Malfoy e Weasley



Depois do almoço, Harry e Hermione, Rony e Luna, que estavam ligados pelas algemas foram ao banheiro da Murta, onde não causariam problemas por entrarem juntos. Depois Rony e Harry que tinham um horário vago, tiveram que acompanhar as garotas nas aulas, Luna teria adivinhação e Hermione Aritimancia.

-Mione. –Harry sussurra no ouvido dela, enquanto a garota fazia uma consulta ao livro pra responder um questionário.

-Hum? –ela responde concentrada.

-Acha que estaria tudo bem se eu deitasse no seu colo? –Harry pergunta sonolento, estava entediado com aquela aula, não conseguia entender nada da matéria.

-Harry! Isso seria falta de respeito. –Hermione o repreende, tirando os olhos do livro pela primeira vez.

-Mas pra que eu vou fingir que estou prestando atenção, se eu não entendo nada que ela fala? –Harry pergunta fazendo um gesto exagerado com as mãos e Hermione ri, discretamente, pra não chamar atenção. Realmente pra quem nunca havia assistido a uma aula, Aritimancia seria bem complicado.

-Bom, como estamos no fundo da sala, acho que não vai ter nenhum problema, já que você não ronca. –Hermione fala em tom divertido, fazendo Harry sorrir e já afastar um pouco a cadeira sem fazer barulho, tomando cuidado na hora de se deitar, esperando um momento em que a professora não estivesse olhando.

Como aquela era uma aula opcional, não havia muitos alunos, portanto ninguém o viu se abaixar e deitar, pondo a cabeça nas pernas de Hermione, o quadril em uma cadeira e os pés em uma terceira. Hermione deixou a mão, que estava presa à dele, sob a mesa e Harry a pôs em sua cabeça, cujo rosto estava virado pra ela, como se procurasse ficar na sombra feita pelo casaco dela.

-Folgado! –Hermione sussurra pra ele, que apenas sorri, enquanto ela começa a lhe fazer cafuné.

Em resposta, Harry sorri marotamente, enquanto com a mão livre, sorrateiramente, abre um botão de baixo da camisa dela, revelando parte da barriga da garota. Certificando-se de que Hermione estava concentrada no livro, Harry aproxima seu rosto e toca a pele quente da morena com a ponta do nariz, sentindo que ela se arrepiara levemente ao seu toque e aspirando o perfume suave do creme que ela passava no corpo todas as manhãs, achou engraçado quando soube dessa vaidade dela, mas adorava o perfume que deixa na pele da morena. Começou a distribuir beijos molhados pela barriga de Hermione, que novamente estremece, mas desta vez puxa a cabeça dele discretamente, depois fazendo sinal negativo com o dedo e logo depois fechando o botão.
Harry olha pra ela e vê que a garota lhe dirigia um olhar duro, então ele faz sua melhor carinha de cachorrinho molhado e um gesto com a mão como se pedisse só mais uma chance, mas ela faz sinal que não, com a mão presa à dele, logo depois se voltando pro seu pergaminho.

Harry então se conforma em ficar quieto, e se deixando levar pela pouca luminosidade e pelo cafuné que ela ainda lhe fazia, adormeceu até o fim da aula, quando Hermione o acordou gentilmente. Logo depois seguiram pra biblioteca, onde Hermione pegaria um livro pra fazer seu trabalho da aula de Runas.

Na biblioteca, Hermione se dirige ao fundo, onde se encontravam os livros daquela matéria, alcançando a última estante e começando a olhar os nomes dos livros. Harry ao perceber onde ela o havia levado, sorri maliciosamente e se aproxima por trás dela, a abraçando e beijando-lhe o pescoço.

-Harry! –fala se virando pra ele com o olhar McGonagall –Estamos numa biblioteca, não é lugar pra isso, sem falar que alguém pode aparecer! –Hermione o repreende, mas mantendo o som num sussurro, audível apenas pra ele, que estava com o rosto bem próximo do seu.

-Hermione, quase ninguém faz essa matéria e você é a única “louca” que faz os trabalhos e pesquisas na primeira semana! Sem falar que madame Prince vai dar atenção ao grupo que está lá na frente e provavelmente nem sabe que estamos aqui. –Harry fala com um sorriso maroto.

