Ataque ao Beco Diagonal




Lojas em fogo, pessoas correndo, outras estavam desesperadas, explosões ocorriam aqui e ali. Havia várias pessoas, provavelmente subordinadas da Ordem, que tentavam controlar o fogo de uma ou duas lojas.


Harry olhou para o lado e não viu Moody nem Lupin. O garoto olhou para frente e viu os dois correndo para ajudar. Ele também queria ajudar, e já tinha dado um passo, quando algo o impediu. Ele se viu puxado para um vão entre duas lojas ainda intactas.


-Hei, me solta! – disse o garoto para Melissa, que tinha uma expressão aflita.
Segundos depois dele ter dito aquilo, um raio acertou o local em que ele
estivera parado segundos antes. Harry ficou olhando o local em que o feitiço
atingira com os olhos esbugalhados.


-De nada, viu – disse a loira.


-De onde veio aquilo?


-De um deles – disse a loira, apontando com a cabeça para uns dois ou três homens encapuzados que passam por eles e nem lhes notaram. Melissa o empurrou para de trás de um latão de lixo e, com as mãos em sua cabeça, o abaixou. Logo, ela abaixara-se ao seu lado.


-Ai! –
disse o garoto, pois batera a cabeça na parede.


-Shhhi! – fez Melissa, levando um dedo aos lábios, pedindo silencio com urgência.


A visão de Harry era somente o latão ao seu lado, por isso, tomado por uma enorme curiosidade, ele colocou a cabeça ligeiramente para frente, deixando apenas um de seus olhos aparecer atrás do latão. Um dos homens estava com a cabeça virada para o local em que estavam. Ele estava parado e com a varinha em punho. O garoto não via seu rosto devido ao capuz sobre seu rosto, e sabia que o cara deveria estar usando uma máscara também. Ele começou a andar em direção a eles e Harry queria muito que ele viesse para ver quem estava por de baixo do capuz, lógico, depois de estuporá-lo, ou, se necessário, mata-lo.


Harry já ia saindo de onde estava, quando sentiu a mão de Melissa mais uma vez segurando seu braço.


-Não –
sussurrou ela, tão baixo, que Harry teve quase que fazer uma leitura labial.
– Eu vou lá, distrai-o e você sai por ali. – disse ela, apontando para trás
de si. Não era um beco, e sim uma saída para de trás da loja.


-Não mesmo, eu não vim aqui pra ficar me escondendo! – murmurou ele de volta, olhando-a com raiva.


-E eu não vim aqui pra discutir! – murmurou ela, com a mesma raiva no olhar. Logo ela respirou fundo e murmurou. – Não é esconder, Harry, é dividir pra
conquistar. – ele ainda não engoliu.


-Por que você não vai e eu o distraio?


-Porque se ele não estiver pra brincadeira, é preferível ver a mim morta do que você!


Harry não teve escolha, já que a garota desapareceu no ar.


-Me
procurando, cabeçudo? – ele a ouviu pirraçar. Antes de ouvir mais alguma
coisa, ele foi para onde a garota dissera.


O homem se virou para olhar. “Bellatriz”, pensou a garota. “Deve estar
brincando...”.


-Como vai, Bellatriz? Deu pra se esconder atrás de mascaras, foi? Não me admira, você é feia pra caramba.


-Sua garota indolente! – disse a mulher, abaixando o capuz e retirando a mascara. – Quem você acha que é pra falar comigo desse jeito?


-Eu sou um ser humano, e estou falando com você do jeito que merece! – a mulher lhe deu as costas, vasculhando o beco onde a loura estivera a poucos segundos.


-Não tem ninguém aí! – disse, antes que ela visse que aquilo não era um beco.


-Onde está Potter? – disse a mulher, voltando-se novamente para a loura e apontando a varinha na direção de seu coração.


-Vou lá saber, tenho cara de babá de marmanjo? – disse Melissa, nem um pouco
intimidada. Estava mais com cara de riso do que de preocupação. A garota viu Harry se esgueirando pelas paredes da loja até perto de Lestrange. Teve uma idéia.


