Juro Que Não Fiz Por Mal



Cap.11– Juro que não fiz por mal (Meu subconsciente impuro)

P.s: O que está em negrito com itálico sou eu (narrando o que está acontecendo). Nas falas sempre haverá o ponto de vista de alguém – pelo menos nesse capítulo^^. Bom, se houver algo que não entenda é só me perguntar. E sim, esse é o nome do cap. todo.^^
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-Não. Não! Assim não sai todo mundo. Alguém aqui pra frente.

Gina se prontificou. – Está bom agora?

-Um pouco mais pra direita - Harry e Rony se entreolharam sem paciência. Aquilo era pra ser apenas uma recordação. Uma foto. Que demora... – Assim! Não se movam! Está ótimo.

-Digam “X” – alguém murmurou.

-“X”! - e todos estavam ali, ou a maioria.


O porta-retrato nas mãos, as pessoas ali acenando. Com um sorriso, pôs novamente na mesa de centro da sala.

Olhou para cima. Não ouvia *nada – O café está na mesa. Se não se apressar vai estar frio – falou alto. Levantou-se e subiu correndo as escadas, escadas da sua casa.

-Não vou esquentar pra você – falou batendo na porta com um sorriso zombeteiro.
***

Harry abriu os olhos, desligando o chuveiro.

Como já haviam dito a ele “Vão-se os anéis, ficam os dedos”. Tudo passa.
Passando a mão distraidamente pelo cabelo molhado, sorriu quando se deu conta. Estaria ele transformando-se no “impagável” James Potter?! Enrolou a toalha na cintura, varreu o Box e saiu dele. Abriu aporta, pegou os óculos na mesa de cabeceira, e logo foi ao seu guarda-roupa. Aquele quarto realmente lhe trazia paz.

-O café está na mesa. Se não se apressar vai estar frio – ele ouviu de lá de baixo. Continuou a olhar o guarda roupa, procurando uma peça de roupa.

-Cinco... Quatro... Três... Dois

-Não vou esquentar pra você – dessa vez ele se assustou, ela deveria estar lá embaixo.

-Já vou – a porta tinha sido aperta.

Ela ergueu a sobrancelha o sorriso ainda maior nos lábios. – Você demora muito. Da próxima vez, não vou esperá-lo pra comer.

Ele revira os olhos sarcásticos e põe uma camiseta. Ela ficou parada, Harry a olhou sorrindo e pegou a cueca, ela cruzou os braços, inabalável. Ele a pôs por baixo da toalha, depois jogou na cama. Ela teve mesmo que se segurar para não começar falar – ao menos não ofegou -, tentando conter-se e não olhar para a cama... Não era sua cama, era dele. A sua estaria seca e não mofada e molhada. Mas... Mas...

-Oh! Não... – ele comentou a olhando de lado e olhando para cama. – Que desastre eu sou! – se dirigiu com rapidez para a cama e pegou a toalha, girou e jogou em cima dela. – pega.

Hermione piscou, logo depois em seu rosto havia uma toalha, molhada... – Seu

-Tudo bem, moça – ele interrompeu. – sei que você quer de recordação... E já que estou de bom-humor – disse ajeitando os óculos. – Você quer quantos autógrafos? – perguntou parecendo uma cópia de Lockart, só que morena de olhos verdes, de camiseta e cueca e muito mais atraente, pensa Hermione.

Hermione ergueu a sobrancelha tentando se concentrar. Fácil, sem encará-lo muito, se lembra?
Então ela apontou pra ele, se aproximando. – Vai ter volta – disse desafiadoramente. – Pode apostar.

-E o que você pensa em fazer, mocinha?

-Não interessa mocinho – ela diz o puxando. – Vamos! Eu estou realmente faminta – diz lhe empurrando.

-Hermione! Estou de cueca!

-Ah! Qual é Harry! – ela continua o empurrando. - Você desfila de cueca pela casa inteira – falou pensativa. - E, aliás, deveria ter vergonha, sabia? – ela acrescentou. – Tem uma mulher aqui, morando com você.

