A Tristeza que vem
eu dei uma relida na fic e percebi q tah td acontecendo mto rápido entaum eu vo ter q dar uma enrolada em VCS... e a partir de hj eu vou por antes do cap a musica perfeita para se ouvir enqt lê!!!
Musica: Far Away, Nickelback
«A Tristeza que vem»
Harry se sentou na poltrona de frente para a lareira. Refletiu sobre o que havia acontecido nesses últimos dias. Pensou na burrice que fizera quando beijara Mádi Brooks, quando pulara no lago e quando não usara a camisinha. Mas o que mais o magoava era o que Gina havia feito. ”Gina...”, pensou Harry com uma tristeza no peito. A garota dos seus sonhos, beijara o sapo. Sapo não, doninha. As brasas da lareira já se apagavam, e Harry ainda a refletir compenetrado, fitando-as sem perceber.
Ele gritara com Gina, fora rude com ela, jogara toda a pressão dos últimos dias nela e ainda beijara uma garota que mal conhecia. ”Por quê?” Por fraqueza. Fraqueza de enfrentar os perigos do dia-a-dia. O que Harry menos queria no memento era olhar para Gina, quanto mais em pensar em que possivelmente ela carregava um filho seu. ”Um filho...”, Harry sorriu com a perspectiva, porém ainda era muito cedo para ter um filho. Seria uma complicação se Gina realmente estivesse grávida.
Os primeiros raios da aurora entraram pela janela e aqueceram o rosto de Harry. Sem motivo algum Harry pensou em Cho. Cho Chang, a garota que um dia habitara seus sonhos o traíra. Trair não é bem a palavra certa. A garota, na realidade, era menos que ele esperara.
O cérebro de Harry funcionava sem parar, seu organismo já criara uma maneira inconsciente de esquecer Gina. Esquecer Gina... Harry nem sabia se era isso o que ele realmente queria, se era o certo a ser feito. Uma primeiranista descera as escadas e se deparara com Harry sentado no sofá, olhando as chamas já extinguidas. A garota saiu correndo, Harry se perguntou por que ele assustava as pessoas.
Então desce Hermione.
- Harry! – a garota desce as escadas correndo e abraça Harry muito forte. – O que você está fazendo fora do hospital, e, disseram que você estava em coma...
- Calma Mione, me deixa explicar. Eu saí do coma e foi transferido pra enfermaria.
- Ta bom, mas o que você está fazendo fora da enfermaria?
- Eu fugi – disse simplesmente.
Os dois ficaram uns minutos em silencio. Hermione, constrangida, fala com Harry sobre o assunto que rondava toda a escola.
- Harry... Harry, por que você caiu no lago? – perguntou tentando pressupor que Harry se jogara.
- Eu não caí. – disse ele de cabeça baixa – Eu pulei.
- Mas... mas por quê?
- Você viu Mione? Você viu o que ela fez? – ele olhava inconformado para o rosto da amiga – Ela... ela beijou o... Malfoy!
- Eu sei, Harry.
- Por que ela fez isso? Você sabe?
- Você já pensou que você também pode ter abalado ela e que ela queria te causar ciúmes?
- Ci... – Harry olhou para o lado sem acreditar no que ouvira – ciúmes? Mas que coisa infantil. Por que isso?
- Então me responde por que você se tacou no lago!
- Eu... eu não sei – disse Harry de cabeça baixa.
Os dois encararam mais um longo silencio, e a cada minuto que passava mais alunos acordavam e saiam para tomar café, todos cochichando sobre o fato de que Harry Potter estava no Salão Comunal quando deveria estar no hospital, em coma. Harry receou que Gina fosse acordar a qualquer momento, não queria se encontrar com a garota. Não agora, porém mais tarde teriam que discutir sobre seu possível filho.
Tarde de mais. Uma garota sonolenta de cabelos incrivelmente ruivos e encantadoramente bela. Gina abriu os olhos e viu Hermione sentada no sofá. Sorriu para a amiga e percebeu quem estava do seu lado. Quase instantaneamente seu sorriso desapareceu. A garota assumiu um semblante sério e segurava o choro. Seu lábio inferior tremia levemente e um bolo travou sua garganta.