-Me diga onde ele está, será melhor pra você... Seja lá quem você for. – disse a
mulher, avançando mais, fazendo cara de ameaçadora, no que Melissa levantou as sobrancelhas, quase achando graça da situação. Não se sentia intimidada, nem com medo, nem apreensiva. Sabia que Lestrange não podia fazer nada com ela. Nem ela, nem nenhum dos outros Comensais. Nem a ela, nem a Harry. Pelo menos, por enquanto.


A garota olhou para Harry, tentando faze-lo entender o que estava em sua mente. O garoto a olhou com o cenho franzido, mas logo abriu um sorriso. E chegou mais perto.


-Vai ser menos doloroso pra você se você tirar essa varinha da minha cara. – disse, calma e ameaçadoramente. Foi a vez de Lestrange levantar as sobrancelhas.


-Vai fazer o que, menininha?


-Eu? Fazer alguma coisa com você? Não seria capaz, titia. – a garota viu a expressão de Lestrange mudar de sarcástica para assustada e espantada.


-Quem é você? – perguntou a Comensal mais uma vez, agora com a voz meio tremula.


-Seu pior pesadelo. – disse a garota num sussurro. Naquele momento, Harry estuporou a Comensal com um feitiço não verbal. – Sempre quis dizer isso! - ela olhou para a mulher no chão - Não era bem isso que eu tinha em mente, mas... Serve!


-Que negocio é esse de “titia”? – perguntou Harry, enquanto fazia Lestrange levitar com um aceno de varinha.


-Nada de mais... Esconda-a ali – disse, apontando novamente para a parte de trás da loja de onde Harry saiu. Assim que o garoto a colocou no chão, Melissa conjurou cordas e amarrou fortemente a Comensal e conjurou uma fita para colocar na boca dela.


-Ela é sua tia? – perguntou Harry, espantado, mas curioso.


-Ai, Harry, esquece essa história! – disse a garota, cansada e se levantou. Ela sabia que ele ia perguntar novamente, então disse – Não, Harry, ela não é minha tia, não é minha prima, não é nada minha, agora esquece essa história, sim?


-Ta, eu não disse nada. – falou o garoto, acompanhando-a. – A gente vai deixá-la aqui pra que propósito?


-Sei lá, ela pode ter alguma utilidade para a Ordem, ou coisa assim. Claro, depois de uma boa dose de Veritaserum. Ah! Já ai me esquecendo... – disse. Ela voltou e se agachou sobre Lestrange. Abriu uma fresta nas cordas, procurou um pouco e pegou a varinha da bruxa. – Eu fico com isso!


Harry e Melissa voltaram para a outra parte do Beco Diagonal. Nem sinal dos outros dois Comensais que vieram com Lestrange. Havia um maior número de pessoas ali, e um número maior de pessoas caídas. Eles correram para ajudar a conter o fogo que ainda persistia em algumas poucas lojas. Essa foi a parte fácil; a parte difícil foi controlar uma senhora que estava apavorada do lado de fora da loja ainda em chamas.


-Calma, está tudo sobre controle! – disse Melissa, segurando a mulher pelos ombros. A loja estava completamente tomada pelas chamas, mas havia muitas pessoas conjurando água para conte-lo.


-Mas focê non entender! – disse a senhora, com um sotaque carregado de sabe Merlim onde, olhando nos olhos da garota com muito desespero, debulhada em lagrimas. – Meo vilho está lá dentrô!


Melissa se virou para o estabelecimento atrás de si. Se o garoto ainda estivesse lá, ou estaria morto, ou soterrado, ou sufocado, ou, quem sabe, num dos andares superores. Merde. Ela correu decidida para aquele lugar, mas alguém a impediu.


-Me solta, Harry! – disse a garota com urgência na voz, tentando se livrar do garoto. Só que Potter era consideravelmente mais forte que ela.


-Onde você pensa que vai? Esse lugar vai desabar!


-Tem um garoto lá dentro! – ela olhou fundo nos olhos de Harry, que se arregalaram.