-Eu sou a moni... –Hermione começa a falar, mas Harry a interrompe capturando seus lábios num beijo cheio de saudades, já que há mais de 12 horas não se beijavam.

Harry deu um passo pra frente, obrigando Hermione a recuar, encostando-a na prateleira. Sua mão livre abraçando a cintura dela e a outra tocando levemente a barriga dela, pra não machucar o pulso da namorada.
Hermione levou sua mão livre à nuca de Harry, retribuindo o beijo com igual intensidade, sabia que não era certo, mas estava ansiosa por aquilo. Assim que as bocas se afastaram, Harry começou a beijar-lhe o rosto e pescoço, pressionando-a contra a estante.

-Não, Harry... pára. –Hermione fala com a voz fraca, os olhos fechados como se buscasse forças pra falar aquilo. –Por favor, Harry. –pede o afastando, usando as duas mãos pra afastá-lo.

-Mione, eu to com saudades! –fala fazendo cara de cachorrinho sem dono.

-Eu também... façamos o seguinte, eu pego meu livro, e vou deixar alguns livros no meu quarto e pegar outros, e então nós aproveitamos pra... por o assunto em dia . Tudo bem? –Hermione propõe meio sem jeito, mas de modo prático.

-Promete? –Harry pergunta desconfiado.

-Prometo. –fala em tom cúmplice e depois dá um selinho rápido nele.

Hermione se vira pra pegar o livro e Harry segura a mão dela, aproveitando as algemas. Ela se vira e sorri docemente pra ele, que retribui o sorriso.

O restante do dia se passa mais tranquilamente, com as algemas mágicas se desfazendo seis horas depois de conjuradas. Pela manhã a agitação de Gina pela aula de DCAT era grande, todas as suas amigas já tinham encontrado seus pares e ela nem imaginava quem seria o seu, apesar de ter uma torcida especial por um corvinal do seu ano.

A professora McGonagall fez o mesmo discurso inicial, mas desta vez chamou a sua mesa, apenas aqueles que ainda não tinham par definido. Enquanto a poção analisava os papéis com os nomes, Gina ergueu a mão e a professora fez um gesto pra que falasse.

-Professora, o que faz esse feitiço que a senhora quer nos ensinar? –Gina pergunta não se agüentando mais de curiosidade.

-Boa pergunta, srta. Weasley. –Gina cora diante do elogio e do sorriso simpático da professora –Pra não deixá-los em grande expectativa, direi apenas que é um feitiço muito útil pra se entrar e sair de lugares sem ser visto, por isso muito eficaz pra fugas, caso sejam aprisionados por comensais.

Algumas mãos se ergueram, mas neste instante, a poção começou a se modificar e os fios azuis saíram do caldeirão, ligando os pulsos de dois corvinais na sala e carregando os demais alunos sem par pros corredores, saindo 4 grifinórios e 6 corvinais.

Gina vai resmungando pelos corredores, sendo puxada apressadamente pras escadas e pros andares de baixo, junto a ela, mais um corvinal e uma grifinória também seguiam o mesmo caminho. Percebeu estar sendo puxada pras masmorras, o que indicava que seu par estava tendo aula de poções.

“O sétimo ano está tendo aula nas masmorras... estranho, meus ex-namorados, Miguel, Dino e Harry já têm par e meu irmão também, eu não falo tanto com as garotas do sétimo ano, nem tenho um grande amigo por lá, a não ser que... não! O Neville não! Se eu ficar com ele, nunca vou aprender esse feitiço.” –Conclui em pensamento, depois de analisar as possibilidades, ficando desesperada com a idéia. – “O Neville não, qualquer um menos ele! O Neville não, por favor, o Neville não...” –repetia em pensamento ao perceber que entrara na sala de poções com os outros dois.

-Vejo que Melissa andou dando outra aula! Sentem-se e fiquem quietos ao lado de suas duplas, pois estamos fazendo uma poção muito complicada. –Slughorn fala gentilmente ao ver os alunos que entravam, identificando de imediato Gina, pra quem acena.

Gina corresponde o aceno, quando sente seu pulso ser ligado a outro, fazendo os puxões pararem. Olha curiosa pro outro lado, mas se arrepende por isso.

-Você não! –Gina e Draco exclamam em uníssono ao se olharem, chamando a atenção do resto da turma e do professor.

