O Diário de Hermione



Hermione estava sentada em sua cama no dormitório feminino da grifinória. Fazia uma semana que Gina lançara o “desafio” e ela ainda não havia escrito nada em seu diário. Agora que todos já dormiam, ela podia se concentrar e começar a escrever.

Andou até a janela. Se sentasse lá poderia escrever tranqüilamente, já que a lua fornecia luz suficiente para que pudesse enxergar as páginas do diário. Começou então a escrever:


Meu nome é Hermione Granger.
Estou no sétimo ano da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Sou uma das melhores alunas da escola (talvez a melhor, é isso que os professores dizem). Gosto de estudar aritmancia e...



Parou de escrever. Olhou para suas palavras e fez com que as mesmas sumissem com um feitiço. “Idiota demais” pensou, “a intenção era desabafar”. Pegou a pena novamente.


Hoje foi um dia e tanto. Acordei mais cedo que o normal e segui direto para a cozinha para fazer minha manifestação matinal. Desde o início do ano que venho fazendo isso. Todos os dias eu acordo, desço, e antes do café da manhã vou para a cozinha para incentivar os elfos domésticos a exigirem seus direitos. Até agora somente o Dobby e o Tyn me apóiam, o que é um absurdo! Já entrei em contato com o ministério, o Profeta Diário e tudo o que esteve ao meu alcance. Consegui publicar um artigo no Pasquim, mas isso só porque a Luna me ajudou. É revoltante saber que ninguém mais se importa com os elfos! O F.A.L.E. já existe há anos e tudo o que consegui foi reunir meia dúzia de membros! Às vezes penso em desistir de tudo. É muito trabalho pra pouco resultado. Mas daí eu penso em todos os pobres elfos domésticos que devem estar se matando de trabalhar naquele momento e reconsidero. Afinal, se não for eu, quem vai se preocupar com eles?!



- Hermione, você não vai dormir? – Hermione se assustou ao ouvir a voz de Parvati Patil.

- Já vou, Parvati – disse a garota deitando-se na cama e guardando o diário.



***



Era uma tarde ensolarada. Hermione chegou à aula de História da Magia muito irritada. Logo depois entraram Harry e Rony, que parecia estar no mesmo grau de irritação. Hermione tirou um livro de capa preta e murmurou um feitiço. Ele se abriu. Enquanto o professor Binns enumerava as causas que levaram os bruxos a temerem gigantes, ela pegou uma pena e começou a escrever no diário, o que não fazia há duas semanas.


Odeio brigar com o Rony, mas é inevitável!!! Ele não entende nada do que eu digo e inventa toda e qualquer desculpa pra eu não falar/ver/mencionar/pensar no Vítor Krum! Por acaso ele acha que pode mandar no que eu faço ou deixo de fazer? Tenho vontade de azarar ele quando acontecem essas discussões bestas. Tudo bem, eu também sou culpada porque eu revido, mas o culpado maior é ele que começa! Acho que preciso me acalmar pra contar o que aconteceu.

Hoje ao meio dia eu recebi uma coruja do Vitor. Fiquei muito feliz porque ele não me escrevia desde outubro. Na carta ele contava como estava se dando bem no novo time de quadribol que o escolhera como apanhador, um tal de Frikaboutts, Frikenboots, não lembro o nome... Bem, não importa. O importante é que ele disse que viria a Hogsmeade no próximo fim de semana para poder conversar comigo.

Eu não percebi enquanto lia, mas o Rony lia a carta por cima de meu ombro. Só notei quando ele gritou no meu ouvido:

“Você não vai, não é?”

“Ora, e por que não?” perguntei sem compreender inicialmente o quê de irritação na voz dele.

“Hermione, você sabe muito bem que não podemos confiar nele! Ele foi encontrado com comensais ano passado!” disse ele.

“Correção, Rony” falei “ele foi encontrado livrando um trouxa de um comensal” .

“Não importa! Eu sempre soube que ele era ligado nas artes das trevas... Ele estudou em Durmstrang!” disse Rony quase gritando.

“Deixe de ser idiota, Rony. Ele não tem nada com as artes das trevas! Não sei por que você fica inventando essas coisas!” disse.

