Por Você!



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1.05 - Por Você!



Harry acordou muito bem na manha seguinte á sua festa. A noite anterior fora provavelmente a melhor de sua vida, ficar com Hermione tinha sido maravilhoso, a melhor coisa que já havia feito.

Ele ficou uma meia hora deitado na cama se lembrando do momento maravilhoso que vivera com a amiga, na verdade, estava muito ansioso pra conversar com ela, sem saber se podia chamá-la só de amiga. No instante seguinte se preocupava com essa conversa, apesar de tudo ainda tinha Voldemort, que atrapalhava seus planos de se declarar para morena.

Decido a esclarecer aquela situação, totalmente, levantou-se e desceu à sala.

Já na sala, suspeitou que todos estivessem dormindo ainda, pois a mesma estava vazia. Foi à cozinha procurar por alguém, mas lá também não tinha ninguém. Voltou à sala, agora com uma morena deitada confortavelmente no sofá. Ele se aproximou lentamente por traz do sofá, mas perdeu a coragem e a determinação que tinha algum tempo atrás.

– Você não acha que precisamos conversar? – perguntou ela sem se virar, assustando-o.

– Er... Acho que sim, né? – respondeu sorrindo debilmente e coçando a cabeça.

A garota finalmente se pôs de pé e olhou-o. Ele se aproximou olhando-a nos olhos sem dizer nada.

– Por que fizemos aquilo? – perguntou carinhosamente sem desviar os olhos dela.

– Da minha parte, porque eu quis – disse calma, ruborizando.

– Quis? – perguntou incrédulo abrindo um sorriso tonto.

– Quis sim, sabe, bem... Eu gosto muito de você Harry, de uma maneira que nunca imaginei gostar de ninguém. Isso tem sido uma tortura, querer te tocar e ter medo, querer te beijar e ter medo, pensar em você vinte e quatro horas por dia e me culpar. É simplesmente horrível.

– Eu, não sei o que dizer – disse confuso, não esperava que o que sentia fosse recíproco, mas era a única coisa que explicava o comportamento dela na noite passada.

A expressão de Hermione mudou completamente, antes parecia indestrutível, forte, agora fraca, frágil.

– Desculpe. – disse com lagrimas surgindo nos olhos – Eu devia é ter ficado quieta, sei que sua amizade já é muito pra mim.

A garota passou por ele e foi em direção as escadas.

Ele perguntou a si mesmo se a deixaria ir, mas não podia, finalmente sabia que era correspondido, que o que ele sentia, ela sentia também. Não a deixaria fugir justo naquele momento.

Ele foi até ela e segurou seu braço, fazendo-a virar-se e novamente encará-lo.

– Hei, Eu disse que não sabia o que dizer, mas não disse que quero ser somente seu amigo – respondeu enxugando as lagrimas da garota.

– Você...

– Eu me sinto do mesmo jeito que você – disse sorrindo – ou você acha que sairia te beijando só por diversão?

– Não sei, mas, é bom saber disso – respondeu ela abrindo um pequeno sorriso.

– Acho que nós não somos bons com palavras, né? – brincou segurando-lhe o rosto.

– É...

– Então porque não tentamos de outro jeito? – perguntou alargando o sorriso

– Que outro jeito?

– Do jeito que nós somos bons.

Antes que ela pudesse dizer alguma coisa ele se aproximou e tocou de leve seus lábios. Ele apenas esperou a reação da garota que o abraçou pelo pescoço dando permissão ao moreno para aprofundar o beijo.

Harry aprofundou o beijo e enlaçou-a pela cintura, a trazendo para mais perto de si. Ele não queria nada mais que aquilo, só precisava ficar ali, beijando-a. Eles ficariam ali para sempre, saboreando aquele beijo, sem precisar comer ou beber, sem precisar nem ao menos respirar, precisavam apenas um do outro.

Hermione deslizou as mãos até o peito do rapaz e empurrou-o, parando o beijo.

– Bem, acho que mesmo sendo bons, precisamos conversar – disse incerta.

– Eu não acho que tenhamos que conversar. – disse sorrindo.

– Não? Como não?

– Eu só preciso fazer uma pergunta e você me responder “sim” – disse galante.

A garota espantou-se ao perceber o que ele queria dizer, mas ele não podia perguntar agora, não correndo o risco de odiá-la no dia seguinte, de acusá-la de ter mentido. Ela tinha que adiar isso, só assim poderia dizer sim sem sentir-se mentirosa. Caso contrario, se fosse realmente ali, naquele momento, teria que responder não.