-Algum problema? –Slughorn pergunta olhando para os dois.

-É claro que sim! Eu não posso ficar com essa... essa... essa Weasley -fala com cara de nojo, como se estive ligado a alguém doente.

-Eu é que não posso ficar ligada a um filhote de comensal! –Gina fala furiosa, concluindo que aquilo era castigo por não querer ficar com Neville.

-Isso mesmo, minha irmã não pode ficar com esse cara! –Rony se levanta e protesta furioso.

-O rony tem razão, esse cara é perigoso e pode fazer algo a ela! –Harry fala também não gostando daquilo.

-Pois eu é que não quero ficar com essa sujeitinha! –Draco fala com desdém.

-Acalmem-se, por favor! –o professor pede sem saber ao certo como agir.

-Professor, porque não deixa os dois irem falar com a professora McGonagall? Assim ela mesma pode resolver esse inconveniente. –Hermione sugere, fazendo Harry e Rony se sentarem.

-Excelente idéia srta. Granger, os dois, em silêncio, podem ir falar com Melissa, estão dispensados. –Slughorn fala aos dois e volta a olhar os alunos que continuavam a fazer a poção.

-Cuidado! –Gina fala pro sonserino que dá um puxão em seu braço, quase a fazendo cair sobre a mesa.

-Tenho que guardar meu material. –Draco fala simplesmente, pouco ligando pro braço dela. Gina que já percebera o olhar do professor, resolve ficar quieta e tentar acompanhar os movimentos do sonserino.

Os dois saem a passos firmes e rápidos da sala, querendo terminar logo com o “mal-entendido”. Gina, porém, tinha que se esforçar, pois Draco tinha passadas maiores e não parecia ligar pro bem dela, que ia tropeçando nos degraus, e nas curvas, sempre batia nas paredes, a fazendo resmungar e xingar Draco durante o caminho.
Chegaram à porta do escritório da professora de DCAT, onde Draco deu uma batidinha e logo depois entrou, arrastando Gina, que estava ofegante.

-Srta. Weasley, Sr. Malfoy, em que posso ajudá-los? –a professora pergunta simpaticamente, apesar de estranhar o estado de Gina.

-Essa coisa se enganou! –Draco fala impaciente, mostrando os pulsos algemados.

-Exatamente, não podemos cooperar em nada! –Gina fala em tom definitivo. –Não temos nada em comum e nossas famílias se odeiam.

-Sinto muito, mas não há nada que eu possa fazer, vocês não foram os únicos que reclamaram e como disse aos outros, é uma questão que está além do entendimento de duas pessoas. Mas acreditem, se abrirem seus corações e deixarem todo esse rancor e divergências de lado, verão que tem muito mais em comum do que acreditam. –Melissa fala em tom conciliador, mas eles apenas bufam irritados.

-Então não tem mesmo nada que a senhorita possa fazer? –Gina pergunta suplicando com os olhos.

-Sinto muito, mas foi tudo escolhido magicamente, não é possível que haja algum engano. –a professora lamenta, mas deixa claro que não pode fazer nada.

-Certo, obrigada. –Gina fala antes de sair, sendo puxada por Malfoy que resmungava contrariado.

No horário seguinte, os dois seguem pra aula de Draco, que nem cogitou ir à aula dela. Na verdade os dois não se falavam e já tinham desistido de reclamar um com o outro.
Na hora do almoço, porém, houve um desentendimento que fez os dois discutirem até quase a porta do salão principal, parando no hall de entrada.

-Eu já disse que nada do que você tente fazer, vai me obrigar a sentar na mesa da sonserina! –Gina fala estancando e não dando mais nenhum passo.

-Pois eu já disse que com o Potter e seus amiguinhos, eu não me sento! –Draco vocifera, estava cansado da discussão.

-E quer se sentar com quem, já que você não tem amiguinhos ? –Gina fala em tom sarcástico, atingindo Malfoy em cheio, era fato que Draco estava sendo ignorado pelos sonserinos e andava sozinho pelos corredores.

-Tudo bem, Weasley, vamos comer na cozinha! –Draco fala já voltando pras escadas.

-Realmente às vezes você pensa! –Gina fala como se houvesse feito uma grande descoberta.

