O Fim do Lorde



N/A Pessoal, eu havia dito este seria o ultimo capítulo, mas por questões de tamanho de texto, resolvi dividir em duas partes o final... O próximo capítulo eu vou postar com quase toda a certeza no próximo fim de semana XD Até lá!




Do lado de fora, tudo o que as pessoas podiam fazer, era observar o grande globo que envolvia toda a campina da Floresta Proibida.
Lenna e Erínia chegaram correndo surpresas com os gritos que vinham de todo o estádio.
Dumbledore e os demais já colhiam informações com Rony e Hermione que presenciaram o estranho acontecimento.

-Por quê? – Perguntou Double contraindo os punhos – Esse cara deveria ser nosso!

-Não fica assim não amigo – Sorriu Hikari surgindo do nada – Ganha-se umas, perde-se outras. Aliás, acho que você deveria saber que Voldemort é de Harry... Não adianta chorar ou se matar, eles vão se enfrentar, ou melhor, eles estão se enfrentando...

-Odeio essa sua sinceridade Hikari – Sorriu Double – Talvez por isso você é o Chefe Ajudante dos Aurores, né?

Hikari lançou um sorriso ao companheiro e concordou com a cabeça.

-Hei, e se o Potter sair dali vivo? Vai dar á ele a chance de se unir á gente? – Perguntou Hikari olhando o globo de luz.

-Veremos. Se ele for bem, quero-o ao meu lado – Observou o Auror segurando sua varinha – Se não, teremos um trabalhinho á fazer contra o Voldie...



ooOoOo

-Mas... ? – Harry tentava entender por que sua varinha sugava o sangue de seu filho.

Voldemort se aproximava do corpo inerte de Melissa. Sem nenhuma delicadeza, ele arrancou o uniforme de Melissa deixando apenas com uma blusa quase transparente por baixo.
Sangue escorria de sua cicatriz no peito. Seus cabelos pareciam perder mais cor do que antes. Mais brancos do que nunca, chegavam á parecer transparentes.

-Parece que a cicatriz dessa menina está reagindo comigo... – Sorriu o Lorde das trevas em um tom animado – O que acha Potter? Posso brincar com ela a noite inteira!

Harry ergueu sua cabeça depressa ao ver Voldemort tocando em Melissa fazendo jorrar mais sangue, gritos de dor eram ouvidos constantemente.
Harry chocado com a violência do Lorde gritou com toda força:

-DEIXA ELA EM PAZ! – Berrou ele – ELA NÃO TE FEZ NADA!

-FEZ! – Retrucou Voldemort no mesmo tom – Ela fez isto! – Apontou para Tiago que chorava alto.

Harry não sabia o que fazer. Suas mãos tremiam e o medo lhe tomava o corpo. Pela primeira vez, estava sozinho mesmo com Voldemort, sem ninguém para lhe interromper... E agora?
O rapaz olhou para sua varinha que brilhava pouco, e então se recordou da profecia...
Sim! A profecia que havia feito sobre ele e seu filho! A Profecia do Filho da Luz!

-Ahn? Por que continua sorrindo Potter? Está feliz de vê-la com sangue é? – Voldemort estava um pouco preocupado com o sorriso estampado na cara de Harry.

-Eh... O sangue desse menino será a perdição deste homem que vaga pela Terra sem destino... Então era isso... – Harry ergueu a cabeça – Hei Tom. Nunca se perguntou por que você não me matou? Por que não matou Melissa?

Voldemort apertou a varinha e a apontou para Harry.

-Não me subestime Potter! CRUCIO!

O feitiço acertara Harry, mas por mais incrível que parecesse, ele não sentia nada. Seria o sangue de Tiago?

-Dizem que o sangue dado para salvar uma vida faz milagres, traz á luz.. – Harry apontou sua varinha para Voldemort – Então, Tom. Que acha de comprovar isso?

Voldemort deu passos para trás começando á ficar aterrorizado com o olhar de Harry.
O rapaz já não tinha mais medo! Tudo que viria agora seria alegria! Sabia um jeito de derrotar seu pior pesadelo!

-Você está sendo insolente Potter! Impedimenta!