– Posso pedir um favor? – perguntou receosa.

– Você pode pedir tudo – respondeu gentil antes de beijá-la novamente.

– Me faz essa pergunta amanhã – pediu tímida.

– Como? – perguntou achando não ter ouvido direito.

– Me pergunte o que quiser, só que amanhã a noite.

– Mas... Eu achei que, que você quisesse e...

– Não ache nada antes da minha resposta – interrompeu-o.

– Eu realmente não entendo o porquê disso tudo Hermione – declarou confuso.

– Por favor. – disse acariciando-lhe o rosto – Deixa pra amanha a noite, depois do julgamento do Sirius.

– Se você me der um último beijo até lá... – disse sorrindo – sem problemas.

Hermione sorriu timidamente e beijou-o com carinho. O beijo duraria muito tempo se eles não tivessem ouvido um barulho na escada.

– Eu...

– Amanhã a noite – interrompeu-o

– Mas...

– Harry? Mione? – disse Gina na escada, sonolenta – O que fazem aqui?

– Nada – responderam em uníssono.

– Pra que vocês precisam ficar abraçados pra fazer “nada”? – perguntou divertida.

Hermione se deu conta que ainda estava enlaçada pelos braços do rapaz, se desvencilhou dele muito vermelha.

– Eu, anh, bem... Vim beber água e... – ela pensava em uma desculpa, mas sabia que as probabilidades de enganar Gina eram pequenas, então decidiu apenas terminar com aquela situação constrangedora – A, bem... Deixa pra lá, vou... Subir, isso, vou subir.

Passou por Gina e subiu pro quarto, seguida pela ruiva.

Hermione chegou ao quarto com a ruiva em seu encalço. Ela se jogou na cama sem dizer nada enquanto Luna, que acabava de acordar, as observava confusa e Gina trancava a porta.

– E ai? – perguntou Gina animada.

– E ai nada.

– Como assim nada?

– Hei – interrompeu Luna – Posso saber do que vocês estão falando?

– Encontrei a Hermione agarrada com o Harry – explicou resumidamente – precisa dizer mais alguma coisa?

– Não – disse Luna sorrindo – Mas conta pra gente, como foi?

– Já disse, não foi – respondeu a morena irritada.

– Como não foi? Eu vi vocês abraçadinhos. – acusou a ruiva divertida.

– A gente só se beijou e ficamos numa situação um tanto quanto estranha, mas eu pedi pra conversarmos sobre isso só amanhã.

– Por quê? – perguntou Luna.

– Luna você sabe, e se eu me acertar com ele e depois ele ficar com raiva de mim.

– Mas ele tem que adorar.

– Mas eu não sei se vai, afinal, eu estou mentindo – lamentou-se.

– Ele vai te agradecer todos os dias da vida dele Mi – encorajou Gina.

– Seria bom, você não sabe como foi difícil aceitar isso, vai ser horrível e eu to fazendo isso por ele.

– O Rony já acordou Mione? – perguntou Luna subitamente.

– Não, por quê?

– Tem certeza? – perguntou novamente desprezando a pergunta da morena.

– Claro, é cedo demais pro Rony já ter acordado – disse Gina divertida.

– Posso saber o que vocês sabem que eu não sei? – reclamou Hermione.

– A Luna e meu irmão tão se engraçando.

– Estão namorando? – perguntou Hermione sorridente.

– Não, é coisa da Gina – exclamou Luna.

– É nada, a Luna fica dando umas cantadas no Rony o tempo inteiro – defende-se Gina – até porque, meu irmão é tapado demais pra perceber que a Luna ta caidinha por ele.

– Vai fundo Luna – disse Hermione desanimada – No seu caso não tem contra-indicações como no meu.

– É, eu sou a encalhada daqui – disse Gina assumindo o mesmo tom de Hermione.

– Vamos descer gente? – disse Luna querendo mudar de assunto.

– Vamos – concordaram as outras duas.

Elas desceram e encontraram Harry e o Sr. Weasley conversando, mas apenas continuaram seguindo para a cozinha.

– O que aconteceu? – perguntou o Sr. Weasley notando o comportamento estranho das garotas e uma estranha troca de olhares de Harry e Hermione.

– Não sei – disse voltando a atenção à conversa.

– O Rony já acordou Harry?

– Não Sr. Weasley, mas eu vou subir – disse levantando-se – quer que eu o chame?

– Quero, por favor.

