O sobrevivente



Gente!! Eu mudei o nome dos Tios d Juliet, o sobrenome q coloquei no cap. 6 tava podre! Agora é Somefild.


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Seu corpo tremia enquanto corria pelas ruas desordenadas e não asfaltadas do beco diagonal. Sentia seu coração doer quando batia em seu peito tamanho o fervor com que o fazia. Não era para ter sido assim, não daquela maneira.
Chegou ao seu destino e parou devido à surpresa com a imagem a sua frente. O fogo já havia consumido completamente a edificação, o banco Gringotes era apenas uma fogueira de chamas negras. Avistou a um canto esquerdo o cabelo rosa bem característico de Tonks e pode perceber mais duas pessoas com ela, entretanto, não conseguia identificar quem seriam. Engoliu um seco e verificou se estava com a jaqueta cobrindo a marca negra cravada em seu braço. “Tenho que tomar cuidado para que não a vejam” pensou adiantando-se em alcançar a bruxa perto do banco.
Segurou o ombro da garota e a virou bruscamente forçando-a encará-lo. Percebeu o suor no seu rosto e as manchas escuras de sujeira provavelmente causada pela fuligem e poeira que jorravam da construção, parecia bem pálida também e seus olhos transmitiam visivelmente seu cansaço.
Ainda buscava ar para conseguir falar enquanto averiguava as duas outras pessoas que se encontravam ali. Reconheceu como sendo a Sta. Granger e a Sta. Weasley, mas estas nem mesmo o notaram por estarem muito concentradas em combater o fogo. Reparou que ambas encontravam-se no mesmo estado que Tonks, porem percebeu que a mais nova, ruiva, estava pior.

- Relate-me a situação. – conseguiu dizer ainda ofegante.

Tonks engasgou-se antes de falar. – O fogo... Está por todo lado. Mas não sei se chegou aos túneis. – ela usou a mão como um leque para lhe tirar a fumaça dos olhos que estavam lacrimejando. - O Sr. Weasley, Harry e Juliet entraram para verificar, mas ainda não saíram de lá.

- Tem gente lá dentro?? – indagou surpreso. A inquietação lhe subindo pelas entranhas.

Tonks confirmou com a cabeça e tossiu, mas Athos não esperou que esta cessasse, correu o mais rápido que podia para dentro da edificação, chegou até a entrada e já ia invadindo o ambiente quando uma explosão juntamente com uma baforada de vapor, fumaça e chamas o jogou ao pé da escada. O fogo queimava uma parte de sua barriga e também sua perna. – Fuori Lucqua! – gritou apontando para os pontos em cremação.
Levantou sentindo uma pontada forte na panturrilha e no lado esquerdo do abdome, desequilibrou por um instante. Levantou o braço com uma careta de dor e verificou o ferimento localizado na sua barriga, não era tão grava, curvou-se para checar agora sua perna, desta não pode dizer o mesmo, estava praticamente em carne viva.
Gritos ecoaram de dentro do prédio, ergueu o tronco bruscamente, sua respiração falhou. Armou-se com a varinha e adentrou um tanto manco. Em meio a fumaça que ofuscava sua vista tentava em vão diminuí-la com magia, era uma quantidade absurdamente grande para conseguir eliminar sozinho, tentava se livra dos destroços para seguir o som que ainda ecoava de um ponto mais interno. Não conseguia identificar o que dizia, mas pelo tom pode perceber que soava desesperador.
Livrou-se de um pedaço de madeira enorme que fechava o caminho para as entranhas do banco e pode enfim traduzir o que diziam.
O medo o atingiu com um impacto tão grande que por um momento achou que fosse cair. Começou a correr, não mais lhe importava os entulhos que insistiam em cair, focou um objetivo, sua meta, e quando isso acontecia nada mais poderia impedi-lo de cumpri-la, nada e ninguém.
Agora já podia ver a cena do desastre. Harry estava caído ao chão gritando em desespero para uma pilha de escombros. Parou em frente a esta, sua respiração saiu tremula, “não pode ser... Juliet” pensou antes de partir em seu auxilio.
Com um leve movimento da varinha e as palavras apenas penetradas em sua mente os destroços foram arrancados do local onde estavam e jogados para uma outra extremidade. Avistou a bruxa desfalecida, inerte. Sentiu seu corpo todo adormecer e a única coisa que lhe fazia vivo era a dor que vinha de uma parte interna do seu peito esquerdo. Correu para ajudá-la e segurou em seu ombro virando-a com delicadeza. Uma estase de alivio o atingiu ao notá-la ainda esta respirando, fraco, mais estava.

- Juliet... – sussurrou – Por favor... Agüente mais um pouco... Tudo ficara bem agora. – consolou-a segurando firme em sua mão. A garota moveu os dedos como se quisesse também lhe retribuir o carinho, mas não conseguindo apenas tocou as pontas dos dedos na sua pele.

Passou o braço esquerdo por debaixo das pernas dela e com o outro nas suas costas a arrebatou para si, segurando-a firme perto do peito e a carregando para fora daquele desmoronamento. Sabia que Harry e o Sr. Weasley ainda estavam lá dentro mais isso não importava, se preocuparia com eles depois.
Ainda descia as escadas quando Quim Shacklebolt e Lupin vinham a subindo eufóricos. Eles pararam ao pé desta ao vê-lo escoltando o corpo inerte de Juliet aconchegado entre seus braços.

- Harry e o Sr. Weasley ainda estão lá dentro. Perto da ala de transportes para os cofres do banco. – avisou descartando o espanto dos dois bruxos ao seguir seu caminho.

Tinha que pensar em um modo rápido de chegar ao St. Mungus. Procurou por alguém que pudesse ajudá-lo. “Moody” avistou. Com certeza ele teria algum meio para chegar ao hospital.

Seus passos firmes e o olhar feroz denunciaram sua presença quando ainda estava a dois metros do destino. Olho-tonto franziu o cenho e parou na metade da frase que estava a dizer para a mulher de cabelo rosa.

- Moody! Tenho que ir para o St. Mungus agora! O mais rápido possível! – ele levantou um pouco Juliet a fim de pressioná-lo quanto ao tempo.

Moody chegou perto da menina e tocou em seu rosto. – Ele não vai gostar nada de saber disso. – falou para si mesmo. Fitou Athos e depois voltou sua atenção para um dos bolsos escondidos no interior do seu casaco. Tirou um pequeno saco cor vinho de dentro dele e o ofereceu.

- É pó de flúor. – explicou. – Não é seguro, porém a Star. Anderson realmente parece mal. Procure uma lareira mais próxima, eu vou ficar para ajudar.

- Coloque um pouco na minha mão. – pediu Athos abrindo esta. – Ainda há mais pessoas machucadas, o pó pode ser útil. – completou antes de virar-se com a mão cheia do conteúdo oferecido e sair.
Encontrou uma loja abandonada por perto, cheia de tabuas de madeira que cobria sua entrada, chutou com o máximo de força que podia, sentindo uma pontada forte na perna queimada, e toda a estrutura que o impedia de penetrar no ambiente desabou. Arrumou Juliet melhor em seus braços e entrou decidido, encontrou a lareira um pouco escondida pelas estantes da loja na extremidade esquerda. Ela estava inutilizada há alguns dias e por isso quase engasgou com a poeira que subiu ao se postar dentro desta. Segurou o corpo frágil da bruxa que carregava ainda mais apertado contra si e jogando o pó, falou: - ST. MUNGUS!

Caiu ajoelhado em uma outra lareira que parecia encontrar-se exatamente no salão principal do hospital. Sua perna latejava e seu lado esquerdo do abdome já estava dormente.

- AJUDA! – gritou.

Dois bruxos atenderam a seu chamado com uma maca. Colocou Juliet delicadamente no objeto e a viu sumir com os curandeiros.

- É melhor tratar desses seus ferimentos também senhor. – disse gentilmente uma mulher que notadamente trabalhava lá.

Athos a olhou inquieto. – É... Pode ser. Estão vindo mais dois feridos para cá. – informou deixando ser conduzido pelos corredores um pouco escuros do hospital.

- Certo senhor. Agora se sente aqui. – pediu a bruxa lhe indicando uma das camas no quarto que entraram.

Ela buscou agilmente uma porção na prateleira de vidro e com um pouco de tufo de algodão começou a aplicá-lo na perna de Athos fazendo-o sentir um alivio quase que imediato.

- Agora eu preciso que o senhor tire a camisa...

- Não. – Athos rasgou parte do pano já em farrapos da jaqueta e ofereceu o machucado para ela cuidar. – Pode tratá-lo assim. – Não podia ficar com a marca negra exposta.

Esperou pacientemente até que a enfermeira tivesse acabado o trabalho. Ela fechou o frasco de porção e o guardou no mesmo lugar que primeiramente estava. Athos tocou nas partes que antes estavam feridas e sorriu ao percebê-las já completamente saradas.

- Espere! – disse à mulher que já estava se retirando do cômodo. – Você poderia me avisar quando já soubesse noticias do estado da garota que trouxe? – ela assentiu meigamente. – Ótimo! E também queria ser informado quanto aos outros dois bruxos que disse estarem a caminho daqui.

- Não se preocupe senhor. Eu o avisarei!

Agradeceu com um pequeno gesto de cabeça e esperou a bruxa sair para retirar do bolso uma caixinha preta. Apontou a varinha para esta e murmurou: - Zug sich öffnen! – a embalagem abriu revelando assim seu conteúdo; um pequeno objeto azul marinho plano de extremidades arredondadas, o mesmo objeto que havia usado na noite em que soubera do sonho de Harry para conectar-se Di Abolo. O colocou cuidadosamente em cima da cama.

Pos seu dedo polegar no pontinho branco no centro da esfera e este, igualmente como da ultima vez, refletiu uma luz azulada que logo após cessou sendo substituída por uma voz calma e suave feminina “Dados corretos, identificação certa.”.