-Eu não costumo bater em mulheres, mas não significa que eu nunca o vá fazer. –Draco fala num tom frio e ameaçador, ao parar e a olhar severamente, fechando o pulso da mão livre.

-Se encostar em mim, garanto que na sua boca, não sobrará uma presa sequer pra inocular seu veneno. –Gina fala no mesmo tom que ele ao subir um degrau pra que seus olhos pudessem ficar na mesma altura.

Os dois se encaram, sustentando o olhar frio e ameaçador. Os verdes fitavam os azuis, mas também percebiam os traços finos do rosto de Draco, assim como os azuis fitavam os verdes, sem deixar de notar a delicadeza e suavidade do rosto de Gina.

Após alguns segundos de troca de olhares, Draco se vira abruptamente e segue em direção a cozinha. Gina vai logo atrás, mas desta vez os dois andam mais devagar e em silêncio.

Na cozinha, os elfos preparam dois lugares lado a lado numa mesa, pra que ambos sentassem. Serviram-nos com prazer, apesar dos dois não se entenderem, hora um puxando o pulso do outro pra cortar um pedaço de carne, hora tendo o pulso puxado. Numa dessas brigas mudas, Draco puxou o pulso de Gina, que segurava seu copo de suco, o que fez o líquido ser derramado sobre o loiro.

-Olha o que você fez! Estragou minha camisa e me molhou todo! –Draco fala furioso, apesar de ainda não acreditar no que tinha acontecido. Gina, por sua vez, apenas ria da cena.

-Ninguém mandou puxar meu braço com tanta violência, Malfoy! –fala entre risos, os olhos se enchendo de lágrimas.

Draco apenas se levanta irritado, dando um grande puxão no pulso de Gina, que a faz cair da cadeira.

-O que pensa que está fazendo? –pergunta se levantando e sendo arrastada pelo loiro, na direção da porta da cozinha.

-O que você acha, que eu vou fazer? –fala parando e olhando-a irado. –Elfo, venha cá. –fala pra um dos elfos que se encolhiam de medo perto dos armários. O elfo vai rapidamente, mas de olhos baixos. –Vá ao dormitório masculino do sétimo ano da Sonserina, pegue uma muda de roupa e leve pro banheiro dos monitores. –Draco ordena e logo se vira pra porta da cozinha.

-Você está louco, se realmente acha que vou ficar no banheiro enquanto você toma banho! –Gina protesta, tentando ficar parada, mas sendo arrastada.

-Cale-se, antes que eu resolva cobrar a camisa da sua família! E acredite, Weasley, eles teriam que vender aquele barraco onde moram pra comprar outra igual! –Draco vocifera e a joga nos ombros, o que seria menos cansativo que arrastá-la pelos corredores.

Gina vai se debatendo, mas Draco a ignora completamente, entrando no banheiro dos monitores, trancando a porta com um feitiço e a pondo no chão.

-Malfoy, eu não vou ficar aqui enquanto você toma banho! –Gina fala em tom decidido.

-O que foi, Weasley? Está com medo de não segurar a pose e me agarrar? –fala em tom convencido, começando a tirar a roupa, tendo que rasgar as mangas por causa das algemas. –Saiba que você não faz meu tipo... mas eu até que faço caridade às vezes. –Draco fala com um sorriso arrogante, mas mudando pra malicioso, ao reparar melhor na garota.

-Você me dá nojo, seu cretino! –Gina responde não gostando da insinuação, ao que Draco apenas ri.

Sem ligar pros protestos dela, continua a tirar a roupa, dando um puxão no pulso de Gina pra baixar a calça, quase a derrubando no chão.

-Cuidado, seu... –Gina ia mais uma vez reclamar, mas pára ao notar o corpo forte do loiro, que no momento só estava de roupa íntima.

-Pode respirar, Weasley. –Draco fala com um sorrisinho maroto brincando em seus lábios, que a faz lembrar que odiava ele.

-Pois fique você sabendo, que o Harry dá de mil a zero em você! –fala em tom desdenhoso, se virando de costas pra ele, que começava a tirar a última peça de roupa.

-O Potter? –pergunta não gostando da comparação. –Aposto que está falando isso só pra tentar dá o troco. –fala recobrando o tom arrogante, começando a caminhar em direção a banheira, que o elfo já deixara pronta.