– Ta – disse antes de subir e sumir no topo da escada.

O garoto foi até o quarto e encontrou Rony acordado, olhando para o teto. Harry estranhou a atitude de Rony, não que olhar pro teto fosse um pecado ou algo assim, mas não era normal Ronald Weasley refletir sobre a vida olhando pro teto.

– O que foi? – perguntou olhando o moreno parado na porta.

– Nada, só me perguntava o que você faz deitado olhando pro teto – respondeu seco.

– Posso saber o porquê do mau humor?

– Só porque descobri que a garota que eu gosto também gosta de mim, fico radiante, e no instante seguinte lembro que sou perseguido por um bruxo das trevas que a mataria só por diversão – disse como se narrasse um drama.

– A Mione gosta de você? – perguntou incrédulo sentando-se na cama.

– Segundo ela...

– Então ela é louca por você – brincou – Porque pra Hermione Granger admitir que esta apaixonada, ela deve ser dependente de você.

– Caso não tenha notado, a expressão no meu rosto não indica felicidade – disse desabando na cama.

– Deveria, mas me diz uma coisa, você não vai falar com ela, porque se ela admitiu então você tem que ficar com ela logo – disse animado, mas resolveu mudar a ‘tática’ ao ver o desanimo do amigo – Olha Harry, logo estaremos em Hogwarts, mas precisamente depois de amanhã, daí você-sabe-quem não vai poder fazer nada a ela, aliás, aqui mesmo ele não pode.

– Você acha?

– Acho, até porque, vocês podem namorar em segredo.

– Eu não posso colocá-la em perigo.

– Isso, cabe a ela decidir e não a você – disse com as sobrancelhas erguidas, encarando Harry.

– Bom – suspirou se levantando – Vamos ver amanhã a noite o que dá.

– Por que amanhã a noite? – perguntou o ruivo.

– Porque ela quis, e não me pergunte o porquê disso.

– Estranho, mas típico dela – zombou.

– Seu pai ta querendo falar com você – informou o garoto indo à porta.

– Ta, vou me trocar e já desço.

Harry desceu novamente e sentou-se no mesmo sofá, agora a sala estava vazia novamente. Era incrível como ele conseguia mudar de estado tantas vezes no mesmo dia, primeiro constrangido, depois feliz, e por último, desanimado, de forma que ele definiria como “no fundo do poço”. O garoto agora já não pensava mais diretamente em Hermione, agora ele refletia sobre como Voldemort tinha a capacidade de estragar sua vida até de longe.

Porque aquela maldita profecia tinha que existir? Porque ele podia matar Voldemort? Isso não era justo, não era certo na sua concepção. Nem ao menos relaxar ele podia, nem esquecer, ele inclusive se perguntava como queria esquecer que era o alvo principal do maior bruxo das trevas que existia. O pior de tudo era que ele sabia que o bruxo planejava algo, primeiro por querer aquele estranho livro e segundo era aquele estranho interesse em Hermione.

Harry estava entre seus pensamentos, duvidas pairavam sobre sua cabeça, elas pesavam demais pra ele, pesavam demais pra um garoto de 16 anos.

O garoto mergulhou no seu lado escuro, aquele lado que sempre o assombrava, em que caíra uma vez no seu pior momento, o lado que o afrontava e ameaçava. Da ultima vez que correra o risco de morrer afogado ali fora salvo por Hermione e parecia que agora a vida queria lhe provar o quanto ela era importante, pois, novamente, foi ela que apareceu pra pegá-lo pela mão e ergue-lo, impedindo-o de se afogar naquele mar negro.

Levantou-se sentindo uma mão da garota tocar a sua e puxá-lo para a cozinha, sem dizer nada, com apenas um toque, ela mostrou a ele o quanto era especial, um tipo de garota diferente das outras, que era linda, por fora, por dentro, linda em simplesmente todas as extremidades.

O dia seguiu normal, Hermione não deixou que o constrangimento caísse sobre eles e que eles não conseguissem se olhar sem ficarem vermelhos, o tratava como se nada tivesse acontecido e isso o deixou muito aliviado.



Acordou no dia seguinte e rapidamente se preparou para ir ao ministério. Era finalmente o dia em que decidiriam se Sirius poderia ser lembrado como herói ou se sua morte poderia ser considerada o fim de um assassino. Harry sabia que o padrinho era herói, mas queria que a comunidade bruxa soubesse disso, queria ver a cara de todos que o chamaram de mentiroso, queria que todo o mundo bruxo tivesse na consciência a injustiça que fizeram, queria ver o maldito espírito sensacionalista de Rita Skeeter no chão.