- Zug Bruderschaft. Finden Lúcifer Di Abolo.

-Suchen Lucifer Di Abolo. (procurando Lúcifer Di Abolo) – respondeu a voz suave. - Sr. Di Abolo gefunden. Hereinkommen in Kontakt. (Sr. Di Abolo encontrado. Entrando em contato).

Uma outra voz, agora grossa e estridente esvaiu. – Senhor?!

- Lucife! Chame-me o irmão estúpido do Scorphin. – ordenou.

- Mas s-senhor...

- Agora! – impôs.

- Sim senhor!

Passou-se um curto momento em que Athos tentou ao máximo manter a calma, suas pernas balançavam em ritmo frenético e matinha o olhar fulminante no objeto.

- Senhor... – agora era a voz daquele que chamara.

- Ruan, eu quero ouvir o que tem a dizer sobre o acontecido no banco. – fazia uma grande esforço para manter a calma.

- É que... As coisas não saíram como o esperado senhor, os comensais da morte apareceram antes do previsto, tivemos que agir de uma outra forma e eu pensei...

- Você pensou?? VOCÊ PENSOU?? – agora sua irritação já não suportava a penumbra do disfarce. – Qual a sua função na Bruderschaft, Ruan?

- Eu... Eu...

- Você cumpre ordens! As minhas ordens! E se eu precisasse de alguém que pensasse além de mim com certeza não contrataria um idiota que com o primeiro erro se desespera e estraga todo o resto do plano jogando o feitiço mais destrutivo que conhece!

No outro lado um silêncio se apossou por um período até que a voz rouca soou novamente. – Desculpe...

- Eu não quero desculpas seu imbecil! Eu quero resultados! E positivos!

Mais um momento sem um único som. – Isso não voltará a acontecer senhor, eu prometo.

- Espero que não volte, por que da próxima vez... Eu cuidarei pessoalmente para que definitivamente nunca mais possa cometa erros. Agora passe para Di Abolo.

Esperou.

- Senhor...

- Lucifer! Pelo menos o desejado foi adquirido?

- Sim senhor! Ele conseguiu pegar o pergaminho. – respondeu.

- Hum... Menos mal. Prepare a porção contra feitiço e juntamente com aquela minha chave de portal numero 3 encontre-me o mais rápido possível no banheiro central do St. Mungos. Entendido?

- Sim senhor!

- Ótimo! – colocou o dedo polegar novamente no centro do objeto - Zur Dichtung oben! – o aparelho se desligou e ainda furioso colocou-o na embalagem lacrou-a com outro feitiço e acomodando-a no bolso um instante antes da curandeira que o havia atendido adentrar no cômodo.

Surpreendeu-se ao ver a Sta.Granger e a Sra. Weasley com os dois filhos mais novos, Ronald e Ginevra, a acompanhando. Os convidados entraram no quarto e a curandeira novamente se retirou deste.

Sorriu para disfarçar a sua irritação. – Ora, não esperava vê-los aqui. – disse.

- Nós viemos com o Harry e Arthur. Eu havia chegado com Moody da ordem para ajudar no incêndio, mas quando vi meu marido sendo retirado de dentro do banco carregado por Quim e Harry por Lupin não pensei duas vezes antes de acompanhá-los. E as meninas também quiseram vim igualmente a Rony que chegou pouco tempo depois que eu ao local do acidente com Fred e Jorge. – explicou.

- É... Agora só podemos ficar aqui esperando alguma notícia. – disse dirigindo-se a mulher em tentativa de lhe dar apoio.


Passou-se meia hora até que eles recebessem alguma notícia. A Sra. Weasley andava nervosamente pelo cômodo enquanto os adolescentes se postavam a um canto todos encolhidos e se abraçando mutuamente. O Sr. Weasley já completamente curado e muito bem disposto veio informá-los do estado dos outros pessoalmente.

- Eu só tinha ingerido muita fumaça querida. Não era para se preocupar tanto. – falou carinhosamente enquanto abraçava a esposa e era rodeado pelos bruxos mais jovens loucos para saber sobre o estado de Harry e Juliet assim como Athos que se encontrava um pouco afastado, escorado na borda da cama com os braços cruzado, apenas atento. – O Harry está bem, ele só está dormindo, daqui há pouco será transferido para esse quarto. A Juliet teve ferimentos graves, mas também está sendo curada, logo, logo estará bem. – Athos notou uma súbita mudança no tom do homem ao mencionar o nome do Potter, mas resolveu não questionar nada sobre o assunto.

Suspirou. – Bom, então eu acho que já vou indo. – desfez a sua posição e começou a caminhar até a porta.

- Eu acho vou também para ajudar. – candidatou-se

- Ah nem pensar! Você não ira voltar para lá! – impôs.

- Mas querida...

- Nem mais nem meio mais. Não Arthur! Você já fez sua parte!

O ruivo deu de ombros e comprimiu os lábios de um modo bem parecido com o filho. – Então eu deixarei que vá só meu rapaz. – falou dando um tapinha no ombro de Athos. - A única sorte disso tudo é que não tinha ninguém no banco, só àqueles duendes miseráveis que trabalham lá.

- Sr. Weasley! – repreendeu Hermione.

- O que foi? Ah... O F.A.L.E. – riu. – Desculpe mione, mas aqueles duendes são realmente umas desgraças, não querem abandonar o banco! Eu quase morri tentando tira-los de lá. Bom, que seja. Athos, sorte. – estendeu a mão para que a apertasse.
Ele aceitou o cumprimento por educação. Na verdade, não precisava de sorte alguma.

Passou por algumas pessoas que vagavam pelos corredores até chegar ao banheiro que ficava logo na recepção do St. Mungus. Caminhou até uma das torneiras e a abriu com apenas uma volta, olhou para o espelho enquanto lavava suas mãos. Dois bruxos faziam suas necessidades nos mictórios despreocupados, até que de uma das cabines do local saiu um homem alto, negro, com tatuagens subindo pelo pescoço e se espalhando pela cabeça. Andava com a segurança e o modo de um assassino, era o tipo de cara que você realmente não queria se cruzar. Athos observou os que estavam urinando apressar-se em fechar o zíper da calça e sair rápido de lá.
Di Abolo andou até a torneira que estava ao lado da que seu senhor usava e colocou disfarçadamente o que lhe foi pedido no bolso da jaqueta preta dele e, disfarçando a trama, imitou o gesto de Brouclynn ao entrar no toalete.
Athos balançou as mãos para salpicas o excesso de água, pegou uma toalhinha que estava pendurada em uma argola de ferro no centro do espelho e enxugou-as retirando-se depois do ambiente sem dirigir sequer uma palavra ao homenzarrão.

Colocou uma das mãos no bolso da jaqueta que continha os objetos adquiridos há pouco e os conferiu enquanto deixava o hospital para traz. Dobrou em uma viela e ativou o seu transporte.

Encontrava-se agora logo em frente do banco Gringotes, podia ouvir dali toda a confusão e gritaria que transcorria para controlar as chamas ardentes que consumia toda a construção.
Avistou Moody saindo de uma das lojas perto do banco e adiantou-se até ele. Todo o lugar estava um completo caos, parecia que uma guerra tinha ocorrido, havia sangue de duende espalhado em alguns pontos do chão, gritos e gemidos de feridos, destroços ainda em chamas espalhados e uma quantidade agora significativa de bruxos descabelados que tentavam cessar o fogo.

- Moody! – chamou já a poucos metros de distancia dele. Olho-Tonto usou a mão como escudo para a fumaça e serrou os olhos querendo visualizá-lo melhor. – Moody! – chamou novamente.

- Athos?! – andou em sua direção para que se encontrassem mais rápido. – E então? Como eles estão?

Athos piscou os olhos já vermelhos tentando evitar que lacrimejassem. – Estão bem. O Sr. Weasley já está de pé, o Harry logo o fará e Juliet foi um pouco mais grave, todavia também ficará curada.

- Ótimo! Eu estava com Minerva agora há pouco. – informou.

- McGonagall? Onde ela está?

- Estava ocupada em reunião quando a chamei, mas disse-me que iria agora mesmo informa ao Hantsan – usou o nome ao qual agora Dumbledore se identificava. – e que depois entraria em contato comigo.

- Entendo...

Moody se aproximou mais dele até que ficassem em paralelo. Olhava para o que horas antes tivera sido um banco e agora não se passava mais que uma estrutura descuidada de um prédio completamente tomado pelas chamas.

- Se ao menos houvesse um modo de interceptar o fogo antes que este se alastrasse pelos túneis e invadissem os cofres...

- Mas não há. O fogo vai destruir tudo o que vê pela frente, incluindo todo o beco diagonal. – falou Athos.

- É... pelo menos o estamos controlando somente no banco.

- Mas não se pode controlá-lo apenas pelo resto da vida.

Mantiveram-se em silencio por mais alguns instantes.

- Tem alguma idéia de como detê-lo? – indagou Alastor.

- Algumas...

Moody o fitou com o olho mágico. – Quais?

- Esse feitiço... Ele é muito difícil de combater... Com um outro feitiço.

- Como assim?

- Sei de uma porção que fará um bom efeito nesse fogaréu.

- E a tem?

- Sim! Mas esse não é o problema... – Athos coçava o queixo pensativo.

- O que é então?

- Eu não sei se funcionará em um local fechado como este. Normalmente se aplicava o fogo mágico em campos aberto, grandes batalhas, agora em um banco?! Eu não sei. Acho que se quebrarmos todos os telhados, para quando a formula for jogada ela penetrar completamente funcionará, mas não vou afirmar.

Moody xingou. – Temos que tentar não é?

Athos sorriu. – Claro! Ajude-me a reunir os bruxos então para definirmos quem entra para desabar o resto dos telhados e quem se habilita para multiplicar o pouco da porção que trouxe.