-Não há nada que você possa fazer, Melissa, esse lugar está tomado pelas chamas. – disse uma voz atrás deles; Lupin tinha se aproximado deles sem eles perceberem.


-Mas eu tenho que tentar. – disse, e nisso, puxou seu braço com toda a força que pode. Teve a impressão que o destroncara, tamanha foi a força com que puxou, mas foi só impressão. Antes que Harry ou Lupin pudessem dizer ou fazer alguma coisa, ela correu para dentro da loja.


O calor das chamas fez seus olhos arderem tanto, que ela virou o rosto e levantou um braço para protegê-los. O cheiro de madeira queimada era insuportável. Com um grande esforço, abriu os olhos e abaixou o braço; tinha que ver para onde tinha que ir. Tudo, tudo a sua frente estava em chamas. Ergueu a varinha e foi apagando tudo que pôde. Concentrando-se no que estava fazendo e no que tinha que fazer cerrou os dentes tentando escutar além do crepitar das chamas. Depois do que lhe pareceu horas, ouviu o murmúrio do garoto em algum lugar muito à frente, talvez acima dela. Grand.


Quanto mais avançava, mais a fumaça invadia seus pulmões e ela começava a achar difícil respirar. Numa outra situação qualquer, em que seu cérebro estivesse funcionando com clareza, ela usaria o Feitiço Cabeça de Bolha, que lhe proporcionaria uma reserva de ar tempo suficiente para encontrar o garoto e sumir dali antes de tudo desabar. Contudo, naquele momento, ela se esqueceu dele completamente. Enquanto tentava achar uma escada para o andar superior, ou tentar escutar o garoto mais uma vez para ter certeza que deveria subir, começou a pensar que não sairia dali a tempo. Era capaz de ouvir a estrutura do lugar ranger. Minha capa da Invisibilidade fica para Ise, meus livros para Marie e minhas roupas para Annie, pensou, já imaginando o pior.


Ouviu o garoto mais uma vez, e teve certeza. Era no fundo da loja. Avançou mais rápido, com a varinha à frente, jorrando água para todos os lados. Logo o encontrou, agachado, abraçado aos joelhos, logo depois de uma tora de madeira em chamas. Apontou a varinha para a tora, que logo se apagou e virou cinzas. Chegou perto do garoto; estava quase desacordado. Não era de se espantar, deve ter respirado muita fumaça. Ela achava que logo estaria em tal estado também. Abaixou-se diante dele, no que o menino levantou o rosto.


-Vai ficar tudo bem! – disse ela bem alto, tentando fazer-se ouvir no meio do crepitar, tentando convencer a si mesma e o menino disso. Pegou em sua mão e o levantou. Não deram nem dois passos na outra direção quando Melissa ouviu um barulho muito forte.


Sem pensar direito, o mais rápido que pode, abaixou-se sobre o menino, segurando a cabeça dele contra seu peito, abraçando-o, e fechou os olhos com força. Em seguida, o teto desabou.


 


 


 


Harry ia se adiantando para seguir a garota, mas Lupin o segurou. Com muita força.


-Me solta, Lupin! – disse, desesperado, para o ex-professor.


-Não, Harry! Já é ruim demais ela ter entrado lá, não vou deixar você fazer o mesmo. – disse ele, com muita firmeza.


-Mas não posso deixar ela lá! – disse Harry, tentando se livrar do aperto do
ex-professor em se braço.


-O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – berrou a voz de Moody perto deles. O ex-auror se adiantava mancando.


-Tem um garoto dentro da loja e Melissa entrou lá para pegá-lo. – disse Lupin
depressa, mas sem deixar de segurar o adolescente.


-Mas o que aquela garota pensa que está fazendo? ISSO NÃO É HORA DE BANCAR A HEROÍNA! – bradou Moody, como se a culpa fosse deles.


-Eu tentei impedir, mas ela entrou – disse Harry, mas sem dar-se por vencido, ainda tentando se livrar de Lupin. – Ela entrou lá, e eu vou atrás dela.


-Ah, não vai, não, garoto! Já é ruim demais termos mais outra morte em nossas mãos.


