O noivado



Capítulo 17: O noivado.

O inverno havia chegado. As montanhas à cerca de Hogwarts estavam com seus topos cobertos de neve. O orvalho da noite já caia em forma de gelo que cobria com uma camada fina os campos da escola de magia durante a manhã e era derretida pelo sol durante a tarde. Os alunos e professores já tiravam suas vestes de inverno dos malões e dos guarda-roupas. Mas o clima não estava frio somente porque o inverno tinha chegado. As notícias do profeta diário também não eram animadoras.

Harry realmente estava se empenhando nas buscas do horcrux, porém parecia que por mais que se empenhasse não conseguia resultados. Ele tinha ido a todos os lugares possíveis de se encontrar uma horcrux, mas nada achou. Não estava sendo diferente com a ordem em relação ao caso do rapto de Luna. Por mais que eles procurassem não encontravam nenhum rastro da menina. Neville havia se juntado à ordem para tentar achar Luna. Ele parecia abatido, quase não comia, tinha olheiras de sono, mas quando perguntavam para ele o porquê, ele dizia que tinha ficado muito amigo de Luna e estava muito sensibilizado com o rapto da garota.

O menino que sobreviveu, porém não tinha muito tempo para se abater diante da situação. Os seqüestros estavam cada vez mais freqüentes, assim como os homicídios e os, por mais incrível que pareça, genocídios também, pois as mães dos recém nascidos alegavam que não queria que os filhos morressem nas mãos de comensais.

Bob havia começado a ser treinado por Harry. Eles iam para a sala precisa e ficavam treinando por horas a fio. O menino estava evoluindo rapidamente, e seu nível de magia estava realmente alto para a sua idade. Harry, por sua vez, também não tinha só tristeza e preocupação em sua vida. O seu “noivado” com Gina estava chegando, quanto mais o natal se aproximava, mais ansioso ele ficava.

Gina era vista por toda Hogwarts com Dobby em seus calcanhares à dar-lhe instruções para a noite de natal. A decoração da casa foi feita com base em fotografias tiradas, por Harry, com a máquina de Colin. O menu da noite foi escolhido em uma ação conjunta de Dobby, Gina e os elfos domésticos da cozinha de Hogwarts. Os convites foram entregues via memorando, como no ministério da magia, com vinte e cinco dias de antecedência e a Sra. Weasley quase teve um ataque do coração quando soube do “noivado”.


Por fim, o dia vinte e três de dezembro havia chegado. Os malões dos quatro amigos já estavam prontos e bem seguros em suas mãos enquanto Filch os seguravam no salão para a revista, como de costume. Eles tinham decidido ir até Hogsmead com os alunos e aparatar para Godric Hollow. Harry e Gina não se continham de tanta felicidade.

Pegaram uma carruagem e se sentaram confortavelmente os dois casais jogando conversa fora. O caminho foi bem curto para eles que desembarcaram em Hogsmead e aparataram. Qual não foi a surpresa de Rony e Hermione de encontrarem a mansão já lindamente decorada para o natal.

- Gina você e Dobby fizeram um ótimo trabalho – Disse Hermione.

- Obrigada.

O passeio de entrada contava com duas grandes árvores de natal enfeitadas. Na Grande porta branca de entrada principal da casa estava uma guirlanda em dourado e vermelho com fadinhas de verdade voando em volta dela. Ao adentrarem na casa ela estava lindamente decorada. Elfos domésticos e empregados todos de branco estavam arrumando todos os últimos preparativos, correndo de um lado para o outro.

- Bem vindos à nova mansão Potter – Disse Harry à Rony e Hermione que estavam boquiabertos.

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Draco estava descansando quando sentiu a sua tatuagem no braço esquerdo queimar. Em um salto se levantou e avisou Snape que teria que estar com o Lord das Trevas. Aparatou em seguida para o esconderijo de seu amo.

- Chamou Lord? – Disse Draco fazendo uma vérnia.

- Sim Draco. Tenho uma missão muito importante para você, mais importante que aquela que você não teve a competência de realizar no meio deste ano – Disse se referindo ao assassinato de Dumbledore – Se você conseguir desempenhar seu papel com perfeição eu lhe darei honras de comensal adulto e quem sabe resgate seu pai de Askaban.

Neste momento a porta dos aposentos que Voldemort e Draco se encontravam foi escancarada e Bellatrix entrou seguida de Snape.