- Vá pelo lado direito, eu vou pelo esquerdo, nos encontramos exatamente aqui. – e falando isso Moody retirou-se mancando para fazer o que havia dito.

Athos apalpou o pequeno frasco com o contra feitiço por cima do bolso e impulsionou o calcanhar para seguir seu rumo quando uma mão o fez parar.

- Espere! – ordenou quem o segurava.

Soltou-se – O que quer? – não estava no seu melhor humor.

- Como ela está? – indagou Carlinhos.

Não precisava nem pensar para saber de quem ele se referia. – Está bem. – respondeu virando-se para realizar seus afazeres.

- Mas ela se machucou muito? Digo... Ela não vai ficar com seqüelas ou algo do tipo? E quanto tempo vai levar para acordar e...

- Olha... Eu não tenho tempo nem paciência para responder essas suas perguntas agora. Se você quer saber mais dela vá lá pessoalmente visitá-la e pare de me interromper porque se não é o seu caso eu estou tentando fazer algo de útil. – retirou-se sem mais palavras.












Harry acordou assustado. Sua visão estava escura e não conseguia identificar sua localização.

- Você está bem Harry? – escutou uma voz vinda do lado esquerdo, segurou a cabeça fazendo uma careta, ela lhe soou muito alta e isso provocou uma pontada forte de dor.

Piscou os olhos tentando fazer com que conseguisse enxergar melhor e lentamente foi notando os contornos das pessoas que estavam ao seu redor. Pode identificar Hermione e Rony em pé ao seu lado esquerdo e a Sra. Weasley que estava praticamente sobre ele do lado direito. Tentou pedir seus óculos a mulher ruiva, mas o som não lhe saia da garganta. Sua boca estava seca e pastosa e seu estomago parecia esta dando voltas pela sua barriga. Jogou os braços estabanados para o lado tentando achar seus óculos e se não fosse pela Sra. Weasley quase cai da cama.

- O que você quer Harry querido? – perguntou amavelmente a mulher.

- Eukelo oculous. – respondeu com a língua embolada.

- Ah sim! – ela virou para procurar-lo.

- Esta aqui Sra. Weasley. – falou Mione abrindo a mão com o objeto desejado. – Eu os peguei.

- Ah, obrigada querida. – agradeceu a Senhora tomando-lhe os óculos. – Aqui querido. – ela o colou delicadamente no local adequado em Harry e se afastou para ele poder enxergar melhor.

Agora sim, já definia bem os presentes no cômodo. Notou o Sr. Weasley escorado na parede a um canto bem afastado e com um ar serio, estremeceu, ele ainda estava chateado. Virou sua cabeça para o lado em que seus amigos estavam e também pode ver Gina logo atrás deles com os braços cruzados. Uma felicidade transbordou do seu peito ao encará-la, não sabia explicar, mas só a simples visão dela o deixava calmo, contudo, esse seu estase logo cessou, pois a ruiva desviou do seu olhar e retirou-se do quarto. Esticou o braço com intuito de pará-la, mas nada adiantou, ela já tinha saído.

- Mas, o que deu nessa menina? – perguntou a Sra. Weasley ao marido. Este apenas balançou a cabeça negativamente e acompanhou a filha. – Espere um pouco Harry querido. Já volto. – falou a mulher antes de seguir-los.

- Ela ainda está ressentida Harry. – disse Mione com uma expressão de compaixão.

Harry baixou a vista.

- Sinto muito cara... – tentou consolar Ron com umas tapinhas nas costas o que provocou ainda mais dor em Harry.

- Rony! Seu imbecil! – ralhou Mione.

- Desculpa! – disse o ruivo com as mãos levantadas em gesto de rendição.

Harry deu um sorriso preso e tentou relaxar um pouco para por o ocorrido em ordem.
– JULIET! – a voz agora lhe saiu estridente. As lembranças do acidente lhe viam em fleches, seus olhos arregalaram quando viu a cena em que todos os destroços do teto desabaram sobre a da neta de dumbledore. Tirou os lençóis que o cobria e quis levantar-se, pois na sua memória ela ainda continuava soterrada.

- Calma Harry! – falou Mione enquanto com Ron o prendia a cama. – Ela está bem!

Harry a encarou ainda atônito. – Mas c-como? J-Juliet... q-quem a salvou? Como foi que sair de lá? O que houve? E o fogo? C-Como... – estava muito rouco.

- Harry! Se você se acalmar e deitar novamente a gente te conta, tá? – propôs Mione maternalmente.

Ficou por mais alguns segundos parado na posição que estava e depois com a respiração ainda ofegante conteve-se para obedecer à amiga.

- Muito bem... A Juliet realmente estava mal, mas tivemos notícias há pouco de que já a trataram e ela está se recuperando muito bem. – disse-lhe a bruxa calmamente.

- Mas como foi que eu cheguei aqui? E ela? Como a encontraram?

- Ah, foi o Sr. brouclynn que a salvou e a trouxe para o hospital. Você e o Sr. Weasley vieram com o Prof. Lupin e o Sr. Shacklebolt logo depois.

- O Prof. Lupin já voltou?

- Unhum. – confirmou a garota.

Harry fechou os olhos e recostou-se na cama aliviado. Passou-se um momento até que finalmente voltou a erguer a cabeça e encarou seu amigo ruivo.

- Como foi que soube que eu estava aqui Rony? Você não tinha saído com o Fred e Jorge? – indagou displicente.

A expressão do bruxo mudou completamente quando Harry mencionou o nome dos irmãos. Percebeu as suas orelhas corarem e o seu punho fechar-se, sua boca se contraia mostrando toda sua fúria. O viu virar-se e com passos firmes, dirigir-se a outra extremidade do aposento e começar a esmurrava a parede, xingar e gritar injurias e maledicências aos dois ruivos que mais cedo o haviam convidado para um “passeio”.

- ...SEMPRE ME CHAMAM PRA FAZER ALGUMA BESTEIRA NAS MELHORES HORAS! TODO MUNDO FOI... QUANDO FINALMENTE TODO MUNDO VAI AJUDAR, EU, EU SIMPLESMENTE ESTOU PRESO AS MALUQUICES...

- Fred, Jorge e o Ron estavam na loja quando toda aquela catástrofe com o banco aconteceu. Logo que souberam correram para lá, mas ai você já estava saindo carregado pelo Prof. Lupin, então nós o acompanhamos até aqui e ficamos esperando que melhorasse, enquanto Fred e Jorge estão lá ajudando. – explicou Mione.

Olhou novamente para o amigo e ergueu a sobrancelha. Rony realmente era azarado.












- Muito bem! – Já haviam sido juntados todos os bruxos disponíveis e alguns duendes que se prontificou a ajudar no que fosse preciso. - O plano é o seguinte: Primeiro; Eu possuo uma formula contra feitiço para o tipo de magia empregada nessas chamas, contudo, há um pequeno problema, ela não é suficiente em quantidade para fazer acabar com o fogo, por isso teremos multiplicá-la. Segundo; precisamos que, quando a porção cair, ela abranga toda a extensão do fogo e o apague sem que sobre nenhum vestígio, pois ao entrar em contato com o feitiço a ela faz efeito, porém se torna inutilizável, sendo assim, não atuara mais que o primeiro momento. Terceiro; Teremos que jogar a porção por cima e como esse espaço é cheio de prédios e a construção do banco é grande teremos que elevar a porção para ficar acima do banco.

- E como vamos fazer isso? – indagou uma bruxa que ele nunca tinha visto antes.

- Eu ia chegar lá. – será que as pessoas não poderiam escutar tudo para depois perguntar? - Eu pensei em usarmos o feitiço Aislburja.

- Aislburja? Mas esse feitiço não é usado para se respirar debaixo D’água? Qual seria a utilidade dele para com fogo? – apontou outro bruxo.

- Se você conhece bem a real composição dos feitiços que usa saberia que um pode servir para varias ocasiões dependendo do que deseja. Aislburja apenas cria uma bolha isolante do meio externo para o seu meio interno, ou seja, realmente se a usar debaixo da água ela lhe permitira respirar, pois o liquido não penetrar na sua estrutura e a bolha libera Oxigênio no seu interior justamente para impedir que se resseque. Agora, já que a queremos usar como suporte para a porção ela terá que ter uma resistência maior e para isso basta acrescentarmos mais uma palavra ao feitiço original, está será: Asciutto. Ficará então Aislburja Asciutto! Todos entenderam? – confirmação com a cabeça. – Quarto e ultimo: Como o contra feitiço precisa penetrar em todos os locais afetados será necessário desabar os telhados do banco porque assim ele entrará com facilidade e menos chance de falhar.
Os duendes exaltaram-se quanto a essa tarefa. Não queriam que destruíssem mais seu patrimônio.

- Se não o fizermos o fogo entrará pelos túneis além de se alastrar por todo o beco. – disse acabando completamente com as controvérsias.

- Ótimo! Agora se formem em fila atrás de Moody quem quiser entrar no banco Gringotes e o resto fique aqui ao meu lado. - Os bruxos começaram a se movimentar e cochicharem para decidir onde ficariam. Notou Lupin tirar dois garotos ruivos que se postaram para ajudar Moody e identificou como os gêmeos Weasley.

- Nem pensar que vocês vão se arriscar a entrar ai. Se isso acontecer a Molly me mata! – o ouviu dizer.

- Então vamos! Sigam-me por aqui. – precisava de um lugar calmo e amplo para produzir a porção o suficiente e tinha decidido que seria uma das finitas ruas largas do beco diagonal não muito distante dali. – Moody, o resto fica por sua conta.

Alastor estufou os peitos em sinal de que o trabalho seria concluído com perfeição e Athos conduziu o grupo de 15 integrantes que dispunha até o local estimado.