“Inventado?” perguntou Rony me olhando de com um olhar perigoso.

“Sempre quando tem algo relacionado ao Vitor você inventa alguma coisa para tentar me impedir de falar com ele! Isso acontece desde o quarto ano!” comecei a levantar a voz. O que eu podia fazer? Ele me irrita quando começa a inventar desculpas pra que eu não veja o Vitor.

“Ah, me desculpe por me preocupar com você!” disse ele em um tom sarcástico.

“Francamente! Não entendo onde você quer chegar, Rony.” Disse dando de ombros e me levantando para ir para a sala comunal.

“Claro que não! Quando diz respeito ao Vitinho você não entende nada!” ele se virou e começou a encher o prato com comida.

Eu saí de lá bufando. Entrei no dormitório, peguei o diário e segui pra sala do Binns. Agora estou aqui, não prestando atenção na aula, escrevendo no diário e me sentindo bem melhor por isso. É muito bom poder escrever as coisas que estou pensando. É quase como contar pra alguém, mas alguém mudo, que só vai me escutar e não se importar em me dar conselhos.


***



Não falo com Rony desde o almoço de ontem. Não sei por que ele está tão irritado ultimamente. Ele está cada dia mais estranho. Harry acha que ele precisa de um tempo, que os treinos de quadribol estão matando ele. Mas se é isso o Harry poderia pegar mais leve com ele, não é mesmo? Ele é o capitão do time...
Mesmo não querendo, eu fico preocupada com ele. Acho que essa idéia da Gina foi realmente ótima, espero que ele comece a escrever no diário o quanto antes! Talvez isso ajude o ânimo dele a melhorar...



Hermione ergueu os olhos do diário e olhou Rony de esguelha. Os olhares dos dois se encontraram e ele se virou rapidamente, ficando com as orelhas vermelhas, mas seu rosto demonstrava novamente irritação.


Espero realmente que isso ajude!
Por mais brava que eu esteja, eu não quero continuar com essa briga sem sentido! Que criancice! Eu vou falar com ele e agora!


- - -


Eu não acredito nisso! Ele me ignorou totalmente! Simplesmente saiu sem dizer uma única palavra e foi pro dormitório. Eu quero matar ele por isso! Ah, tá legal, eu não quero matar ele. Mas deveria. Não sei por que não consigo ficar realmente brava com ele.

Ok, ok, eu sei sim, mas acho que ainda não estou preparada pra dizer ou escrever isso... mesmo que seja aqui.


Hermione suspirou e desceu para o salão principal. Era hora do jantar e ela estava morrendo de fome. Encontrou Gina que conversava animadamente com Luna Lovegood ao pé de uma escada. Cumprimentou-as e seguiu caminho. Chegou à mesa da grifinória e se acomodou ao lado de Harry que tomou um susto ao vê-la sentada ali. Ele andava muito distraído ultimamente.

O clima estava realmente frio. Podia-se ver os flocos de neve que caíam no teto enfeitiçado do salão principal. “tão bonito” pensou Hermione enquanto comia sua torta de abóbora. Rony não tinha descido para jantar e agora Gina estava ao seu lado.

- Tudo bem com você, Mione? – perguntou a amiga lançando a Hermione um olhar intrigado.

- Hã? Ah, claro, Gina. – disse distraidamente voltando a se concentrar em sua torta de abóbora.

- Você e o Rony são tão burros! – Gina interrompeu os pensamentos da garota fazendo-a se engasgar.

- O... o quê? – conseguiu dizer depois de beber todo o copo de suco que estava à sua frente.

- Como assim o quê?! – disse Gina – você e o Rony fazem isso desde sempre! Vivem brigando pelas coisas mais banais e ficam sem se falar depois disso.

- Eu não tenho culpa se o seu irmão é um legume insensível! – Hermione empurrara o prato com tanta força que este quase caíra do outro lado da mesa.

- É mesmo? – Gina parecia divertir-se com o rosto enraivecido de Hermione, que evitava o olhar dela – Tem certeza que você não tem culpa?

- Onde você quer chegar com isso, Gina? – perguntou Hermione retornando a olhar para a amiga.

