The trouble with love is...



N/A: Bem, eu sei que demorei muito (agradeçam as drogas das provas!) pra
colocar essa continuação, mas pra ser sincera nem ia ter, eu resolvi colocá-la
por causa dos comentários, espero que gostem...




Capítulo II - The Trouble with love is... (O problema com o amor é...)




Exausta, sim essa era a palavra perfeita para definir como se sentia.

Por sorte sua chave estava na parte da frente da bolsa, o que lhe poupou muito
tempo. Abaixando-se, com a chave na boca, milhares de papéis empilhados uns
sobre os outros em seus braços e algumas sacolas com comida - tinha passado no
supermercado, não tinha quase nada na geladeira - tentou achar, usando o tato, a
fechadura. Rodou a chave e entrou no espaçoso apartamento.

Nem se dando ao trabalho de fechar a porta, com o pé empurrou-a, deixando-a
encostada.

Apertou o passo e colocou as compras junto com o trabalho sobre a mesinha de
centro e jogou-se no sofá, deixando-se escorregar. Somente agora tinha percebido
o quão confortável ele era.

Roçou um pé no outro querendo tirar o sapato, estava impossibilitada de
abaixar-se e tirá-los descentemente. Talvez, pensou vendo um sapato voar e cair
de qualquer maneira no chão logo em seguida, se tentasse abaixar-se para
tirá-los nunca mais voltaria a levantar-se. Sua coluna doía por causa da cadeira
desconfortável do escritório.

Algo macio esfregava-se em suas pernas, o rabo balançando como um pêndulo. Era
seu companheiro, ou como costumava falar, o único ser doido o suficiente para
morar com ela.



- Bichento, agora não. - Disse impaciente sem dar atenção quando o gato
preparava-se para pular em seu colo.

Visivelmente magoado, o gato saiu da sala, entrando em um corredor à direita,
provavelmente ele estaria indo para a cama de Hermione e não voltaria a se
dirigir a ela até que a dona se redimisse.


- Ótimo! Me rejeite! Sou eu quem te alimento! - Disse mau-humorada vendo de
vislumbre o fim do rabo alaranjado de Bichento desaparecendo no corredor. Será
que seu dia não tinha sido ruim o suficiente para ainda ter que agüentar um gato
com problema emocionais? Perguntou-se injuriada.



O amor pode ser algo muito esplendido

Não se pode negar as alegrias que traz

Uma dúzia de rosas, anéis de diamantes

Sonhos a venda e contos de fadas

Faz você ouvir uma sinfonia

E você simplesmente quer que o mundo veja

Mas como uma droga que te deixa cego

Vai te enganar o tempo todo





Hermione bocejou, cansada, escorregando ainda mais no sofá. Olhando ao seu redor
reparou que a porta que dava para a varanda estava aberta, provavelmente a
esquecera assim antes de sair para o trabalho. Continuou o passeio pelo
apartamento, analisando como se nunca o tivesse feito, as estantes empilhadas de
livros, os eletrodomésticos trouxas, um pouco mais afastado, no canto da sala um
mini bar, não que fosse muito de beber, mas às vezes, para se manter acordada
somente bons drinques para deixá-la com animo o suficiente.

É, pensou entre mais um longo bocejo, tudo estava arrumado assim como deixara
antes de ir trabalhar.

Também o que esperava? Que tudo estivesse desarrumado? Era impossível, naquela
casa era somente dela, sem ninguém para dividir...

Engraçado como a vida é irônica, tantos pedem para encontrar a casa sempre da
maneira como deixam para evitar futuros problemas e ela ali, desejando que
houvesse mais um alguém, alguém para conversar, abraçar e até mesmo brigar,
xingar se preciso...

Cada vez que lembrava-se de como era dura ser sozinha, ser solitária, Hermione
sentia de leve uma pontada em seu coração, não gostava de ficar sozinha, mas era
a vida que queria, pensou então em Bichento, ele era o único que tinha estomago
para aturá-la e agora ela o magoara, seu mau-humor continuava em alta e seu
estômago suplicava por comida!