-O que? – disse Harry, parando de repente diante as palavras de Moody.


-Uma entre cem pessoas entram em prédios assim e saem vivos para contar história, garoto. – disse Moody, com pesar na voz. – Sinto muito dizer isso, mas ela não vai conseguir.


Não! Pensou Harry, voltando-se para olhar a antiga loja. Lissa!


Naquele minuto, pode-se ouvir um barulho muito alto. Logo em seguida, o teto desabou. A mulher ao lado de Harry gritou e chorou, ao mesmo tempo. Era exatamente o que ele queria fazer, mas parecia que sua voz sumira. Sentiu um arrepio passar pela sua espinha. Ficou ali, parado, olhando o que restara do prédio, tentando acreditar... Enquanto ouvia o choro desesperado da mulher. Uma lágrima solitária e teimosa rolou pelo seu rosto cheio de cinzas. Sentia mais do que ouvia Lupin falando alguma coisa com ele, mas não entendeu, e nem quis entender. Sentiu a mão do ex-professor em seu ombro. Engoliu em seco. Baixou os olhos. Sentiu mais um
arrepio. Mais uma lagrima. Ia se virar para sair dali, quando não ouviu mais os soluços da mulher. E sim, uma exclamação de surpresa. Não só dela, mas de Moody e Lupin. Harry levantou os olhos e soltou um sorriso involuntário.


 


Fechara os olhos com força, esperando sentir toras pesadas cair em cima de si, esperando sentir as chamas a absorverem lentamente. Esperou... E esperou. Abriu um olho, temerosa. Logo em seguida, abrira o outro e levantou o rosto, surpresa. As toras caíram, mas, antes de atingi-los, o subconsciente de Melissa meio que ativara uma espécie de escudo redondo de luz entre o rosa e o roxo, ao mesmo tempo transparente, como se fosse uma bolha de sabão. Era nessas horas que ela adorava e amava ser quem era. Pegou o garoto no colo e se levantou, com muito esforço. Ouvia as toras se mexendo, para dar-lhes espaço. Com tantos destroços que caíram, as chamas praticamente se extinguiram. Mas, ainda sim, estava muito
quente. Achava dificuldade para sair daquele lugar, ainda mais carregando o
garoto em seus braços. Mon Dieu,
como esse moleque é pesado!
Algum tempo, muitas toras e alguns palavrões em francês depois, Lissa finalmente viu o céu azul, ou quase azul. Mas, conseguiu subir pela abertura que fizera só depois de alguns segundos, já que não tinha apoio para os pés e não podia usar as mãos. Assim que saiu foi que percebeu que estava toda arranhada, cheia de cinzas, cansada e com dores ao longo do corpo. Não agüentou mais e colocou o garoto no chão.


-Você pode andar? – perguntou num fio de voz. Ele assentiu. Eles foram andando lado a lado até o fim daquela montanha de destroços. Nem ela sabia como conseguiu andar tanto. Não sabia se era sua imaginação, mas parecia que eram quilômetros e mais quilômetros de destroços a sua frente. Depois do que lhe pareceu horas, tropeçando aqui e ali, e pisando em lugares que faziam seu pé afundar, ela pode ver a rua. Logo em seguida, Lupin, Moody, Harry e a mãe do moleque ao seu lado.


O menino saiu correndo para os braços da mãe assim que pisaram em chão firme, mas ela ficou parada, tentando respirar. Lupin, Moody e Harry se aproximaram rapidamente, mas não rápido o suficiente. Eles estavam a uns dez passos de distancia dela quando o ar lhe faltou, o chão sumiu e tudo ficou escuro a sua frente. Ela caiu, sentindo dor em tantos lugares que ela nem sabia dizer onde doía mais. Ouvira os três correrem em seu socorro e se agacharem ao seu lado. Alguém, não soube dizer quem, e segurou pelos ombros e a levantou, segurando sua cabeça com uma mão. Estava com tanta dor, com tanta vontade de respirar que sua mente e sua visão estavam nubladas, e não conseguia diferenciar mais seus próprios pensamentos dos das pessoas à sua volta.