- Mi Lord – Disse ela em tom de urgência – deixe esta missão para mim. Draco é um fraco que nem sequer consegue realizar uma maldição da morte!

- Que impertinência a sua Lestranger! Irromper minha sala e ainda por cima exigir uma missão para si! – Voldemort levantou-se com uma cara péssima – Mesmo sendo uma de minhas melhores comensais, não poderei te deixar impune! Crucio!

Bellatrix se contorceu de dor e gritou a plenos pulmões por uns bons dez minutos. Voldemort se deu por satisfeito e voltou a falar com Draco.

- Bom Draco, você ficará responsável pela segurança de nossa mais recente “hóspede”, Lovergood, que servirá de isca para atrair o Potter até mim.

- Lord eu não quero discutir vossas ordens, mas Snape precisa de mim para que a poção da sorte seja concluída.

- Meu caro Draco, se não quer discutir minhas ordens, OBEDEÇA-AS!!!

- Sim senhor – Falou Draco sem encaram seu mestre.

- Quanto a você, Severo – Disse Voldemort dirigindo-se a Snape – escolha alguém tão bom em poções como você para continuar seu trabalho.

- Sim Mestre.

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Depois de bem acomodados em uns dos muitos quartos da Mansão, que havia sido ampliada durante a reforma, os garotos foram desempenhar as tarefas que mais gostavam. Hermione foi apresentada por Dobby à biblioteca da casa e ficou praticamente o dia todo lendo. Rony primeiro foi apresentado à cozinha e depois a um mini-campo de quadribol e a um armário de vassouras novíssimas. Harry e Ginny ficaram namorando por um tempo no quarto do garoto, mas depois resolveram dar uma volta pelos jardins. Dobby às vezes aparecia para pedir instruções a Ginny e a Harry sobre o jantar.

A família Weasley chegou à manhã seguinte. A festa estava armada! Foram todos, menos Pearcy, que por motivos óbvios preferiu não aparecer.

- Harry querido! – Disse a Sra. Weasley, abraçando ele com carinho – como você e Ginny nos dão este susto! Ficarem noivos? Vocês são muito crianças! Mas eu deveria saber que vocês estavam brinca...

- Não mamãe, não estamos brincando – Disse Ginny vermelha de vergonha – ficaremos noivos sim. Harry acha melhor que seja assim, pois quer assegurar o nosso futuro. A senhora sabe que esta guerra é muito perigosa. Pessoas morrem todos os dias e...bem...se algo acontecer com... um de nós dois queremos assegurar que todos da família estejam cientes do nosso amor.

O senhor Weasley sabiamente resolveu intervir.

- Querida, Gina já é bem grandinha para tomar suas decisões. Deixe que eles sejam felizes...

- Arthur! Onde já se viu! Está acoitando as crianças nesta brincadeira!

Pressentindo o perigo eminente, pois Gina já estava a ponto de responder algo muito mal educado para mãe, o esposo da senhora Weasley fala:

- Querida mais tarde retornamos a este assunto, sim? Agora vamos nos acomodar e descansar um pouco, pois hoje é véspera de natal e não podemos estar cansados na hora da ceia.

- Sim querido você tem razão.

Dobby que também pressentiu o perigo arrastou a senhora Weasley para a cozinha dizendo que a ajuda dela seria indispensável para a coordenação do jantar. Ela toda feliz em ser útil saiu atrás dele já dando umas dicas, porém não sem antes dar um olhar de esguia para Harry e Ginny que mostravam aos gêmeos uma sala de jogos.

Meia hora mais tarde, quando os Weasley já estavam acomodados Harry e Ginny foram para o quarto do garoto para conversarem.

- Harry a reação da minha mãe com relação ao nosso noivado muito me preocupa.

- Mas porque Gina?

- Mamãe adora você, meu amor, mas tem medo por mim. Ela sabe que os rumos desta guerra estão cada vez mais incertos. Sabe também que você é o maior alvo de Você- Sabe – Quem, eu me preocupo porque acho que ela não vai querer que nós fiquemos noivos.

- Gina, meu amor, eu já dei um jeito nisso. Pedi a seu pai que tivesse uma conversa franca com sua mãe. Eu..er..abri o jogo com ele...

- Você o que? –Falou Ginny exasperada.

- Eu abri o jogo com ele – Disse Harry vermelho – Er...nós precisávamos de um aliado que tivesse grande poder coercitivo com relação à sua mãe. Eu só pensei nele para nos ajudar...

- Harry você...contou... TUDO?