- Desculpa. - Sussurrou entre mais um bocejo para o gato, este é claro, não
ouviria, já estava longe dali, concluiu levantando-se e indo em direção da
cozinha.



O lugar estava abafado, tudo fechado, abriu as janelas para que o ar circulasse.
Voltou para a sala, pegando as últimas bolsas com comida, iria deixar tudo em
cima do balcão na cozinha e depois arrumaria tudo. Precisava somente de um bom
banho, sim, um banho para relaxar, esquecer do trabalho, dos problemas.

Lavou a mão e colocou a água para esquentar, realmente queria comer algo que
prestasse, nada mais de comida congelada, mas tinha que levar em conta que seu
tempo era curto, tinha que comer o mais rápido e isso queria dizer comer
novamente macarrão pela terceira vez aquela semana. Não tinha certeza de quanto
mais agüentaria comer aquilo, já sentia seu estômago embrulhar, mas não tinha
escolha, infelizmente. Pra mudar um pouco mais o paladar pegou queijo, molho e
outros temperos. Quem sabe se enfeitasse um pouco não rejeitasse a comida?

Abriu a geladeira, analisando suas opções de bebida.



- Leite...ergh... - Hermione arrepiou-se somente de pensar na possibilidade. -
Suco de abóbora, e... - Ela puxou uma jarra de suco e espiou o que tinha dentro
- suco de uva...Guaraná...- Ela tirou outra garrafa e examinou, não era o que
planejava, mas caso não tivesse mais nenhuma cerveja pra contar história, iria
ele mesmo.



Continuou a vasculhar a geladeira a busca de uma garrafa de cerveja amanteigada,
queria algo quente. Ao fundo da geladeira, escondido atrás de alguns saquinhos
onde ela separava a carne por tipo estava uma caixa com cerveja. Hermione não se
lembrava de qual fora a última vez que colocara o líquido na boca, na verdade,
não queria nem saber, o importante era que beberia.

Tirou e colocou sobre o balcão, rasgando o papelão que as mantinha juntas. Pegou
uma e deixou ali mesmo as outras guardando novamente na geladeira.

Tirou um prato do armário e uma taça, própria para vinho, mas realmente não
queria usar um copo, iria comemorar sua promoção dentro da empresa, não era um
trabalho que lhe atraia muito, cuidar de gastos e lucros, mas também não era tão
monótono como imaginava a principio, de qualquer maneira, todos os lugares pelo
qual passara seu currículo todos haviam lhe garantido que oportunidades não
iriam faltar.

Muitas mulheres adorariam ficar em seu lugar, uma casa própria, - a qual seus
pais haviam deixado para ela como presente de 15 anos, eles pareciam pressentir
que algo aconteceria - um bom emprego, o salário era o suficiente para ela se
manter e guardar para mais tarde, era jovem, bonita, porém, solitária. Uma amiga
de seu trabalho tinha até mesmo feito uma brincadeira dizendo que trocaria tudo
para ser Hermione Granger, que não se importava em ser sozinha, na verdade, algo
muito impensado a se dizer, pois assim como Hermione dissera em reprovação, dói,
entristece não ter ninguém para quem compartilhar os sentimentos, e bem, ela
estava, mais uma vez, vivenciando isso, não queria admitir, mas algumas feridas
ficam abertas, demoram quase uma eternidade para serem apagadas por completo.

Com a sua promoção no serviço tudo iria mudar, não muito, mas sua vida seria
resumida somente a trabalho, não que fizesse muita diferente do que vinha
fazendo, mas era bom, distraía e não fazia o vazio voltar a atormentá-la.

Depois de tempos sem ter um bom motivo para comemorar, agora que este chegara
encontrava-se sozinha, sem ao menos uma viva alma para contar os detalhes da
conversa que tivera com seu chefe naquela manhã.

