O Plano de Dumbledore



- O que aconteceu com a Gina, Hermione? –perguntou Harry quando viu a namorada descendo pelas escadas que levavam aos dormitórios femininos.


- Hã... Sim, Harry, aconteceu. –disse Hermione. Mas ela não podia falar a verdade afinal de contas à amiga havia contado tudo aquilo para ela porque justamente confiava aquele segredo a ela- Mas acho melhor você perguntar para ela o que aconteceu. Não acho que seria justo com ela se eu falasse para você se ela estava confiando tanto em mim. Entende?


- Sim. Entendo. –disse Harry com um sorriso compreensivo.


Harry acompanhou a garota com o olhar. Ela se sentava em uma mesa para recomeçar a fazer os deveres que haviam sido espalhados por lado e tinham sido interrompidos quando a garota notou Gina entrando aflita. Logo se aproximou e sentou-se em uma cadeira ao lado da namorada.


- Hermione... Em que você está pensando? –ele perguntou depois de um tempo somente encarando a garota. Ele notava que na verdade ela não estava fazendo os deveres, apesar de tentar e muito isso.


- Estava preocupada com o fato dos dementadores terem invadido no dia do Duelo Sobre Vassouras... –ela falou baixinho- Sabe... Pode muito bem ter sido o Fudge, mas... Não sei... Alguma coisa me diz que... –ela falou- Você me entende...


Harry fez um aceno positivo com a cabeça. Foi somente nesse momento que notou a mão da garota por cima da mesa. Sentiu uma vontade imensa de segura-la. A segurou. Ele e Hermione trocaram olhares significativos.


Por incrível que pareça estavam sozinhos no Salão Comunal. Foram se aproximando bem devagar, tanto Harry quanto Hermione já estavam de olhos fechados quando ouviram:


- Harry... Hermione... –eles olharam para trás. Se surpreenderam ao ver Neville chegando correndo e tropeçando nos cadarços dos próprios sapatos.


- Algum problema, Neville? –perguntou Hermione não entendo para que tanto alvoroço.


- Desculpem por atrapalhar, mas... O professor Dumbledore mandou chamar vocês... –disse Neville.


- E o Rony? –perguntou Harry para confirmar a sua teoria.


- Agora já deve estar lá no escritório do Dumbledore. –informou Neville fazendo um movimento engraçado com os ombros.


- Obrigado, Neville. –disse Hermione que já se levantava com o namorado.


Os dois se levantaram e correram para o quadro da Mulher Gorda, correram então até o escritório do diretor. Ambos já tinham uma idéia do que se tratava. Finalmente saberiam quando seria a reunião da ordem. Ou quem sabe, até a própria.


- Estávamos esperando por vocês. –disse Dumbledore quando os dois chegaram. Rony, MacGonagoll, Lupin e Snape também estavam no escritório.


- Qual o problema? –perguntou Hermione de imediato.


- Teremos a reunião da ordem. –informou Lupin pelo diretor- Agora. –acrescentou.


- Aqui? Em Hogwarts? –perguntou Rony um pouco impressionado.


- Existe algum lugar mais seguro que Hogwarts? –perguntou MacGonagoll em um tom diferente do que ela sempre usava- A senhorita Tonks e os senhores Quim, Moody e Mundungo já estão chegando. Ah... Ia me esquecendo dos Weasley...


- Os meus pais estarão aqui?


- Seus pais e seus irmão Guilherme, Carlos, Frederick e Jorge. –disse a vice-diretora.


- E o Percy? –perguntou Rony.


- Sinto dizer isso Rony... –começou Lupin- Mas temo dizer que o seu irmão Percival está subordinado demais há Cornélio Fudge para participar de uma reunião da ordem. –disse Lupin sério.


Rony assentiu. Harry, Hermione e Snape observavam e escutavam tudo o que era dito em total silencio. Não tinham certeza do porque faziam isso, mas tinham certeza de que era melhor assim.


Viram então, quando Dumbledore andou até o meio vazio de sua grande sala. O diretor fez um movimento rápido com a varinha e no meio de seu escritório apareceu uma mesa envolta de várias cadeiras. Sempre as mesmas de veludo vermelho.


- Por favor, vamos nos sentando enquanto eles chegam. –disse Dumbledore já se acomodando na ponta de uma mesa- Eles viram com uma chave de portal, não é Minerva? –perguntou ele mesmo já tendo quase certeza da resposta. Ela balançou a cabeça positivamente ao mesmo tempo em que também se sentava- Então acho que seja melhor eu... Lacrar a porta.


Dumbledore apontou para a entrada do escritório e murmurou alguns feitiços para que a porta fosse trancada e ainda murmurou mais algum para que o som não passasse por ela. Agora sim o local estava extremamente seguro.


Harry se sentou em algum lugar e começou a batucar na mesa com os dedos um tanto quanto impaciente. Queria logo escutar o diretor. Se ele tinha algum plano.


- Demoramos muito? –perguntou uma voz animada.