-Bem, eu não sabia que você se importava – respondeu. - Quero dizer, da primeira vez foi bem constrangedor, não é? Mas depois, sei lá. Não me importo que me veja assim. Mas se você se incomoda... Aí são outros quinhentos.

Hermione ponderou. Mentira, ela nem pensou duas vezes (nem chegou a meia, na verdade), só fingiu. – Não tem problema Harry. Mas imagina se alguém vem aqui e te vê... – ela o olhou de cima a baixo – desse jeito? – ela riu imaginando.

“Se meus pais vissem isso?” Hmm, bem talvez não fosse tão engraçado assim.
Harry pareceu um pouco contrariado. - Só nós dois temos a chave, Hermione. Ninguém pode entrar aqui.

[Flashback]
Era noite. Muito tarde.
Ela não podia imaginar que alguém estivesse acordado, por isso quando descia as escadas tentava não esbarrar em nada, para que não caísse no chão e fizesse algum barulho. Porque ela sabia, Harry acordava com qualquer coisa, por menor que fosse, qualquer coisa...
Era tão estranho morar com ele... Não que ele fosse paranóico, sonâmbulo, um tarado ou algo do tipo. Ele era bem... normal. Quer dizer, ele era gentil, engraçado, e tornara-se ainda mais protetor com ela, mas Hermione não se queixaria. Ela suspirou, era quase seu irmão mais velho, a diferença é que ele tinha sua mesma idade... E ela ainda tinha sonhos nada fraternais com Harry. É, ele não poderia ser seu irmão nem que quisesse... Ela não estava com sono, remexendo na cama decidiu se levantar e comer algo na cozinha. Sentia fome.

Não comera nada mesmo no jantar... Harry não estava em casa e, sinceramente, ela não gostava muito de comer sozinha. Então pulou essa parte e foi direto tomar um banho maravilhoso (“o dia está estranhamente quente”) e depois deu uma estudada sentava no sofá com a televisão ligada. Ao menos não ficava no silêncio completo. Sinceramente, não sabia porque tinha Bichento, não faria nada! Deveria ter um cão, seria muito mais interessante, ela ao menos poderia brincar com o cãozinho... Um cão pastor talvez... E saiu de seus devaneios quando Harry chegou do jantar com seja-lá-quem-for... Ele dissera uma ou cinco vezes, mas nos encontros de Harry, Hermione preferia se fingir de cega, surda e muda. Era melhor assim, porque talvez tomasse rancor daquelas mulheres (“idiotas, por sinal”).


-Oi.

-Boa noite – disse levantando por um segundo os olhos de meu livro. – Como foi o jantar? – perguntei quase indiferente quase interessada, como sempre.

-Legal – disse ele dando de ombros.

“Na linguagem dele é quase um ‘não me pergunte, por favor’, que pra mim significa que foi um desastre ou algo que quase chega a isso. De uma forma errada me deixa feliz... Nada que eu possa fazer em relação a isso.”

-E o que jantou? – ele perguntou sentando-se ao meu lado, isso significa que ele tirou me pé do sofá.

-Ah. O de sempre – falei distraída. – Sabe que não costumo ‘jantar’. Só lancho. Comi torrada com geléia.

Logo estava em sua cama e por fim, desligou o abajur para dormir. Só que o sono não veio... E por isso, nesse momento descia as escadas cautelosamente.
Por sorte não esbarrara em nada até chegar ao pé da escada, onde pôde acender as luzes. Com mais nitidez chegou à cozinha.
Ali, como esperado, as luzes estavam desligadas, mas então ela viu um vulto. E por um minuto Hermione paralisou, devagar ela se aproximou do interruptor... Como uma bruxa poderia se esquecer da varinha?!, pensava nervosa. Ao menos, quem quer que fosse ainda não havia reparado nela. Ela respirou fundo sem fazer barulho e as luzes acenderam...
Ela franziu a testa.


-Ahhhhh!!

-O que? – se assustou virando-se.

