Capítulo Dois



Capítulo Dois

Hermione entrou em completo estado de choque. Ela simplesmente não podia acreditar que o destino havia sido tão cruel. Havia sonhado tanto com seu reencontro com o homem que amava, só que nunca imaginara que seria daquele modo tão... Inesperado. Não esperava que Harry estivesse solteiro, mas era muito injusto ela ter que vê-lo com outra, beijando outra...

Ali, bem ali na sua frente, estava Harry Potter, lindo como sempre. Mais nem de longe era tão magricela quanto era nos tempos de escola. Seu físico era bem definido. Ele usava os cabelos muito mais curtos para que eles não ficassem tão despenteados, mas ainda cobriam a velha cicatriz que quase não aparecia. Ele não usava mais óculos, o que fez a mulher perceber na hora que era ele, pois seus olhos estavam mais à mostra.

Harry usava uma blusa de manga comprida azul-petróleo e uma calça jeans muito escura, ficando ainda mais sedutor. Hermione suspirou levemente. Seu coração batia exageradamente rápido. Ela podia desmaiar a qualquer momento...

- O que aconteceu? – perguntou Raquel quando viu a cara de Hermione. Mais a mulher não respondeu. Sua boca e sua garganta estavam secas, sem falar que ela perdera totalmente a fala.

- Olá, Hermione. – disse Harry. Ela ficou ainda mais nervosa. Será que ele havia a perdoado ou estava apenas sendo educado?

- Vocês se conhecem? – perguntou Raquel surpresa, olhando curiosa para o noivo.

- Hermione, você quer um copo d’água? – perguntou Luiza. Ela envolveu a amiga em um meio-abraço.

Hermione sentiu as pernas fraquejarem e foi exatamente por causa desse meio abraço que ela não caiu no chão. Sentiu-se leve e, de repente, tudo ficou escuro. Pode ouvir alguém gritando seu nome antes que ela caísse por completo, pois Luiza não a agüentou sozinha.

- Ai, meu Deus! O que aconteceu com ela...? Ela é tão vivaz e caí assim, do nada... – ouviu uma voz ao longe enquanto acordava. Era Luiza.

Hermione demorou um pouco mais para acordar, de forma que pudesse assimilar as informações que tinha. Harry era noivo de Raquel, ele falou com ela normalmente, ela desmaiou quando o viu... Ok, estava encrencada. Preferia continuar desmaiada, mas Luiza fazia questão de gritar em sua orelha.

- Ai, meu Deus... A Mione tem que estar viva! Tem certeza de que ela está viva, senhor Potter?

- É claro que está! – disse o homem. – Se ela estiver morta eu jogo o meu diploma de auror na primeira lata de lixo que eu encontrar!

- Nem brinque com isso, meu amor – disse Raquel.

“Ai, que nojo.” pensou Hermione “Que pena, eles ainda estão aqui. E se eu conheço o Harry, ele não vai embora até que eu acorde!”

- Hermione!! – gritou Luiza assim que Hermione entreabriu os olhos. – Ai, nunca mais me dá um susto desses, sua doida! (N/A: em homenagem a LiLa... Não são só as putas que são homenageadas nessa fic!) – continuou ela, abraçando a amiga.

- Calma, Lu. Foi só um desmaio... – sussurrou Hermione.

- Eu não devia ter te chamado, me desculpa?! – sussurrou a amiga em resposta.

- É claro! Mais me promete que vai me ajudar a me livrar dele?

- Você não queria encontrá-lo? – perguntou Luiza.

Hermione pôs-se a pensar. Ela realmente queria falar com o seu amado, mas não na frente da sua futura esposa. E, além disso, não estava mais tão certa disso. Se ela havia desmaiado só porque o viu, o que aconteceria se eles se tocassem? Ela teria um ataque cardíaco que a mataria na hora?

- Hermione, você está bem? – perguntou a voz extremamente doce de Raquel, se aproximando de Hermione. Só então ela percebeu que estava em sua sala, sentada no sofá que havia lá e Luiza estava sentada à sua frente, impedindo-a de ver o resto do cômodo.

A face de Raquel apareceu em cima do ombro de Luiza. Hermione teve vontade de levantar do sofá, dar uns bons tapas no rostinho perfeito dela e agarrar Harry, mas e a coragem?

- Sim, estou ótima. – disse Hermione.

- Foi só o susto. – completou Luiza.

Raquel sorriu, mas via-se que ela exigiria de Harry uma boa explicação quando chegassem em casa. Espere um pouco! Chegar em casa? Será que eles moravam juntos? Hermione se apavorou ao pensar na hipótese.

