Dois Milhões de Anos Depois...




Estava em uma floresta, ao longe via um círculo de Comensais da Morte,seguidores de Voldemort, ao seu lado ele via um monte de Gigantes,
Dementadores e todas as criaturas das trevas.


Depois de uns cinco minutos de caminhada ele finalmente chegou ao circulo de Comensais e no centro viu Tonks caída, fraca e sangrando. Arregalou os olhos. Um dos Comensais apontou a varinha para Tonks:


-Crucio!- Tonks começou a gritar e a se contorcer.



Harry acordou assustado e suado. Olhou para os lados e constatou que estava no seu quarto na rua dos Alfeneiros, número 4.


Levantou, abriu a janela e despiu a camisa do pijama. Ele crescera bastante no ultimo mês, ficara mais alto, encorpado, e apesar de estar na casa dos tios, conseguira engordar um pouco.


Os olhos verdes miraram o azul das estrelas. As estrelas lhe lembravam Sirius.


Seus olhos se encheram de lágrimas, na hora não queria acreditar que o padrinho morrera, porem com o passar do tempo começara a se tocar que o Padrinho não mais responderia suas cartas, que o padrinho não iria mais entrar pela porta da sede da Ordem da Fênix. Compreendera finalmente que seu padrinho não estaria mais ali para ajuda-lo com seus problemas.Deixou
algumas lágrimas rolarem por seu rosto.


Continuou olhando as estrelas por mais um tempo, deixando algumas lagrimas caírem. Limpou o rosto. Sabia que o padrinho não gostaria de vê-lo chorando, mas o que podia fazer? Era inevitável. O padrinho era a figura mais próxima de um pai que Harry tinha, e agora seu segundo pai morrera.
Lembrando-se do sonho que tivera a pouco, Harry enxugou as lágrimas que
insistiam em cair, pegou um pergaminho e escreveu o sonho para
Dumbledore. Acordou Edwiges, que ficara feliz de ter uma entrega para fazer, amarrou a carta com uma correntinha de couro:


-Leve para Dumbledore!- Sua voz saiu baixa, seca, rouca e triste.


Edwiges levantou voou e Harry ficou observando a coruja, até ela sumir no horizonte. Deitou-se novamente e adormeceu quase que instantaneamente, mas passara o resto da madrugada sonhando com o padrinho.


De manhã, ele acordou com os berros de sua tia:


-Anda, moleque! É hora de acordar!! Hoje você precisa irrigar minhas
plantas!!!


Meio sonolento, harry levantou de sua cama, trocou o seu pijama por
suas roupas habituais e desceu pra tomar café. Como sempre, seus tios
fingiram não notar a sua presença.


Tomou seu café em silencio, quando terminou colocou seu prato na pia e fez menção de ir para seu quarto:


-Onde pensa que vai, moleque?- Valter Dursley, tio de Harry, perguntou.


-Pro meu quarto!- Falou triste.


-Não, não vai!- Tio Valter falou bruscamente- Quero aproveitar que Duda foi passar alguns dias com Guida para falar com você! Senta!- Valter falou e indicou uma cadeira, Harry se sentou a contra gosto, tia Petúnia também se sentou.


-O que o senhor quer?- Harry perguntou, Mal-humorado.


-Conversar!- Valter falou- Sabe...Desde que você chegou, não abriu a boca! Isso é um pouco estranho! Eu ando reparando que você não manda aquela sua coruja entregar cartas! Seu olhar na maioria das vezes fica perdido e triste! Quero saber o que está acontecendo!


-Não está acontecendo nada!- mentiu.- Só ando um pouco distraído por causa dos meus N.O.M's!


-Seus o quê?- Tio Valter perguntou confuso.


-N.O.M's...É um teste que todo bruxo faz aos quinze anos para medir seus conhecimentos! Os resultados vêem durante as férias! Os meus ainda não chegaram!É só isso que está acontecendo!


-Tem certeza?- Valter insistiu, Harry assentiu com a cabeça.- Não quero ver o anormal do seu padrinho nessa porta falando que nós...-Mas parou de falar ao ver que uma lagrima silenciosa escorria pelo rosto do sobrinho.Olhou para Petúnia, que também não sabia o que estava acontecendo.


-Ninguém chora por não saber a nota!- petúnia se manifestou.


-Eu sei!- Harry respondeu secamente.


-Então...- Valter perguntou após um tempo.


-O quê?- Harry perguntou enxugando as lagrimas.


-Por que está chorando?


-Não interessa!- Falou se levantando.


-Você não sai dessa cozinha enquanto não me falar o que está acontecendo!-Tio Valter falou se levantando e parando na frente da porta.


-Eu já disse que não interessa!- Harry falou e vendo que o tio não deixaria ele passar sem que dissesse o que estava acontecendo cedeu- Ta legal...Senta ai!-Ele indicou a cadeira que o tio estava sentando momentos antes. Valter se sentou e Harry começou a andar pela cozinha pensativo.
-Bom...-Começou após um tempo- Não achem que me sinto bem falando
disso com vocês, por que não me sinto!- Advertiu.- Eu não falei disso nem
com meus amigos...