Sob essa vontade de vingança, o garoto desceu procurando por algum membro da ordem e por Hermione, que prometera acompanhá-lo.

– Cadê a Hermione? – perguntou avistando Lupin, Tonks, Moody e Dumbledore na salinha.

– Não sei, a Srta. Lovegood e a Srta. Weasley também sumiram, imagino que estejam juntas – disse Dumbledore formal – Mas é melhor irmos logo, vamos usar como chave de portal este chapéu trouxa que a Srta. Granger nos emprestou, geralmente é proibido ir ao ministério de chave de portal, mas conseguimos permissão para chegarmos à sala do Arthur. Em seguida vamos até a sala da audiência. Vamos, toque aqui Harry – terminou indicando um boné rosa claro.

O garoto pensou que o armário de Hermione deveria realmente estar, ligeiramente, mudado, nunca vira a garota de boné.

– Ta vamos – disse olhando pra trás esperando que Hermione pudesse chegar, no fundo estava magoado com a amiga.

Ele foi em direção e chave e a tocou, teve por segundos aquelas sensação ruim já conhecida.

No segundo seguinte estava na sala do pai de Rony.

– Pontuais como sempre – brincou o Sr. Weasley levantando-se da mesa e indo em direção a eles.

– Podemos ir, Arthur? – perguntou Tonks sorrindo brincalhona como sempre.

– Claro, vamos – disse saindo do escritório acompanhado dos outros.

Harry os seguia logo atrás, apenas ouvindo a conversa.

Eles foram ao andar em que ficava a sala da audiência. Harry sabia o longo caminho que teria que percorrer, já passara por ali antes, já vira antes aquelas paredes frias e úmidas, aqueles corredores escuros e silenciosos.

O garoto percorreu calmamente até chegarem a uma porta preta em estado deplorável.

– Prometa Harry que você não presenciou nada aqui, essa porta não existe, ok? – disse Lupin, calmamente, enquanto Dumbledore e os outros já adentravam a sala.

– Ta.

Harry entrou na sala empurrado por Lupin. O garoto simplesmente não acreditou no que viu, a mesma mulher de cabelos negros e olhos castanhos esverdeados que vira no beco diagonal, trabalhando a favor de Voldemort agora estava bem na sua frente, parada, olhando-o atentamente.

O garoto mais que rápido puxou Dumbledore para um canto da sala enquanto todos os outros, inclusive a mulher, conversavam sobre a audiência.

– Professor, aquela mulher, ela, ela... – murmurou ansioso antes de ser interrompido.

– Ela foi a pessoa que você viu no beco diagonal – completou o diretor.

– Mas, então, porque ela está aqui? Ela é uma comensal – disse tentando manter o tom de voz baixo.

– Não Harry, ela é uma inominável, chama-se Allison Sulliver, está fingindo lealdade a Voldemort – explicou resumidamente – É o único jeito de ficarmos a par de cada passo que ele der.

– Como sabe que ela não esta fingindo?

– Ela trabalha no ministério á 20 anos e é membro da ordem Harry, não há ninguém tão confiável aqui quanto ela.

– Bom, e ela sabe o que era aquele livro? Sabe se Malfoy conseguiu fugir? Sabe se Voldemort esta atrás da Mione?

– Calma – pediu sorrindo calmo, uma calma que Harry julgaria irritante – Não, ela não sabe qual é o livro já que ele estava encantado para não mostrar nome ou escritas, Sim, todos sabemos que Malfoy não conseguiu fugir e por último sim, Voldemort está interessado em Hermione, apesar de não sabermos o porque.

A ultima frase destruiu o rapaz por completo. Ele sabia que Hermione era, curiosamente , o principal alvo de Voldemort, mas queria acreditar que era um engano, a sua ultima esperança de estar errado agora estava em pedaços e sua decisão tomada, não poderia ficar com Hermione .

– A Mione sabe disso? – perguntou cabisbaixo.

– Depois você terá chances de perguntar isso a ela pessoalmente, ela te explicará muita coisa – terminou voltando a mesa da mulher.

Harry ficou alguns minutos parado naquele canto, colocando a cabeça em ordem, arrumando cada pensamentos em seu devido lugar, o que não durou muito tempo, Dumbledore voltou em minutos e chamou-o, agora não teria mais ‘paradas’, iriam finalmente à sala da audiência.

