O Herdeiro e a Cobra
- Capítulo Um - 
O Herdeiro e a Cobra 
A noite caíra em Little Hangleton. Aos poucos os carros desligavam seus motores, os pássaros paravam de cantar e as vozes morriam ao longe. Um silêncio ligeiramente incômodo tomava conta da cidade a não ser pelo barulho ôco de um salto de sapato que batia no asfalto. O salto pertencia a uma moça, magra e de aparência jovem, embora isso fosse difícil de constatar pois seu rosto permanescia coberto pela capa negra que ela usava. 
Decidida, ela subia a rua em direção ao cemitério do povoado. Parecia apressada, quase não andava, mais um pouco de pressa e estaria voando. 
Finalmente parou diante de um enorme portão de ferro no final da rua. Retirou do bolso uma fina varinha, tocou o portão com ela e na mesma hora ele se abriu dando acesso ao cemitério. 
Estava completamente escuro em seu interior, era possível apenas identificar as silhuetas das lápides e uma fraca claridão ao longe. Ela dirigiu-se áquela claridão e deparou-se com a grotesca sombra de um homem gordo e careca, muito parecido com um rato. 
- Fico satisfeito que tenha vindo, Ariadne - disse uma voz fria e grossa que parecia estar saindo detrás de uma das lápides mais próximas. 
- Boa noite, Milorde - falou a moça executando uma longa e exagerada reverência. 
- Espero que Rabicho tenha lhe explicado tudo claramente, incluindo os pequenos detalhes - disse novamente aquela voz detrás da lápide em tom de falsa cortesia. 
Ariadne concordou com a cabeça. 
- Sim, Milorde.
- Então não tenho muito mais o que explica. Espero que qualquer informação que precise esteja na carta que Rabicho lhe entregou. 
Um vento frio e violento passou carregando folhas secas durante o minuto em que a voz detrás da lápide fez uma pausa. 
- Rabicho - tornou a falar a voz que agora perdera totalmente o seu forçado tom cortês - Cubra-me e me leve até Ariadne. 
Estremecendo ligeiramente, o homem com cara de rato que permancera totalmente imóvel até aquele momento,dirigiu-se até atrás da lápide de onde parecia sair a voz, agachou-se por um pequeno tempo e enseguida saiu de lá trazendo nos braços um pequeno fardo de vestes, no qual, por sua vez, estava embrulhado algo que tinha a forma e o tamanho de uma criança recém-nascida. Rabicho colocou-o com cuidado diante de Ariadne e voltou para seu lugar ao lado a lápide. 
- Ariadne - brandou a voz fria derrepente e, pela expressão em seu rosto, a moça percebeu que aquela voz pertencia ao pequeno fardo de vestes negras á sua frente - Jura provar sua lealdade a mim e somente a mim durante todo o resto da sua vida?
- Sim, Milorde - a moça respondeu aindade sobressalto pela sua descoberta. 
- Jura honrar a marca que será posta em seu braço esquerdo e retornar a mim toda vez que ela ficar mais nítida, mais visível, mais forte assim como seu amo, Lord Voldemort? 
- Sim, Milorde - Ariadne repetiu baixando a cabeça. 
A coisa que havia no fardo moveu-se lentamente deixando um membro fino, frágil e ligeiramente verde á mostra. 
- A varinha, Rabicho - disse ele novamente sem formalidades. 
Novamente, Rabicho moveu-se com um gesto largo e entregou uma varinha retirada de seu bolso àquele bracinho verde enquanto Ariadne se aproximava. 
- Dê-me o braço - disse a coisa no fardo. E apontando a varinha para o braço da moça, murmurou: 
"Morda um pedaço da morte!" 
Uma fumaça negra pouco nítida penetrou no braço de Ariadne e enseguida evaporou saindo novamente de seu braço e deixando apenas uma tatuagem pouco visível de um crânio com língua de cobra. Ariadne caiu no chão fraca e inconciente, tendo em mente apenas a lembrança do momento em que realizara seu primeiro grande objetivo: tornara-se uma Comensal da Morte.
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