Balançando a cabeça já sabendo no que, ou melhor, em quem seus pensamentos iriam
parar, espiou mais uma vez seu grande prato comemorativo, estava quase pronto,
só precisava de um simples feitiço que Molly lhe ensinara e ficaria ali,
bonitinho e quando terminasse de tomar banho, que hoje demoraria mais do que o
normal, encontraria tudo pronto e quentinho, porque macarrão como prato da
semana e ainda frio não era atrativo.

''A mulher tem que se valorizar, sentir bem consigo mesma. Se uma mulher
consegue isso, tem o mundo aos seus pés...''


Hermione riu consigo mesma. A que ponto chegara? Lembrava-se até de um artigo de
uma revista trouxa que lera, não que deixara de pensar que eram somente
futilidades, mas realmente, algum fundo de verdade ali tinha. Talvez sim, talvez
não, não sabia ao certo a resposta, mas aprendera em Hogwarts que a prática é
uma das melhores maneiras de se aprender e bem, Hermione parou a varinha em
punho antes de aplicar o feitiço, qual era o mal em tentar? Parou novamente,
pensando em sua última tentativa de arrisca tudo ou nada e não dera muito certo.


Até agora, passado seis meses, Harry não dera sinal de vida, nada. Não sabia
porque ainda doía tanto, na verdade, sabia bem a resposta e mesmo que fosse
preferível uma dura verdade a uma doce mentira suas esperanças e ilusões
continuavam ali, escondidos às vezes inativos, mas ali continuavam, esperando
por um milagre, por um desejo realizado.

Por todos os obstáculos que já passara, por todas as lutas contra o mal, o pior
sem dúvida alguma era aquela, a briga que travava todos os dias, antes de dormir
e ao acordar contra si mesma, contra seus sentimentos. Não conseguia desistir,
mudar seu jeito de ser como tantas vezes tentara, pois não conseguia sair
daquela guerra sem fim, sem finais felizes, somente com perdedores...



- Merda! - Ela deixou um palavrão escapar, colocando o dedo na boca, sem querer
havia cortado, ela o tirou logo em seguida da boca olhando o ferimento...







O problema do amor é

Pode te destruir por dentro

Faz seu coração acreditar em uma mentira

É mais forte que o seu orgulho

O problema do amor é

Não se importa quão rápido você caia

E você não pode negar sua chamada

Veja, você não tem o que dizer





- Agora é a sua vez, Harry! Vamos lá, é só fazer um furinho pequeníssimo! Você
nem vai sentir... - Ela disse segurando a mão de Harry sobre a sua, mordendo o
lábio, ela furou o dedo dele com um alfinete.

- Cuidado, Hermione!

- Ah que fofo, choramingando por algo tão pequeno? Tsc...tsc...Que coisa feia,
Harry Potter. - Ela disse sorrindo e encarando-o.

- Então, o que dizemos? - Perguntou Rony examinando a uma gota de sangue do seu
dedo. Hermione piscou os olhos, sempre que encarava Harry, olhos nos olhos, se
perdia, ficava hipnotizada. Isso já vinha acontecendo fazia algum tempo, mas ela
não dera muita importância, afinal o que havia de bizarro nisso?



Bem, a resposta ela acabou descobrindo quando o viu com uma outra garota, isso
fez com que seu coração batesse mais forte, seus olhos refletissem uma raiva e
muito bem escondida atrás dessa, uma dor, a dor de quem sofre por amor.

Como sempre, dera os parabéns e desejara que ele fosse feliz.

Grande ironia! Por dentro pedia para que ele percebe-se que aquela garotinha não
tinha nada a ver com ele, que ela provavelmente nem sabia como ele ficava depois
que perdia uma partida de Quadribol e o que fazer para não deixá-lo assim, ou
então que ele gostava de ficar oras em frente a uma lareira, conversando e
comendo sapos de chocolate com os amigos, de sentir a brisa morna em seu rosto,
ver o pôr-do-sol, que quando falasse com ele, sempre o encarasse nos olhos...