O garoto mais uma vez seguia por aquele corredor úmido e pouco iluminado, agora com mais um membro na ‘comissãozinha’. Ele tinha suas duvidas sobre a mulher, não sabia se podia cofiar totalmente nela.

Logo ele se viu dentro de uma enorme sala com muitos bruxos, presumiu que estivessem atrasados devido ao fato de terem um número contado se lugares vazios.

– Bom, que se inicie a audiência – bradou uma voz grave do outro lado da sala – A promotoria de acusação de Sirius Black será feita por Ashley Clover e a defesa por Brend Calle – nesse momento duas pessoas se levantaram e foram até a frente da sala, uma loira baixa e um homem alto de cabelos castanhos claro – A promotoria poderá iniciar com seus argumentos e testemunhas e em seguida a defesa argumentara e trará suas testemunhas, teremos um breve intervalo de 5 minutos e voltaremos para a decisão do júri.

A mulher loira recebeu um aceno positivo do homem que falava, lançou um sorriso vitorioso ao júri.

– A promotoria só tem a lembrar a história do massacre causado por Black, acredito que todos que presenciaram o fato ocorrido a 15 anos atrás possam ser testemunhas, possam dizer o terror que este homem causou, vários papeis com testemunhos já foram entregues ao júri, portanto acredito que nada seria capaz de convencer, que Sirius Black foi um assassino cruel que realmente não merecia viver – dizendo isso foi em direção a cadeira ao lado do homem e sorriu para o mesmo – passo a palavra a defesa.

– O que? Só isso? – murmurou Harry a Tonks sentada ao seu lado.

– Acredite Harry, essa mulher não precisa argumentar, ela possui uma técnica de reunir provas e acusações antes da audiência – disse desanimada – Ela confunde a testemunha de defesa e a força a acusar a quem está defendendo. Sempre ganha as causas.

– Que ótimo, então as chances do Sirius ser inocentado já foram.

– Tudo depende da testemunha de defesa.

O garoto deu um sorrisinho irônico e voltou a atenção ao homem, que agora andava calmo pela sala.

– Este é um caso extremamente complicado já que a historia do réu se perdeu e nem o mesmo pode dar a sua versão.

– A história de Black está clara Calle – interrompeu a moça com aquele sorriso arrogante no rosto.

– Gostaria de não ser interrompido Clover – disse no mesmo tom, antes de continuar a falar – Como estava dizendo, devido ao fato desta história estar perdida no tempo, eu também não tenho argumentos que possam convencer o júri a inocentar o Sr. Black.

– É assim que ele quer inocentar o Sirius? – sussurrou irritado.

Tonks apenas o olhou com um sorriso no canto dos lábios.

– Porém, o próprio tempo nos trouxe a versão verdadeira e polemica história de Sirius Black de volta, mas precisamente no ano em que o réu fugiu de Azkaban.

Todos o olharam intrigados, inclusive alguns do júri.

– É por isso, que para defender a honra de Sirius Black eu só trago uma testemunha – ao dizer isso dois aurores abriram a grande porta por onde Harry entrara, e uma linda morena de cabelos e olhos castanhos adentrou a sala calmamente – Hermione Granger .

Harry espantado viu Hermione caminhar até a cadeira de testemunhas calmamente, andava serena e, apesar de causar grande espanto e comentários das pessoas, ela não perdeu a pose. O moreno estava entendendo agora porque ela o despistou quando pediu para ser acompanhado até a audiência, só não entendia porque ela não havia lhe contado a verdade, mas mesmo assim, sentiu-se feliz por saber que a amiga iria ajudar a salvar a memória de Sirius.

– Srta Granger – disse Brend calmo ao vê-la sentar-se – É verdade que a Srta , quando, com 13 anos teve um contado maior com Sirius Black, e que, quando ele quase foi pego em Hogwarts, fugindo logo depois você presenciou o ocorrido? Poderia nos explicar o que realmente ouve?

– Sim, eu estava na noite em que Sirius apareceu, todos achávamos que ele estava atrás de Harry, e realmente acreditamos que ele era um assassino, no entanto, Sirius Black estava atrás de Pedro Pettigrew – ao dizer isso novamente uma onde de comentários atravessou a sala – Ele é um animago ilegal, o verdadeiro servo de Voldemort naquele ano, era o rato de estimação de um amigo, custei a acreditar na historia, mas vi o rato se transformar em Pedro e Pedro se transformar em rato.

– Qual a historia que Sirius preservou daquele ataque através de você Srta?

