se! Crucio – o homem de mascara preta gritou e o feitiço bateu na parede.
-O que esta fazendo Malfoy?
-Tem alguém ali... Vamos embora! – ele gritou para o outro homem.
-Accio Marionete – Hermione falou e as marionetes saíram voando da mão do homem baixinho ao mesmo tempo em que eles desapareciam.
-Era o Malfoy – Rony perguntou confuso.
-Temos que ir... Eles podem voltar. – Hermione falou.
-Não vamos ficar e lutar... – Harry respondeu furioso.
-Não podemos Harry e se vierem mais comensais... Vamos – Hermione segurou no braço do garoto e fez um aceno com a varinha. No momento seguinte estavam numa casa de frente para uma casa dois andares.
-Eu vou voltar... – Harry falou decidido.
-Petrificus Totalus – Hermione falou apontando a varinha para o amigo que tombou feito uma pedra nos braços de Ginny – me perdoe por isso, mas não adianta fazer nada de cabeça quente – ela falou seria – Leiam isso e pensem nele.
“Whisky Valley, numero 07”
A porta da casa veio se aproximando deles e se abriu, eles entraram com Rony carregando Harry.
-Tonks? Está ai? – Hermione falou em voz alta. – Tonks?
-Mione? – uma voz e uma cabeleira roxa apareceram de uma escada – o que fazem aqui?
-Precisamos falar com vocês... – ela fez um movimento com a varinha e Harry se soltou.
-Porque fez aquilo? – ele falou enquanto empunhava a varinha.
-Calma calma Harry... O que houve? – Tonks falou colocando a mão na varinha dele e baixando-a.
-Fomos à casa dos pais de Voldemort, e encontramos dois comensais que acredito que sejam Rabicho e o Malfoy – Hermione falou sem respirar até que tomou fôlego – eles estavam atrás disto aqui – entregou a marionete a Tonks – o Lupin está aqui?
-Devíamos esperar por eles e atacá-los – Harry falou enraivecido – era a nossa chance de pega-los Mione...
-Calma cara ainda terá outra chance... Precisa acalmar os nervos... – Rony falou enquanto se sentava numa poltrona.
-Ele ainda não chegou... Deve estar em Hogwarts... – Tonks respondeu a pergunta da garota – mais o que faziam na casa dos pais do Voldemort?
-Procurávamos pistas da cobra dele... Sabe a que Dumbledore suspeitava ser um dos horcrux – Hermione respondeu – bem nós pegamos isso – ela apontou para as marionetes que entregara a amiga.
-Isso é uma marionete de carne – ela falou espantada – é quase como um corpo humano... – ela fez uma cara de nojo. – é preciso uma grande quantidade de ingredientes raros para fazer a poção que resulta nisso.
-Marionete de carne? – Harry repetiu.
-São corpos falsos que alguns bruxos das trevas usam para estar presentes em locais que não poderão estar – Ginny respondeu – o Slughorn me falou deles... Eram comuns antigamente, mas porque Voldemort tinha alguns?
-É isso mesmo – Tonks concordou com a ruiva – bem... Deveríamos levar isso ao Moody, ele é especialista em feitiços das trevas, vocês sabem...
-Não podemos levar isso ao Moody. – Harry falou firme.
-Ainda com aquela estória de que o Moody trabalha para alguém? – Tonks olhou de um jeito estranho para o garoto.
-É verdade... – Harry respondeu irritado.
-Pode até ser, mas é mais fácil o Moody está fingindo não? – ela sorriu – não o subestime Harry, ele é mais do que aparenta ser, e acho que deveria confiar um pouco mais nele.
-Eu sei só que... Eu tenho certeza do que ouvi – Harry abaixou a cabeça. Ele parou para pensar um pouco, enquanto Hermione perguntava a Tonks em como estavam às coisas – está bem... Vamos falar com o Moody.
-O que? – Rony e Hermione falaram juntos.
-É melhor... Se ele realmente está sendo controlado por alguém seria estranho se nos afastássemos dele... – Harry comentou – vamos voltar a Hogwarts por um tempo e relatar nossos avanços a ele...
-Mas Harry achei que iríamos seguir sozinhos a partir daqui – Rony indagou.
-É... E todo aquele papo de minha missão – Hermione falou.
-É o melhor a fazer por enquanto... Eu não quero envolver ninguém, vocês sabem disso melhor que qualquer um, mas precisamos de ajuda agora que chegamos a um ponto que teremos de enfrentá-lo a qualquer momento – ele se virou para Tonks – quando você voltará para Hogwarts?
-Só amanhã... Eu tirei o dia de folga para terminar de arrumar a mudança – disse sorrindo e apontou para umas caixas de papelão no fim do corredor – podem ficar por aqui esta noite... Temos dois quartos no primeiro andar, acho que o Remus não se importará...