- Hermione, não é de hoje que noto a preocupação excessiva do meu irmão-legume-incensível com você – teve que parar para conter o riso, depois acrescentou – e também notei que você não é indiferente.

- Não sei do que você está falando. Eu vou subir. Você vem, Harry? – acrescentou a Harry que pareceu muito interessado na conversa, mas sem vontade de se pronunciar.

Os dois seguiram para a torre da grifinória.


***



Estou preocupada com o Harry. Ele tem agido estranhamente a semana toda... não, acho que isso começou bem antes. Ele anda muito desligado.

Tudo bem que ele tenha novas responsabilidades como o capitão do time de quadribol mas eles nem têm treinado muito ultimamente. Será que devo perguntar a ele se há algo de errado? Gostaria de saber como agir... Não consigo evitar, me preocupo demais com ele! Faz muito tempo que ele não fala do Você-Sabe-Quem. Mesmo com os ataques que têm ocorrido desde as férias de verão.


Hermione guardou o diário dentro do seu malão e desceu para a sala comunal. Encontrou Rony e Harry discutindo. Pararam assim que a viram; Rony deixando o buraco do retrato e Harry se largando em uma poltrona que estava por perto. Hermione hesitou mas foi em direção a ele.

- Harry?

Chamou mas não obteve resposta.

- O que está acontecendo, Harry? – perguntou agora se prostrando em frente a ele, quebrando o seu contato visual com a lareira que jazia apagada.

Ele a encarou com uma expressão indecifrável, depois virou para o lado e passou a encarar o buraco do retrato.

- É o Rony? – perguntou Hermione.

Harry não respondeu. Hermione começara a ficar impaciente. Não agüentava não saber o que estava acontecendo.

- Olha Harry, seja lá o que o Rony tenha feito...

- Não é o Rony! – Harry a interrompeu – São vocês! Você e o Rony! Eu não agüento mais! – levantou-se e voltou para o dormitório masculino.

Hermione ficou estática. Por longos minutos não mexeu um músculo sequer, digerindo a informação. Do que ele estava falando? Da briga que ela e Rony tiveram? Mas sempre brigavam e Harry nunca pareceu dar tanta importância a isso.

Ouviu um barulho. Era um grupo de terceiranistas descendo as escadas de seu dormitório. Hermione finalmente se mexeu e lembrou do que precisava fazer aquele dia. Era domingo. Saiu pelo buraco do retrato e foi em direção ao grande salão.



***


Aconteceu uma coisa horrível, nem sei por onde começar a contar. Certo, vou começar pelo começo, e o começo é a estranha discussão de Harry e Rony. Em todos esses anos que os conheço posso contar nos dedos de uma só mão as brigas que os dois tiveram. Digo “brigas”, mas até um pouco antes de eu subir para a sala comunal eu pensava que isso fosse só uma discussão como outra qualquer que nós três vivemos tendo. Estava enganada. Bem, depois de presenciar a briga e a estranha explicação de Harry para ela (ele disse que a razão era eu e o Rony...), fui a Hogsmeade sozinha. Gina estava muito ocupada com o dever enorme de poções que o Prof. Snape passara, Harry tinha subido pro dormitório e o Rony... bem, eu não ia chamar o Rony pra ir comigo e encontrar com o Vitor.

Cheguei a Hogsmeade e levei Bichento até a loja nova de animais que abriu esse ano. Ele estava passando mal ontem à noite. Depois que saímos de lá fui até a Dedosdemel e dei de cara com o Rony. Ele me ignorou completamente. Saí da loja com muita raiva e estava a caminho do Três Vassouras quando alguém me chamou:

“Hermi-o-nini!” Era Vitor me chamando daquele jeito estranho. A essa altura eu já havia esquecido totalmente que ia me encontrar com ele.

“Oi” eu disse me virando para encará-lo.

“Que pom que focê veio, Hermi-o-nini” disse ele sorrindo.

“Ahn... Vamos até o Três Vassouras beber alguma coisa?” Perguntei começando a andar ao seu lado, consciente de que um par de olhos nos seguiam.

Dá pra adivinhar quem tinha acabado de deixar a Dedosdemel e andava a poucos metros de nós, não dá? Mas eu estava decidida a não ter uma outra briga com ele, ainda mais na frente do Vitor.