- Porque se assustou tanto? – perguntou uma voz masculina, no meio da conversa. Hermione gelou só de ouvi-la.

Silencio. Um silêncio horrível para todos os presentes.

- Na verdade, eu jamais podia imaginar que você fosse aparecer na minha loja, Harry. – respondeu Hermione, depois de pensar um momento.

- Mais pareceu que você estava com medo de me ver – disse ele.

Silêncio novamente, exceto pelo som da campainha da loja tocando e obrigando Luiza a sair. Hermione finalmente pode ver a sala toda. Raquel estava encostada em sua mesa e Harry olhava para fora da janela que havia atrás dela.

- Bom, meu amor. Eu vou terminar as compras. Aproveite que encontrou com ela para conversarem bastante - disse Raquel, quebrando o silêncio. – Chame-a para ir almoçar em casa amanhã, se quiser, é claro. – terminou, sendo bem irônica na ultima frase. Raquel foi até o noivo, beijou-lhe o lábio e saiu acenando para Hermione.

Hermione poderia xingá-la de todos os nomes que conhecia, mais tomar conhecimento de que ela e Harry já viviam juntos foi um choque. Era pra ela estar vivendo com Harry e não umazinha qualquer.

- Que noivinha mais fofa - disse Hermione com desprezo, quando ouviu a porta que dava na loja se fechando.

- Prefiro ter uma noiva como ela a ser usado. – disse ele.

- Por que tem que falar nisso? – perguntou Hermione.

- Por que tinha que fazer isso? – perguntou ele, se virando para encará-la. – Agora que sei que está bem a ponto de fazer piadinhas, já vou indo.

- Não, Harry. – pediu ela, levantando-se. – Não vá agora. A minha intenção não foi te mandar embora.

- Sendo assim... – disse ele, educadamente. – Só não sei o porquê de você ter ficado tão desesperada quando me viu. Tem medo de que eu conte ao seu marido sobre o seu passado que te condena?

- Primeiro, eu não tenho medo e muito menos marido. – defendeu-se Hermione.

- Que surpresa. Não se casou com o primeiro que viu?

- Pare com isso. Você sabe que eu não sou assim.

- Eu achava que me amava e olha só o que você me diz: “Harry, eu gosto do Rony sim”. – disse ele, imitando-a.

- Não venha me culpar agora. Eu disse que não havia como ficar com ele.

- Então acha que não tem culpa? – perguntou ele, ironicamente. – Pois eu tenho uma novidade pra você: A culpa é toda sua!

- Culpa do quê? – perguntou Hermione. – Do fim do nosso namoro?

- Não. Do fim do fingimento. Me diga, você foi feliz com o Rony? Ou ficava pensando em como ele é diferente de mim?

- Se quer mesmo saber, eu fui feliz com ele! Não tanto quanto eu fui com o meu segundo namorado, mas...

- Ah, é claro. Deve ter tido vários antes de nós dois...

- Você foi o meu segundo namorado. – sorriu Hermione. Ela podia rir internamente. “Espere. Qual a finalidade de feri-lo? Porque estou fazendo isso? Eu quero reconquistá-lo!” pensou ela.

- Quer dizer que foi mais feliz comigo do que com ele? – perguntou Harry sorridente.

- Fui. E poderia ser até hoje se não fosse tão burra. – observou ela. – Aceita um café? Um chá? – perguntou por educação, indo em direção ao pequeno armário que havia lá.

- Não, obrigado. – disse ele – Já estava de saída.

- Não, Harry. Por favor. Queria conversar mais, saber de você, da sua vida.

- Que interesse tem em minha vida? Que eu saiba, você não faz mais parte dela.

- E isso me entristece muito. – disse Hermione. Ela olhou para Harry, afogando-se em seus olhos. Eles transmitiam uma certa frieza de quem carregava um enorme peso.

- Quer dizer que se importa comigo agora? E, quando eu realmente precisava que você se importasse, você não se importava, não é? – provocou-a.

- Eu sempre me importei muito com você.

- Não o suficiente pra me apoiar e preferir seu namorado ao o Rony.

- Sempre o Rony... Eu não o vejo há mais de cinco anos! Por que insistir nessa história?

- Porque foi essa história que me trouxe até onde estou hoje. Se você gostasse de mim de verdade eu jamais estaria me casando semana que vem! – disse ele, com a voz alterada.