Harry olhou. Tonks, Moody, Quim e Mundungo apareciam juntamente com umas pessoas de cabelos cor de fogo que Harry conhecia muito bem.


- E aí Harry? –cumprimentou Fred se sentando ao lado de Rony que estava ao lado de Harry- Faz tempo, não é?


- Eu disse para o Fred para nós virmos assistir o massacre que você ia fazer com Krum, mas, -ele abaixou a voz, mas mesmo assim todos por perto puderam escutar- acho sinceramente que estou perdendo o meu irmão... Ele está ficando, responsável... –ele falou o “responsável” de uma maneira que parecia tenebrosa.


Harry só deu algumas risadinhas. Foi cumprimentado rapidamente pelos recém chegados e quando esses finalmente se sentaram a expressão calma e animada de Dumbledore mudou, apesar de continuar calma, estava muito séria.


- Acho que já podemos começar agora. –ele calculou em voz alta, sem necessidade- Preciso primeiramente pedir Harry, permissão para contar sobre uma coisa que diz respeito somente a você e Voldemort. –ele falou sério- Será de estrema importância que eu possa contar isso.


Harry já sabia o que o diretor queria dizer. Ele falava de um assunto que Harry já havia milagrosamente esquecido por um tempo. Mas agora voltava a se lembrar com toda a força. O vidrinho que quebrou no Ministério da Magia. A profecia.


Dumbledore não pôde esperar que Harry assentisse. Percebeu pelos olhos do garoto que para ele o fato de ele contar sobre a profecia. Começou após um longo pigarreio.


- Não sei se recordam-se tão bem quanto eu do dia em que estávamos no Departamento de Mistérios. –começou o diretor. Não notou que Harry se lembrava de outra coisa que definitivamente não era aonde ele queria chegar- Mas na ocasião, Voldemort queria um vidro. Uma profecia. Atraiu Harry para que o garoto a pegasse para ele. –todos olhavam atentos. Algumas vezes olhavam para Harry- Aquela profecia. Dizia muitas coisas que nós já sabemos, mas uma coisa... É muito importante. E acho que é só isso que nós precisamos saber. Como Harry foi o marcado por Voldemort, ele quem foi o escolhido. Sendo o escolhido. É o único que pode acabar com Voldemort.


- Hã...? –fez Hermione sem querer entender- Isso quer dizer que...


- Ou eu mato Voldemort, ou Voldemort me mata. –resmungou Harry alto o suficiente para todos ali ouvirem. Todos ficaram surpresos.


- Mas... Harry... Isso é muito perigoso! –disse a senhora Weasley por todos.


- O plano é... –recomeçou Dumbledore não ligando para as interrupções- Precisamos atrair Voldemort para um lugar onde ele fique em desvantagem, de uma maneira que Harry possa matar Voldemort.


- Eu? –disse Harry depois de um suspiro. Sabia daquilo, mas agora que estava encarando a verdade tão de perto não se sentia nada bem- Mas, como eu poderia fazer isso?


- Com certeza não com um feitiço que você aprenda aqui em Hogwarts. –disse Lupin cortando um silencio que vinha das testemunhas de lá- Precisamos de uma coisa mais concreta.


- E que resolva o problema de uma vez por todas. Que não dê chance para Voldemort dar a volta por cima como vez tantas vezes. –disse Tonks.


- E, é claro, que o Potter consiga fazer com perfeição. –disse Moody.


Quando então a senhora Weasley se levantou rapidamente, não parecia estar gostando daquilo. Bateu na mesa. Parecia estar com alguma raiva.


- Vocês estão delirando? –ela disse quase gritando- Dumbledore, sempre confiei e respeitei você... Mas o Harry é só um garoto! É tudo muito arriscado! Eu nunca deixaria que ele fizesse isso!


- Por favor, Molly, você sabe tanto quanto eu que eu também não estou nada feliz com isso. –disse Dumbledore calmamente- Mas é a nossa única chance.


Todos ficaram alguns minutos em silencio. Até que ele foi quebrado por alguém que ninguém esperava muito. Snape falou com a sua voz arrastada e sebosa de sempre:


- E para aonde vamos atrair Você-Sabe-Quem? Não imagino um lugar onde ele fique em desvantagem.


- Quem sabe Hogwarts. –sugeriu Tonks- Aqui ele estaria em total desvantagem.


- Seria uma excelente idéia se Hogwarts não fosse uma escola e nós não tivéssemos tantos alunos andando por todos os lados, senhorita
Tonks. –disse Dumbledore sério e até mesmo um pouco irônico.


Todos se entreolharam pela enorme mesa. Se não seria em Hogwarts onde seria? Ministério da Magia? Nem pensar, lá ele teria somente vantagens que na hora ele com certeza surpreenderia todos arranjando-as.


- Então... Onde nós podemos leva-lo? –perguntou o senhor Weasley que foi o primeiro a criar coragem para isso.


- Eu estava pensando em... Azkaban. –disse Dumbledore.


Todos arregalaram os olhos. Azkaban? Pelo que Harry sabia em Azkaban ainda haviam alguns comensais da morte ou simples presos lá. Como aquilo poderia ser útil para eles?


