Saindo do Nº. 4



N/A: O motivo dos demais capítulos terem desaparecido é que elentamente vou recolocá-los, só estou betando e reescrevendo cada um, já que eles possuem vários erros de português ^__^


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Já anoitecia quando os Dursley haviam retornado, e com tia Petúnia falando maravilhas sobre seu filho querido.
Tio Valter adentrou a casa mostrando orgulho do filho que carregava um cinturão dourado na barriga, pena que com sua barriga estranhamente gorda, o cinturão quase desaparecia.

-POTTER! – Berrou Valter – Desça aqui!

Harry desceu as escadas esperando que mais uma desgraça ocorrera e desejando que fosse com Duda, ele fitou o tio.

-Que foi?

-Alguém bateu? – Perguntou o tio ficando curioso.

-Não.

-Certeza moleque?

-Certeza absoluta.

Tio Valter desconfiou da boa vontade de Harry, parecia que ele estava feliz, o que para variar, deixava os Dursley irritados. Fazer a vida de Harry uma desgraça, era algo que aquela família de trouxas fazia muito bem. E que com certeza Harry nem queria saber o porquê daquilo.

-Sua tia, Dudoca e eu vamos ter que sair de novo amanhã. Não se atreva á sair de casa – Anunciou o tio em tom de ameaça.

-É mesmo – Lembrou-se Harry – Meu amigo, o Rony me convidou para passar a ultima semana com a família dele. Será que eu...

A palavra de Harry foi brutalmente cortada com um grito triunfante de Valter.

-Valter! – Censurou Petúnia envergonhada.

-Claro que sim! – Gritou Valter – Sem você aqui a vida é uma imensa alegria! Seria um prazer ter você longe, ainda mais que os vizinhos novos vão nos visitar amanhã.

-Amanhã? – Repetiu Harry.

-É – Respondeu Petúnia amargamente – E comporte-se, não dê vexame diante dos vizinhos. Quando chegarmos, eles estarão quase chegando, portanto quero que limpe a casa!

-Claro tia... – Disse Harry.

No dia seguinte, Harry desceu as escadas trajando uma roupa no mínimo melhor. Não tinha rasgos nem estava suja, porém, essa roupa ele mesmo comprara no beco diagonal antes das aulas do ano passado começassem.

Tia Petúnia usava uma roupa nova e parecia que acabara de sair de uma seção de perfumes, Tio Valter usava uma gravata que o apertava tanto que seu rosto parecia-se com o de uma abóbora púrpura.

Duda não dizia nada, usava suas roupas normais como bem entendia, como se fosse o chefe da casa.

-Abra a porta fedelho quando eles chegarem – Ordenou Valter á Harry – sem palavras diante deles, certo?

-Certo...

O barulho da campainha anunciara a chegada tão esperada pelos Dursley. Harry abriu a porta e dera de cara com um casal que possuía a mesma idade que os Dursley e que usavam roupas comuns.

-Sejam bem vindos á Rua dos Alfeneiros – Cumprimentou Petúnia – Entrem, entrem.

Uma mulher entrou seguida de seu marido e uma jovem moça que parecia ter a idade de Harry também, mas ela parecia estar com os olhos inchados, parecia ter acabado de chorar.
Harry nem ligou muito e se sentou no sofá.

-Como se chamam? – Perguntou Valter parecendo educado.

-Eu me chamo Arnold Hart e esta é minha esposa, Evelyn Hart – Disse o homem que usava uma roupa comum. – Chegamos ontem, pelo que deve saber.


-Arnold, Evelyn que nomes bonitos – Disse Petúnia escondendo que não gostara nem um pouco daqueles nomes – Querem comer algo? Sintam-se em casa. Afinal somos vizinhos.

Para Harry essa era a gota dágua, ouvir seus tios falando sobre negócios e sobre as redondezas estava praticamente sendo posta em conversa, isso Harry não iria querer ouvir,
Harry estava quase saindo da casa quando seu olhar pousou nos de uma garota que estava observando os quadros.

Uma garota de cabelos negros na altura da cintura. Ela tinha belos olhos. Muito estranho - Harry deveria admitir - o olho direito era um azul tão profundo e bonito que se parecia com o fundo do mar. Já o seu olho esquerdo era um verde esmeralda muito parecido com os de Harry. O rapaz teve de admitir que nunca vira ninguém com olhos tão curiosos e ao mesmo tempo, tão fascinantes.

A garota era um pouco mais baixa que Harry, na altura de seu rosto. Sua pele era clara e reluzente. Ela parecia estar saindo de um banho de lua.