-Pense o que quiser, mas eu te aconselho a fazer algumas abdominais. –fala vagamente, mantendo o tom superior.

Draco fingi ignorar, mas aproveita que ela estava de costas pra olhar a barriga, que não era definida, mas não deixava a desejar. Decidindo passar a diminuir as flexões e aumentar um pouco as abdominais, começou a relaxar, tentando esquecer da presença desagradável a seu lado.

Gina por sua vez, se encostou à banheira erguendo as mangas da camisa, já que Draco continuava querendo usar o braço normalmente. Estranhou quando começou a ouvir uma voz grave e afinada, se virando levemente e com cuidado pra ver Draco Malfoy deitado de olhos fechados e cantando uma suave melodia, que apesar de ser em francês lhe parecia muito bonita e agradável.

Durante o restante do tempo, ambos pareceram se suportar mais, ou pelo menos já estar acostumado ao comportamento do outro. Freqüentaram as aulas de Draco e às 16 h ganharam a liberdade definitiva, ao se livrarem das algemas.

No fim da tarde, Hermione entrou na sala comunal e viu Gina deitada num dos sofás, parecia cansada e tinha o olhar vago. Resolveu se aproximar pra perguntar se estava tudo bem.

-Oi, como foi seu dia? Não te vi na hora do almoço. –Hermione pergunta preocupada.

-Resolvemos comer na cozinha, já que nenhum de nós queria sentar na mesa do outro. –fala parecendo exausta, ainda sem olhar pra Hermione.

-Realmente foi uma decisão bem sóbria. –Hermione fala entre risos –Mas porque essa carinha cansada? –fala observando uma marca vermelha no pulso da amiga.

-Porque ele é um idiota e as marcas são porque ele me arrastava por aí e não se cansava de puxar meu pulso. –fala emburrada, percebendo que a amiga olhara seu pulso.

-Mas porque isso? Não me diga que ficaram brigando pra decidir que aulas veriam? –Hermione pergunta incrédula.

-Não, eu não me importei em assistir as aulas de vocês, mas ele andava mais rápido e evitava os corredores cheios, o que fazia o caminho ser sempre maior. Fora a hora do almoço, quando aquele imbecil teimava em usar as duas mãos, claro que quando meu suco foi parar na roupa dele eu adorei. –fala rindo ao lembrar do incidente.

-Eu não acredito! Ele deve ter ficado furioso, aliás, ele não fez nada contra você, não é? –Hermione pergunta passando a procurar por ferimentos feitos por azarações.

-Não, ele não era doido, quer dizer... aquele imbecil me jogou sobre o ombro e me levou até o banheiro dos monitores, pra tomar banho! –Gina fala bufando e cruzando os braços.

-Banho? Mas como? –Hermione pergunta sem entender.

-Ele me levou até lá, tirou a roupa, rasgando as mangas por causa das algemas, e depois entrou na banheira! –fala como se fosse óbvio.

-Mas com você lá? Ele não se importou que o visse... er... você sabe? –Hermione pergunta espantada, aquilo realmente a pegara de surpresa.

-O Malfoy não estava nem aí pra mim, além do mais, se acha o máximo, o gostosão! –Gina fala irônica e revirando os olhos.

-E você não concorda? –Hermione pergunta com um sorriso malicioso.

-Mione! Isso lá é pergunta que se faça? Aliás, deixa o Harry saber disso. –Gina brinca com a amiga, que cora na hora.

-Você não é louca de contar, além do mais, foi só uma brincadeira. –se corrige rapidamente.

-Ok, mas eu não fiquei olhando, apesar de ser inevitável olhar ele sem camisa... aliás, você acredita que ele canta no banho? –Gina fala rindo, quase esquecera daquilo.

-Ta brincando! E pelo menos ele canta bem? –Hermione pergunta rindo.

-Bom, não posso negar que ele seja bem afinado e tenha até um tom bonito de voz, bem grave, mas isso também não quer dizer nada.

-Em resumo, você gostou de ouvi-lo cantar! –Hermione fala rindo e Gina cora tanto que seu rosto se confunde com seus cabelos.

-Isso não tem graça e eu não gostei! –Gina fala jogando uma almofada em Hermione que não se nega a começar uma guerra de almofadas.

A noite, Hermione sai do banheiro já pronta pra dormir, quando se depara com Harry de pijamas, deitado em sua cama e acenando pra ela.

