Sonhos que não são meus



Era dia primeiro de julho, segundo o calendário na parede. Uma garota olhou para a janela. Foi até ela, subiu no parapeito e pulou. Mas ela não estava caindo. Ela voava. Voava acima de uma mansão, depois, de um bosque. Ela sentia o vento em seu rosto. Era livre! Livre para fazer o que ele quiser, ir aonde quiser. Nada o impedia... Nada...
A garota viu um campo aberto e voou até ele. Viu um pequeno lago. Desceu nesse tal lago. A água estava fria, pois ainda era manha. Mas isso não incomodada. Fechou os olhos e ficou lá por um tempo, pensando... Pensando no nada. Abriu os olhos e olhou para a água. Nela, refletida uma imagem. Ela encarava seus olhos azuis... Seu cabelos louros estavam sendo agitados pelo vento. Mas nem ligava. Continuava a olhar seu olhos profundamente azuis. Eles estavam tristes naquela manhã. Mas por quê? Por que ela era ela?
Naquele momento, a garota olha para frente e vê um vulto. Alto e vestido de negro. Ele a encarava.
Assustada, ela se levanta, ainda o encarando. O cara na sua frente começou a se aproximar. Ela, a recuar. “De novo, não" pensou a garota. Ela se virou e começou a correr, esquecendo-se completamente que podia voar. Corria desesperadamente para dentro da floresta. Ninguém conhecia aquela floresta tão bem como ela.
- Você pode correr, mas não pode se esconder! - disse uma voz fria, aguda e de tom brincalhão arás dela. “To frita".
Sem se atrever a olhar para trás, ela virou para a direita. A floresta começara a se adensar. O céu claro daquela manha de verão escurecera ligeiramente de tão próximas que as arvores eram.
A garota tropeçou em uma raiz. Caiu de cara no chão. Sentindo o gosto de sangue na boca por causa da queda, ela se levantou, pegou impulso e saiu voando.
Parecia que a queda tinha feito ela cair na real. Ela voava ligeiramente acima da copa das arvores. Até que começou a sentir as arvores se distanciarem novamente. Continuava a voar. As arvores, agora, estavam bem distantes.
Bem perto da orla daquela floresta, ela viu uma mansão. Mas, não era a dela. Parecia abandonada.
Perto da última carreira de arvores, ela parou e se sentou em um galho alto da arvore mais alta que viu. Ela parara para escutar. Prestava atenção a cada misero barulho. Os pássaros, o vento nas folhas, tudo. Mas não ouvia passos. “Parece que ele se perdeu" pensou a garota, com um sorrisinho maroto no rosto. “Voldemort bobão! Nem seguir uma garota ele consegue... hehehe”.
Desceu da arvore e foi até a mansão. Era majestosa, tinha que admitir. Tinha um enorme jardim, mas estava precisando de um jardineiro, pois o mato já tomara conta de quase tudo. Havia, no centro do jardim, um chafariz, mas ele não jorrava água (tinha água parada, verde). Por onde ela andava, dava para sentir pedra por debaixo daquele mato todo. Parecia um caminho. Ela foi andando até chegar na porta da casa. Ela bateu na porta (duvidando que haveria alguém na casa). Não houve resposta. Ela abriu a porta, que rangeu.
-Olá?
Não houve resposta. “Tonta, não tem ninguém aqui”. Ela foi entrando pela casa. Havia muita poeira no chão. Foi subindo as escadas até chegar no primeiro andar. Havia portas e mais portas. “Caramba, isso não acaba nunca”, pensou ao passar por uma porta (que, por um acaso, esta aberta), vendo que dava em um corredor com mais e mais portas. Bem no fim do corredor onde ela se encontrava, havia uma escada. Começou a subir. Ao chegar no segundo andar, havia mais portas, mas nele também havia quadros. Grandes, médios e pequenos. Quadros de moldura dourada, de moldura prateada, molduras descoloradas. Seus donos estavam profundamente adormecidos. Alguns quadros não tinham donos.
No fim daquele corredor havia mais uma escada. Ao chegar no terceiro andar, a garota viu uma porta maior do que as outras. As fechaduras ainda preservavam um brilho dourado. Intrigada pelo porque daquela porta ser maior, ela a abriu. Ao entrar, reprimiu um grito de surpresa.
Era um quarto totalmente mobiliado do jeito que um garoto gostava. Livros sobre quadribol (confirmando sua suspeita, a casa pertencera a bruxos), miniaturas de jogadores de quadribol antigas e já sem mágica, um pôster de Chudley Cannons com a seleção de pelo menos vinte anos atrás. Uma cama de colunas. Uma gaiola para corujas vazia. E uma escrivaninha, que ainda continha alguns pergaminhos antigos e nunca usados. A garota se aproximou da escrivaninha e começou a “xeretar”. “Acho que o dono desse quarto não vai se incomodar se eu der uma olhadinha”, pensou ela ao abrir a primeira gaveta que encontrou. Dentro dela havia penas e tinteiros. Um velho pedaço de espelho manchado (N\A:... hehehe, o que vcs axam que eh??) Um medalhão de ouro muito bonito, e uma foto. Era antiga e meio desbotada, mas ainda dava para ver que havia uma garota ali. Ela tinha cabelos cheios que iam até os ombros, levemente jogados para a direita por causa do vento. Ela tinha olhos amendoados e muito bonitos. Sorria. Parecia muito feliz. No fundo da foto, havia um castelo. Um enorme castelo que ela reconheceu como o castelo da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts (havia visto-o antes por fotos que uma amiga levara na escola quando ela estava no quinto ano). A foto estava em tons de marrons e amarelos, mas, em pequenos pontos, era possível notar que o cabelo da garota da foto era ruivo, ou um louro-avermelhado, e que seus olhos eram verdes, ou azul-esverdeados.
A garota virou a foto para ver se havia algum tipo de legenda, ou um simples “Com amor, de Fulana de Tal” mas não havia nada. Colocou a foto de volta na gaveta, fechou-a e abriu a próxima. Ali, havia cartas. Ela pegara a primeira para ler, quando...
-Quem está aí?
Ela se assustou. Olhou em volta e viu um quadro de tamanho natural de uma mulher que aparentava ter no máximo seus vinte e cinco anos. Tinha cabelos castanhos escuros e olhos castanho-esverdeados. Usava um vestido de cetim rosa. Ela olhava a “intrusa” com arrogância.
-Perdoe-me. Eu estava nas redondezas e vi esta casa que nunca vi antes por aqui e resolvi ver se havia alguém. – disse a garota loura, com uma voz suave que parecia musica.
-Há muito tempo não mora ninguém aqui.
-Foi o que presumi ao ver que ninguém respondera ao meu chamado lá na porta de entrada. Como havia – hesitou. – um cara me seguindo, eu resolvi entrar.
-Havia alguém lhe seguindo, criança?
-Bom, havia, mas eu acho que ele estava meio “enferrujado” para correr atrás de uma garota atlética como eu. – disse a garota, com um sorriso maroto.
A mulher sorriu.
-Posso fazer uma pergunta meio que... indiscreta? – perguntou a garota.
-Claro que pode.
-Há quanto tempo não mora ninguém aqui.
-Ah – a mulher suspirou. – Bem, há quase dezesseis anos, pelas minhas contas. Os antigos donos dessa casa foram mortos em combate. Eles eram aurores.
-Ah. – disse a loura. – E de quem era esse quarto?
-Bom, o nome dele esta na parede... – disse, imitando o sorriso maroto da garota.
Ela se virou e procurou a tal parede.
-Aqui moraram os filhos de meus netos. Sou Morgana Elisabeth Louise Madeleine Maguire. Eu costumava dormir neste quarto. – dizia, enquanto a garota olhava novamente o pôster do time de quadribol.
Não havia nada nas paredes que ela já não havia visto antes. A não ser...
-Que tal tentar olhar na parede atrás da cama? – disse a mulher do quadro, com um tom brincalhão.
Era exatamente para onde ela olhava.
Ela foi até a cama e a afastou ligeiramente. Na parede, havia uma espécie de plaqueta, cuja continha as iniciais...
-T.A.P.?
-Ele mesmo. O homem dessa família que era o mais galinha.
A loura riu. Ela ainda olhava para a parede.
-Ainda não entendi. Qual o nome dele?
-Bom, o nome dele era...




