O Correio-Coruja, mais intenso



Faz uma noite escura na Rua dos Alfeneiros. Mas isso não se compara a escuridão que paira em um pequeno quarto no primeiro andar da residência de número 4. Quarto que pertence a um infeliz garoto chamado Harry Potter.
Ele estava sentado em sua cama, observando o álbum de fotos que ganhara de Rúbeo Hagri, o gigantesco e gentil guarda-caça e professor de Tratos de Criaturas Mágicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. O garoto folheava-o distraidamente até que ele se deteve em uma foto. Ao vê-la, Harry sentiu toda a sua dor dobrar de intensidade.
Era uma foto do casamento dos pais de Harry. Eles estavam radiantes, não cabiam em si de felicidade e ao lado deles o padrinho de Harry, Sirius Black, que parecia contente e satisfeito com a união do casal de amigos. Eles não paravam de sorrir, acenar e se entre olhar (a foto se mexia) e esta foto era a única lembrança que Harry tinha deles.
O casal fora assassinado por Voldemort e Sirius por Belatriz Lestrange, uma de seus Comensais da Morte. Os três morreram tentando salvar Harry da ira assassina do bruxo que ressurgia desde que ele ouvia a profecia de Sibila Trelawney, professora de Adivinhação em Hogwarts.
Tudo o que ele sentia era raiva de si mesmo, raiva de Voldemort, raiva de Belatriz, raiva dessa profecia e dor pela perda de Sirius.
De repente algo tirou Harry de seus pensamentos. Era o ruído produzido por Edwiges, a coruja branca como a neve que pertencia a ele.
Ansioso correu até a janela, abriu-a rapidamente para permitir a entrada da coruja. Exausta, Edwiges deu uma bicadinha de protesto na orelha do dono que de tão forte quase cortou sua orelha, despejou a carga na cama e foi ao bebedouro bebendo água em grandes sorvos.
Realmente, nas últimas semanas, Harry sobrecarregara Edwiges de entregas – mal o garoto recebia uma carta e rapidamente escrevia outra como resposta. Com a morte do padrinho, ele se sentia sozinho – embora seja constrangedor admitir isso – então começara a se corresponder mais que nunca com seus melhores amigos – Rony Weasley e e Hermione Granger – e tantas cartas esgotaraa coruja.
Harry voltou-se as cartas que acabara de receber, pegou e abriu a primeira. Era de Rony.

“Caro Harry,
Não sei se você sabe, mas o Fudge está enfrentando uma crise brava – além de bruxos finalmente se derem conta da incompetência dele, parece que ele e i Lúcio Malfoy tiveram uma briga feia, depois que o Malfoy foi pego preso no Departamento de Mistérios..”
Harry se lembrava muito bem quando esteve no Departamento de Mistérios. Foi quando Sirius morrera.

“..O Fudge decidiu afasta-lo temporariamente do Ministério, por pouco não foi despedido. Ele então disse que ia tirar seu apoio a Fudge, que ele ia se arrepender, que agindo assim iria perder o ministério, o monte de bosta de sempre. E adivinha quem foi um dos cotados para ser o novo Ministro da Magia – o papai..”

Na verdade não há pessoa mais apropriada para substituir Cornélio Fudge do que o Sr. Weasley. Apesar de não ocupar um cargo muito alto – trabalha no departamento mais chato e parado de todos, o de Controle do Meu Uso dos Artefatos dos Trouxas, ele é bem relacionado no Ministério, gosta dos trabalhos que faz e sua política de aproximação entre bruxos e trouxas é muito bem aceita na comunidade mágica.

“..Todo mundo que permaneceu em casa está superorgulhoso – Fred e Jorge desapareceram para ampliar o mercado dos produtos deles no exterior, eu acho. Mas mandaram um novo tipo de berrador que eles inventaram parabenizando papai, É muito irado. Eles berravam uma canção gozada que eu não entendi a letra, mas então o berrador explodiu na cara do papai e ele, além de chamuscado, ficou com gosto de pimenta na boca. Gui e Carlinhos mandaram grandes cartões cantados que o papai tratou de esconder depressa – eles estavam piores que o normal. Percy mandou um bilhete – estava esperançoso que papai lhe arranjasse cargos mais altos (é lógico que ele não fará isso) mas não quer demonstrar ao Fudge. Mamãe preparou um grande banquete para comemorar.
Ah, já vou te avisando; mais ou menos no meio de setembro eu vou viajar..”