- Oh, Harry... Não sabe como eu me arrependo de só perceber o quanto eu te amo depois que você me deixou. – sussurrou ela.

- Eu ainda te amo. – sussurrou ele também.

- Por favor, não se case com essa mulherzinha fútil!

- Eu tenho que gostar de quem gosta de mim, Mione. – disse ele. Hermione quase teve um acesso quando ele chamou-a pelo apelido.

- Eu já disse que gosto de você. E te quero muito.

- Mas quem me garante que você não quer ficar comigo por despeito ou por vingança? – perguntou. – Não, muito obrigado.

- Harry, você me imagina como um monstro! Eu não sou assim! E não teve um dia ao longo desses anos em que eu não pensei em você!

- Tarde demais. – disse ele. E aparatou.

Hermione ficou olhando o ar, estupefada. Ela simplesmente foi obrigada a se conformar com as ultimas palavras dele e sentou-se em sua cadeira, com a cabeça apoiada nas mãos. Foi então que notou um cartãozinho que não estava ali antes. Na frente ele dizia:


Harry Potter
Avenida George Hill, n° 583
Parque St. Charles – Londres

“Bom, ele mora em um ótimo lugar!” pensou Hermione. Ela já havia ido visitar uma cliente naquele bairro e só havia casas grandes e imponentes. No verso do cartão tinha um lembrete feito à mão que dizia:


Hermione, eu espero realmente que venha almoçar conosco.
Pode trazer alguém se quiser.
Com carinho,
Harry.

Logo abaixo tinha o horário e o telefone marcados. Seria a uma da tarde do dia seguinte, que seria um sábado. Apesar da arrogância que Harry usava freqüentemente, ele não deixara de ser gentil e educado, o que a encantava. Hermione pegou o telefone na mesma hora e ligou para David Ryder imediatamente. Iria naquele almoço de qualquer jeito. E não iria sozinha.

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- Você está linda, Hermione. – disse David quando se encontraram na frente do apartamento da mulher.

- Obrigada. – disse ela. Hermione usava um vestido preto e confortável que ia até os joelhos, sandálias também pretas e um colar prateado que preenchia o seu colo, pois o vestido não o escondia. David também estava bem elegante vestindo uma camisa pólo azul e calças pretas.

Eles foram conversando sobre coisas do dia-a-dia e quando perceberam haviam chego. Era uma bela casa branca. Suas janelas eram beges e sua porta enorme, de madeira maciça. Tinha um belo jardim e, como toda casa típica de Londres, nenhum portão. Eles estavam quinze minutos atrasados, mais isso não era problema, e Hermione tocou a campainha. Um tempo depois a porta foi aberta por um homem gordo, vestindo um terno elegante.

- Bem-vindos a casa dos Potter, senhor, senhorita. – disse ele, curvando-se aos convidados e dizendo-lhes para entrar. – Sou Larry, o mordomo. Fiquem à vontade. O senhor Potter a sua noiva já vão descer.

Hermione mal teve tempo para admirar a casa e ouviram passos na escada. Olharam em direção ao barulho e viram Harry e Raquel descendo de mãos dadas. Hermione e David foram em direção a eles.

- Olá, Hermione – disse Harry, pegando a mão dela e beijando-a, mais seu olhar era mortal. Ele não olhava para David com uma cara amigável. – Olá...? – dirigiu-se ao rapaz.

- David Ryder – disse David, apertando a mão de Harry. Hermione adorou perceber que Harry estava morrendo de ciúmes.

- Harry Potter – disse Harry – E minha noiva, Raquel Anderson. – indicou a moça a seu lado. Hermione a examinou e se orgulhou em estar mais bonita e atraente do que ela. A mulher usava uma blusa rosa bem simples e uma saia elegante branca, do estilo do vestido de Hermione, sem nenhuma jóia.

- Vamos ao almoço? – perguntou ela, após ter cumprimentado David. Os quatro seguiram pelos corredores da casa em direção a copa...

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N/A: Nhaaaa.. Postando o cap. bem mais cedo do que eu esperava!! Por muita insistência das mininas mais lindas du mundoo: LiLa e Tami (dona da fic)... Elas até ameaçaram me decapitar se eu num atualizasse até as seis da manhã!! Hehehe
Meninas, espero que tenham gostadoo!! Sinceramente, meu primeiro Harry no estilo arrogante não deu muito certo, não... Mais relevem!!
Bom, gnti, eh isso!! Comentem bastanteee!! BjO, Tha.
Próximo capitulo (penúltimo): Jantar e descobertas sobre algumas pessoas...

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