- Formem um circulo com meio metro de espaço entre cada um. – instruiu enquanto verificava se suas ordens estavam sendo cumpridas. – Agora a partir da minha direita todos estão enumerados. Você, - tocou no ombro do homem visinho que estava no lado indicado. – é o numero 1, ele. – o que vinha após o primeiro. – é o 2 e assim sucessivamente. Os números pares estão encarregados de formar a bolha e os impares multiplicará a porção que colocarei em seu interior. Entendido? – Assentimento de ambos.
– Certo! Comecem a criar a bolha. – um turbilhão de luzes ecoou das varinhas e se entrelaçaram formando o instrumento desejado. Athos esperou que a superfície que estava sendo fabricada ficasse mais consistente para então tirar o frasco com o liquido gosmento e alaranjado do bolso e jogar um terço dele na bolha.
Inicialmente achou que está iria deixar que a porção caísse no chão empoeirado, mas aliviou-se ao ver a substancia deslizar pela superfície arredondada do abrigo. – Agora multipliquem.




Demorou horas até que tudo ficasse pronto. Moody e os outros já haviam acabado a sua parte e ofereceram-se para ajudar a concluir o resto do plano. Athos desvencilhou-se um pouco da euforia entre o circulo de bruxos e caminhou pela estrada que ainda teriam que percorrer de volta. Coçou o queixo. Os prédios não eram muito altos, dava para levitar a bolha e chegar até o banco, mas estava preocupado com o que poderia acontecer se falhasse. Agachou-se e esfarelou um montinho de terra com os dedos. “Se não der certo eu penso em outra coisa.”.

- Muito bem! Acho que já está bom! – falou verificando a estrutura que o feitiço formara. – Agora precisamos levantar isso para que possa passar por esses prédios e só assim chegar ao banco. Então quero que todos os encarregados pela multiplicação da porção ajudem na levitação e os que usaram do Aislburja Asciutto se concentrem para que a estrutura não se abale na travessia. – gritou. – Todos prontos? Vamos! – incentivou lançando o feitiço Vingardium Leviosa. – Para o leste! Todos!

Viu o balão subir e instruiu para que marchassem em um passo. No começo foi difícil acertarem, mas logo estavam como um só, em um mesmo ritmo. Ao se aproximarem mais do Gringotes diminuíram a velocidade devido à quantidade de entulhos que dificultando a passagem. Por duas vezes uma das pessoas do grupo tropeçou atrasando assim todo o processo. Athos chegou a intervir em um desses momentos para tentar repor aquele que havia sido perdido e não permitir que a macha abalar-se, porem, não conseguindo trabalhar por dois, teve que parar e reorganizar para só então continuar o caminho. E desse modo seguiu até chegarem ao local estimado.

- Parem! – ordenou quando já estavam em frente ao banco. – Agora quero que prestem bastante atenção. Vamos nos dividir para cercar o Gringotes, preciso que tomem o máximo de cuidado para não perderem a concentração ou algo do tipo. Essa é nossa melhor chance para acabar com o fogo, não desperdicem. – Todos concordaram. – Então comecem a andar!

Dirigiu-se para a lateral esquerda tentando auxiliar alguns membros que pareciam um pouco perdidos na instrução e Moody se responsabilizou pelo outro lado. Quando chegaram ao ponto ideal gritou novamente para a marcha estancar.
Contornou toda a extremidade da construção repondo os mínimos detalhes, tudo tinha que está perfeito, uma única falha e a operação estava acabada.

- O.k. Quando eu contar até 3 quero que disfarçam o Aislburja Asciutto. – gritava ainda contornando o circulo de bruxos. – 1... 2... – percebeu todos prenderem a respiração. – 3!!

O feitiço se desfez como uma bola de sabão. Estreitou os olhos e involuntariamente trincou os dentes, tamanha sua ansiedade para que o plano desse certo.
A gosma ficou submersa por um momento no ar, como se ainda não tivesse processado que nada mais a segurava ali, e depois de 2 segundos dessa aflição, resolveu sucumbir à força gravitacional.
Caiu, mas não o fazia como liquido que se desmancha em gotas de velocidades diferentes, não, era como um objeto sólido com cada substancia que o constitui grudada entre si. Tamanho peso obtinha que quando chocou com a estrutura já em ruínas do banco destruiu uma de suas extremidades pontudas que ainda dispunha em pé e está quase atingiu Tonks que felizmente conseguiu desviá-la.
Segurou a gola da camisa dos dois Weasley que estavam ao seu lado e os afastou do perigo de uma outra rocha que também escapou da construção. Observava enquanto os bruxos corriam para um lugar seguro longe daquele desabamento e os duendes jogavam injurias enquanto os seguiam.
Até que, como uma frigideira quente quando posta na água, depois de muito barulho, um fino chiado e ultimo vestígio de fumaça, acabaram totalmente as chamas.
Riu. A edificação agora não passava de um monte de tijolos e ferros cobertos por uma massa avermelhada e dura igualmente a restos vulcânicos.
Os gêmeos que haviam caído quando ele os salvou começaram a levantar-se com os olhos arregalados de surpresa. Colocou a mão nos joelhos e soltou um suspiro de alivio.
Uma nova explosão. Ergueu-se assustado. Um barulho de erupção vinha do interior do Gringotes. Xingou quando avistou lá de cima uma pequena concentração de fumaça negra escapar.

- Brouclynn!! – ouviu Moody gritar enquanto corria em seu modo manco para encontrá-lo. – Brouclynn! E agora? O que faremos? – indagou ofegante quando o alcançou.

Athos não respondeu, estava pensando e não iria interromper seu raciocínio. Ainda tinha um pouco de formula no frasco, mas se fosse usar do mesmo processo que fizera há pouco iria perde muito tempo, o que não podia, pois o fogo se alastraria, e era muito provável que falhassem outra vez. Não, precisava entrar no interior disso tudo, precisava ir ao local da resistência.

- Preciso entrar ai! – falou.

- Mas como? Temos que tirar essa gosma toda pra conseguir entrar! Isso vai demorar muito!

- Não pretendo ir por baixo. – falou. – Sabe de alguma coisa que me faça ir por cima? – o encarou.

- Huummm... Uma vassoura. Mais a loja que tínhamos no beco fechou e não creio que a dona deixou a mercadoria para traz.

- Hum hum... Acho que podemos ajudar nisso. – adiantaram-se os gêmeos.

Athos olhou-os intrigado, nem lembrava mais que eles estavam por perto.

- Estávamos trabalhando em uma nova invenção quando houve todo esse problema aqui e como saímos apressados acabamos trazendo o novo projeto. – um deles, que Athos não fazia idéia de qual, falava enquanto tirava uma espécie de sola de sapato de consistência gelatinosa do bolso. – Esse é o saltador. Quando o colamos no sapato ele nos permite dar saltos incríveis. – sorriu satisfeito consigo mesmo.

Athos avaliou a altura que teria que obter. – A que altura isso chega?

- Bom... Testando isso com nosso irmãozinho Roniquito que saltava do solo ele chegou a obter quase 10 metros. – respondeu o outro.

- Humm... – sorriu olhando para estrutura rochosa que desprendeu do banco e quase atingira Tonk, era razoavelmente alta e estava localizado em um angulo perfeito para o que pretendia. – Acho que dá. – pegou o invento das mãos do garoto ruivo e saiu em direção ao destroço.

- Você está louco? – acompanhava-o Moody.

- Não, só estou tentando solucionar nosso problema.

- Usando uma das invenções malucas desses pivetes? – indagou incrédulo. – Olha! Eu posso não conhecer muito bem esses dois, mas pelo pouco que sei não aceitaria nem mesmo um copo de água que me servissem sem duvidar antes.

- Ei! Essa ofendeu! – retrucou os gêmeos que também os seguia.

- Não temos escolha. – disse-lhe Athos determinado em suas ações.

- E então? Qual o novo plano agora? – indagou Lupin se aproximando deles juntamente com Tonks.

- O rapaz surtou. – respondeu Moody.

- Chame-me pelo nome Moody, não sou qualquer um que você pode esnobar. – Já tinha chegado ao seu destino. Virou-se para encará-lo. – E se um dia você vir-me desistir de algum objetivo, ai sim, eu realmente surtei. – Colocou os Saltadores no bolso da jaqueta e começou a escalar o entulho.

Com um gemido pelo esforço posto nos braços chegou ao topo do pedregulho, limpou as mãos uma na outra e conferiu a altura. Uns 2 metros no máximo. Iria ser um bom impulso, concluiu. Pegou o invento dos Weasley e os colou ao sapato. Respirou fundo e fechou os olhos. Preparou a varinha em sua mão canhota e o frasco com o resto da porção na outra. Abriu os olhos e sem pensar em mais nada saltou de onde estava.
O impacto com o chão fez estalar suas articulações do joelho, mas ficou feliz, pois o salto foi exatamente na altura desejada. Agora podia sentir o vento que lhe tocava o rosto e agitava seus cabelos assim como o frio no estomago pelo medo do fracasso.
Viu a destruição de cima, a papada vermelha que cobria toda a construção, e quando já perdia a velocidade avistou o buraco de onde saia a fumaça, onde o fogo sobrevivera. Estava indo exatamente para aquela direção, acertaria em cheio o alvo. “Agora!” quebrou o frasco com a porção usando as próprias mãos e sentiu um pedaço do vidro penetrar perto do seu polegar, não se importando com a dor apontou sua varinha para o conteúdo alaranjado que escorria já pelo punho e gritou: - Mutiplicat! – a gosma se expandia pelo seu corpo enquanto entrava na edificação, continuou o feitiço, tinha que produzir porção suficiente para que não fosse atingido pelas chamas. Sentiu seu corpo quente e a falta de ar, pois o contra feitiço entrara nas suas narinas. Já estava caindo por alguns segundos, logo chegaria ao fundo, continuou com o feitiço mesmo não enxergava por onde estava indo. Calculou que havia chegado ao local desejado quando o calor ficou quase que insuportável, agora teria que arrumar uma maneira de sair dali.