Hermione duvidava que aquela intrusa soubesse ao menos o dia do aniversario
dele!

Não demorou e ela partiu, e outras passaram, mas nenhuma delas podiam conhecê-lo
tão bem como Hermione, ninguém. Talvez, nem mesmo Harry conhecesse tão bem dele
como ela conhecia, e ele de alguma forma, conhecia mais sobre ela do que ela
mesma, e isso era o suficiente para saber que eram perfeitos.

Um poderia decifrar o que o outro está sentindo somente com um sorriso sem
graça, um olhar tristonho, mas desde que aquela parede surgira entre eles, Harry
deixou de conhecê-la.

Foi uma parede imposta por Hermione, era preciso, ela dizia cada vez que ele a
vinha perguntar o que estava acontecendo. O que Hermione poderia dizer? Que
estava apaixonada por seu melhor amigo, que não podia conviver com ele mais
porque aquela situação a estava machucando? Não, claro que não faria isso. Ele
precisava dela, mesmo que Hermione tentasse se convencer do contrario sabia que
era a verdade, da mesma maneira que ela dele, ambos precisavam do olhar terno,
do beijo por mesmo que fosse na bochecha ou na testa, da mão, no ombro, de uma
palavra de conforto, de um puxão de orelha...

Ela cometera um erro, deixara se tornar dependente de tudo aquilo, de tudo e era
impossível voltar a trás, e mesmo que conseguisse, não queria.

Era como se, quando retirassem as cordas, o fantoche caísse, aos pés da
multidão, sem vida...

E simplesmente por isso, por não querer deixar de lado, por ser o mais
verdadeiro e concreto sentimento que já tivera em toda sua vida.

Estava em uma doce mentira, que sempre lhe trazia esperanças, sonhos, fazia com
que passasse a crer em contos de fadas. Ilusões que dentro dela eram realidade,
que a consumiam, e suas únicas companheiras, as únicas com quem podia contar...



- Hermione? O que dizemos? - Chamou Rony. Hermione balançou a cabeça,
sentindo-se tonta.

- Er...eu não sei...

- Ah, ótimo! Nós furamos os dedos e você não sabe o que temos que dizer?

- Ah, Rony, por favor, que tempestade em um copo d'água! Vamos improvisar, ok?

Hermione e Rony concordaram, todos estendendo as mãos juntando os dedos com o
pequeno furo.

Harry e Rony olharam automaticamente para Hermione para que ela começasse:

- Eu? Er...ok...Não importará o quão longe estejamos uns dos outros...

- ...ou por quantos obstáculos deveremos vencer... - Hermione e Harry olharam
para Rony, as sobrancelhas de ambos erguidas. - Ora, tenho sentimentos...

- Hem-hem.. lembre-se que mesmo que o mundo esteja contra você, tem um ombro
amigo onde poderá chorar - disse Harry fazendo um sorriso surgir nos lábios de
hermione.

- ...alguém para te ouvir quando todos os outros não o estiverem fazendo...

- ... alguém que vai bater no desgraçado que te deixou assim.

- Rony! - Repreende-o Hermione rindo, ignorando a prensa e Hermione, Rony
continuou:

- Procure-me dentro de você ...

- Nada, nem ninguém irá nos separar, nem mesmo a morte, pois somos inseparáveis.

- Um laço sem fim, para toda a eternidade. Uma amizade sem fim, impossível de se
esquecer... - Hermione selou o pacto, jogando-se em seguida nos braços dos
amigos, abraçando-os fortemente.






Hermione balançou a cabeça tentando se livrar de seu devaneio. Era engraçado
como sempre, de alguma forma, acabava perdida em lembranças.

Ela olhou para a cozinha ao seu redor, tudo parecia estar no lugar certo, o
macarrão sendo preparado já com o feitiço.

