Livre



No nº4 do bairro sombrio de Privet Drive, à meia-noite em ponto, um rapaz de cabelos negros, olhos verdes reluzentes, deitado na sua cama murmurava para si mesmo, contendo a alegria que o dominava:
-Parabéns Harry Potter! -mal teve tempo de acabar a frase, já uma coruja de tons acinzentados bicavao caixilho de madeira da sua janela.
Abriu rapidamente a janela, a coruja largou um pequeno embrulho e Harry tirou-lhe a carta que tinha amarrada à pata. A coruja voou para junto de Hedwig que piava, revoltada, por a outra estar a devorar o seu alimento.
Harry sentou-se na cama e abriu a carta. Logo identificou a caligrafia certinha de Hermione e sorriu.Era a sua primeira e melhor amiga, desde o 1º ano em Hogwartsque era sempre a primeira a enviar-lhe os parabéns.

"Querido Harry,
Muitos parabéns!Esperto que te sintas bem com os teus 18 anos e preparado para esta nova etapa. Já sei que vais viver uns tempos com os Weasley's e a Mrs. Weasley já me convidou para aparecer lá. Como estou cheia de saudades vossas não vai tardar para que o faça.
Como deves começar a andar muito ocupado quando iniciares a aprendizagem para Auror, comprei-te uma pena que se limita a escrever o que pensas. Já não tens desculpa para não dares notícias.

Um beijo da tua amiga,
Hermione."

O aniversariante não hesitou em abrir o embrulho, preparar a pena e começar a pensar numa carta para a amiga. Mal tinha começado a porta do seu quarto abriu-se:
- Parabéns Harry!
Era Ron, o ruivo de olhos verde esmeralda que tinha conhecido no 1º ano e que, desde então, era seu companheiro inseparável.
- Ron! -exclamou, dirigindo-se a ele para lhe dar um abraço.
- Então? Tudo pronto? De quem é esta coruja?- perguntou o amigo.
Harry fez uma cara de que era óbvia a resposta àquela pergunta e Ron percebeu:
- Hermione, claro!- responderam em coro.
Ainda a rir pegaram nas malas, Harry libertou a coruja de Hermione, pegou na gaiola de Hedwig e desceram as escadas até à coxinha onde estavam os Dursley's acompanhados de Fred e George.
- Parabéns Harry!- disseram os gémeos.
Harry sorriu e agradeceu, mas logo perguntou:
- Onde está Mr. Weasley?
- Porquê, nós não somos suficientes para ti?- perguntou Fred rindo.
- O pai está um pouco constipado e preferimos que ficasse em casa.-respondeu George.
Harry foi até à sala e olhou em redor. De certa forma despediu-se daquele lugar, daquela casa onde tinha vivido os anos, e alguns dos momentos mais negros da sua vida. Voltou à cozinha e olhou para os Dursley's, não sabia o que dizer.
- Bom...acho que finalmente se vão ver livres de mim.
Não houve qualquer reacção. Foi a tia Petúnia quem agiu. Levantou-se, dirigiu-se a ele e disse-lhe:
- Apesar de tudo esperamos que...sejas feliz na tua vida.- as palavras custaram-lhe a sair mas conseguiu. Não gostavam dele, aliás, não gostavam daquilo que ele representava, a magia.No entanto, a casa ficaria muito diferente sem ele durante as férias.
O tio Vernon acrescentou, com dificuldade que, se por alguma razão Harry tivesse problemas e não tivesse mais ninguém a recorrer podia voltar ali,mas só mesmo em último caso.
Harry ficou surpreso mas agradeceu, disse "adeus" a todos. Dudley nem deu conta pois estava muito entretido com um programa de televisão.
Foram até à lareira da sala e, usando o pó de Floo partiram.
* * *

Chegados à "Toca", a primeira coisa que Harry ouviu foi o grito de Mrs. Weasley:
- Harry querido!
Num instante, tinha-o puxado para fora da lareira e já o envolvia num caloroso abraço.
- Obrigado por me receberem Weasley's.
Arthur Weasley, que estava sentado muma poltrona a beber chá e levantou-se cumprimentou Harry alegremente.
- Ora essa Harry! Sabes que és sempre bem-vindo aqui!
Mrs. Weasly perguntou-lhes se tinham fome. Todos disseram que nãoe ela sugeriu que fossem dormir.Subiram com as malas e, ao cimo das escadas encontraram Ginny que tinha acordado com aquela barulheira.
- Parabéns e bem-vindo Harry!- disse Ginny um pouco ensonada mas com um grande sorriso.
- Obrigado Ginny, estou muito feliz.
Ginny tinha gostado muito de Harry e isso fazia-a ter um carinho muito especial por ele.
- Agora vamos dormir Ginny.- interrompeu Ron.
Desejaram as boas noites e foram para os seus quartos. Harry ficava com Ron, como de costume, deitaram-se e apagaram a luz.
- Gosto que vivas aqui connosco Harry.
- Eu também Ron, obrigada.
A janela aberta deixava entrar uma brisa que passava pelo rosto de Harry e lhe murmurava ao ouvido que, agora sim, era livre.



Oiee!Fui espreitando o site e nao resisti a tentar a minha sorte como autora! Sou portuguesa ,como já devem ter percebido pelo texto. Se vcs acharem que eh melhor eu tentar escrever mais em brasileiro POR FAVOR falem ta? eu posso tentar nao tem problema...desde que vcs leiam...=) esse 1º cap. nao tem muito de novo...eh mais uma introduçao, mas o 2º ja vem melhor ! eh isso...me digam o que acharam...e se acham que devo mudar algo falem tb...criticas se aceitam sempre !***

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