O golpe lançou Harry ao chão, mas ele novamente se ergueu e finalmente estendeu sua varinha.

-Então este será o fim, Voldemort – Sorriu Harry.

Voldemort não sabia o que dizer. Ergueu sua varinha novamente disposto á matar Harry.

-Escute moleque, muitos morreram apenas por me olhar na cara e você ainda ousa me falar essas idiotices? Morra! – Ele fez movimento com a varinha – Avada...
Harry também movimentou a varinha. “Perdão professores, mas vou usar este feitiço...”. Pensara o rapaz.
Ambos gritaram ao mesmo tempo:

-AVADA KEDAVRA!

Feixes saíram da varinha de ambos e colidiram no meio do caminho. Parecia novamente a mesma cena de três anos atrás... Estavam empatados, as varinhas haviam se interligado.

OoOoOo

-Ele vai conseguir, né? – perguntou hermione é Rony.

-É o Harry de quem estamos falando. – Disse Rony sem jeito – Ele consegue, não consegue?

-Do jeito que estamos indo – Dumbledore sorriu – Não seria surpresa este ano, todos os alunos do sétimo ano se tornarem grandes heróis...

-Professor? – Se viraram Rony e Mione. – Como assim?

-Deixe me lhe apresentar... O Chefe da Seção da Elite de Aurores. O Professor Double.

Os dois alunos ficaram de boca aberta ao ouvir isso.

OoOoOo

As varinhas pareciam estar numa luta de mil anos ou mais. Nenhuma parecia ceder.
Harry estava com a impressão de que tudo o que aconteceu no seu quarto ano iria voltar á ocorrer... A morte de Cedrico... Sim, seria Melissa agora se Harry não agisse rápido.
O rapaz fechou seus olhos pela primeira vez com medo. E se não conseguisse?!

-Não é só você que é inútil – Dizia uma voz lhe vindo á cabeça.

-Como assim? – Perguntou harry deitado na cama do dormitório dos garotos.

Melissa sorriu alegre.

-Sabe, ás vezes podemos ficar com medo das coisas, podemos temer perder tudo... Mas sabe – A moça abaixou sua cabeça, ela parecia estar triste – Se não nos sacrificarmos, talvez nunca iremos conseguir atingir nossos objetivos... Acho que devemos enfrentar nossos medos para termos algo maior...

Harry sorriu e se sentou na cama observando a moça. Estava claro que estava preocupada com algo.

-Isso foi para me alegrar? – perguntou Harry – Pode ter certeza! A segunda prova vai ser bem fácil!

Melissa balançou a cabeça.

-Não falo disso, eu quis dizer... E se nos separarmos? E se por acaso você... – Melissa vacilou por um momento – Você enfrenta-lo, tenho certeza de irá ficar com medo... Todos têm um medo, e Voldemort é o seu medo, não é?

-É – Harry concordou cruzando os braços – Detesto concordar, mas é verdade...


Harry novamente abriu seus olhos. Aquela conversa com Melissa tinha sido de grande utilidade! Mal sabia ela!
O rapaz sorriu.
Voldemort por outro lado, parecia não ter gostado daquilo.

-O que foi Potter? Está gostando de estar interligado comigo? – Perguntou ele.

-Claro que não! – O rapaz sorriu – Sabe de uma coisa Tom? Eu já não estou mais nem aí! Nem quero mais saber se você quer me matar ou não!

Voldemort fizera cara de quem não entendera nada, mas algo estranho aconteceu. O poder das varinhas agora estava indo contra Voldemort. Ele estava perdendo!

Voldemort gritou com todas as suas forças o feitiço Avada Kedavra, mas não funcionava mais. Um brilho tomou conta de toda a Floresta negra.
O ataque se voltara contra o Lorde das Trevas, e nesse momento, ele encontrava seu fim.
Com um grito que ecoou por todo o lugar, o lorde das trevas ergueu seus braços para o alto e brilhou.

-Mas que?! – Harry saltou para trás com a força do grito.

Tiago parara de chorar e agora estava com uma cara de assombro. Melissa que estava ferida demais parecia acordar naquele momento.