– Sirius não contou o segredo dos Potter a Voldemort – a pronuncia calma deste nome assustou a alguns bruxos que assistiam a audiência – Pettigrew o fez, Sirius na tentativa de salvar seus amigos lutou contra Pedro, mas numa atitude covarde, o mesmo cortou o próprio dedos e na forma animaga fugiu pelo esgoto.

– Como podem ver – disse ao júri – Sirius Black sofreu por doze anos na prisão de Azkaban, por uma injustiça do ministro da magia, e como desculpas a lembrança do mesmo, devemos, no mínimo, limpar seu nome.

– Não há provas de que essa história seja verdadeira – precipitou-se Ashley – Só uma garota de 16 anos.

Calle fez menção de dizer algo, mas Hermione foi mais rápida.

– A garota de 16 anos viu Sirius Black morrer lutando contra comensais no ano passado Sra. Clover, ano que a verdade sobre Voldemort foi escondida de forma suja pelo Profeta Diário sob influencia do ministro da magia – disse firme – a garota de 16 anos também foi uma das últimas pessoas a falar com Sirius, a garota de 16 anos é uma das únicas pessoas que sabe a verdadeira historia de Voldemort nesses últimos 6 anos, ao contrario da Sra que esta fazendo acusações contra Sirius sem saber sua verdadeira historia, e fez agora mesmo uma contra minha honestidade sem nem saber ao certo quem eu sou – completou vendo a cara de Ashley no chão.

– Isso não vai dar certo – murmurou Harry – Ela não devia enfrentar assim.

– Acredite, ela vai dar um jeito – disse Tonks – Porque acha que chamamos só ela, por que Dumbledore acha o suficiente.

O garoto apenas se virou para observar se Ashley faria alguma coisa.

– Prosseguindo eu gostaria que a Srta nos dissesse o que acha de Sirius Black, o temperamento, a personalidade – disse Calle calmo.

– Sirius era uma pessoa de temperamento forte, ele era determinado, corajoso, e principalmente teimoso – disse arrancando algumas risadas das pessoas na sala e uma cara de raiva de Ashley – Mas era uma pessoa muito controlada também, sabia ficar calmo nas horas certas, sabia as horas de fazer brincadeiras e as horas de agir seriamente. Era enfim uma ótima pessoa, sabia animar alguém quando este estava deprimido, sabia encorajar quando tinham medo.

– Será que o caráter de Black era realmente tudo isso Srta Granger? – questionou Ashley soando irônica.

– Sabe Sra. Clover, o caráter de Sirius Black era realmente muito melhor do que o caráter de alguns aqui presentes – respondeu num tom igualmente irônico.

– Não sei se os júris concordam comigo, mas acho que a Srta. Granger está sendo muito agressiva – retrucou fazendo-se de vítima.

– Ela está apenas respondendo sua pergunta Sra Clover – disse um dos júris após uma troca de olhares e acenos positivos com a cabeça.

A mulher antes calma e otimista, agora procurava desesperadamente um meio de passar a perna na morena.

– A Srta não acha que Black poderia ter mentido? – perguntou tentando manter-se calma.

– A menos que Pettigrew quisesse loucamente ir para Azkaban, ele não iria admitir da maneira que admitiu a história que Sirius contou – disse com um sorriso no rosto.

– Acho que já basta – manifestou-se um dos júris – Dentro de alguns minutos traremos a decisão.

Os júris se levantaram e saíram por uma outra porta pequena na outra extremidade da sala.

Hermione se levantou e foi em direção a Dumbledore.

– E então professor? – perguntou insegura.

– Excelente – disse apenas, colocando um sorriso feliz no rosto da garota.

– Mione? – chamou a voz de Harry.

A garota se virou e viu Harry vindo em sua direção, a pessoa que mais temera nos últimos dias estava logo a sua frente. Agora não tinha como fugir, teria que encará-lo.

– Oi Harry – disse acenando timidamente com a mão.

– Obrigado – disse abraçando a amiga – Obrigado mesmo.

– Ta, você não ta bravo comigo?

– Bravo? Você deu uma ajuda enorme nessa audiência, e ainda calou a boca daquela nojenta da Ashley Clover.

– Acredite, eu tive muito prazer.

– Imagino. – disse sorrindo – Mas me diz uma coisa, foi por isso que você não me contou que viria aqui?

– Não, o professor Dumbledore achou melhor você não saber, por causa do seu... Temperamento.