Escolhemos uma mesa afastada da porta e passamos a conversar. O estabelecimento não estava cheio como de costume. Devia ser por causa dos ataques de comensais; estavam todos com medo. Vitor me contou como ele e o time estavam treinando muito para conseguirem uma boa posição na próxima Copa Mundial de Quadribol e de como estava feliz por estar de volta à Inglaterra. Parece que o treinador do time era inglês ou algo assim... Não pude ouvir direito porque estava prestando atenção na pessoa que acabara de entrar no local. Rony estava com Dino, Simas, Parvati e Lilá.

“São seus amigos?” Perguntou Vitor quando viu para onde eu estava olhando “Querr sentarr com eles? Podemos ir parra lá se focê quiserr...”

“Não!” Ele já estava se levantando quando falei “Não, eu prefiro que nós conversemos sem a intromissão de ninguém” e lancei um olhar significativo para Rony que estava encarando a nossa mesa.

Voltei minha atenção a Vitor que me contou uma porção de coisas. Depois de terminarmos nossas cervejas amanteigadas e ele pedir mais, eu passei a contar as minhas novidades – que não eram muitas. Basicamente brigas, discussões e cia. Quando estávamos quase terminando com as cervejas amanteigadas novamente ele voltou a falar.

“Hermi-ô-nini... Tenho algo para lhe perrguntar”

“Sim?” o encorajei.

“Focê sabe que eu gosto de focê, não sabe?” eu hesitei e apesar de eu não poder me ver, tenho certeza de que havia corado. Sem se abalar Vitor continuou “Querro que seja minha namorrada”.

As palavras ficaram flutuando em minha mente por alguns segundos até que o barulho da porta do Três Vassouras sendo batida me fez acordar. Olhei para Vitor que esperava uma resposta.

“Ah, Vitor... Me desculpe, eu...”

“Non Prrecisa continuar” ele me interrompeu “Sei o que vai dizerr” e se levantando ele completou “Vai dizerr a mesma coisa que me disse há anos atrrás, Não?”

Afirmei com a cabeça e disse também me levantando:

“Eu gosto muito de você, Vitor, mas não dessa maneira. Me desculpe. Mas nós podemos continuar como amigos...”

“Sim, eu sei” ele disse.

Andamos juntos e em silêncio pelas ruas de Hogsmeade por um tempo e então ele disse que tinha que voltar para o hotel onde estava hospedado. Nos despedimos e eu continuei andando pelas ruas, sem rumo.

Como é doloroso dizer isso a alguém: “Me desculpe, mas eu não sinto o mesmo”... Ainda mais para um amigo. Fiquei me imaginando no lugar de Vitor. Se fosse comigo acho que me sentiria péssima.

Com esses pensamentos voltei a Hogwarts. Encontrei Gina no grande salão. Depois de ela assaltar meus bolsos (que estavam cheios de encomendas de doces que me pedira), e me perguntar “que bicho te mordeu, Mione?” e eu não responder, segui para a torre da grifinória. Afundei na poltrona mais próxima me sentindo péssima e fechei meus olhos. Quando os abri dei de cara com Rony, me encarando, com cara de poucos amigos. Abri a boca para falar, mas ele começou a andar em direção a escada em espiral que dava para o seu dormitório.

Decidi naquele momento acabar com aquela briga besta. Aquilo já durava quase uma semana! Fiquei de pé em um salto e disse:

“Já chega!” Rony parou de andar “Vamos acabar com isso de uma vez por todas, Rony. Não faz sentido nós continuarmos não nos falando por causa de uma briga idiota...” parei de falar quando ele se virou e me encarou novamente. Dessa vez raiva transparecia em seu olhar.

“Eu... er...” Tentei achar palavras, mas aquele olhar de desprezo não estava ajudando. “Hum-hum” limpei a garganta “Acho... que devíamos fazer as pazes.”

Novamente silêncio. Obtive somente um olhar acentuado de desprezo. Isso estava me deixando muito nervosa. Quando Rony abriu a boca eu recuei alguns passos...