-Por quê? Eles não querem mais te ouvir?- Valter perguntou sarcasticamente.


-Não!- Harry falou zangado- Eu que não estou pronto para falar disso! É
difícil pra mim, droga!- Valter e Petúnia ficaram sérios, ao ver que o sobrinho
falava a verdade.


-Certo...Mas uma hora ou outra você vai ter que falar sobre isso!- Valter falou.


-Harry, eu sei que certas coisas são difíceis de serem faladas, porem quanto mais elas nos machucam mais elas nos corroem por dentro!- Petúnia falou mais sensível que Valter.


-Eu sei...- Harry sussurrou abaixando a cabeça- Mas eu não quero falar disso! Tocar nesse assunto me dói mais do que ficar guardando ele só pra mim!- Não podia que estava começando a se abrir com os Dursley, ano passado até que era compreensível, mas esse ano? Talvez sua sensibilidade estivesse em tal ponto que o fazia precisar se abrir com alguém.


-Tenho certeza que ira se sentir melhor depois que se abrir, Harry!- Petúnia insistiu. Valter decidiu deixar o assunto com Petúnia, já que o rapaz estava começando a falar.


-E-eu...Eu não...-Harry ficara confuso, não sabia mais o que queria.-
Eu...Vocês me deixaram confuso!- Ele falou balançando a cabeça.


-Entendo!- Petúnia falou- Escute, Harry..Vá para seu quarto e reflita sobre o que foi dito aqui! E quando se sentir pronto para se abrir, venha falar conosco!


Harry assentiu com a cabeça e saiu da cozinha. Foi para seu quarto e se trancou por lá. Ficou horas pensando no que acontecera na cozinha. "Será que eles só estão fazendo isso por causa da ameaça dos membros da Ordem? Ou estão fazendo isso por que estão começando a gostar de mim!?" esses pensamentos só o estavam deixando mais confuso.


Não desceu para almoçar, Petúnia levara um prato de comida, mas ele não tocara. Estava quase dormindo quando tio Valter entrou:


-Escuta, garoto...Está desde o café sem comer! Não quero ter que ficar lhe levando para o hospital, portanto desça e coma o que Petúnia lhe der!


-Não estou com fome!- Respondeu com um fio de voz.


-Harry, Sei que você está sofrendo muito com tudo isso.A única
maneira de se livrar pelo menos um pouco desse sofrimento é contar pra
alguém o que está acontecendo. E nós estamos dispostos a te ouvir.


- Tudo bem - disse Harry - Vocês venceram. Vou contar tudo o
que está acontecendo pra você e a tia Petúnia.



Após dizer isso, harry resolveu descer até a cozinha para finalmente
contar aos seus tios tudo o que estava acontecendo.
Na cozinha, petúnia estava esperando harry e seu tio.
Após se sentarem, Petúnia perguntou:


-E então, harry. Você está pronto à nos contar o que está te deixando tão
triste?


- Sim- disse harry.
Após dizer isso, harry começou a contar tudo o que acontecera no seu
quinto ano de hogwarts. Quando começou a falar sobre a morte de sírius,
ele quase não conseguiu contar, pois, ainda era muito doloroso pra ele
contar isso.


Após contar tudo, harry começou a chorar descontroladamente e dizer:


-Por que essas coisas acontecem comigo?! por que?! Primeiro meus pais,
depois o sírius! Eu não aguento mais isso!- De repente, petúnia fez algo que harry jamais esperava. Ela o abraçou
carinhosamente e disse:


-Harry...Tenha calma...Você precisa superar isso. Não adianta nada se
desesperar. Isso não vai trazer sua família de volta!


-Minha família não teria morrido se o Voldemort não tivesse os matado! -Falou nervoso, se desvencilhando do abraço.- EU
NÃO TERIA QUE TER PRATICAMENTE ME TORNADO UM ESCRAVO DOS MEUS TIOS SE
VOLDEMORT NÃO TIVESSE MATADO MEUS PAIS E AGORA MEU
PADRINHO!!- Gritou furioso.


-Calma!- Petúnia falou mais alto- Se Voldemort não tivesse matado seus pais e seu padrinho você não teria se tornado essa
pessoa que é hoje! Você tem mais maturidade do que muitas pessoas com o dobro da sua idade!!- Harry parou estático no meio
da cozinha- Você é um rapaz muito nobre, Harry! Você se tornou uma ótima pessoa apesar do tratamento que recebeu a vida
toda!


-A senhora este bem, tia Petúnia? - Harry perguntou, não acreditando no que acabara de ouvir.


-Estou...-ela respondeu confusa.


-Ah...-Harry falou, não muito confiante-Bom....Vou dormir...Boa noite!- E saiu sem nem ao menos jantar.

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