- Ascendio! – gritou.

Seu corpo foi lançado para longe enquanto a porção atingiu as chamas resistentes. Sentiu pedaços de madeiras se quebrarem sobre suas costas. Já estava a ponto de desmaiar sem ar quando finalmente saiu da construção, inspirou com a boca o oxigênio fresco e quase desmaiou com impacto do seu corpo ao chão, rolou alguns metros mais a frente pela velocidade em que ocorrera o choque e ficou estático por alguns instantes.

- Athos! – ouviu a voz de Lupin gritar.

Através do contato de uma de suas orelhas com o solo ouvi os passos das pessoas que corriam para ajudá-lo. Forçou-se a mover o braço e meio tonto conseguiu ficar de joelhos.

- Você está bem? – perguntou Lupin colocando a mão em seu ombro.

Balançou a cabeça como se quisesse ter certeza que não tinha nada quebrado dentro dela. – Estou ótimo! – respondeu tirando o caco de vidro da sua mão e sentando-se nos paralelepípedos. - Perfeito! – ironizou ao ver o estado da sua jaqueta, completamente tomada pela gosma alaranjada da porção assim como imaginou está o resto do seu corpo.

- Não acredito!! Cara! Você estragou nosso invento! – acusou um dos gêmeos quando tirou o saltador do sapato de Athos, este o olhou com sobrancelha erguida, o objeto realmente estava acabado, todo sujo da porção contra feitiço e parecia ter sido afetado na hora em que ele estava perto do fogo.

- Cara! Esse era nosso único modelo! Sabe quanto nos custou criar isso? – o outro entreviu.

- Ora vocês! Calem a boca! Não acredito que estão discutindo uma de suas maluquices ai quando o Brouclynn quase morre! – Brandiu Moody. – Saiam daqui vamos! Aliais, - olhou para a multidão que havia se formado para ver como Athos estava. – Saiam todos daqui! Vão trabalhar! Precisam agora tirar toda aquela gosma e verificar os dados para ver o que foi roubado. Vamos, vamos, andem!

As pessoas começaram a se espalhar com resmungos de cansaço e assim, só restara ao seu redor Moody, pois Lupin se comprometeu em averiguar se as ordens estavam sendo cumpridas.

- Está bem mesmo? – indagou em tom preocupado.

Athos assentiu pressionando o seu ferimento na mão para não sangrar.

- Bom... Então vou avisar a Minerva que a situação agora fora controlada. Falamos-nos depois. – saiu mancando para a loja de onde o vira saindo ao chegar.

Deixou-se desabar no chão com os braços abertos e ficou a contemplar o céu agora já clareando pela falta do gerador de fumaça que o poluía. Fechou os olhos e respirou profundamente tentando recuperar as forças. Finalmente acabara. Procurou no bolso da calça o seu cigarro e o tirou.

- Hum... – A embalagem estava empapada, assim como seu corpo, pela porção gosmenta, ainda tentou tirar o produto com uma esperança que ainda estivesse utilizável, mas decepcionou-se. O cigarro estava mole e alaranjado. – Droga! – jogou-o fora. – Hoje realmente não é meu dia.















Harry olhava para a bruxa deitada completamente imóvel na cama do mesmo quarto em estava ao acordar do acidente.

- Você acha que ela ficará bem? – perguntou preocupado a Hermione.

- Bom... A curandeira falou que sim.

- É... – concordou meio duvidoso.

Já fazia 4 horas desde que fora trazido ao St. Mungus carregado nas costas do Prof. Lupin. Uma hora depois de ser medicado acordara, estava tonto e grogue no começo, mas depois de algum tempo começara a andar e atualmente sentia-se bem saudável.
Juliet demorara mais para ser transferida da área de cura até a de repouso, que no caso era o quarto em que estavam. Gina e o Sr. Weasley já haviam ido para a ordem e a Sra. Weasley resolverá ficar juntamente com Mione e Rony já que Harry se recusava a sair de perto de Juliet.
Suspirou e apoiou-se na borda da cama que a bruxa estava deitada, segurando-lhe a mão.

- Harry querido!? – A Sra. Weasley o chamou alisando seus cabelos carinhosamente.

- Hmm...

- Eu vou comprar um lanche para os meninos, você também quer?

Harry balançou a cabeça negativamente. Mesmo só tendo tomado o café da manhã não estava muito bem para pensar em comida.

- Então eu já volto está bem? – disse-lhe antes de retirar-se do aposento.

A observou sair sem muito animo e depois voltou a sua posição inicial, com a cabeça também sobre a cama.

- Psiu, Harry! – a voz de Hermione entoou.

Virou-se, a garota estava sentada a um lado do sofá enquanto Rony ocupava o outro, achou estanho os dois juntos, mas deixou essa sua implicância de lado pela curiosidade em saber o que sua amiga queria o chamando com tamanha cautela.

Andou até ela e sentou-se no braço da poltrona ao seu lado. – Que foi Mione?

- Harry, você acha que terá uma reunião de emergência por causa desse novo ataque dos comensais da morte?

Harry franziu o cenho. – Provavelmente. Por quê?

- Acha que a Prof. Minerva ou o Prof. Moody comparecerá? – ignorou sua pergunta.

- Prof. McGonagall não sei, mas o Prof. Moody com certeza! Por que está me perguntando isso tudo? – insistiu.

- Porque eu e o Rony estávamos conversando...

- Nossa... Como as coisas mudaram em uma semana. – riu.

- Há há há, muito engraçadinho. – Cortou Rony dando-lhe uma tapa na cabeça.

- Bom que seja! O fato é que estávamos conversando, - continuou Mione. – E decidimos que está na hora de tomarmos providencias!

- Quanto a que?

- Quando a entrarmos para a ordem, claro! Harry veja bem; nós somos maiores de idade também, sei que não concluímos a escola, mas você também não e no entanto está participando de tudo! Isso não é justo, é?

Harry pensou por um momento, na verdade estava dividido, por uma parte queria seus amigos ao seu lado e por outra não. – É... Acho que não! – falou com certo receio.

- Então... Estávamos pensando em um melhor modo e momento para pressionar o Prof. Moody ou Prof. McGonagall e seria agora...

- Agora? Com toda essa confusão, eu acho que...

- Me deixa terminar Harry! – irritou-se a garota. – Bom... Como eu ia dizendo, seria agora o melhor momento, não por que ele seja favorável, mas é que está sendo bem difícil do Olho-Tonto e Prof. McGonagall aparecerem na ordem e essa seria nossa chance. Poderíamos pressioná-los com o fato que lhe dissemos alem de que seriamos mais dois bruxos para a ordem! Isso realmente seria bom, você não acha?

- Hmmm... É... Pode ser...

- Ótimo! Então, você nos ajuda não é? – perguntou em seu habitual tom mandão.

- A-Ajudar? – gaguejou. – Mas como assim?

- Ora, ajudar Harry! Do tipo: ficar ao nosso lado quanto à decisão de nos tornamos membros da ordem da fênix.

- Mas Mione... Eu não acho que minha opinião vai adiantar alguma coisa por que...

- Ou isso, ou não te conto o que descobrir sobre a R.A.B.! – cruzou os braços e virou a cabeça.






Athos ainda estava deitado sobre o chão, na mesma posição em que estivera há meia hora atrás. “Tenho que me levantar” pensou. Ergueu-se com vagareza e espreguiçou-se ao fazê-lo. Sua boca estava seca e o cansaço já o estava dominando. Olhou entediado para as pessoas que comandadas por Lupin removia a porção do banco a fim de entrar em seu interior. “Será que não teria sido melhor para mim deixá-lo queimar?” perguntou. “Que seja! Isso não importa mais.”
Movimentou-se almejando colocar as mãos escondidas nos bolsos da jaqueta e parou fechando os olhos tentando recuperar a calma quando não achou o esconderijo do canto direito, simplesmente não havia mais bolso ali. Contou até 10 forçando-se a não perder o controle e deu o primeiro passo para continuar seu caminho.

- Ei Brouclyn! – ouviu algum gritar distante, continuou a andar, não queria conversa agora. – Brouclyn! – chamaram outra vez, agora mais perto. – BROUCLYN!! – já não podia ignorar, estava muito próximo.

Atendeu com uma expressão mal humorada. – O que é?

- Hantsan quer falar com você. – avisou Moody em seu ouvido.

- Agora? Não pode ser em outra hora?

- Minerva disse que era urgente.

Suspirou e recomeçou a sua caminhada.

- Ei! Eu tenho uma chave de portal aqui! – falou.

- Obrigado, mas não preciso. Não irei diretamente daqui para lá. – disse enquanto seguia seu rumo.

- Será que não ouviu? Eu disse que é urgente! – repetiu com a chave em mãos.

- Eu escutei muito bem, mas a necessidade dele terá que esperar a minha! – respondeu. – E eu preciso de um cigarro. – murmurou para si mesmo.








Harry abriu a boca surpreso. “Que chantagem absurda!” pensou. Olhou para Rony procurando auxílio, mas este apenas balançou os ombros e comprimiu os lábios fazendo parecer que não iria ajudá-lo contra a apelação.
Buscou em sua memória um bom argumento para sair daquela enrascada, não poderia dizer que sentia medo que acontece algo de ruim com eles, isso não teria peso.
Ainda processava uma resposta quando um baque de porta se abrindo o fez dar um salto de susto. Um casal parecendo bem nervoso entrou no cômodo. Mantinha seus olhos fixos neles, assim como seus amigos, e os viu estancar, paralisados a porta, como se tivesse procurando alguém. O homem era alto, poderia dizer que tinha quase 2 metros, um queixo quadrado e sobrancelhas juntas, bem negras assim como a cor do cabelo e olhos lhe passavam um ar zangado, muito serio. A mulher de contra partida, era baixinha, com 1,65 de altura no máximo, um pouco gordinha, tinha também cabelos negros, mas seus olhos eram claros, lhe pareceu bem familiar.