“Fazer as pazes, você diz” riu alto, mas sem alegria “e por que eu ia querer fazer as pazes com você, hein, Hermione?”

Fiquei boquiaberta.

“Porque somos amigos...” comecei.

“Amigos? Agora você é minha amiga?” andou em minha direção. “Pensei que você preferisse ser amiga do Vitinho...” disse a última palavra imitando o meu modo de falar.

Nos encaramos por alguns segundos até eu compreender o que estava acontecendo.

“Vitor. É sempre o Vitor, não é?” Falei alterando a minha voz. Já estava sem paciência pra essa implicância do Rony com o Vitor. “Por que é que você vive implicando com ele? O que foi que ele te fez?”

Rony pareceu perder um pouco a raiva e desprezo do rosto, passando a ter uma expressão de surpresa; mas foi por instantes. Logo voltou a me olhar com a mesma raiva acentuada.

“Por que você não vai se encontrar com o seu namorado e me deixa em paz!” Gritou.

“Quê?!” E como se eu fosse chacoalhada, a lembrança da porta do Três Vassouras batendo logo após Vitor me pedir em namoro voltou. A porta batendo devia ter sido o Rony saindo. Eu nem notei se ele e os demais ainda estavam lá quando eu saí. Acho que Rony não estava porque eu não lembro de tê-lo visto.

“Ora, não me venha com essa! Eu ouvi vocês dois!” gritou mais uma vez.

“Você não devia escutar as conversas alheias!” revidei, mas estava consciente de que corara.
“Acredite, eu não tinha a menor intenção de ouvir
aquilo” respondeu se virando novamente para a escada. “Eu só segui vocês até lá porque não queria que você arriscasse a pele ficando sozinha com ele!”

“Arriscar a pele?! O que você pensa que ele é? Um dragão?” agora eu estava gritando, assim como Rony. “Eu não preciso de você me seguindo ou me vigiando! Acho que sou uma bruxa boa o bastante para saber me defender...”

“É, com certeza você é!” disse ele com um sorriso de deboche “A Srta. Sabe-Tudo-Granger vai fazer um par perfeito com o Idiota-Maior-Krum, que nas horas vagas também joga quadribol...”

“Cala a boca!” Apontei minha varinha para ele. Eu estava fora de mim.
Rony estacou. Ele me encarou com extrema amargura.

“Acho que não se aponta a varinha para um amigo...”

Nessa hora o buraco do retrato se abriu e Harry e Gina passaram por ele, estacando logo em seguida ao ver a cena: Eu parada, lívida de raiva, com a varinha apontada para Rony que estava com uma expressão de amargura.

“Ah, não! De novo, não! Vocês podem se matar dessa vez, não me importo mais!” Gritou Harry, girou nos calcanhares e saiu pelo mesmo lugar que entrou.

“O que infernos vocês estão fazendo? Dava para ouvir os seus gritos por todo o castelo!” Disse Gina se aproximando de nós. Abaixei minha varinha me sentindo extremamente culpada. Mais pela última frase que Rony dissera do que por ter estado gritando a poucos minutos.

Rony subiu para o dormitório sem dizer mais nenhuma palavra. Gina ficou me interrogando, mas tudo o que eu disse foi o que Vitor havia me perguntado. Por alguma razão ela ficou muito séria e algo como uma sombra de compreensão passou pelo seu rosto. Disse que ia subir logo em seguida e eu fiquei na sala comunal, voltando a me atirar na mesma poltrona em que estava antes de eu e Rony gritarmos um com o outro. A sala começou a encher e depois a esvaziar. Só quando restavam pouquíssimas pessoas é que Harry apareceu. Estava visivelmente cansado. Me lançou um olhar reprovador e também subiu para o dormitório. Resolvi então subir para o meu também e é aqui que estou no momento.

Não sei o que fazer com o Rony! Não consigo entendê-lo... Talvez eu deva dar um tempo a ele... como o Harry havia dito. Espero que isso ajude. Estou ficando muito preocupada.


Hermione fechou o seu diário, guardou-o debaixo do travesseiro e se deitou em sua cama, mas sem conseguir dormir.


***


N/A: É isso aí ^^ Espero que esteja boa...
(editei algo da concordância =P)

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