Capítulo VIII



Capítulo oito


 


- HELEN, SUA... SUA... VACAAAAA...
PIRANHAAAAA... COMO VOCÊ PÔDEEEE? DEBAIXO DO MEU TETOOOOOO? - E a cada palavra
que ela cuspia, uma dor aproximava-se do coração, fulminando dentro de si.
Helen parara o ato, encarando-a estupefata, como se não soubesse o que fazer.
Alguns segundos depois, então, ela levantou-se e começou a se trocar, enquanto
o homem que estava com ela precipitava-se para colocar uma cueca e saía pela
porta, deixando-as sozinhas.


Lindsay encarou-a; por muitos
momentos, que pareceram anos seguidos, arrastando-se tristemente, elas ficaram
se fitando, como se analisassem calmamente uma situação. Mas, por dentro,
Lindsay sentia apenas o sangue explodir, latejando e fluindo nas veias,
rapidamente.


Quando voltou a falar, sua voz estava
parada e vaga.


- Por que você fez isso? - ela
perguntou, deixando-se cair na borda da cama. - Por que? Eu sacrifiquei tanta
coisa! Tanta coisa... por você! Para viver esse amor... amor de merda!
Porque você não presta, não é?


- Eu sinto muito, Lindsay - murmurou
Helen, sentando-se ao seu lado e olhando-a tristemente. -, foi sem querer...


- Foi sem querer? - repetiu Lindsay,
irritada. - Você fode com um homem, na minha cama e depois vem me dizer que foi
sem querer?


- Olha... foi só sexo, tá legal? -
disse ela, tentando parecer desconsolada. - Porque na verdade eu te amo...


- Então eu que sinto muito - disse
Lindsay, levantando-se e dando-lhe uma última olhada cortante. -, mas eu não
te quero mais... comece a arrumar suas malas e pode ir embora.


- Mas... mas...


- Sai daqui! - berrou Lindsay, começando
a pegar as almofadas recostadas sobre o sofá e jogando-as com ferocidade sobre
a outra. - Sai... sai... SAI DAQUIII!


 


*-*


 


O copo estava sobre a mesa, pela
metade; o gelo na vodca começava lentamente a derreter, quando Lindsay passou a
mão pelo tampo da mesa deixando com que o vidro espatifasse no chão, o líquido
salpicando por todo o azulejo.


Ela deu uma última fungada e encarou
o fogo que crepitava suavemente na lareira; nada mais importava... nada...


E então, seus olhos pousaram no
celular há alguns centímetros de si; seus dedos precipitaram-se para ele e ela
começou a digitar os números rapidamente, ansiando por ouvir a voz do outro
lado, consolando-a. Um toque de chamada. Dois... e então...


- Alô?


- Rony?! - exclamou ela, quase
desabando. - Ah... Rony... eu preciso de você! Onde você está?


- Na casa de Hermione... - respondeu
ele, rapidamente.


- Ah... - suspirou Lindsay. - mas...
você pode vir para cá?


- Pode ser depois?


- Por favor...


- Mas...


- Nós somos casados,
Ronald Weasley! E eu preciso de você do meu lado! - disse Lindsay, secamente. -
Venha para cá agora!


Rony sussurrou alguma coisa para
Hermione, que provavelmente estava ao seu lado e então, disse em uma voz
cansada e impaciente:


- Tudo bem... logo estou ai...


- Eu te amo, Rony... - sussurrou ela,
levemente mais calma.


- Hum... me ama? - ele repetiu, incrédulo.
- Você bebeu mesmo, hein...


 


*-*


 


A rua estava escura... mas para Helen,
pouco importava... ela sabia que errara. Mas não tinha culpa. Pelo menos,
pensava que não tinha... e agora, ali, sozinha, nunca mais poderia sentir os lábios
de Lindsay. Falhara. Falhara completamente. As lágrimas vieram com selvageria
aos olhos até que ela já estava com os ombros tremendo, conforme chorava.


 


Come
back baby, please cause we belong together



Volte, por favor, baby, porque nós
pertencemos um ao outro


 


Se
eu pudesse voltar atrás


Nada
disso estaria dessa maneira


Nada
estaria tão avançado


E
nós ainda estaríamos juntas


Como
sempre devíamos estar


Mas
agora


Nada
mais é perfeito


Nada
mais está do jeito que devia estar


Mas
eu continuo te amando


E
vou continuar te amando... nesse, ou em outro mundo.



 


E então, Helen levantou-se e foi
caminhando pelos becos úmidos e escuros, apoiando-se precariamente nas paredes
para não cair, de tão fraca que estava; a bebida agora, fazia efeito, fluindo
em seu sangue e deixando-a com uma leve tontura. Os pés cambalearam pelas ruas
estreitas até que ela viu o que estava procurando. Um rio que borbulhava águas
sujas de esgoto, cortando uma parte de uma rua.


Helen encaminhou-se para ele,
estacando no chão para encará-lo. Então, no segundo seguinte, ela inclinou-se
para frente, sentindo a água molhar seus cabelos e após, todo o seu corpo. O
cheio de podridão foi inalado rapidamente pelas suas narinas até que ela
tentou respirar, mas apenas água entrou para seus pulmões.


No momento seguinte, ela tentou
respirar com euforia, mas as águas borbulhando levaram-na mais para longe e ela
morreu...



 




N/A: Sim, ela morreu =] só isso... ja ne... ngm acompanhando a fic, mas tudo bem neh x_x

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