- Oh Juliet! – ela correu em amparo da doente, sendo logo seguida pelo homem.

A senhora contemplava Juliet como se fosse uma enferma. Ela passava a mão pelos cabelos da garota enquanto lagrimas lhe jorravam. O homem apenas ficou ao lado da mulher, olhando a bruxa que estava sendo consolada com expressões preocupadas.
Harry ficou pasmo, não sabia o que dizer naquela situação. Quem eram aqueles? O que eles estavam fazendo ali? Essas perguntas lhe atormentavam.

- Como ela está? – perguntou o homem para Harry.

- B-Bem. – respondeu o garoto sem reação.

- Hmm... Mas quem diabos são vocês? – indagou Rony não se importando com a indelicadeza feita.

O Senhor aproximou-se dos garotos e estendeu a mão para o ruivo em sinal de cumprimento. – Desculpe-me, senhor...

- Weasley. – completou o garoto um pouco sem jeito.

- Eu sou Demetrio Somefild, tio da Juliet, e aquela, - apontou para a mulher. – É minha esposa, e tia legitima da Juliet, irmã da mãe dela, Lucchia. – a bruxa acenou com um sorriso e logo voltou sua atenção à sobrinha.

- O senhor é o tio da Juliet? – impressionou-se Harry.

O homem sorriu com expressão cansada. – Sim, hmmm... E pela cicatriz na testa você deve ser Harry Potter não? – ele inclinou-se para cumprimentá-lo também. – E essa jovem quem é?

- Hermione Grande, senhor! Prazer em conhecê-lo e desculpe a grosseria do nosso amigo aqui, - segurou o ombro de Rony. – inicialmente.

- Ora... – emburrou-se o ruivo.

- Tudo bem, nós que fomos indelicados em entrar sem nos apresentar. Mas, por favor, podem me informar como está a Juliet?

- Bem! – respondeu Harry, a tia se eriçou com interesse. – A curandeira nos disse que ela apenas vai ficar inconsciente nas próximas 24 horas por causa do remédio que tomou, pois é muito forte, mas depois disso ficará como se nada tivesse acontecido.

- Entendo...

- Está aqui o lanchinho... – a Sra. Weasley entrou fazendo o maior estardalhaço com uma bandeja cheia de comida – Ora... Temos visitas? – sorriu em seu modo acolhedor.

Ron colocou a mão escondendo o rosto e Harry percebeu suas orelhas corarem furtivamente. – Mamãe... – murmurou.

- Ah, deixe-me ajudá-la senhora. – ofereceu-se o Sr. Somefild.

- Obrigada! Muita bondade sua senhor...

- Demetrio Somefild, tio da Juliet. E aquela é minha esposa, Luchia. – seguiu a mesma norma que havia feito para com os meninos.

- Os tios dela? Mas, vocês não moram na Holanda?

- Bélgica senhora... – corrigiu gentilmente o homem. – É, mas eu e minha esposa ao sabermos do acidente viemos o mais rápido que pudemos. A Juliet nos é como uma filha.

- Ah é! Eu sei como é considerar alguém como filho. – Ela andou até Harry. – Fico muito preocupada quando acontece algo ao Harry. – o garoto corou.

- Pois é. Bom, mas já que tudo está bem... Querida! – dirigiu-se a sua senhora. – Acho que irei resolver alguns problemas no ministério e procurarei um hotel que possamos nos hospedar enquanto estivermos em Londres, está bem?

A Sra. Somefild esboçou um sorriso para o marido, mas dava-se para perceber o quão abatida estava, parecia muito frágil. – Tudo bem querido. Mas eu irei passar essa noite aqui com a Juli. – disse.

Ele sorriu e andou até ela, beijou-lhe a testa carinhosamente, sussurrou alguma coisa em seu ouvido e depois voltou para a Sra. Weasley a fim de desperdice.

- Ira comparecer a reunião da Ordem Sr. Somefild?– indagou a mulher antes que o bruxo completasse a mensura.

- Ah, - ele olhou inquieto para os lados. – Sim, claro! Eu estive trabalhando em uma investigação e pretendo apresentá-la hoje. Humm... Então, deixem-me ir. Até logo Sr. Weasley, Sr. Potter, Sta. Granger e Sr. Weasley. – beijou-lhe a mão e retirou-se do aposento.

Harry olhou para a Sra. Somefild ainda fazendo carinho nos cabelos da sobrinha. Sentiu-se inutilizado, Juliet não iria acordar naquele dia e a sua tia parecia muito companheira, não tinha mais o que fazer ali.

- Vamos para a Ordem? – propôs quando Rony já enchia a boca com o sanduíche que a mãe havia trazido.









- Aqui! – ofereceu-lhe um cinzeiro.

- Ah, obrigado! – falou dando um pequeno toque com o dedo indicador no cigarro para que as cinzas caíssem no local indicado.

Hantsan o olhou por cima dos óculos meia lua com uma expressão seria enquanto ainda lhe estendia o objeto. Athos tirou a jaqueta e a estendeu sobre o encosto da poltrona sentando-se nela logo após e tragando novamente o cigarro com feições céticas.

- Eu quis dizer para apagar. – especificou.

- É... eu sabia. - tragou mais uma vez e inclinou-se para fazer o que “Dumbledore” havia dito.

Um minuto se passará em que Athos supria sua impaciência ao ver o bruxo folhear alguns papeis em sua calmaria cotidiana, como se não o tivesse chamado para algo de importância.

- Então... O que tem a me dizer?

- É isso que pergunto a você. – disse-lhe ainda olhando para os pergaminhos.

- Como assim o que eu tenho a dizer?

- O que tem a dizer sobre hoje, sobre o acidente no banco Gringotes. - ainda não o olhava.

- Humm... – Athos recostou-se na poltrona. – Eu salvei o dia. – declarou.

- É mesmo? Antes ou depois de causar o fogo? – o fitou.

Brouclynn paralisou por um momento, mas depois riu. – Não dá para esconder nada de você não é?

- Perfeitamente. – disse.

- Bom, eu o havia avisado que Voldemort planejava invadir o banco para roubar os documentos do Sr. Brown do departamento dois (aquele que foi morto e invadiram o ministério para roubar algumas leis que ele criava pra magia), porque seus ajudantes não os tinham encontrado no ministério. Contudo, não fez nada para impedi-lo, então eu resolvi tomar minhas próprias providencias.

- Invadindo o banco e causando todo aquele desastre. – afirmou. – Diga-me Athos, - cruzou os dedos e apoiou os cotovelos na mesa o encarando. - como pode chegar a mim e dizer que por oprimir minhas ações posso esta matando milhões de pessoas quando depois você age erroneamente e arrisca a vida de inocentes?

Athos respirou fundo. – Na verdade o plano não deveria acarretar naquilo. Eu sabia que os duendes necessitavam de uma pausa a cada ano para checar a segurança do seu forte, e sendo assim, desfaziam os feitiços antigos para incrementar novos. Só não tinha conhecimento do dia nem hora e o tempo que eles ficavam em recesso. Descobrir, através de alguns informantes, ser hoje, exatamente perto da hora do almoço, e que eles costumavam passar meia hora com as portas fechadas. Sendo assim não permitiam que ninguém entrasse, apenas ficariam duendes lá. Elaborei uma estratégia para alguns dos meus homens de maior confiança e capacidade conseguirem entrar nos túneis pela parte lateral do banco e roubar o artigo em 10 minutos, que seria exatamente o tempo em que os comensais da morte levariam para chegar ao local dos cofres se entrassem pela frente. Bom, pelo menos pensei que eles o fariam assim já que são tão espalhafatosos. O problema é que fizeram da mesma maneira que eu havia planejado e isso desencadeou uma mudança no procedimento. Se os homens que eu recomendei estivessem presentes na missão isso não teria acontecido, mas um deles já estava ocupado em outros assuntos, sendo assim o irmão mais novo tomou seu lugar e foi justamente este que colocou tudo a perder.

- Entendo... Muito sábio de sua parte ensinar um feitiço com esse porte para alguém inexperiente.

Riu - Esses joguinhos não me afetam Hantsan. Não sou baba de nenhum moleque e você sabe disso. Quero dizer... A não ser aquele que me obriga a educar.

- Eu não o obrigo a nada Athos, apenas lhe peço favores. – voltou a seus afazeres iniciais.

- Certo. - já estava irritado. – Eu ainda tenho uma reunião para ir então qual o fundamento dessa conversa?

- Seus métodos.

- Hum... Meus métodos? – afogou-se na poltrona.

- Sim, porque eu não os consigo entender. Um dia disse-me que não importava se tinha sido treinado por ele, em suas ações nunca se igualaria ao tal.

- Você está comparando-me a Voldemort? – ofendeu-se. – Eu não sou igual a ele! – bateu seu punho fechado na mesa.

- Então por que insisti em agir como tal? – Hantsan se ergueu o encarando com seriedade.

Athos fez o mesmo se enquadrando quanto à altura do homem e trazendo seus punhos cerrados. - Se eu fosse agir como ele, não teria voltado para consertar o meu erro. Não teria me arriscado para salvar aquela porcaria e nem mesmo todo aquele beco.

- Então se arriscou pelos outros? Athos, não me julgue como um idiota, você também tem interesses escondidos nas entranhas daquele banco.

Sorriu com ironia. – É muito fácil sempre ver o meu pior não é?

- Não, não é. Por que por mais que não acredite Athos, eu o amo, e é muito doloroso para mim, apontar-lhe essas suas falhas. – hesitou por um momento. - Às vezes... Pergunto-me se agir certo em expô-lo ao Charlie, achei que você poderia mudá-lo, mas vejo que o efeito foi contrário.

- Não o coloque nisso, nada que sou desrespeito a algo que ele tenha feito.

- Será...

- Sim! O que quer de mim afinal Dumbledore? – aquela conversa já o estava incomodando.