-HARRY POTTER!!!
Harry acordou assustado com o grito que seu tio Valter dera, sem contar com os socos na porta.
-POR QUE DIABOS ESSA PORCARIA DE PASSARO NÃO CALA A BOCA?
-Desculpe, tio Valter. – respondeu Harry, sem se mexer, respondendo alto o suficiente para seu tio o ouvir lá do lado de fora. – Ela apenas não estava tentando chamar minha atenção. Ela me trouxe uma carta
-Uma carta? - -perguntou em tom assustado e irritado.
-Sim.
-De quem?
-Não te interessa. – respondeu com arrogância. Ele o deixara de mal-humor por tê-lo acordado no susto.
-Depois conversamos, garoto. – disse tio Valter do outro lado da porta, em tom irritado.
-Eu acho que não.
Harry ouviu tio Valter bufando lá no corredor.
Realmente, Harry acordara irritado. Fala sério, era domingo, e ele era obrigado e acordar no susto por seu tio às oito e meia da manhã. ”Ninguém merece!” pensou.
Ele ficou deitado por um tempo. Nem deu atenção à carta que Edwiges lhe trouxera. Ficou pensando no sonho que tivera. Era a quarta vez na semana que ele sonhava com a tal garota loura. Duas vezes, ele sonhara o sonho dela (N\A: deu pra entender, né). As outras duas foram uma espécie de aventuras que ela tivera. Mas, afinal, quem diabos era essa garota e porque, porque, Harry estava tendo os sonhos e vendo as aventuras dela? Ele queria muito descobrir.
E a casa em que ela estivera neste ultimo sonho? Harry jurava que já havia visto aquela casa antes. Mas onde, se ele nem fazia idéia de quem morara lá? A vida d Harry começara a se complicar, e o pior, ele não tinha mais o Professor Dumbledore para poder contar-lhe o sonho e poder faze-lo entender o porque de tudo isso. Ele não tinha mais o Sirius para poder contar que essa garota parecia muito alguém, mas ele não fazia idéia quem era. Mas, ele tinha Rony e Hermione, o que já era grande coisa. Só que ele estava morrendo de fome (fora dormir sem jantar, para poder estudar mais). Trocou-se, colocou os óculos e quando saia do quarto fez um memorando mental de escrever uma carta a cada um deles contando os sonhos.





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N\A: Oi!! Espero que vcs tenham gostado do primeiro capitulo da minha primeira fic! Deixem comentários sobre o que vcs acharam!! Próximo capitulo vindo o mais rápido possível... Mil bjus da Tê!!!

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