-Como você entrou aqui? –Hermione pergunta olhando de Harry pra porta.

-Oras, Mione, ontem eu vim com você até seu quarto e ouvi a senha. –Harry responde como se fosse óbvio, indo abraçar a namorada.

-Harry, você é louco? Não pode entrar no meu quarto assim! –Hermione o repreende se esquivando, não deixando ele a abraçar.

-Mas Hermione, hoje nós não tivemos tempo nem pra um beijinho, aliás, nossas aulas de vôo parecem ter acabado, não é? –fala aborrecido.

-Não acabaram, é só que hoje eu tive muitas coisas pra fazer, ser monitora-chefe dá trabalho... –ela começa a se justificar, mas ele a interrompe.

-Tem razão, deixa pra lá, aliás, não se preocupe que eu nunca mais venho ao seu quarto. –fala assumindo um tom sério e formal, já se dirigindo a porta. –Ah, esqueça as aulas de vôo, não quero te sobrecarregar, se você não tem tempo pra ter um namorado, eu não vou impor minha inconveniente presença, com licença! –fala quase que friamente, já abrindo a porta pra sair.

-Harry, não! –Hermione fala rapidamente, após ficar pasmada com o que ouvira. –Espera, vem aqui. –pede fechando a porta e o puxando pela mão até sua cama.

-Hermione, eu estou cansado de sempre estar atrás de você, é como se só eu quisesse essa relação. –Harry fala seriamente, a olhando nos olhos.

-Desculpa, eu sei que não estou sendo a melhor das namoradas, mas é que essa é a primeira semana e eu estou recebendo muitas tarefas, mas eu prometo que vou encontrar mais tempo pra gente. –fala levando uma das mãos aos cabelos dele, fazendo uma suave carícia.

-Você quer mesmo isso? Quer dizer, você acha que está valendo a pena, se envolver comigo? –pergunta inseguro, olhando-a em expectativa.

Hermione apenas sorri, achando aquela pergunta muito boba. Levando uma das mãos ao rosto dele e seus lábios aos lábios do namorado, dá a melhor resposta que poderia, beijando-o com paixão e se sentando no colo dele de modo a aprofundar o beijo. Tiraria todas aquelas dúvidas de uma só vez.

Gina estava de camisola nos jardins de Hogwarts. Uma brisa gélida a fazia se encolher, estava na orla da floresta proibida e já ia voltar correndo pro castelo quente e acolhedor, quando uma melodia suave alcançou seus ouvidos. Era uma voz grave, mas tão doce que parecia vir de um anjo.
Penetrou na floresta atrás do dono da voz, era quase tão irresistível quanto o canto de uma sereia. Conforme a voz ia se aproximando, a floresta ia ficando mais escura e densa. Não ouvia os sons de animais o que lhe dava mais vontade de chegar ao dono da voz, queria conhecer quem conseguia acalmar as feras da floresta com seu canto.
Sentiu algo passar perto de si e parou. Olhou pros lados e viu folhas se movendo, de repente a voz ficou mais próxima e quando ia voltar a andar, algo prendeu sua cintura, ia tentar se soltar, mas notou que era a calda de algum animal e tentou gritar, mas isso só vez surgir a cabeça de uma gigantesca cobra da mata escura.
Era uma serpente de pele verde escura e olhos estranhamente azuis claros. Voltou a gritar por socorro, se debatia querendo sair dali. Mas a serpente se enroscava ainda mais nela, apertando cada vez mais seu corpo.
-Não tente fugir, Weasley, você é minha! –ouviu a voz sibilante de Draco Malfoy sair da boca da serpente.

Gina acordou assustada, suava bastante e as cenas do pesadelo ainda lhe eram bem vivas.

“Ele não vai me pegar, eu não vou deixar... o que eu estou falando? Foi só um pesadelo, aquele cretino me encheu tanto que tive um pesadelo, só isso.” –pensou voltando a se acalmar, recobrando o ritmo normal da respiração e conjurando um copo de água, antes de tentar voltar a dormir.

N/A: Oi, como podem ver atualizei mais rápido rsrsrsrs.

N/A²: No próximo cap o tão aguardado feitço!

N/A³: Próximas fic's a serem atualizadas Harmonia e O sucessor.

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