Harry teve a ligeira impressão de que essa garota se parecia muito com Cho Chang.
Claro, aquela garota não deveria ter o gênio de Cho. Foi como se Harry se lembrasse da cena de Cho quando ela saiu do bar. Até aquele dia, Harry não conseguia acreditar que Cho fizera aquilo.

Os devaneios do bruxo foram quebrados quando a garota encontrou seu olhar com o dele.

-Hum, olá – Cumprimentou Harry – “Mais uma trouxa que gosta de se arrumar” pensava Harry ao apertar a mão da garota. – Filha dos Hart certo?

-Prazer. – Sorriu a garota que limpava o rosto que ainda estava inchado de chorar – Qual seu nome?

-Harry – Disse o rapaz. – mas não se preocupe, eu não sou ninguém.

-Bonito nome – Sorriu a garota que achara graça – Eu estou aqui só de passagem, meus pais resolveram se mudar pra cá. Parece que gostaram da vizinhança... Como eu não moro muito com eles, hum...

-Que interessante – Mentiu Harry que não estava muito a fim de ouvir aquela conversa – Me perdoe, mas eu vou ter que me deitar, e depois eu preciso fazer as tarefas da minha escola... Sabe como é vida de colegial e tudo mais...

-Tudo bem – Sorriu a garota – Eu tenho deveres também. Até depois!

“Até nunca!” Harry dizia para si mesmo.

Naquela noite, Harry dormira bem imaginando que logo sairia dali e estaria de novo perto de seus amigos sem se importar com o resto.

Já era de noite quando Píchi entrou pela janela do quarto de Harry, trazendo uma carta bem fina.
Harry a pegou e começou á lê-la euforicamente.

Legal! Parece que você vai poder mesmo ir cara!
Papai disse que iremos passar aí na casa dos trouxas para te buscar, ele disse que vamos com o carro voador – imagine a cara da mamãe – vamos poder acampar que nem fizemos na copa mundial de quadribol! Não é o máximo?
Iremos chegar aí de noite, por isso prepare suas coisas... Cara, quando nos encontrarmos, você não vai acreditar na ultima que o Fred e o Jorge fizeram...

Rony.


Harry tentou imaginar o que Fred e Jorge haviam feito, mas estava empolgado demais com a possibilidade de sair dos Dursley ainda naquela noite.
Realmente era disso que ele precisava, ficar longe dos tios fazia a imagem de Siris se apagar – Já que á cada dia os tios perguntavam sobre o padrinho assassino – E isso era muito bom para Harry.

Se havia algo que Harry precisava, era se divertir com Rony e Hermione, e esperar pelo início das aulas, onde ele iria começar á se preparar para ser Auror.
Com rapidez, o jovem bruxo colocou todas as suas coisas dentro do malão, colocou Edwiges em sua gaiola e organizou seus livros velhos e colocou a lista de materiais dentro do malão.

Harry teve pouca vontade de colocar o presente que Sirius lhe dera, o espelho. Harry perdera a conta de quantas vezes chamara o nome do padrinho na frente o espelho e tudo o que via era o borrão causado pelo calor de sua respiração.
Ele já estava se preparando para descer quando se lembrou que os Hart, aqueles vizinhos novos ainda estavam na sala.
Harry se sentou ao pé da escada para esperar aqueles trouxas terminarem sua conversa chata.

-Quer dizer que terão que viajar? – Indagou Valter parecendo curioso – É uma pena, Petúnia faz tortas deliciosas, irão perder essa maravilha!

-É uma pena Sr. Dursley, mas eu e minha esposa temos negócios á tratar na Irlanda – Disse Arnold, o Sr. Hart – Nossa filha terá que ir para a escola em alguns dias e teremos que deixar esta casa nova vazia... Sabem como é, Nossa filha sempre quis estudar nessa escola.

Harry estranhou a frase, a filha dos Hart parecia gostar muito da tal escola. Seria uma escola normal?
Harry riu, claro que era... a menina tinha uma cara de mimada, deveria querer estudar em alguma escola para podres de ricos.

-É uma pena – Emendou Evelyn – Gostamos do bairro.

-Sim, a Rua dos Alfeneiros é ótima! – Exclamou o tio Valter – Mas, e sua filha, conte-me, ela estuda aonde?

Harry começou á se interessar pela conversa, saber onde as pessoas estudavam era até engraçado. Já que para Harry, ele estudava numa escola para casos perdidos...

Evelyn e Arnold pareceram um pouco receosos de dizer aonde, mas a filha deles entrou na frente e com humor respondeu:

-Eu estudava numa escola da Irlanda – Respondeu ela – Agora estudo num internato que fica longe de Londres.

-Que interessante, qual o nome do local? – Indagou Petúnia tentando saber se era o mesmo local que Duda estudava.