-Tem certeza Tonks? Terá que alimentar mais quatro cabeças – disse Hermione – e o Rony como duas pessoas, ou seja, serão cinco... É bastante comida.
-Bem, eu não me importo de ter um trabalho a mais – ela sorriu – o problema vão ser vocês comerem minha comida... Eu não gosto muito dela...
Hermione e Ginny começaram a rir enquanto Rony fez uma cara de assustado, Harry estava mais preocupado com o que fazer quando voltassem para Hogwarts.
Lupin chegou por volta das oito da noite trazendo frango frito.
-Remus eu fiz o jantar! – Tonks protestou transformando seu rosto no de uma criança chorona.
-Desculpe Ninfa... Esqueci que iria cozinha – ele falou rindo e depois deu uma piscadela para Rony – o que os trazem aqui?
-É o único local seguro que conhecemos e que pode nos levar até Hogwarts... – Rony respondeu enquanto pegava duas coxas de frango.
-Rony tenha modos! – Hermione ralhou com o garoto.
-Ele sempre foi assim Mione... – Ginny comentou olhando para o irmão com um pouco de nojo.
-Eu estou com fome! – ele respondeu depois de engolir a comida.
-Isso não lhe dá o direito de comer feito um animal, alias nós somos visitas – Hermione falou fazendo o garoto para de enfiar uma grande quantidade de carne de frango na boca.
-Não tem problemas... Sintam-se em casa – Lupin falou rindo e ele voltou a comer como um animal a contragosto de Hermione.
-Toma Harry – Tonks entregou a ele um prato com bastante comida.
-Tou sem fome... – ele respondeu sem muito animo. – Lupin... Posso falar com você?
-Claro Harry – ele respondeu e os dois saíram da cozinha.
O garoto contou a Lupin tudo o que ocorrera desde a ultima vez que se viram e do que achara do que tinha ouvido na sala de Moody.
-Sabe Harry... É a ultima pessoa que você deveria suspeitar... É mais fácil ele estar fingindo algo... Desde o ocorrido a três anos atrás ele tem mais cautela do que antes, e nunca conseguiram controlar Moody com um Imperio... – Lupin falou sorrindo – mas como te conheço bem, você continuara desconfiado... Bem o que se pode fazer você puxou a sua mãe esse lado... Porque você não simplesmente confia a Moody tudo o que me contou e se ele realmente estiver sendo controlado logo saberemos... Bruxos das trevas têm a mania de agirem com tanta cautela que seja a ser obvio...
-Quer que eu dê ao Regulo todas as informações que ele precisa? – Harry olhou indignado para seu antigo professor.
-Quanto a isso acho que está ligeiramente enganado... Com certeza é um antigo comensal que esta agindo, mas duvido que seja o Regulo cada vez mais as evidencias apontam que não é ele...
-Mas o horcrux estava no quarto dele...
-Exatamente! Não é obvio demais?
-Sim, porém foi a Mione que disse que era o Regulo.
-Com certeza, ela é genial, mas aposto todas as minhas fichas que disse isso antes mesmo de saírem de decidirem sair de Hogwarts... Foi uma conclusão precipitada, já que ela queria afirmar sua conclusão que o espelho era falso, aliás, eu peço desculpas por ter entregado aquilo em suas mãos devia ter percebido que era falso...
-Como assim?
-Não foi Dumbledore que escreveu aquela carta, bem eu acredito que não... Agora percebo que se Dumbledore previsse sua morte teria deixado um testamento para cada ente querido seu... – Lupin sorriu – Harry eu sei o quanto está sendo difícil para você ter todas essas preocupações e tudo mais, só peço que confie mais nas pessoas... Essa é a grande diferença entre você e Voldemort, ele nunca confiou em ninguém, porque nunca amou ou teve amigos, você não pode esquecer do que Dumbledore disse: você tem um poder que ele jamais terá. Use-o a seu favor e poderá vencer.
O garoto ficou calado olhando para o sorriso amarelado de Lupin, ele falara exatamente o que Dumbledore falaria para ele.
-Sabe Lupin, acho que você finalmente cresceu... – Harry falou rindo.
-O que quer dizer?
-Vocês... Os Marotos nunca quiseram crescer. Sempre quiseram se manter naquela época de Hogwarts, eu percebi isso com o Sirius, mas parece que finalmente você decidiu abandonar o nome de Aluado...
-Interessante... – Lupin falou com um grande sorriso.
-O que é interessante?
