Capítulo VI
Capítulo seis
O tempo modificou-se com a mesma
rapidez de uma lâmpada queimando e o sol escondeu-se entre as enormes nuvens
carregadas de goticulas de água que logo foram sendo despejadas pelas casinhas
em Londres; Harry acordou com o forte fustigar de chuva nas janelas e então
inclinou-se para frente para dar um leve beijo na testa de Kirsten. Ela dormia
como um bebê, os olhos bem fechados e os dedos cerrados sobre a barriga. Não
começara a crescer ainda,mas ele estava tão feliz... seria pai... aquilo era
incrível. Ter um pouco de si mesmo em outra pessoa.
Levantou-se, indo para o banheiro e
sentando-se no vaso sanitário. Àquele dia iria em duas entrevistas que haviam
sido marcadas com antecedência; embora não tivesse muita esperança,
alimentara o sonho de que conseguiria o emprego e finalmente sustentaria Kirsten
e o filho.
Vestiu-se, fez o café da manhã e então,
esperou ansiosamente que a esposa acordasse; como ela não acordava, arrumou uma
mesinha de café da manhã, repleta de frutas, sucos e diversas guloseimas
matinais e, então, encaminhou-se para o quarto, onde colocou a mesinha sobre o
colo dela, acordando-a.
- Ah, Harry! - ela exclamou,
animadamente. - Obrigada! É perfeito...
- Não tão perfeito quanto a minha
esposinha amada - disse Harry, sorrindo.
- Esposa? - exclamou ela, com um
sorriso malicioso brincando nos lábios. - Já é assim que você me vê?
- Lógico - respondeu ele. -, bem... mãe
do meu filho...
- Você não sabe se é filho...
- Ou filha - completou Harry,
rapidamente. -, o que importa é que eu vou amá-lo muito...
- Como me ama? - perguntou Kirsten.
- Talvez mais um pouquinho - disse
ele, soltando uma gargalhada rápida. Ela sorriu e então caiu nos braços dele,
beijando-o longamente. As línguas encontraram-se em um beijo cálido e gostoso
e ele logo começou a explorar com os dedos os seios dela, que já estavam rígidos.
- Mas você é pervertido, hein... -
começou Kirsten, enquanto beijava-o e acariciáva-o.
- Com uma mulher dessa do meu lado -
murmurou Harry, descendo a língua pelo corpo dela. -, não tem como não ser...
- Mas agora não dá - Ela refreou-se,
levantando-se de um salto e deixando-o ali, inconsolado, um enorme volume
perceptível sob o shorts de tecido fino e verde claro. - você tem uma entrevista,
esqueceu? Tem que se arrumar e ir...
- Mas... - guinchou ele,
estressando-se. -, por favor...
- Não - respondeu Kirsten, com um
olhar de desaprovação. - vá indo tomar banho enquanto eu vou lavar a louça
de ontem.
E então saiu, deixando-o ali,
sozinho; Harry olhou em volta e desconsolou-se ao olhar para o shorts,
onde o volume começava a diminuir gradualmente. Antes que diminui-se
completamente, ele retirou o membro para fora e excitou-o com a mão direita,
fazendo com que o sangue flui-se novamente para toda sua extensão. Depois,
balançando ele calmamente, encarou-o e começou a fazer movimentos de ir e vir,
imaginando-se sob Kirsten. Alguns segundos depois, um fluxo de líquido branco
explodiu entre seus dedos e ele dirigiu-se para o banheiro livrando-se do sêmen
na pia.
Enquanto isso, na cozinha, Kirsten
procurava alguma coisa no armário embutido preso à parede. Finalmente, quando
os dedos sentiram o objeto, ela sorriu aliviada e então trouxe-o para perto de
si, abraçando-o. Era uma garrafa de vodca, cheia, doze anos. Ela conseguira
roubá-la em uma loja do centro de
Londres e então escondera-a ali. Abriu a garrafa pressurosamente e então, o
cheiro do alcóol invadiu suas narinas, proporcionando um prazer nela. Com a
mesma rapidez, ela começou a beber em longos goles a vodca, sentindo que ela
queimava sua garganta; quando o líquido já estava quase no fim, Kirsten ouviu
um passo atrás de si e sobressaltou-se, deixando que o vidro espatifasse no
assoalho. Virou-se e deu de cara com Harry, e a olhava, indignado.
- O que é isso?
- Harry?! - ela guinchou, soluçando,
as lágrimas começando a rolar pelo rosto. - Você... ah... desculpa...
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