Rua dos Alfeneiros



A noite caía na Rua dos Alfeneiros. Os habitantes da rua estavam todos recolhendo-se para suas respectivas casas. Janelas e portas se fechavam. Enquanto isso, um garoto magro, de olhos verdes levantava-se de sua cama no sótão da casa n° 4.

Harry Potter estava com uma aparência muito melhor do que nos verões passados. Suas férias não tinham sido tão ruins quanto a dos outros anos. Desde que descobriu que a Sra. Figg era quase uma bruxa, na verdade, um aborto (filha de pais bruxos que não tem magia no sangue), mas que sabia muito mais do que parecia saber sobre o mundo mágico, Harry passava horas em sua casa ouvindo suas histórias.

Os Dursley, únicos parentes que Harry conhecia e com os quais passava suas férias de verão, estavam um pouco menos agressivos com Harry. Duda Dursley, seu primo, não reclamava tanto de Harry desde que o mesmo o salvou de dois dementadores no ano anterior.

Harry saiu do quarto com seus pensamentos focados em sua volta ao mundo mágico, que era esperado desde o dia em que Alvo Dumbledore, diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, pediu para que ele voltasse para a casa dos tios e ficasse lá, pelo menos por alguns dias, porque era um lugar seguro. Mal esperava para rever seus melhores amigos, Rony Weasley e Hermione Granger, companheiros em todas as aventuras que Harry já tivera desde os seus 11 anos, quando descobriu que era um bruxo. Sentiu-se muito triste ao lembrar que no final do seu 5° ano letivo perdeu seu querido padrinho, Sirius Black, com o qual abria seus maiores segredos, seus medos, suas angústias. Desde que o tinha conhecido, sentira-se mais confiante, mais feliz, porque Sirius, era um dos únicos que falavam sobre os seus pais, Lílian e Tiago Potter, mortos por Voldemort quando Harry tinha apenas um ano.

Nesse instante sentiu sua cicatriz formigar, o que já não era uma novidade tão grande desde que Voldemort retornou.
Com tantos pensamentos, Harry nem percebeu que já estava caminhando nas ruas de Little Winning. Fazia isso todas as noites, porque queria evitar os olhares maldosos de seus vizinhos que achavam que Harry era um delinqüente que estudava no Centro St. Brutus para Meninos Irrecuperáveis.

Ficou passeando por algumas horas e decidiu voltar para casa. No caminho de volta encontrou a Sra. Figg, que deu um breve aceno a Harry, chamando-o:

- Harry, Harry venha até aqui!

Harry correu até lá.

- O que foi Sra. Figg?

- Harry, tenho uma boa notícia para lhe dar. O Prof° Dumbledore autorizou sua ida para a casa dos Sr. e Sra. Weasley. Você irá amanhã pela manhã. - Ela agora tinha abaixado a voz - alguns membros da Ordem irão busca-lo na casa dos seus tios. Molly estará te esperando.

- Até que enfim!!! - disse Harry feliz. - Pensei que haviam esquecido de mim.

- Então está avisado. Até mais Harry! - falou a Sra Figg indo em direção a sua casa.

Harry acenou para a Sra. Figg e continuou seu caminho. Estava muito mais feliz. Não gostava de ficar isolado de seu mundo por muito tempo. "Amanhã vou me livrar dessa monotonia", pensou Harry com um sorriso no rosto.

Andou um pouco mais e logo estava em casa. Quando ia subindo as escadas viu seus tios Petúnia e Valter Dursley conversando sobre o noticiário. Harry os ignorou. Estava muito contente no momento para falar com seus tios. Entrou em seu quarto e começou a arrumar suas coisas.Colocou tudo dentro do malão, pôs Edwiges, sua bela coruja branca, em sua gaiola, e jogou-se na cama. Sentiu-se mole, estava cansado demais logo adormeceu.

"Estava no Três Vassouras conversando com Cho. Ela era a menina mais linda que Harry tinha visto até aquele momento. Estavam falando sobre o assunto preferido de Harry: quadribol. De repente Harry e Cho começaram a se aproximar. Seus olhos fecharam e seus lábios se encostaram num beijo que Harry classificou como o melhor. Depois de alguns instantes Harry e Cho se distanciaram. Harry abriu os olhos e teve uma grande surpresa. - Hermione!!!!!!!! - Era Hermione que estava ali sorrindo pra ele... De repente tudo se apagou. Agora estava numa sala muito escura, só conseguia ver um ponto de luz bem ao fundo da sala. Foi ver o que era. Aproximou-se. Queria toca-lo, saber do que se tratava. Foi aproximando suas mãos. Teve a impressão de que era um arco. Quando estava quase tocando-o sentiu todo seu corpo queimar. Era Sirius quem estava lá dentro. Ele estava batendo, parecia estar trancado. - Sirius!!!!!! Eu vou te ajudar!!!!!!!!! Você não vai morrer! Não vai!!!!!!!!!!

De repente Harry acordou. Estava todo suado. Sua cicatriz ardia com muita intensidade. Não praticara Oclumência. Devia ter esvaziado sua mente antes de dormir para não ter aqueles pesadelos. Lembrou-se então de Hermione. O que significava aquele sonho. Era verdade que havia sonhado com ela quase que diariamente neste verão. Neste instante assustou-se. Havia alguém batendo à sua porta.

- Harry! Abra a porta! - Era a voz da tia Petúnia. - Você tem visitas!

Harry levantou-se com muito esforço, pegou seus óculos e abriu a porta. Não havia mais ninguém ali. Desceu as escadas e viu Tonks, Lupin, Moody e outro bruxo, com a aparência idosa, muito parecido com alguém de quem Harry tinha profunda admiração.

- Bom dia, Harry! Este aqui é Aberforth Dumbledore. - disse Tonks apontando para o homem que Harry não conhecia. Nós viemos te buscar. O levaremos para a Toca. É claro, se ninguém nos impedir de fazer isso! - nesse momento Tonks fitou os tios de Harry.

- Claro que ninguém vai impedi-lo! Podem leva-lo - disse Valter Dursley com a cara amarrada.

- Vamos pegar suas coisas Harry! - falou Lupin virando-se de costas e subindo com Harry até o sótão.

Harry achou que deveria falar sobre seu sonho sobre Sirius com Lupin, mas não tinha coragem para contar tudo. Então achou melhor não comentar.

- Como nós iremos para a Toca Prof° Lupin? - falou Harry, tentando não parecer preocupado e já carregando a gaiola de Edwiges pela escada.

- Vamos com uma chave de portal, Harry! - a voz vinha da sala. Era Olho-Tonto Moody.

Harry buscou todos os seus pertences e trouxe-os para a sala. Quando acabou de guarda-los, Alastor Moody disse:

- Então podemos ir, Harry?

- Sim, podemos.

Todos se ajeitaram para que conseguissem tocar na bota usada como chave de portal. A partir deste momento Harry sentiu tudo girar, girar, girar...





Nota da Autora: Essa é minha primeira fic. Comentem, please!!!!

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