Terminou tão rápido como começara. Harry sentiu uma dor de curta duração na cicatriz. Apesar de não muito forte, a dor veio como um choque para Harry, em um impulso, largou a carta de Rony que voava para baixo da escrivaninha, e colocou as mãos na testa. O tinteiro, que estava em cima desta mesma escrivaninha, caiu e se quebrou sobre a carta tingindo-a de um vermelho que lembrava sangue.
Felizmente, a parte manchada já fora lida por Harry. Ele tentou limpar a tinta com a mão e tornou a ler a carta:

“...Com a minha mãe para a Romênia e pro Egito. Ela vai pedir licença aos chefes de Gui e Carlinhos; assim eles poderão vir para a Inglaterra conosco para participar mais das reuniões da Ordem (claro que ela vai dar outra desculpa pra eles). Viajaríamos mais cedo, mas mamãe levou um bom tempo para convencer Dumbledore a me liberar da escola para poder ir. Ele diz que está com um mau pressentimento.
Papai e Gina vão ao Beco Diagonal na próxima terça-feira para comprar nosso material (eu vou aparecer na escola lá pro meio do ano letivo) Eu disse a ele q é loucura: nós nem recebemos nossas listas, mas segundo ele, elas chegarão até o fim d semana. Talvez você encontre Mione lá.”

Dê um jeito de ir também e não deixe os trouxas chatearem você Rony.

“PS: Lembrar que o Malfoy se gabava que o pai dele convivia com o primeiro escalão do Ministério. Imaginava a casa dele agora que o seu ‘papaizinho querido’ não convive nem com as faxineiras de lá”

Harry soltou risadinhas abafadas (para não acordar Dursley); a carta do amigo o fez de sentir muito melhor – principalmente a parte do afastamento de Lúcio Malfoy do Ministério. Ver Draco Malfoy aborrecido e insatisfeito lhe dava muito prazer, sem falar que o pai de Malfoy teve o que merecera; não há criatura mais cínica e mentirosa dentre os Comensais da Morte - e ainda se passava por “cidadão insuportável”
Junto a carta de Rony havia um grande embrulho acompanhado de um bilhete de explicação que fora escrita com muita pressa:

“Harry, por causa dos últimos acontecimentos eu não pude mandar o seu presente; me desculpa, ta? E ‘pelamordedeus’, goste dele. Eu não iria suportar a Gina me enchendo que você preferiria a sugestão dela de uma assinatura do ‘Semanário das Bruxas’ do que do meu presente.
Rony”

Harry abriu o embrulho e viu que era...um livro com capa de couro negro com dizeres prateados: “Os maiores jogadores de Quadribol de Todos os Tempos” com balaços passando pelo título. Folheando o livro, o garoto pode perceber que havia nomes desde Ludo Bagman até Aidan Lynch. Rony marcara uma página que era sobre... Vitor Krum, Harry percebeu que o garoto escrevera frases sugestivas sobre um possível romance entre Krum e Hermione – talvez porque a garota voltara a se corresponder com o apanhador búlgaro. A foto de Krum viu que Harry estava lendo estas frases escritas por . A foto de Krum viu que Harry estava lendo estas frases escritas por Rony. Então corou e ficou mais carrancudo do que de costume. O garoto com certeza percebera a reação da foto, tanto que fechou o livro e o guardou junto aos presentes que recebera semanas antes, no seu aniversário.
Estavam quebradiços fios dentais de menta da Dedosdemel de Hermione – o garoto ainda não sabia como ela os conseguira - bolos de frutas, croissants e brioches de Hagrid – Harry tinha certeza que Madame Máxime ajudou no presente...
O presente que mais intrigou Harry fora o de Dumbledore – primeiro pelo fato dele ele ter dado o presente e segundo, pelo próprio presente em si: um mini espelho de inimigos. Mas ele não ligou muito ao porque de Dumbledore ter lhe presenteado. Ficou feliz pelo diretor ter lembrado dele.
Guardado o livro “Os Maiores Jogadores de Quadribol de Todos od Tempos”, o garoto pegou outra carta, dessa vez da Hermione:

“Caro Harry,
Você soube da viagem do Rony? Eu acho que vai ser muito bom pra ele ficar um tempo com a mãe sem os outros irmãos.Ele pareceu muito satisfeito com o afastamento de Malfoy e se você quer saber, eu também estou. Talvez, com Malfoy fora do Ministério, ele e seus amigos sangue-puro e comensais (alguns, este últimos) abaixem um pouco esses narizes empinados e tratem os bruxos nascidos trouxas com mais respeito.
Mais uma coisa: será que você gostaria de passar o resto das férias de verão na minha casa (se seus tios permitirem, claro)?Se estiver tudo bem, eu e meus paiste buscamos no fim de semana.
Me mande notícias.
Afetuosamente
Mione”

Realmente, o clima na casa dos Dursley não estava nada bom e Harry concluiu que seria muito bom para ele, e para os Dursley, se ausentar por um tempo – se eles permitirem. Deixando a carta da amiga de lado, Harry pegou outra. Era de Hagrid, muito curta mas transmitia como o meio gigante estava contente.

“Caro Harry,
Você não sabe como estou contente. Eu e Olímpia estamos passandoos dias mais felizes de nossas vidas e temos grandes planos, mas prefiro não lhe falar agora. Eu espero que você fique feliz com eles esteja melhor.
Não deixe os trouxas maltratarem você.
Hagrid”
“O que Hagrid e Máxime estarão aprontando? Deve ser algo bom para os dois” pensou Harry, porque da última vez que Hagrid escrevera uma carta assim, eles ganhara o cargo de professor de Trato de Criaturas Mágicas.
Agora só restara a carta de Dumbledore e uma página amassada do Profeta Diário. Ele pegou a carta de Dumbledore deixando a página do Profeta Diário para ser lido no outro dia. Agora que fora reconfortado pelos amigos, finalmente se lembrou de como era ter sono, mas a carta do diretor despertou-lhe a curiosidade de tal modo que ele sentiu que não dormiria até lê-la.
Primeiro pelo fato do diretor ter escrito uma carta não-oficial de Hogwarts ao garoto e ela tinha um tom paternal, mas sério e preocupado:
“Caro Harry,
Sinto acontecimentos estranhos por todo lado. Você já deve saber sobre o misterioso desaparecimento de trouxas, deve ter passado no jornal deles e Harry: você tem que ficar alerta.
E estou com maus pressentimento sobre a viagem do Rony. Viajando sozinho com só a mãe para protege-lo, nos tempos em que Voldemort está se reerguendo? Ele sabe que Rony é seu melhor amigo. Ele sabe que você faria tudo para salva-lo. Ele pode usa-lo em uma armadilha, por isso tome cuidado.
E quanto a razão de eu lhe mandar um espelho de inimigos...Tenho certeza que será útil para você.
Cuide-se
Profº Dumbledore”

“O que ele quis dizer com ‘Voldemort pode usar Rony numa armadilha? Será que ele correrá perigo nessa viagem? Isso está ligado com a dor que senti na cicatriz? Essa dor não foi como as outras. E como um ‘espelho de inimigos’ me será útil?” pensou Harry muito confuso e sonolento.
Então ele dormiu e suas preocupações o fizeram esquecer a dor que sentia com a perda de Sirius.
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E aí pessoal, eu to aqui postando por uma amiga minha (essa fic é da Lilian), gostaram? então comentem!! Foi um prazer postar pra vc lilian,
só tá faltando uma coisinha pra ficar perfeito..EU! Quando vem o capitulo ki yo apareço?
AH! E Lucas... o Harry tem q ficar com a Gina tá, seu chato, =P

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