- Er...sim contei – Harry agora estava sem cor diante da cara que Ginny apresentava. Ele estava morrendo de medo da reação dela, pois sabia como podia ser explosivo o gênio Weasley.

- Harry – Ela respirou fundo antes de continuar – Eu acho que nunca mais vou conseguir olhar meu pai nos olhos, mas – Ela deu uma pausa – acho que você fez a coisa certa. Você deve ser realmente corajoso, meu amor, pois contar ao pai de sua futura noiva que a “desonrou” não é fácil.
- Er...sim foi difícil. Eu – Ele fez uma pausa e desfez um feitiço de transfiguração que cobria-lhe a face. Estava com um olho roxo –fiquei com um presentinho de cortesia.

- Oh Harry!Porque não me falou antes! – Ela começou a beijar-lhe o rosto e o olho roxo – meu amor temos que cuidar disso imediatamente! Não quero o meu noivo com o olho roxo no dia do nosso noivado!

Ela pôs-se a cuidar do olho de Harry enquanto fazia-lhe carinho e mimos.

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Draco desceu as escadas úmidas de pedra que levavam ao cárcere de Luna Lovergood. As paredes bruxelavam pela pouca luz do ambiente apenas fornecida por escassos archotes de ferro, e a mente de Draco trabalhava a mil com as recentes informações. Ele teria que passa todo o tempo que fosse necessário sendo babá de uma lunática, pois ela seria isca para que o “poderoso Potter” fosse ao encontro do Lorde.

Além de ser taxado como o “filhotinho fêmea” dos Malfoy’s pelos comensais, por causa do episódio da morte de Dumbledore, ele ainda tinha que aturar a Lunática Lovergood por sabe lá quanto tempo até que o idiota do Potter tivesse a boa vontade de vir resgatá-la.

Chegando à cela destinada, ele percebeu que o comensal que deveria estar vigiando na verdade estava dormindo. Com um cutucão de varinha acordou o incompetente, que se assustou e pulou tropeçando em seus próprios pés e caiu de forma espalhafatosa ao chão.

Uma gargalhada estridente e irritantemente divertida chegou aos ouvidos do primogênito Malfoy, que, de cara amarrada, olhou em direção ao som. Lá estava ela. Draco nunca tinha reparado naquela sangue-ruim lunática, mas os trajes que ela usava ressaltavam a beleza da jovem de modo que até o mais cético dos homens não poderia negar.

Fazia muito frio naquela véspera de natal, mas ela parecia estar bem confortável em sua camisete branca colada ao corpo, que além de realçar os seios fartos, ainda estava com os dois últimos botões abertos deixando à mostra uma parte da cintura fina, que para Draco parecia um convite tentador. A saia de pregas curta e negra dava certo charme aos quadris arredondados e as pernas bem torneadas. Uma bota de canos longos compunha o conjunto que mais parecia uma perfeição diante do mais jovem Malfoy.

Saindo de seu transe, Draco viu que o comensal já estava de pé apenas esperando para saber o que ele deveria estar fazendo ali.

- Marck pode ir que o Lorde disse que eu assumo a guarda daqui para frente.

- Sim eu já vou. O Lorde deve ter mencionado que ele não quer que a torturem nem que a maltratem.

- Não ele não mencionou, mas agora já estou sabendo. Pode ir.

O comensal saiu o mais rápido que pôde dali, pois até Draco concordava que não era um local muito agradável para ficar. Ele voltou a olhar para cela e percebeu que a garota não estava muito bem instalada. Não sabia o porquê, mas se importou com o bem estar dela.

Ele com alguns movimentos de varinha transformou a cama de armar e o colchão em uma cama confortável com um dossel. Transformou a pequena mesinha em um criado-mudo grande com duas gavetas, onde ela poderia pôr algumas peças de roupa. Conjurou um candelabro com algumas velas e os poucos livros que estavam dentro da bolsa de colégio que a garota deveria ter trazido ao ser raptada voaram com graça para cima do criado. Também conjurou quatro casacos de lã, um sobretudo negro e algumas saias e blusas para a menina.


Luna olhava aquilo tudo com ares de curiosidade. Ela sempre conheceu a fama do menino Malfoy em Hogwarts, mas agora ele estava tornando aquela cela dela um lugar habitável. Pensou consigo mesma que deveria ser realmente a lunática como todos na escola a chamavam.

- Está com fome? – Ele perguntou surpreendendo mais ainda ela.