– E você sabia daquela mulher que vimos no beco? Sabia que era uma inominável, e da ordem?

– Fiquei sabendo por esses dias, mas, deixa pra lá.

– Fala – o garoto insistiu.

– Achei meio estranho, sei lá, suspeito, mas como já disse, esquece.

– Ok. Você fica pra ver o resultado?

– Claro – confirmou sorrindo – E depois vamos pra casa conversar, né?

– É – disse vagamente.

– Vamos sentar? – ela perguntou vendo a porta pela qual o júri tinha saído se abrir novamente.

– Claro – disse sentando-se.

A garota sentou-se ao lado de Harry e ficou observando o júri entrar e se postar de pé no meio da sala.

– Após o testemunho de defesa da Srta. Hermione Jane Granger, a argumentação de acusação de Ashley Clover e a defesa de Brend Calle, ficou decidido pelos júris de causas graves do ministério da magia que o réu já falecido Sirius Black, acusado de assassinato de trouxas e de ser um comensal da morte de você-sabe-quem é considerado, sob a testemunha de todos aqui presentes, inocente – anunciou.

No mesmo instante muito bruxos ali fecharam a cara para o júri e saíram comentando desaforos, já um pequeno grupo de pessoas levantaram-se com largos sorrisos e foram cumprimentar o homem que defendera Sirius e em seguida saíram da sala em direção a sala do Sr. Weasley.

– Não sei como te agradecer – disse Harry calmo andando ao lado de Hermione mais atrás dos outros – você não tem noção de como isso era importante pra mim.

– Tenho sim. – disse sem conseguir esconder a empolgação – Tanto sei que vim aqui ajudar o Sirius, justamente porque sabia que era importante, foi, por você Harry, só por você.

– Porque não me contou antes, sobre tudo que sabia, e sobre testemunhar? – perguntou sem olhá-la.

– Sobre a mulher porque Dumbledore disse que você saberia na hora certa, já sobre eu testemunhar, basicamente porque não quis, tenho certeza que você pediria para vir também, para chamar o Rony, sendo que isso só prejudicaria, lembra que você é afilhado dele? Então, e o Rony poderia não saber como driblar aquela mulher nojenta.

– Tem razão – completou sorrindo tímido.

A garota pegou sua mão e seguiu apresada até onde os outros estavam. Passaram pela sala de Allison, onde a mesma ficou e depois seguiram até a sala do Sr. Weasley.

– Bom, como todos temos trabalho e afazeres vocês vão pela chave de portal e podem contar a todos que a partir de agora Sirius Black foi um herói e morreu lutando ao lado da Ordem da Fênix – disse Lupin esbanjando felicidade.

– Ta – disse Hermione simplesmente.

– O que usaremos com chave de portal professor? – perguntou Harry calmo.

O professor apenas sorriu para o Sr. Weasley, este abriu uma gaveta de onde retirou o mesmo boné cor de rosa por onde haviam chegado entregou a Hermione.

– É melhor ser rápido, 5, 4, 3 – Harry agora rapidamente colocou a mão sobre o boné – 2, 1, Tchau.


















No segundo seguinte sentiram seus pés saído do chão e tudo começar a rodar rapidamente, durante alguns segundo sentiram aquela sensação horrível a qual já estavam habituados. Segundos depois estavam na Mansão Black.

– Bom, onde acha que todo mundo foi? – perguntou Hermione colocando o boné na cabeça e colocando um rabo de cavalos saindo atrás do boné.

– Ah, não, eles não podem ter saído, estão proibidos – disse querendo não ter que ficar sozinho com Hermione, estava com medo da reação da garota – devem estar lá em cima, vamos lá.

– Hei espera, e a nossa conversa? – perguntou estranhando a atitude do amigo.

– Er... Eu, não posso, quer dizer, pensei bem e acho que é melhor a gente esquecer tudo.

– O QUE? – perguntou quase gritando.

– Esquecer...

– Harry, como a gente vai esquecer tudo aquilo? Como quer que eu esqueça o que você me disse? – perguntou incrédula.

– Você iria correr perigo ao meu lado Hermione, ia ser o alvo principal de Voldemort – tentou explicar desesperado.

– E você não acha que essa decisão cabe a mim? – perguntou calma.

– Desculpa Mione, mas eu não posso te envolver mais ainda nisso tudo – disse subindo a escada.

– Se fugir assim, juro que nunca mais te olho na cara – disse tentando se acalmar.

– Mas, eu...