-Agüente firme, Lissa – sussurrou alguém bem perto de seu ouvido. Ela reconheceu aquela voz.


-Harry?... – foi a única coisa que conseguiu dizer antes de perder de vez a consciência.


Harry foi o único que ouviu o sussurro da garota, já que estava mais próximo dela. Era ele que a segurava pelos ombros, ajoelhado a seu lado. Lupin estava a seu lado ainda, mas Moody estava falando (ou será ralhando?) com a mulher chorosa.


-Vamos, Harry, vamos levá-la para o St Mungus. – disse Lupin, do outro lado da garota.


Ambos a levantaram, não que ela seja pesada. Não, na verdade não era. Bom, pelo menos, Harry a achou bem leve. Claro, para quem já carregara Duda nas costas, Melissa era praticamente uma pena. Iam carrega-la até encontrarem uma lareira, já que aparatar com a garota naquele estado não era o que se pode dizer saudável.


Com um braço da garota em volta de seu pescoço, Harry e Lupin passaram pelo local onde deixaram Lestrange amarrada.


-Professor – já fazia muito que Lupin não era mais professor de Harry, mas ele ainda o chamava assim; força do habito. – amarramos um Comensal atrás daquela loja.


-Quem? – perguntou Lupin. Ele bem que iria perguntar “Como”, mas lembrou-se de que se tratava de Harry Potter e Melissa Wyndi.


-Bellatriz Lestrange.


-Vocês
amarraram a Bellatriz? – admirou-se Lupin. Ele se virou parcialmente, tentando ver algum lugar às suas costas. – Droga, Moody ainda está falando com aquela mulher. Quando a gente mais precisa, ele nunca está.


-Se quiser, professor, eu levo Melissa e o senhor pode ir ver Lestrange.


-Você
consegue carrega-la sozinho?


-Pra quem já carregou Duda Dursley e Hermione Granger nas costas, não vai ser problema. (n/a: Convencido!).


-Ta bem, então.


Eles pararam e Lupin se afastou.


 


 


Alguns
minutos depois, Harry se encontrava na sala de espera do St Mungus. Já perdera a paciência com duas enfermeiras que tentaram persuadi-lo a se tratar também, já que tinha alguns arranhões e uma ou duas pequenas queimaduras nos braços. Também quase fora convidado a se retirar de lá por causa do escândalo que fez ao dizer que estava muito bem, obrigado. Minutos antes, Sra Weasley, Tonks, as garotas e Rony chegaram no hospital, e Harry teve que agüentar a mãe de seu melhor amigo perguntando se estava realmente bem. Nesse momento, ele estava sentado no banco, olhando a porta da enfermaria, esperando. Gina estava a seu lado, quieta desde que chegara. Rony e Hermione estavam num outro banco, juntamente com Tonks e Sra Weasley. Lewise estava encostada em uma parede, encarando os pés. Ann estava a seu lado, de braços cruzados, com uma cara preocupada e Marie estava andando de um lado para o outro. Pouco antes, era Harry quem estava fazendo isso. A garota dissera para parar, pois já estava ficando tonta. Quando este se sentou, ela tomou seus passos.


A porta da enfermaria se abriu, e o Curandeiro que saiu de lá se viu mergulhado em perguntas sobre a garota.


-Ela está bem. Teve algumas queimaduras, vários arranhões, duas costelas trincadas, pulso inchado, os olhos dela foram ligeiramente danificados, assim como os pulmões. Ela está descansando. Se quiserem vê-la... – Curandeiro Norrington nem terminou a frase. Só faltou eles empurrarem o coitado para longe e correrem para ver como ela estava.


Melissa estava numa cama perto da parede oposta a porta. O braço esquerdo estava imobilizado, ela tinha os olhos enfaixados e tinha uma espécie de pomada roxa ao redor das narinas, provavelmente algo para os pulmões. Eles se gruparam em volta da cama da loura, em silencio. Ficaram assim durante algum tempo, até Sra Weasley e Tonks serem chamadas pela enfermeira. Assim que saíram, Ann quebrou o silencio.