- Mas... E os prisioneiros de lá? –perguntou Gui.


- Seriam todos levados para o mesmo lugar onde a Pedra Filosofal um dia foi colocada. –informou Dumbledore- Eu até pediria para você, senhores Moody e Mundungo ficarem na porta guardando-a, se bem que eu acho particularmente difícil passar por todos os obstáculos que ainda tem lá.


- Dumbledore... Sinceramente... O Potter conseguiu passar por todos os obstáculos quando tinha onze anos, você realmente acha que vá segurar criminosos da linha dos que estão em Azkaban? –disse Snape com a sua voz arrastada e nojenta de sempre.


- Harry sempre foi uma pessoa muito mais avançada para sua idade. –disse Dumbledore olhando para o garoto- Até porque, quase todos os criminosos em Azkaban ficaram loucos pelo pouco tempo que ficaram junto com os dementadores. Não corremos o menor risco que algum vá conseguir fugir.


Snape se calou. Sim, aquilo tinha muita verdade no meio. Harry não entendeu muito a lógica de Dumbledore de não chamar Voldemort para Hogwarts, mas colocar os criminosos de Azkaban na escola. Mas isso não era muito o problema dele. Até porque Dumbledore já havia conseguido provar que a sua maneira era segura.


- Mas... Por favor, Dumbledore continue com o seu plano. –disse Carlinhos.


- Eu, Harry, senhorita Tonks e Lupin iríamos para Azkaban... –começou Dumbledore, mas esse foi interrompido.


- E eu? –perguntou Hermione- Eu não vou deixar o Harry ir sozinho!


- Não, Hermione... Seria muito arriscado... Você não vai... –disse Harry.


- Como assim? Harry! Por favor! Eu não vou deixar você se arriscar assim sozinho! –disse Hermione. Agora o casal tinha todos os olhares voltados para eles.


- Hermione, quem não admitiria que você se arriscaria por nada sou eu! Eu seria muito irresponsável se fizesse isso...


Um pigarreio breve interrompeu a briga deles. Eles olharam e ouviram.


- Com licença, mas acho que essa discussão poderia ser deixada para depois. –disse MacGonagoll- Agora precisamos resolver um assunto mais grave.


Harry e Hermione que haviam se levantado sem perceber se sentaram novamente. Harry já imaginava que logo que os dois chegassem novamente no Salão Comunal da Grifinória ele colocaria aquilo em pratos limpos.


- Bem... Como eu estava dizendo, -recomeçou Dumbledore- um grupo iria para Azkaban enquanto outro iria formar uma... Como posso dizer? Isca para Voldemort...


- Isca? Como assim? –perguntou Jorge.


- Teríamos que fazer com que um grupo atacasse Voldemort, mas depois, fugisse. Fazendo com que Voldemort seguisse esse grupo que iria direto para Azkaban.


- E o que faria com que Voldemort seguisse o segundo grupo? –perguntou Lupin


- Faríamos Voldemort pensar que temos uma coisa importante a ser dita. –disse Dumbledore.


- Como?


- Alguém do segundo grupo iria “sem querer” deixar escapar alguma coisa tipo... “Vamos voltar aonde Harry está. Ele não pode morrer.”


Todos olharam para Dumbledore o plano era bom, o problema era esperar que desse certo.


- Certo... Eles chegariam em Azkaban e eu estaria esperando?


- Escondido. –complementou Dumbledore.


- E como mataria Voldemort? –perguntou Harry curioso.


- Você ainda tem a Espada de Gryffindor que eu te dei, não tem? –perguntou Dumbledore. Harry assentiu- Pois bem. Precisaria de um golpe certeiro. Direto no coração de Voldemort.


Harry assentiu. Dumbledore se levantou como que quase terminando a reunião que eles haviam tido.


- A reunião de hoje está terminada. Ainda temos que acertar coisas como, quem vai em qual grupo. Mas isso creio que teremos que acertar amanhã. –disse Dumbledore- Agora tenho um outro assunto do interesse de Hogwarts para ser tratado. Estão todos dispensados.


Harry se levantou. Todos faziam o mesmo. O grupo que havia vindo com a chave de portal desapareceu da sala com a mesma. Harry não se sentia muito bem. Teria que matar uma pessoa. Tudo bem que era Voldemort, mas mesmo assim. Era ou pelo menos um dia havia sido uma pessoa. E o pior de tudo, era que Harry poderia não sair salvo da batalha que teria.




Aí está o novo capítulo da fic... Bem, gente, já tá acabando!!!! Porém ainda não decidi algumas coisas sobre o final da fic, sabem... Acho que terei que matar alguém para estimular o Harry há matar Voldemort... Vocês entendem? Mudando de assunto, não tenho certeza de e nem bem tenho uma previsão de quantos mais capítulos para acabar, mas uma coisa é certa, pelo menos três ainda estão por vir. Quem sabe tenha mais alguns. Obrigada por lerem a minha fic e por favor, COMENTEM!!!!!!! - Amanda Neves

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.