-Ai meu Deus! – exclamou cobrindo os olhos. – Ai meu Deus! – ela abriu um dos olhos e novamente o fechou. - O que você está fazendo aqui?

-Essa também é a minha casa – retrucou ironicamente, indo para trás do balcão. – E você?

-Eu vim... – ela abriu os olhos o procurando. - vim comer alguma coisa – disse atordoada. – Meu Merlim. Harry! Seu louco. O que te deu na cabeça pra ficar passeando de cueca pela casa?!

-Eu não estava passeando, Mione! – reclamou corando. – Eu vim comer também... Além do mais, como ia adivinhar que você viria pra cá?

-Você não pode andar assim por aqui! – ela quase gritou. – Imagine que eu fizesse o mesmo.

Harry tentou não imaginar... – Tudo bem. Me desculpe, isso não vai mais acontecer. Mas você tem que entender, está calor e

-E por isso você resolveu desfilar desse jeito, entendi – Hermione disse piscando um olho. Ela já estava mais calma, e percebeu que a culpa realmente não era de Harry, ele só fora desprevenido. Esteve fazendo tempestade em copo d’água. De todo modo, lhe dera o tema de muitas boas semanas de sonhos... – Eu entendi Harry – falou novamente quando este foi se justificar mais do que vermelho (“Não é uma gracinha?!”). – Tudo bem. Est incidente está esquecido e perdoado... O que acha de comer alguma coisa? Estou faminta!

-Ótima idéia. E por favor, você pode não comentar?

-Você acha mesmo que eu iria dizer que te vi assim pra alguém? Não me deixaria em paz. “Além do mais, acho que isso tem que ser guardado a sete chaves, onde apenas eu possa recordar...”

-Obrigada, Mione.

-Você fica me devendo essa – brincou.

[Fim do FlashBack]

Harry pegou-se pensando: Ela o tinha visto e tinha sido constrangedor.
Quer dizer, sua amiga levara numa boa, mas ele nem tinha cara de encará-la, que vergonha tivera!
Agora, agora já haviam perdido tudo. Menos, é óbvio, o respeito. Hermione era quase tudo em sua vida, assim como Rony. E o resto, o complemento era seu trabalho. Ao menos, por tempo.

“Imagina se ela soubesse? Bom, eu não tenho culpa. Realmente não foi planejado... Além do mais ninguém pode provar não é? E não vou contar também... Quer dizer ela me acharia um pervertido, não é? Poderia até, quando eu fosse falar com ela, me virar a cara?!”
Ele pigarreou.

“Eu esqueci dos feitiços, todos sabem que Hermione é uma bruxa realmente poderosa. Ou ela pode pirar de vez e começar a me dar ponta-pés... Ou começar a contar algum segredo constrangedor meu! Ela pode também ir para os jornais dizer o quando sou um pervertido contando detalhadamente do que eu fiz e...”

Harry engasgou.
-Você está bem? – Hermione o olhou preocupada, erguendo a varinha.

-Cof. Se... Cof. Se afaste... Cof, cof. Se afaste de cof, cof, cof. De mim! – ele recuou tossindo e com os olhos lacrimejantes.

-O que? Harry, Merlim! O que foi? – Hermione o olhava sem entender.

Harry respirou fundo, balançando a cabeça e segurando o peito.
“Relaxe, homem! Ela não sabe. Ela não precisa saber...”

-Não é nada.

-Tem certeza que está bem? – perguntou a mulher com os olhos estreitos.

“Eu só estava, estava tentando ver outra pessoa. Pra ser exato a Gina, quando eu era, eu era digamos – ele está corando – apaixonado pela irmã do meu melhor amigo... Como poderia saber que Hermione, que ela??? Definitivamente a culpa não é minha!”

[Flashback]
Tudo bem. Talvez eu seja anormal. Quer dizer, todo mundo me chamava – chama - de anormal, tinha que haver alguma verdade por trás disso, não é? E tudo se confirmava agora. No meio da noite, sorrateiramente, estou andando no corredor com minha capa de invisibilidade. Mas só quero vê-la, não é pecado... Não é nada demais.