-Por que, em um incêndio, tem sempre um garoto preso no meio das chamas?


-Acho que sem um, não seria um incêndio decente. – disse Lewise.


-Quer
dizer... O moleque não obedece à mãe, sai de perto dela... – disse a ruiva,
pensativa. – Aí, tudo pega fogo e ele se esconde... Em vez da mãe procurá-lo, foge... Aí, lá fora, sã e salva, ela lembra do pirralho... Aí, quem estiver
por perto com cara de herói, é que berra... Se fosse eu, deixava o pirralho
morrer queimado... Oras, ninguém mandou ele desobedecer à mãe dele! –
completou, ao ver o olhar de Marie.


-Ainda bem que você não estava lá – murmurou a castanha.


-Ora, mas é verdade. Problema dele e da mãe dele, não meu! Eu não arriscaria minha vida pra salvar um carinha desobediente...


-Não é bem assim, Ann...


-Ah, é assim sim, Marie...


-Acho que eu concordo com a Ann – disse Rony, meio que pensando. – Se fosse eu, não iria atrás dele, mas também não podia deixar ele lá...


-Ah, e você faria o que? – perguntou Hermione, olhando-o com uma sobrancelha erguida.


-Bem... O Harry tava lá pra quê? – brincou o ruivo, olhando divertidamente para o amigo. Hermione olhou Rony desaprovadoramente, balançando a cabeça ligeiramente. Até Gina o olhou estranho.


Preferia mesmo que fosse eu, pensou o garoto, enquanto devolvia o olhar divertido de Rony.


-Antes eu do que ele – a voz fraca de Melissa chamou a atenção de todos ali.


-Pensávamos que você estava dormindo! – disse Ann.


-Bom, eu estava... Mas acho que nem com a Poção Morto-Vivo eu conseguiria dormir com vocês falando que nem matracas – disse a garota, ainda num fio de voz, dando um sorriso.


-Ainda não acredito que você se arriscou daquele jeito... – disse Ann.


-Achei que foi burrice – murmurou Gina. – Você poderia ter morrido...


- Burrice e complexo de heroína são minhas características marcantes – disse Lissa. – E Gina, não vai ser hoje que você vai se ver livre de mim. Você vai ter que me agüentar por mais um longo tempo.  Não se preocupe, logo você vai poder me odiar normalmente de novo.


A ruiva olhou a loura surpresa, depois baixou o olhar, um pouco ruborizada.


-Como está o guri? – perguntou Melissa, para qualquer um que soubesse a resposta.


-Bem – respondeu Lewise. – Melhor que você, pelo menos.


-Aposto que sim – a loura riu fracamente.


-Isso é –disse Marie – se Moody não afundou o coitado no chão, ou coisa parecida. Ele parecia muito bravo com o moleque, quando o vimos.


-Jura? Bom, pelo menos assim, da próxima vez, ele não se esconde no fim da loja quando ela estiver pegando fogo. – disse Melissa, encolhendo os ombros ligeiramente. Logo ela contraiu a boca ligeiramente.


Naquele momento, a porta da enfermaria se abriu mais uma vez, adentrando Tonks e um Lupin cheio de cinzas, assim como Harry.


-Ah, você acordou. – disse a mulher, sorrindo.


-Como está se sentindo? – disse Lupin, chegando mais perto da cama, junto aos outros.


-Com dor... – disse a loura, meio rouca agora.


-Onde dói mais? – perguntou Tonks, ao lado de Lupin.


-Acho que a pergunta é “Onde não está doendo”.


-Ok, onde não está doendo?


-Eu diria minhas orelhas, mas depois de ouvir tanta besteira desse povo – disse,
apontando mais ou menos corretamente na direção de Ann e Lewise - , acho que só meus dentes que não doem.


Pela terceira vez, a porta se abriu, e a enfermeira entrou. E expulsou todos os visitantes do quarto, alegando que Melissa necessitava de silencio e repouso.