- S...Sim – Respondeu receosa.

- Vou preparar algo – disse ele tirando de uma sacola, que só agora ela percebeu que ele havia trazido.

Será que ela estava delirando? Pensava enquanto via-o preparar um chá. Draco Malfoy estava ali sendo bonzinho com ela e preparando um chá para ambos? Como a vida era surpreendente!!!

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A véspera de natal na mansão dos Potter estava bem animada. A família Weasley se encontrava entretida com tudo o que mais gostava de fazer: Bagunça. Os gêmeos, mesmo que a contragosto da senhora Weasley, estavam mostrando alguns de seus inventos para Rony, Hermione, Gina, Tonks e Lupin (os dois últimos e a família Granger também tinham sido convidados), que gargalhavam. O senhor Weasley estava entretido com uma conversa sobre tomadas com o senhor Granger e a senhoras Weasley e Granger estavam trocando receitas e palpitando na cozinha.

Gui e Fleur chegaram quase anoitecendo e estava conversando com Carlinhos algo sobre uma prima de Fleur que tinha ficado interessado nele no casamento deles.

Logo, Dobby anunciou que o jantar estava servido. Todos se acomodaram em volta da mesa e Harry Pediu atenção de todos.
- Por favor, todos – Disse ele batendo levemente na taça com o garfo – Como todos já sabem, eu e Ginny estamos namorando a um bom tempo. E como os tempos estão difíceis eu gostaria de oficializar e me comprometer seriamente, não só com Ginny, mas também com todos aqui. Senhor Weasley, cederia à mão de sua filha Virgínia Weasley em casamento para mim?

Alguns ficaram surpresos com a reação de Harry, como os irmãos mais velhos Weasley, Gui e Carlinhos. Mas a maioria ficou feliz. A senhora Weasley olhou mais uma vez para o marido, como que suplicando para que ele não aceitasse o pedido do rapaz. A mesa ficou em silêncio esperando a resposta do patriarca. Após uma grande pausa, ele suspirou fundo e disse:

- Sim Harry, eu concedo a mão de minha filha, porém com uma condição; você que saia vivo desta guerra para poder realmente consumar este casamento.

Todos deram vivas e comemoraram bastante. A senhora Weasley abafou um soluço e lágrimas escorreram por seus olhos. O resto da noite foi de festa, piadinhas com os noivos, feitas por Fred e Jorge e muitos presentes.

Ao fim da noite, a senhora Weasley foi falar com Harry.

- Harry, querido, me desculpe pelo meu comportamento, mas é que me preocupo com a felicidade de minha filha. Sei que tudo pode acontecer em uma guerra e é por isso que achei imatura esta idéia de vocês ficarem noivos. Não que eu tenha nada contra você, querido, para mim você é como um filho já. Mas...

- Senhora Weasley, não se preocupe. Agora eu tenho três motivos para acabar com Voldemort – Ela estremeceu ao ouvir o nome do bruxo – Um deles é salvar o mundo bruxo e poder dar uma vida digna e sem medo a todos os seres mágicos, outra é a promessa que eu fiz ao senhor Weasley de oficializar o casamento depois da guerra e por último o imenso amor que sinto por sua filha. Dumbledore certa vez me falou que minha única vantagem contra Voldemort – Outro estremecimento vindo da futura sogra de Harry – é o amor. E é por isso que lutarei. Para dar uma vida digna à mulher que amo e a minha nova família que são vocês.

A senhora Weasley enxugou algumas lágrimas que caiam teimosamente sobre seu rosto e por fim disse:

- É muito bom saber que não guarda rancor e ódio em seu coração. Para se vencer uma guerra deve-se sempre ter o coração limpo de todo tipo de sentimento ruim. Eles carregam nossa alma e bloqueiam a magia. Agora tenho certeza, meu futuro genro, que você vencerá esta guerra e ainda fará minha Ginny muito feliz.

- Obrigada por confiar em mim senhora Weasley.

- Obrigada por amar tanto minha filha, Harry. E bem vindo à família!

N/A: Por que da demora? Estou com vários problemas de saúde pessoail e familiares. Espero que tenha condições de ir postando mais rápido novamente. Não desistirei da fic, como já havia dito. Mas é que minha vida está de pernas para o ar. Estou até fazendo tratamentos psiquiátricos para ver se me ajudam a melhorar meu astral. Mas é isso aí galera...o capítulo inteiro demorou décadas ,mas chegou finalmente....espero que gostem!!!

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