-Saint... Acho que é Saint Truppé. – Disse a garota.

-Pois é, nossa filha adora aquela escola – Disse a Sr.a Hart parecendo mentir.

-Não conhecemos, mas se for boa... Duda pode ir – Tio Valter disse alegremente.

Harry respirou fundo e ouviu uma buzina esganiçada vinda do lado de fora da casa dos Dursley.

-Quem será? – Perguntou Valter fingindo não ser a buzina para a casa dele.

-São os pais do meu amigo – Disse Harry descendo as escadas com seu malão – Vou passar as férias lá com a família deles.

-Ah claro – Disse Valter escondendo a raiva, mas deixando transparecer sua cor púrpura – Pode ir mole, digo, garoto.

Os olhos de Harry se encontraram com os da garota, mas ele nem sequer prestara muita atenção nisso. Para ele, aquela garota deveria ser uma trouxa comum que estava apenas curiosa em ver um rapaz prestes á completar 16 anos.

Petúnia escondeu a vergonha por ver seu sobrinho sair com vestes tão horríveis pela porta de sua casa.
Duda nem comentou nada, estava comendo um pedaço de bolo enorme e mal podia abrir a boca.

Era óbvio que o carro dos Weasley já esteve em melhores condições, estava quase caindo aos pedaços, mas também, parecia havia dezenas de pessoas dentro do carro.
Lupin, Moody, Tonks e o Sr. Weasley saíram de dentro do carro.

-Isso é? – Harry ficou pasmo com aquela escolta.

Fred e Jorge saíram de dentro do carro esticando os pescoços.

-Hei Harry! – Gritou Jorge sem se importar com a vizinhança que começava á abrir as portas para ver que alvoroço era aquele – Como vai?

Tio Valter apareceu na porta e estava quase estraçalhando o pedaço de torta que estava em sua mão, para ele, ver aqueles Weasley em um carro chula era pior que ver Harry falando de sua escola.

-Entre logo Harry – Pediu Moody ajeitando um chapéu que escondia seu terceiro olho – É perigoso permanecer aqui.

Harry colocou o malão dentro do carro e rapidamente entrou no mesmo.

-TCHAU TIO! – Gritou Fred pondo a cabeça do lado de fora do carro e acenando para Valter, fazendo Harry cair na risada.

Harry tinha a certeza de ter escutado um berro de seu tio á quilômetros de distância.
Depois de alguns minutos, Harry finalmente notara que o carro estava estranhamente enorme por dentro, parecia que todos estavam dentro de uma limusine.
Fred e Jorge chegavam á soltar Snap explosivos, o que era algo estranho mesmo.

-O Lupin fez um feitiço de espaço – Comentou Tonks do lado de Harry – Por dentro esse carro é um luxo né?

Tonks não havia mudado em nada, continuava com seu humor estranho e ao mesmo tempo engraçado. A diferença é que usava um cabelo cor chiclete e um nariz curto, parecendo-se com a de uma modelo.

-Viemos fazer sua guarda Harry – Comentou Lupin – Você já deve estar sabendo que Você-Sabe-Quem andou matando misteriosamente algumas pessoas.

-Segurança nunca é demais – Emendou Moody num rosnado.

O Sr. Weasley dirigia o carro e cantarolava uma musica inglesa que Harry não tinha certeza se conhecia bem.

-Nossa Harry, há quanto tempo não? – Disse Fred – Desde que fugimos da escola.

-Um ato reprovador se quer saber – Emendou O Sr. Weasley.

-Sim, mas temos orgulho do que fizemos! – Contradisse Jorge – Diga Harry, qual foi à cara da Umbrigde, não pudemos ver.

-Indignada – Respondeu Harry se divertindo com os gêmeos.

-Ah... – Disse Fred aliviado – Adoro ouvir essa frase!

-Sem duvidas – Emendou seu irmão.

-Er, nós vamos para o jogo das Eliminatórias? – Perguntou Harry curioso.

-Ah, sim. – Respondeu Tonks empolgada – Eu quero ver a Inglaterra vencer a Irlanda!

-Errado – Intrometeu-se Lupin – A Irlanda vai vencer!

-Quem disse? – Replicou Tonks – a Inglaterra é o meu time!

Harry finalmente se sentia em casa, não se sentia mais um estranho. Ver que entendia o que todos diziam era algo realmente bom. Principalmente quando as conversas não saíam da boca de seus tios, isso era um alivio.
Pelo menos Harry tinha a certeza de que ia se divertir nessas férias, e seria com seus amigos.
Quanto ao jogo da Irlanda com a Inglaterra? Seu palpite era um dos melhores... Que vencesse o Apanhador mais habilidoso.

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