-Repouso? – reclamou a loura, antes de todos irem. – Vou ter uma semana inteira enraizada nessa cama, acho que terei tempo suficiente pra repousar durante esse tempo! Companhia não faz mal!


Mas a
enfermeira fingiu não ouvir, e pediu mais uma vez que todos se retirassem.


-Lupin! – chamou Melissa, antes dele sair porta afora. Harry, Rony e Hermione também pararam. – E Lestrange?


-Ela não estava lá, Melissa.


-Mas, como não? – perguntou Harry, não se contendo. Ele se lembrava de terem amarrado a Comensal e de terem tirado-lhe a varinha.


-Não sei dizer, Harry, ela só não estava lá.


-Impossível ela ter saído de lá sozinha, a varinha dela está (ou estava) comigo! – disse Melissa.


-Alguém deve tê-la tirado de lá, não sei dizer exatamente. Só sei que ela não estava por lá.


A essa
altura, a enfermeira já perdera a paciência e enxotara Harry, Rony, Hermione e Lupin dali.


-Lestrange? – disse Hermione, assim que Lupin se afastou. – O que ela quis dizer com Lestrange?


Harry explicou o que houve no Beco Diagonal naquela manhã aos dois amigos, desde quando saíram do Largo Gimmaudi até a chegada no Hospital St Mungus de Doenças e Acidentes Mágicos.

 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


N/a: Mil desculpas pela demora!! É que eu e a Cá estavamos nos divertindo junto aos nossos outros amigos e não escrevemos nada... Mas ontem, ela entrou na Net e a gente conversou e ela aprovou o cap... Hum! Espero que gostem.. O próximo cap vai ser mais... hum... digamos,... só pra deixar vocês curiosíssimos... romantico... rsrsrsr...

Luana Rodrigues Santos: Seria injusto da minha parte se eu não explicasse, certo?! Espero que você tenha gostado desse cap... Eu gostei de escrever... Bom, quanto ao fato da fic ser ou não H/G, eu não sei responder... Vai depender muito de que rumo a fic vai tomar, ñ de mim nem da Cá... Mas eu tbm tô torcendo muito pro Harry ficar com a Lissa!rsrsrs... e Quanto a Gina ser muito criança... CONCORDO PLENAMENTE!!!

Kate-NS: huahuahuahuahua, normal! Eu tenhu muitas no meu pc tbm que eu nem lembrava que eu tinha lido, qual era o contexto da história.. Normal!É tão bom ouvir isso de alguém, que tá amando a fic!! Inspira a gente e faz os caps virem mais rápido tbm...

Ellesar: Tive meus motivos pra não postar ultimamente... Se vc leu o aviso, sabe do que se trata.. Se não, eu flo... A Cá veio pra minha cidade e a gente se divertiu e só flei da fic com ela depois que ela voltou pra Minas...

mimi potter: Raro encontrar alguém que leia nossas três fics.. Que bom que você tá gostando das três!!

DeDe Potter: Eu tbm acho que eles formam um casal muito fofo, mas isso não depende só de mim... Se dependesse, eles já estriam juntos! Mas é que ainda tem a Gina na jogada, então, se essa fic não for mesmo uma H/G (como eu rezo pra não ser), vai demorar ainda um pouquinho... :(

douglax: Tô atualizando!! =PP

Anderson potter: Aaah, vc acha mesmo que demorou^^? rsrrs;; Pois é.. esse tbm demorou, e eu peço desculpas mais uma vez... Melissa, mentirosa? Em partes, sim... Mas ela tem que mentir, se não, não teria graça, não é? E sobre falar sobre ela um pouco... Hum.. Bom, deixe todas as suas duvidas sobre ela no seu próximo coment, que eu esclareço as suas dúvidas no cap, pode ser??


Bom, gente, é isso aí..

Bju pra todos, obrigado por comentarem.

POR FAVOR, EU IMPLORO!! Assim que acabarem de ler esse paragrafo, voltem ao menu da fic, votem e comentem, sim?? EU IMPLOOOOOOOOOOOOOOORO!!!!

Muito obrigada!!

Bjuu

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