- Harry! – sua voz saiu embargada. O garoto não demonstrou menor emoção ao ver a garota ali, parada na escada. Isso afetou Gina mais ainda.
- Olá, Gina – disse Harry, mais para retribuir o reconhecimento. Harry se controlava para não chorar. Olhou para o chão para esconder a pequena lagrima que escorrera de seus olhos.
Gina ficou parada em silencio, enquanto a situação ficava a cada segundo mais desconfortável. Harry sabia que o que o impedia de ir correndo e abraçar Gina eram os mesmos motivos que o impediam de chorar: o bom senso, e seu orgulho. Mesmo sabendo que era ele o errado, Harry era leonino, e acima de tudo um Grifinório. Ficou apenas a observar a beleza inocente de Gina enquanto ela chorava silenciosamente sem sair do lugar.
Harry instintivamente deu um passo à frente, afim de acolher Gina em seus braços, porém foi impedido pelo orgulho e tropeçou, se estatelando no chão. Gina chorou mais ainda, pois sabia do confronto que acontecia dentro de Harry. Ela sabia que ele lutava contra seu orgulho para dirigir a palavra à ela.
Por fim, Harry se ajoelhou, apoiou as mãos nas pernas e ficou de cabeça baixa.
- Me desculpa, Gina – sussurrou Harry. Não era isso o que ele queria fazer, ele não queria sequer falar com Gina, quanto mais pedir desculpas à ela. Mas quem disse que se manda no coração?
Gina terminou de descer as escadas e se ajoelhou na frente de Harry.
- Não, Harry! – disse ela pondo a mão gentilmente em seu queixo e erguendo-lhe a cabeça. – Eu é que tenho que lhe pedir desculpas. Eu sei que você estava sensível por culpa da nossa briga. Eu que agi de forma errada.
- Me desculpa, Gina. – disse ele novamente – Me desculpa por ter pulado no lago.
Harry agora não mais continha o choro, não soluçava, não se sacudia apenas deixava as lagrimas brotarem e escorrerem por seu queixo. Não mais se rendia aos encantos de Gina, agora a abraçava calorosamente. Harry não mais resistia à sua vontade. Apenas chorava desconsoladamente.
- Me desculpe, Gina. – disse pela ultima vez – Por ter feito você sofrer ao meu lado. Isso não irá se repetir.
Então Harry se levantou, enxugou as lagrimas e saiu pelo buraco do retrato.
Gina pensou que ia morrer. Um vazio apertara seu peito e lhe tirara o ar dos pulmões. . Hermione também chorava baixinho de pé, recostada no sofá, sem conseguir acreditar no que Harry dissera.
Rony nesse exato instante apareceu descendo as escadas do dormitório masculino.
- Mione? – perguntou ele – O que aconteceu?
Hermione se limitou a sacudir a cabeça negativamente. Gina estava fora do campo de visão de Rony, porém, agora, seus soluços eram audíveis. Rony se aproximou da irmã e lhe deu um abraço, dividido entre acolher a irmã e a namorada.
- Alguém poderia me explicar o que aconteceu? – perguntou ele começando a se exaltar.
- O... Harry! – começou Hermione, já que Gina parecia incapaz de pronunciar palavra.
- O que tem o Harry, Mione?
- Ele disse que... Droga! Ele tava aqui Rony! Aqui no sofá falando comigo!
- Hein? – Rony pensou que não tinha ouvido errado
- Você ouviu! Ele saiu do coma e fugiu da enfermaria.
- Ta, mas por que vocês estão assim?
- Mas que droga, Rony! Você não consegue entender a situação? Ele está mal, prejudicado fisicamente e ainda foge da Ala Hospitalar para...
- Ele disse que nunca mais quer me ver – interrompeu Gina ao perceber que Hermione estava contornando o problema. A garota olhava fixamente para a lareira. O olhar vago e inexpressivo.
- Ele... ele o que? – perguntou Rony incrédulo.
Rony foi mais um que parou e olhou o vazio com um olhar vago e inexpressivo. Mas saiu do transe rapidamente. E saiu pelo buraco do retrato.
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