-Você... – Voldemort estava perdendo seu corpo – Como?

-O sangue... – Harry olhou para o filho – O SANGUE! Você não podia com o sangue dele!

Voldemort soltou um riso que mais parecia um choro de desgosto.

-Mais uma vez... Perdi para este maldito sangue... – Voldemort tombou de joelhos.

Harry correu para Melissa que estava tentando ficar de pé com muitas dificuldades.

-Harry... – Ela ergueu sua cabeça – Você está...

Voldemort acabou caindo no chão e dessa vez, para sempre. Harry encarava com firmeza o grande rival que dessa vez, finalmente estava morrendo.
Como uma grande explosão, chuvas de luzes subiram aos céus, anunciando a morte do grande lorde das trevas.
Melissa erguendo sua cabeça para contemplar aquilo, não notara que seus olhos brilhavam e perdiam o colorido, ficando agora apenas um azul.
E sem Harry perceber, sua testa também brilhava...


OoOoOo

-Eh? – Evelyn ergueu sua cabeça surpresa.

-O que foi querida? – perguntou o Sr. Hart á esposa.

-Não sei, sinto como se... – Nesse momento, um pequeno brilho surgiu nos olhos de Evelyn e seus olhos misteriosamente ficaram com apenas uma cor. Um verde esmeralda.

Arnold também ergueu sua cabeça para contemplar a noite que se formava. Seus olhos também perdiam os coloridos de antes, estavam num tom castanho escuro.

-O que será que aconteceu? – Indagou-se Arnold.

OoOoOo

-Ai! – Erínia balançou sua cabeça – Senti algo...

-Todos estão sentindo... – Murmurou McGonagall.

Os comensais da morte que ainda restavam em todos os lugares em volta da escola soltavam gritos de terror e lamentos. As tatuagens em seus braços lentamente desapareciam.
Rabicho estava correndo de um lado para o outro gritando: Perdi meu mestre!

-Será que... – Hermione abriu um sorriso – Ele!

-É! – Rony socou o ar de forma vitoriosa.

-Eh... – Carlos que estava com o braço completamente dilacerado sorriu – Conseguiu Potter...

-Ele consseguir!? – Indagou Letícia.

Dumbledore sem sequer mostrar á todos, deixara escorrer uma lágrima de orgulho que desaparecera em sua longa barba prateada.
Com um sorriso no rosto ele se virou para a grande confusão que ainda existia em toda a escola.

-Temos trabalho á fazer, Lenna. – Sorriu o Diretor de Hogwarts para a Professora.

-Não, o senhor tem – Sorriu Lenna cruzando os braços – Meu trabalho acabou. Cheguei ano passado para cuidar de possíveis comensais que viriam atrás dos alunos, agora que... – Lenna sorriu – Posso voltar á Seção dos Aurores no ministério.


-Realmente, ainda á coisas para se fazer lá, não é? – Disse Dumbledore.

-Sim, na verdade, a paz começou agora... – Lenna caminhou para longe dali. Segurando sua varinha com força ela terminou – Quem sabe eu não vá ver seus alunos por lá?

OoOoOo

-Harry... Sua cicatriz... – Murmurou Melissa tocando a testa de Harry com carinho.

-Eh? – O rapaz levou a mão para sua testa instintivamente. – Ah!

O rapaz tornou a tatear a testa que já não tinha mais uma fina marca em forma de raio... Já não tinha mais a...

-Cicatriz! Ela sumiu! – Exclamou Harry abraçando Melissa com força – SUMIU!

OoOoOo

E assim, por mais estranho que possa parecer, começaram os pequenos milagres na escola Hogwarts. Pequenos sim. Pessoa que antes estavam morrendo por causa de maldições lançadas pelo Lorde das Trevas, agora não estavam perigando a morte.
Escolas que outrora eram rivais, agora trabalhavam para construir uma única escola a fim de fortalecer os laços da sociedade que existia entre bruxos.
Ouviu-se dizer que naquele ano, praticamente todos os alunos do sétimo ano foram chamados para trabalhar como a Elite doa Aurores no Ministério...
Dentre eles, um rapaz em especial chamado: Harry Potter.

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