Respirou fundo, as imagens ainda atormentando-a. Pegou o casaco que deixara no
braço da cadeira e foi para o quarto, seus pés agora acostumados com o frio.
Seguiu por um corredor, as paredes em um tom bege bem clarinho, nas paredes
algumas fotos de seus pais e outras de Hogwarts, mas essas estavam com um papel,
tampando-as.

Um de seus maiores erros fora encher aquela casa com fotos de coisas que queria
esquecer, mas como todo o resto faziam parte de sua história, e era sempre com
esse pensamento que passava por ali, sem retirar um quadro sequer.

Abriu cuidadosamente a porta do quarto, procurando por Bichento, como imaginara
desde o inicio ele estava na cama, com a cabeça sobre o travesseiro dormindo.

Ela riu, parecia mesmo um tanto quanto anormal uma criança, a sua criança
extremamente peluda. Pensou indo até ele e ajoelhando-se perto da cama.



- Ora, Bichento, me desculpe. Sei que não fui uma das melhores companhias... - o
gato abriu os olhos, como se concordasse com o que ela falasse. - Você poderia
pelo menos fingir que eu não sou tão culpada assim? - Ela perguntou, sentando-se
na cama e pegando-o no colo começando então, a acariciá-lo, vendo que o gato não
protestara ela acrescentou - espero que isso seja uma forma de dizer 'desculpas
aceitas'.



Não demorou e Hermione o tirou do colo, colocando-o novamente o encontrara.

Ela abriu a porta do guarda-roupa pegando roupas íntimas e um roupão, e
dirigindo-se ao banheiro.



- Um banho demorado vai melhorar as coisas... - Sussurrou abrindo a torneira da
banheira e jogando alguns sais de banho ali.



Sentou na beira da banheira, enquanto essa começava a ficar cheia de água e
espuma, brincando com a água, viu então o seu rosto, por fora não parecia ter
mudado, mas por dentro...



Uma vez eu já fui tola, é verdade

Eu jogava o jogo por todas suas regras

Mas agora meu mundo é uma profunda tristeza

Eu estou triste mas também sou sábia

Eu jurei que não iria me apaixonar de novo

Eu jurei meu coração que não iria consertar

Disse amor não valia a dor

Mas ai eu o ouvi chamar meu nome



Hermione correu para o seu quarto, a raiva parecia não ter fim.

Olhou para a cama arrumada com algumas almofadas e ursinhos de pelúcia, sem
pensar duas vezes correu até lá jogando um por um no chão, tentando rasgá-los
com as mãos, socando-os, gritando, chorando...

Sua luta era em vão, de nada valia a pena, não ia mudar nada, jamais.

Eram sempre os melhores amigos, a 'irmã' que todo garoto desejara!

Maldito! Murmurou, caindo sobre a cama, abraçada com uma das almofadas que a
pouco tentara destruir, entregando-se ao choro.

O que tinha dado errado? Não seguira todas as regras de um jogo chamado amor?


Mas começara errando, o amor não era um jogo, o amor não tem regras, e só agora
descobrira isso, tentava achar uma resposta para tudo, mas diante daquele
sentimento não há tinha, porque não é algo que tenha lógica! Ora, somente ela
mesma para querer que até mesmo o amor tivesse lógica, talvez, fosse o melhor,
quem sabe assim não sofreria?

Em mais um acesso de raiva tentou socar a cama, sua mão encontrando-se com algo
sólido, parecido com um caderno.

Enxugando as lágrimas, e puxando o vestido do baile para mais perto, viu seu
diário aberto o esquecera assim na euforia de não se atrasar. Ele ainda estava
na mesma página, Hermione passou mais uma vez a mão pelo o rosto manchado por
causa da maquiagem e submerso a lagrimas e começou a ler o que escrevera:







" Deus! O que estou fazendo? Aqui, toda arrumada com esse vestido, o cabelo
preso em um lindo penteado (graças a Gina! Parecia que eu não sabia mais fazer
penteado algum...) e com maquiagem ( se algum dia eu falei mal de quem a
inventou era porque não estava com nem um pingo de juízo) pareço uma doida
apaixonada, mas não é isso que sou?