-Seu pai me falou a mesma coisa quando saímos de Hogwarts... Você sabe ele foi o único que deixou de ser chamado pelo apelido, porem nunca deixou de ser um Maroto – uma lagrima escorreu pelo rosto de Lupin – acho que o Sirius tinha razão quando disse que Merlin nos dera um grande presente... O de poder rever nosso grande amigo James.
Os dois ficaram em silencio por um tempo enquanto pensavam no que tinham acabado de conversar.
-Remus venha comer, está esfriando! – Tonks gritou da cozinha.
-Venha vamos comer ou ela vai atirar a comida em nós – ele sorriu – ela tem o gênio forte como o Sirius... No que eu fui me meter?
Harry sorriu e os dois adentraram a cozinha.

(...)

Os quatro foram até Hogwarts no dia seguinte e contaram a Moody e alguns membros da ordem, os que podiam ouvir tudo, o que acontecera desde o ultimo relato. É claro que eles omitiram o fato da conversa que Harry ouviu na sala de Moody.
Eles ficaram sabendo que dois comensais tinham sido enfeitiçados para que eles soubessem onde eles estariam.
Moody também os contou que Voldemort parara de agir fora do reino unido e que agora estava atacando alguns funcionários do ministério em posições chave, para que conseguisse poder lá. Não sabiam qual o motivo disto, porem sabiam que era autoria dele.
Ele também contou que tinha um informante no meio dos comensais, um do alto escalão, mas que por hora preferia não revelar quem era.
Harry decidiu seguir o conselho de Lupin de apenas esperar até que Voldemort desse o primeiro passo, assim ele poderia atacá-lo pelas costas, ou algo do tipo.
E assim o mês de fevereiro se foi e o dia primeiro de março chegou.
-Parabéns Rony querido! - sua mãe se aproximava para apertá-lo em um de seus abraços quebra-costelas no café da manhã – Não sabíamos o que te dar, então compramos isso – ela entregou para ele um grande livro laranja – como seu pai está recebendo melhor compramos para você isso – na capa lia-se “Chuddley Cannons: a historia do maior time de quadribol do reino unido, e como maldição do tornado teve inicio” alguns bruxos montados em vassouras passavam pela capa.
-Obrigado mãe. Onde esta o papai? – ele perguntou colocando o livro dentro do embrulho novamente, na verdade já tinha um exemplar, pegara na nova loja de sua namorada.
-Ele está trabalhando, sabe como é Rony... Ele virá com os gêmeos mais tarde para sua festa... – ela disse sorrindo – você deveria cortar esses cabelos estão enormes – falou em tom de repreensão olhando para os cabelos do ruivo – bem tenho que ir ver como estão os preparativos.
Ela saiu andando feliz pelo salão.
-Rony... – uma voz o chamou, fazendo Harry e Hermione levantarem os olhos, esta estava com eles brilhando de raiva – Feliz aniversário – Luna falou enquanto dava um abraço meio sem jeito no garoto que estava aterrorizado por fazer isso na frente de Hermione – São luvas novas oficiais do Chuddley Cannons achei que gostaria... – ela sorriu com as bochechas vermelhas.
-Obrigado Luna – ele respondeu com um sorriso meio sem jeito, na verdade mal falara com Luna desde o incidente no natal e desde que voltara a Hogwarts evitara fazê-lo já que nunca estivera melhor com Hermione do que agora.
-Bem eu já vou... Até mais tarde... Tchau Harry, tchau Hermione – a morena lhe lançou um olhar de desdém e depois virou o rosto. – tchau Ron...
-Tchau Luna – Harry respondeu fazendo um aceno com o braço e Rony o imitou.
-Porque ela também te chama de Ron? – Hermione perguntou indignada – ela tem a cara de pau de vir aqui e te chamar de “Ron”!
-É o aniversário dele Mione, ela tinha que falar com ele – Harry interveio vendo que o amigo suava frio.
-Bem deixa para lá... Arrumarei um apelido carinhoso melhor, e alem de tudo estas luvas não são melhor que o kit de trato de vassouras do Chuddley Cannons que comprei – ela falou sorrindo – bem vou ver a Ginny certo? Ela está muito chateada com o castigo que recebeu por fugir de Hogwarts...
-Certo... – Rony e Harry responderam, ela passou pro outro lado da mesa deu um beijo em Rony e saiu dali.
-Mulheres me dão medo... É serio... – Rony comentou olhando para as costas de Hermione.
Tudo ocorreu bem e todos se divertiam na pequena festa feita no salão comunal da Grifinória para Rony quando um homem de cabelos loiros e todo ensangüentado entrou no aposento.
-Moody! Estão vindo... Me descobriram – era Draco Malfoy com uma cara de desespero – ele vai tomar Hogwarts para ele... O Lorde das Trevas...
-Está aqui! – Dobby o elfo domestico relinchou na passagem do quadro.


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