- Eu quero uma resposta. Apenas uma resposta para uma pergunta que espero despertar alguma coisa dentro de você.

- Então a faça. – espumava com a raiva lhe subindo pelas veias.

- Arthorius... De que lado você está? – o encarou bem nos olhos.

Athos paralisou, sentiu o frio lhe subir a espinha, conteve-se por um momento. Dumbledore nunca o havia chamado pelo nome verdadeiro, sempre usará seu apelido. Trincou os dentes, como ele poderia lhe fazer tal pergunta novamente?
Andou até a poltrona, retirou sua jaqueta e colocou sobre os ombros, – Do meu! – disse-lhe antes de sair.

Hantsan baixou a cabeça quando Athos já não se encontrava mais no aposento. – Exatamente o que não queria ouvir. – sussurrou.











- Isso não é justo Moody! – disseram Ron e Mione juntos.

Harry suspirou cruzando os braços, encostado na parede da sala de reuniões. Já fazia quase uma hora em que seus amigos discutiam com o líder regente da ordem sobre o fato de não poderem participar dela.

- Nós também somos maiores de idade! – argumentava Mione.

- É! E O HARRY ESTÁ NA ORDEM! – gritou histérico Ron, olhando logo em seguida para assegurar-se que sua mãe não estava por perto.

- Não por meu encargo! – amargurou-se o homem.

- Mesmo assim! Você podia pelo menos falar com a prof.ª Minerva, tenho certeza que ela concordaria conosco. – defendeu Hermione.

- Eu já disse! Estamos com muitos problemas! Não dá pra pensar nisso agora! – gritava Moody pingando um pouco de saliva nos garotos.

- É nesse momento que deveriam pensar. Quando mais gente entrar para a causa melhor...

- É! O HARRY TÁ NA ORDEM! – gritou novamente Ron.

A bruxa parou na metade da frase e o olhou com a sobrancelha erguida. Já era a quinta vez que Ron usava o mesmo argumento. Harry balançou a cabeça negativamente quando a discussão voltou ao seu percurso normal, Mione debatendo com Moody, bufou impaciente e saiu do aposento. Aquilo iria demorar bastante.
Descia as escadas com o olhar vago em direção ao chão quando sentiu uma presença vinda no sentido oposto ao que seguia, levantou a cabeça sem interesse e deteve-se por um momento. Gina estava bem ali a sua frente, com a mão direita apoiada levemente sobre o corrimão, enquanto seu pé esquerdo estava suspenso no ar, parado em seu objetivo que era subir o degrau. Engoliu um seco e sustentou seu olhar.
Alguns segundos se passaram em que nenhum dos dois tinha coragem de se mexer, ou mesmo não conseguiam fazê-lo. Harry abriu a boca com intuito de falar alguma coisa, mas nesse instante, quando o som já ia lhe esvair da garganta, a garota recobrou as ações e passou correndo por ele.

- Gin... – tentou dizer estendendo uma das mãos em sua direção.

A viu sumir quando iniciou a continuação da escada, em outro patamar. Baixou a mão, respirou fundo e com um olhar triste virou-se para continuar seu percurso. Na verdade, não sabia nem como encarar Gina depois de todas as idiotices que fizera, também, não fazia idéia do que lhe dizer, nunca fora bom em palavras, principalmente quando estas seriam dedicadas a uma garota. “Talvez Mione possa me ajudar...” pensou com um filete de esperança.

Empurrou com certa força a porta da cozinha, abrindo-a com um baque. Levantou a cabeça e sentiu a cor do seu rosto sumir. A Sra. Delacour estava bem ali no aposento, conversando a um canto com o Sr. Somerfild. Seu ódio o dominou, o que ela estava fazendo ali na Ordem sem a sua permissão? Quis expulsa-la imediatamente. Sabia que a culpa do que lhe acontecerá não era dela e sim da filha, mas naquele momento sentia raiva de tudo que estivesse ligado a Gabrieli.
Ela terminou a conversa com o tio de Juliet e quando o viu na porta empinou o nariz e passou por ele fingido que não existia.

- Algum problema meu jovem? – perguntou o Sr. Somerfild que já encontrava-se ao seu lado.

- Ah... – Harry nem tinha percebido que ele se aproximara. – Tem. O que aquela mulher faz aqui na ordem?

- Cellenni? Bom, ela faz parte da ordem. O marido dela, que deus o tenha, prestou muitos favores em nome da fênix e quando faleceu ela tomou seu lugar na sede da França.

- E por que ninguém me disse nada? – irritou-se.

- Hmmm... Eu não sei. Mas talvez tenha sido apenas porque ninguém achou que não soubesse.

Bufou. – Não da pra acreditar na minha sorte. – murmurou.

- O que? – indagou o Homem.

- Nada, nada.

O Senhor arrumou uns papeis que lhe escorregavam das mãos. – Então sendo assim, porque não vamos juntos para a sala de reuniões? Na verdade eu nem sei onde fica. – riu. – Mas creio que a reunião já deve está para começar.

- É, tudo bem.

Vagou todo o percurso de volta a sala perdido em meio aos seus pensamentos. Viu Ron e Mione serem expulsos de lá e depois que entrou no cômodo procurou um local um pouco excluso para sentar-se. Moody já chamava os pequenos grupos de bruxos que se formavam para conversas paralelas a agruparem-se em volta da mesa e dar inicio a mais uma reunião.







Athos tropeçou no porta-guarda chuvas que ficava junto à entrada da mansão Black.

- Droga! – arrumou-o com pressa.

Com certeza a reunião já deveria ter começado. Detestava atrasar-se, mas do modo que saiu da companhia de Hantsan não se encontrava apresentável para nenhuma ocasião e por isso teve que passar em uma de suas residências, tomar um banho e pegar uma nova roupa. Afinal, não poderia aparecer aos outros com a marca negra exposta, apenas Olho tonto sabia já que o seu olho mágico a veria de qualquer maneira.

- Desculpe o atraso! – disse ao entrar na sala e interromper o discurso inicial de Moody.

- Tudo bem. Sente-se. – ralhou o manco.

Procurou um local vago, o achou bem ao lado de Harry. Rumou para lá e sentou-se arrumando os cabelos.

- E então? Como ela está? – indagou em tom baixo perto do ouvido do garoto.

- Ela quem? – percebeu feições distraídas e ergueu a sobrancelha em resposta da pergunta. – Ah sim... – despertou o garoto. – Juliet está bem.

- Como será a recuperação dela?

- Ah ela vai ficar de repouso...

- Hum Hum... – um barulho de alguém limpando a garganta chamou-lhe a atenção. – Vocês dois poderiam calar a boca e não atrapalhar mais a reunião? – indagou Moody furioso.

- Desculpe... – disseram os dois.

Recostou-se na poltrona e esperou impaciente Olho tonto terminar seu relato do ocorrido à tarde. O viu passar a palavra a Lupin para que este dissesse qual o estado dos túneis do banco e também o que estava em falta no estoque, mas isso Athos já sabia.

- Descobrimos com ajuda dos duendes, obviamente, que o cofre do Sr. Brown, membro da ordem, juiz de causas e leis do departamento 2 foi molestado e o seu conteúdo roubado. Pelas descrições das testemunhas que temos sobre os invasores concluímos ser mais uma das obras de Você-sabe-quem, o único fato estranho é a ausência da sua marca característica quando comete seus crimes. Mas, ainda assim é nossa solução mais lógica quanto a esse problema.

Suspirou exausto, uma quantidade enorme de bruxos tinha suas duvidas e sugestões a ser dada. Ainda discutiram o fato que mais do que nunca teria que se apelar para uma maior segurança no beco diagonal e a decisão do que fazer quanto a isso durou cerca de uma hora, iriam ter que dividir os bruxos em quartetos para fazerem turnos à noite no local.

- Então faremos um sorteio no final da reunião para saber os integrantes de cada quarteto e os dias que ficaram responsáveis pela segurança. – falou Lupin, todos concordaram.

Enfim mudaram para um novo assunto. Relações internacionais da ordem e mais ações que Voldemort fora responsável. Nada muito grave pelo que pode perceber apenas vândalos que louvavam sua causa. Entraram também no assunto da intervenção da magia que Athos havia abordado na reunião passada e por fim, quando achara que iria finalmente terminar e ele poderia descansar, um homem alto e de queixo quadrado que nunca tinha visto antes levantou para ter sua vez de falar. O viu andar ate uma senhora que logo identificou como sendo a mãe da garotinha loira que tinha passado uma semana na mansão.

- Eu gostaria da atenção de todos, por favor. – os olhares voltaram para ele. – Bom, como sei que muitos não me conhecem deixe-me apresentar. Eu sou Demetrio Somerfild mediador da sede da ordem da fênix na Bélgica. A Sra. Delacour aqui. – estendeu a mão para a mulher loira pegar e levantar-se com um sorriso pomposo. – Entrou em contato comigo sobre um problema que ela ficara encarregada de investigar. Acho que todos devem lembrar do caso Loholt e Draco Malfoy no Hotel Luxos não? A conversa que fora escutada entre os garotos. – ouvi um murmúrio de aprovação e perguntas e Athos se ergueu na cadeira, esse assunto o interessava. – Bom, nós descobrimos que aquele garoto se trata nada mais nada menos. – ele colocou uma fotografia do jovem no centro da mesa para que todos vissem. – de Loholt Dü'Vorak, filho de Arlet Dü'Vorak. – uma exclamação de surpresa se espalhou pelo cômodo e Athos travou as unhas na madeira dos braços da cadeira, o suor lhe desceu frio pela testa.
- Para que não sabe quem ela é, se trata da mulher que foi acusada de construir e projetar Azkam, mas que por falta de provas teve sua liberdade aceita. – continuou.

- E o que é Azkam? – indagou Harry.