Minhas pernas estão bambas, acho que não conseguirei andar até lá.

O que será que ele vai pensar quando me vir entrando? Espero que o melhor!

Sinceramente, não estou muito bem, quer dizer, to feliz que ele tenha largado
aquelazinha, e não acho que estou prestes a morrer, mas sei lá, é estranho!
Realmente muito estranho! É como se eu não fosse mais eu! OBS: Existe alguma
lógica pra essa frase?

Ontem, sonhei com algo tão...tão...tão absurdo!

O sonho começou com meio que alguns flashes, sabe? No primeiro ano, quando ele
me salvou do Trasgo (eu sei que o Rony estava lá, mas isso agora é um detalhe!
Ufa...ainda bem que ele jamais vai ler isso!), de quando voltei a ativa assim
que sai da enfermaria e de como ele me recebeu, dele me salvando no terceiro ano
do salgueiro lutador, dos dementadores... E do quarto ano? Ele querendo me
salvar mesmo eu sendo a tarefa de outra pessoa (ok, eu não me lembro disso,
estava desmaiada, mas eu imagino como deve ser sido!), das matérias da Rita
Skeeter que hoje em dia eu adoraria que fossem verdade... O quinto ano ele
contando que a Chang o mandou ficar comigo, concordo plenamente! também no D.A,
ele me ajudando e no Departamento dos Mistérios? ... Será que deveria realmente
relatar tudo em algo tão insignificante?

Bem, continuando *risos*, ele dizendo que talvez o Tom não fosse a pessoa certa
pra mim e no sétimo se arriscando como sempre e bem, de repente, eu vi uma foto
onde estávamos eu e ele, e Rony e Luna se não me engano, formados e juntos. Será
que finalmente estou com sinais de que tenho o poder para a Adivinhação? Tenho
sérias duvidas sobre isso mas...quem sabe?

Sabe, é como um conto de fadas, a garota indefesa (nem tanto) e o her...''

Hermione não continuou a ler, pegou o diário e jogou contra o espelho.

São poucos aqueles que tem suas chances de encontrar o "verdadeiro amor" e ela
fora tola em acreditar que isso aconteceria com ela.

Sentimento egoísta que não se importa com você, nem com nada a seu respeito. É
como uma maldição que tem que ser cumprida, haja o que houver... - Ela repetiu
para si mesma, vendo o reflexo no vidro quebrado, a imagem de Harry dançando com
Katrina.




O problema do amor é

Pode te destruir por dentro

Faz seu coração acreditar em uma mentira

É mais forte que o seu orgulho

O problema do amor é

Não se importa quão rápido você caia

E você não pode negar sua chamada

Veja, você não tem o que dizer





Dessa vez, o que lhe despertou foi o barulho de água correndo, esquecera-se
completamente do banho, da torneira.

Despiu-se e voltou e entrou na banheira, colocando uma música suave de fundo.
Hermione permaneceu ali por alguns minutos, olhando a espuma.

O que estava acontecendo? O que mais tinha que acontecer? O jogo não tinha
terminado, já não descobrira a charada? Não havia Hermione e Harry, mas somente
Hermione Granger e mais ninguém...não era isso? Questionou-se. Era como se
estivesse voltando para o mesmo poço sem fundo, na verdade, nunca saira dele,
mas estava tentando recuperar-se, um passo de cada vez.

Mas agora, ele estava chamando-a de novo....

Envolveu-se no roupão e foi para o quarto, indo se trocar. O quarto estava frio,
vasculhou o quarto procurando o controle, mas nada, provavelmente deixara em
outro cômodo, pensou calçando os chinelos e encolhendo-se no roupão.