– Você nada, cabe a mim mesma decidir se quero correr esse risco ou não – interrompeu.

– Por favor, não vamos ficar assim, vamos fazer tudo do jeito mais fácil – disse ainda na metade da escada.

– É isso que você vai fazer depois de tudo que você me disse? – perguntou com a voz embargada.

– Desculpe – pediu continuando a subir.

– Harry Potter, se você subir mais um degrau que seja, se prepare para nunca mais me olhar na cara – disse determinada.

– Mione – disse descendo rapidamente – Você por acaso quer ser o principal alvo do bruxo negro mais perigoso do mundo? – perguntou em tom trágico.

– Eu acho que já sou, depois daquele ataque, você não acha? – disse já frente a frente ao garoto – Até porque, por que você diz isso?

– Por causa da profecia.

– Harry ela se quebrou – disse levantando as sobrancelhas.

– Mas Dumbledore sabia o que ela dizia – completou baixo – Dizia que tenho destinos alternativos, ou morrer nas mãos de Voldemort, ou matá-lo pessoalmente.

– O... O que? Mas... – tentava dizer algo atônita, a noticia caia como algo muito pesado sobre seus ombros.

– Isso que você ouviu, eu só posso morrer pelas mãos dele e ele só pode morrer se eu o matar – repetir irritado.

– Eu... Eu não sabia. Porque você não me contou?

– Por que não estava pronto.

A garota virou-se confusa, mas graças a um raciocínio rápido virou-se novamente para o rapaz.

– Vai dar tudo certo Harry, a gente vai dar um jeito, eu... Eu prometo que, que vou dar um jeito nisso – disse agitada, gesticulando com as mãos, nervosa.

– Esquece isso, não tem jeito – disse dando um tom irônico a palavra.

– Escuta aqui – disse apertando-lhe os braços com força – Eu PRO-ME-TO – disse assumindo um tom desesperado.

O garoto se desvencilhou dos braços de Hermione e balançou a cabeça negativamente, desanimado. Voltou a encará-la sério, enquanto a garota deixava lagrimas escorrer desesperadamente pelo rosto, cabisbaixa.

– Viu? Eu disse, agora me responda, agora que sabe disso, você quer ser o alvo principal do bruxo das trevas mais perigoso do mundo?

– Se for pra estar ao seu lado Harry, se for pra ser mais que sua amiga, se for pra ser especial pra você, se for pra te amar, na prática. – ela levantou a cabeça e enxugou as lagrimas – Eu quero, sem dúvida eu quero, e não tente me impedir por que essa decisão é minha, eu quero correr todos os riscos de vida possíveis pra estar ao seu lado, pra te amar.

O garoto a olhou surpreso, mas feliz. Não imaginava que ela aceitaria, sabia que a garota a sua frente era forte, corajosa, mas não imaginou que aceitaria.

Não perdeu tempo, beijou-a com urgência, era necessário sentir aquilo, era preciso. Sentia-se aliviado por saber que não teria que olhá-la todos os dias e serem apenas “amiguinhos”, seriam mais do que amigos, e se ela estava disposta e enfrentar tudo ao lado dele, ele é que não recusaria.

– Espera – disse se afastando da morena – Escuta, acho que agora não dá pra gente ser só amigos.

– Ta me pedindo em namoro? – perguntou sorrindo.

– Era a intenção, você... Hum... Você quer namorar comigo? – perguntou vermelho, tropeçando nas palavras.

– Sem duvida, sim – sussurrou no ouvido do garoto.

Ele apenas sorriu e voltou a beijá-la. Sem desgrudar seus lábios dos de Hermione, Harry a conduziu ate o sofá, onde se sentaram sem interromper o beijo.

Harry enlaçou-a pela cintura e puxou-a contra si, aprofundando o beijo, mas Hermione resolveu parar por ali e empurrou-o de leve.

– O que foi? – perguntou o garoto ofegante,

– Vamos com calma, né mocinho? – repreendeu-o.

– Hum... Pode ser, desculpa – pediu vermelho, sorrindo tímido – Onde estávamos? Ah, sim!

A garota foi protestar, mas Harry a impediu tampando sua boca com outro beijo.





N/A-> Obrigado Nay, pela ajudaaa..


N/A¹-> Obrigado a todos que comentaram...


N/A²-> Continuem comentando e votando... ^^


N/A³-> Gente, a Lety criou um blog de lilium... Nao sei exatamente o objetivo, mas ela perguntou se podia e eu deixei... Bom... Entrem lá... Clique Aqui

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