-Não é nada demais. Repetindo isso ainda me sinto culpado...

Lançando um feitiço na porta para que esta não rangesse, tentei abrir, estava trancada. Bom motivo para voltar pra cama, Potter.
Sou realmente mais persistente que uma porta trancada... Olhei o corredor mais uma vez só para checar. Não havia ninguém. Retirei novamente a varinha do bolso. Magia eficiente essa que a Mione me ensinou...
Tudo bem, estou dentro... E então tranco a porta novamente e retiro o feitiço. De qualquer modo continuarei de baixo da capa. Um abajur está ligado, mas as meninas estão dormindo – eu apenas sei. A janela faz com que a luz da lua ilumine uma boa parte do quarto também, então é relativamente fácil ver seu rosto tranqüilo... seus cabelos vermelhos brilhantes, a face amena, com um pequeno sorriso nos lábios, o que será que sonhas...?
Por um segundo congelo, há um suspiro atrás de mim, vindo da cama de Hermione. Lentamente viro-me para, talvez encontrá-la com um olhar feio. Respiro fundo e finalmente a encaro. Que idiota eu sou! Ela está dormindo, claro. Ela... ela está, está...
Minha boca está seca, meu Deus. Me forço a respirar depois de descobrir que a tinha prendido, eu deveria sair agora mesmo, no entanto... Eu estou pregado ao chão olhando minha melhor amiga, minha melhor amiga! Eu sou nojento. Acho que de certa forma estou bastante chocado e bom, encantado. Engulo em seco, dando um passo mais próximo a cama da Mione. Ela está dormindo, mas... Eu achei que ela dormia de bermuda e camisa confortáveis (“aquelas que batem um pouco acima do joelho, sabe?”) – como ela estava há algumas horas atrás. – De algum modo não é bem isso que está usando agora. Tento fechar os olhos e retroceder, é quase impossível.
Ela parece tão... Ela é tão linda... Merlin, eu não deveria estar aqui. Respirando fundo, dou uma olhada em Gina e sem chegar – sem me atrever, melhor dizendo - perto de Hermione a cubro, com um movimento de varinha, coisa que deveria ter feito a mais tempo.

[fim do Flashback]

“A questão é: ainda lembro muito bem daquela cena. E de todas as sensações que tive”.
Ele revira os olhos.

“Tudo bem, eu lembro de cada traço dela ali. Em sua cama, descoberta e, e Hmm, er... E apenas com um conjunto - muito bonito por sinal - de roupa de baixo”.
As maçãs de seu rosto estão ruborizando.

“Eu sempre soube que Hermione era uma bela moça. Verdade! Mas sinceramente, não estava preparado para encontrá-la daquele modo”.

-Harry? Estou falando com você – passou a mão à frente de seus olhos. Ele piscou.

-O que?

-Tudo bem? – perguntou sarcástica. – Pensando na morte da bezerra?

“Quero dizer, não foi desejo o que senti. Na verdade, foi muito estranho... Era como se eu devesse protege-la, como se eu tivesse sentido um ar desconfortável em meu corpo quando percebi o luar a tocar...”.

-Não – ele disse por fim. – Vamos comer.

“Hermione sempre esteve ao meu lado. Muitas vezes me senti mal por aquilo. Mas então a Gina sorria pra mim e eu esquecia... Ou o Rony falava de quadribol, ou até mesmo Hermione me distraía dos meus pensamentos. A questão é... Talvez eu não estivesse totalmente arrependido”
“Ou então me vinha a imagem dela, como se saltasse de algum lugar desconhecido e eu me perdia. Sendo franco, Hermione é uma mulher (excepcional). Inteligente, carinhosa, divertida, amiga... E naquele dia descobri que era perfeita. De qualquer forma, quem estiver com ela, será muito feliz – e eu, claro, farei ele respeitá-la como merece”.

-Finalmente!

Harry deu um sorriso aguado e enquanto andava pegou uma bermuda.
“É isso. Ele será muito feliz e Mione minha (quase) irmãzinha também”.

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(continua)
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