- Porque essas coisas sempre aconte... - Hermione perdeu a fala, ela deu alguns
passos para trás, voltando a ficar em frente a sala de jantar. A mesa havia sido
posta, velas, dois pratos, duas taças e um vinho dentro de um balde com gelo.
Ela respirou fundo, o que era aquilo.

Sem hesitar, foi até a mesa e pegou o papel sobre a mesa.



" Espero que não se incomode pela bagunça e pela demora, sabe, eu sempre fui
como Rony meio cego, se fosse quiser me dar uma chance estou te esperando no
mesmo lugar de sempre, se não quiser entenderei e desejo que tenha um bom
jantar.



Com amor,

Harry''




- Isso não é verdade...- Ela pensou. Quem fizera aquela brincadeira de mal
gosto? Correu para a varanda e abriu a porta, a brisa fria fazendo-a arrepiar.


Ela olhou para a calçada, algumas pessoas passavam apontando-a, outras muito
ocupadas nem se davam ao trabalho, mas não se importava, só queria saber quem
fora o sem graça que fizeram algo assim com ela, não tinha graça alguma.

Seu olhar caiu sobre uma figura estranha, parada perto da esquina, com uma capa
preta e um chapéu, como se esperasse que ela fosse procurar o autor de tal
ousadia, o homem levantou o chapéu, sem tirá-lo, somente para que ela pudesse
reconhecê-lo.



- Acho que ainda te conheço o suficientemente bem para fazer uma surpresa,
Hermione. - Hermione sentiu novamente um frio percorrer sua espinha, o homem
falara com ela, mas é claro, Oclumência, pensou imediatamente.



Harry voltou a ajeitar o chapéu e desapareceu entre os trouxas, deixando-a ali,
sem reação alguma.



- Você sabe onde me achar? Mas como...onde? - Hermione se calou lembrando-se
deles escondidos na Sala Precisa fazendo um pacto. - "Procure-me dentro de
você.''
- Ela repetiu, a frase de Harry ainda presente em sua cabeça depois
de tantos aqueles anos. Ela realmente sabia onde o encontrar, mantera por todo
aquele tempo, os segredos de como decifrá-lo dentro de seu coração, e se não se
enganava ainda sabia qual era o lugar preferido dele.





Toda vez que eu que dou a volta por cima

Eu acho que eu entendi tudo

Meu coração continua chamando

E eu continuo caindo

Uma atrás da outra

A historia triste sempre termina da mesma forma

Eu, parada na garoa

Parece que não importa o que eu faça

Quebra meu coração em dois





Hermione queria sorrir, chorar, não sabia o que fazer. Ele estava ali,
chamando-a, era a sua chance...Mas poderia se machucar, não iria suportar seu
coração em dois, novamente.

"Acredito que cada um tem o direito de escolher que caminho vai seguir, escrever
sua historia..."


E se pudesse escrever sua história? Mudar seu final como falara a Harry na
Plataforma 9 3/4 ? Quem sabe assim, não se machucasse, talvez não tivesse seu
coração em dois...

Não acreditava que ia se arriscar novamente, mas pelo menos, depois de um longo
tempo de espera obtivera uma resposta, a qual esperara por tanto tempo...

Agora, Hermione Granger, sabia quais eram os problemas do amor, e como todos os
problemas podem ser resolvidos...





O problema do amor é

Pode te destruir por dentro

Faz seu coração acreditar em uma mentira

É mais forte que o seu orgulho

O problema do amor é

Não se importa quão rápido você caia

E você não pode negar sua chamada

Veja, você não tem o que dizer





N/A: Realmente não sei pq deixo como songfic se sempre sou contraditória
a música... fazer o que? Acho que todos entenderam, não? Caso não me digam que
eu explico, pq eu entendi tudo...

A música é ''The Trouble with love is'' da 'Kelly Clarkson' e a tradução eu
peguei do site Vagalume

POR FAVOR, COMENTEM! SE NÃO EU PARO COM AS SONGS...

Beijos - Drica



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