- A maior monstruosidade já feita por algum ser meu rapaz. Não me admira que você-sabe-quem tenha apoiado esse projeto. Azkam era um centro, localizado no interior da Bélgica, onde se aprisionavam crianças bruxas, de sangue puro, que eram estudadas e treinadas para serem bruxos eximes...- deu uma pequena pausa - em matar. Parece-me que o interesse de você-sabe-quem era construir um exercito para ajudá-lo em seu desejo de acabar com os trouxas. – explicou o Sr. Somefield.

- Sim, e alguns anos depois da morte daquele-que-não-se-deve-nomear foi que descobrimos sua existência, de uma maneira trágica eu diria. – adicionou Lupin.

Athos sufocava, segurou seu peito onde estava o coração, as lembranças lhe atormentavam a mente.

- Como assim? – ouvia o Potter mais uma vez.

- Uma chacina meu rapaz, uma chacina. Encontramos apenas uma sobrevivente, um jovem de seus 15 anos, com marcas de torturas espalhadas pelo corpo, ele tinha conseguido fugir, não sei como da prisão e quando nos levou ao local encontramos mais de 30 crianças, todas mortas, o lugar estava completamente tomado pelo sangue daqueles inocentes. Eu estava lá e vi ainda me embrulha o estomago só de lembrar.

- E não era só isso. – agora quem falara foi Moody. – Todos tinham já cravado no braço a marca negra.

- E o sobrevivente? – indagara Tonks.

- O garoto não tinha mais nem reação. Ele passou 6 meses em coma no St. Harler (melhor hospital bruxo da Bélgica), não falava, não andava, apenas mantinha os olhos abertos, sem expressão, como um morto vivo. Não o culpo, nem quero imaginar o trauma que aquilo tudo o deva ter causado.

- Então ele morreu? – um outro bruxo perguntou, não identificara quem.

- Não, ele sumiu. Depois de 6 meses ele simplesmente desapareceu, do nada. Mas o estranho não é isso. Algum tempo depois Arlet Dü'Vorak, foi encontrada morta na sua residência. O seu filho, Loholt ainda tinha apenas 8 anos, quando tiveram conhecimento da sua morte acharam a pobre criança ao lado da mãe, segurando sua mão. Ela já estava em putrefação.

- Licença! – Athos levantou-se quase sem voz. Sua vista rodava e transpirava muito. – Eu não me sinto bem! Peço desculpas, mas vou me retirar.

- Mas ainda terá o sorteio! – alguém falou.

- Eu vejo isso depois. – disse derrubando a cadeira ao sair de perto da mesa.

- Quer que eu o leve até o quarto senhor? – ofereceu-se Harry levantando-se para acompanhá-lo.

- Não! Não! – o empurrou afastando-o de perto de si, sua mente explodia com as visões do seu passado, todas as pessoas presentes na sala lhe apareciam mortas, como zumbis. – Fique e preste atenção ao final para me contar depois. – tentou sorrir, mas este lhe pareceu apenas um traço mal feito formado no rosto.

Abriu a porta e quase caiu quando tentou andar mais rápido para chegar ao quarto, segurou no corrimão da escada para se equilibrar em pé. O sangue, o via por toda parte, os corpos. Conseguiu subir um patamar enquanto batia com seu corpo na parede, precisava da porção. Os seus amigos, eles estava correndo, lembrava do pânico, da agonia, todos caiam como um bando de ovelhas em abatimento.
Chegou ao seu quarto e ao abrir o trinco desabou no chão, tropeçando em seus próprios pés. Segurava a mão dela, apenas dela, sentia a sua respiração e seus olhos arregalados de medo. Queria protegê-la, iria protegê-la.



Tirou a jaqueta e a camisa sentindo que estas o matariam enforcado. Levantou-se segurando na cama e no criado mudo, a porção, precisava da porção. Foi até o banheiro encostando-se nos objetos, abriu o armarinho do banheiro, não conseguia ver nada, pegava os remédios e forçava a vista, mas não identificava o que estava escritos. Sentiu a baba começar a descer pelos cantos de sua boca, e seu desespero já o dominara por completo, agora jogava os frascos de vidro no chão, pois sabia que o que continha a substância desejada era feito de plástico.

- Anna, Anna... – chamava em delírio.

Caiu de joelhos no chão. Agora só havia escuridão a seus olhos. “Não se preocupe comigo meu amor “ouvia a voz dela sussurrante “Um dia nos dois nós encontraremos outra vez” encostou-se na parede ofegante, não, não, não queria ver aquilo novamente. Sentiu os lábios dela encontrar os seus. “Avada Kedavra”!! Uma voz forte e masculina entoou.

- NÃOOOO... – gritou Athos antes de perder a consciência.





Harry seguia em destino do andar 3 da mansão Black. A reunião havia acabado e o sorteio feito, havia tirado um dia em que não podia, pois teria aula com Lupin, queria falar com o Sr. Brouclynn justamente sobre isso, para tentar trocar os dias com ele e claro, ver como estava se sentindo agora.

- Sr. Brouclynn! – chamou batendo na porta escancarada.“Estranho, ele não está nem deitado na cama.” Intrigou-se.

- Sr. Brouclynn? – entrou apreensivo no quarto. – O senhor está ai? – seus passos planavam com cautela no solo de madeira.

A porta do banheiro estava aberta. Franziu o cenho e se dirigiu até lá.

- Eu estou entrando, certo? – avisou.

Uma exclamação causada pela surpresa lhe saiu da garganta. O homem estava caído ao chão, com vários cacos de vidro ao redor, via-se o sangue causado por alguns deles no corpo do seu professor. – SR. BROUCLYNN! – gritou indo em seu auxilio.

Tentou levantá-lo, mas não agüentando com o peso quase caiu também. “Eu tenho que ajudá-lo” determinou-se. Segurou-lhe o braço direito e o colocou sobre os ombros, contraindo os músculos da face com o esforço de erguê-lo, o apoiou sobre suas costas, se já tinha carregado Duda por que não conseguiria com o Sr. Brouclyn? Arrastou-o com grande esforço até a cama e o jogou sentindo alivio imediato nas suas costas. O homem se virou ficando por cima do braço esquerdo, resmungava algo.

- O que? - Harry se aproximou para tentar ouvir.

- Porção... Eu... Preciso da porção... – sua voz soava rouca e falha.

- Que porção? Que porção senhor? – indagou transparecendo seu nervosismo.

- Ruhevers... – sussurrou.

Correu até o toalete. – Merda! – os frascos estavam todos quebrados, como poderia encontrar a formula? Vasculho no armarinho para ver se sobrará algum inteiro, nenhum. Olhara para o chão nervoso, e agora? O que faria? Um pequeno frasco de plástico rolava como um balançar do berço de um bebê no chão. Agarrou-o com astúcia e verificou o nome. “Ruhevers” leu.

- Aqui, aqui senhor! – abriu a tampa e sentou ao lado do homem na cama. Levantou sua cabeça e deu-lhe o conteúdo do frasco que segurava. Ele o bebeu se engasgando entre um gole e outro, Harry percebeu sua respiração começar a voltar ao normal.
Ficou ali, sentado, tentando recuperar sua calma, nunca vira tanta coisa acontecer num só dia. O homem rolou sobre a cama e se postou de bruços. Espantou-se ao ver suas costas, elas eram toda marcada por listras de cicatrizes. Passou o dedo sobre elas. “Que estranho...” pensou.
O bruxo se moveu novamente, só que agora deixando seu braço esquerdo a mostra.
Harry deixou o frasco cair de suas mãos, andou a passos falsos se afastando da cama, seu coração batia forte no peito. A marca negra lhe era bem visível no braço recém exposto do Sr. Brouclynn.

- Não pode ser...






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Post By Almofadinhas:
Comu do orkut:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=9073963

Minha fic sozinha:
http://www.floreioseborroes.com.br/menufic.php?id=5574

Vlw galera e por enquanto apenas digo:Boa leitura!

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By Aluada:

Ae gente! desculpa a demora!! Mas compenso né n? O cap. ficou show!! Pelo menos eu achei... e tb tem 31 pags!! hauhauahuahau... Agora... deixa eu ir aos agradecimentos...

Tê : Linda e maravilhosa!! T amo d+++!! Vlw por sempre m apoiar e insentiver na fic, vc eh foda! ^^

Paty Black: Minha mulher q n liga mais pora mim -.-' to deprê!! Mas tah ae o cap. se vc quiser ler...

Lyra Byrnison: AE PORRA!!! MINHA MAIOR FAN!!! HAUHAUAHUAHAUHAUHA... (é taum fan q prefere a fic do q a mim -.-') t amo msm vc sendo fanatica d+! hauahuahuaha...

carline potter: -.-' num apareceu mais... bom... se aparecer deixa comentario please!! Eu to com saudades... :***

HTG_CLouD_DraCo's : Ae lindooo!! Vlw msm por ter gostado da fic! A coisa só está demorando pq eu estou no 3 ano e tah foda pra mim escrever e a molfadinha está sempre ocupada entaum tb tah foda pra ela e... bom... agora nas ferias eu prometo dar uma agilisada no processo ^^ :*** curta o cap. 14!

Anderson potter: n entendi o q tava igual, mas veja se curti esse cap.! :***

aluado: Vlw msm lindo!!! Espero q curta esse cap. tb e n deixe d comparecer nos comenterios! :***

MarciaM: Obg!!! É mto bom quando gostam do seu trab. m sinto mto bem!! ^^ espero q curta esse cap.! :***

Fábio A.Sousa: Obg!! Iremos continuar se Deus quiser... ^^ vou m esforça para comparecer mais com vcs leitores! :**

Isabela Bichara: Vlw belinha! Espero q curta sempre a fic... qualquer duvida ou crtica poor favor... sintasse a vontade d comentar! :***

Gente!! Entrem na comu!! N custa nd e esta mto boa!! Tem mtas novidades pra vcs e td mais... vamos ajudar!!




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