A revelação de Duda



Capítulo 1 – A revelação de Duda







O dia de verão mais quente que Harry já vira estava se iniciando, junto de um silêncio modorrento que pairava sobre as quadradas residências da rua dos Alfeneiros. Os moradores, em geral ferviam de excitação com a idéia de que apareceriam da rede de televisão local – como o anunciado no dia anterior, durante o noticiário das 20hs, com as mesmíssimas palavras que não paravam de percorrer a rua inteira: A pedido de muitos, o programa de horroridades e esquisitices Olhando as Aberrações será gravado ao vivo no dia de amanhã na rua dos Alfeneiros com participação dos seus moradores... , esse era o programa mais idiota possível nos pensamentos de Harry, mas parecia que os moradores da rua o adoravam -, mas a aparência de Harry Potter, um garoto magricela, de cabelos escuros, com aparência normalmente macilenta e meio doentia não estava nem comparada com a dos Dursley, que estavam delirando de alegria com a idéia, Harry Potter estava muito preocupado com algo, com ar de quem acabou de engolir um chiclete acidentalmente. Algo o irritava e ao mesmo tempo o horrorizava, era a idéia de que naquele momento, ele poderia estar se deliciando com sapos de chocolates e morando com seu padrinho, Sirius, que morrera a algum tempo atrás, e a mais algum tempo lhe tinha lhe feito o belo convite de deixar a terrível casa do Dursley e ir morar com ele. Harry, em uma breve pausa, começou a chorar baixo, de modo que só ele pudesse notar, mas então suas lágrimas foram interrompidas por um grave som que lembrava a Harry o bater de asas de uma coruja descontrolada, Errol, sim, a coruja da família Weasley estava rodeando a janela de Harry, que, ao notar, correu para abri-las e saber o que aquela coruja estaria fazendo naquele lugar e naquela hora, e ainda quando Rony já possuía uma coruja própria, Píchi, antes que pudesse pensar numa resposta, a descontrolada ave voou em grandes círculos pelo teto do quarto de Harry e, ao bater duas vezes na cabeceira da cama, foi jogada contra a cama onde ali ficou imóvel com aparência de defunto. Harry percebeu um pequeno envelope que era notável que antes possuía uma cor vermelha brilhante com detalhes em alto-relevo no formato de uma fênix na cor dourada, e agora estava sujo, um pouco rasgado e surrado, como se fosse um envelope guardado a anos em um recipiente demasiado pequeno para o seu tamanho. Harry apanhou o envelope e o abriu( o que não foi muito demorado, pois o envelope possuía aberturas forçadas no topo ), quando Harry puxou o pergaminho que havia ali dentro, deu um pulo que o fez bater com a nuca no guarda-roupa, neste instante, sua cicatriz voltara a doer, mas dessa vez, causava uma dor constante e demasiada forte para Harry, o que o fez cair no chão com um baque estrondoso. Havia desmaiado. Passado algum tempo, o suficiente para as filmagens do programa começarem, Harry acordou, se levantou vagarosamente, e, pegou novamente o pergaminho e o analisou, estava imaginando por que sua cicatriz doera tanto quanto havia visto que o pergaminho possuía gotas de sangue e letras escritas com letras pretas praticamente ilegível, pois estavam extremamente borradas, Harry fizera esforço para ler:





Prezado Sr. Potter,



É nosso dever informa-lo que, com muita dificuldade, a Ordem da Fênix

acaba de descobrir o paradeiro de Você-Sabe-Quem, nas florestas mais

densas do Brasil. Nossas fontes mágicas da região já estão tentando des-

cobrir o seu paradeiro exato, pois além de descobrirem sua localização,

encontraram pistas irrelevantes que levam a conclusão que o Lord das

Trevas está a procura de algo relacionado a Salazar Slitherin, e, como

já é do conhecimento de todos da Ordem, seu amigo, Ronald Weasley,

corre grande perigo, lembretes deixados pelo Sr. Ronald mostram que

o Lord das Trevas está precisando de algo que diz respeito ao senhor,

mas isto não é de nosso conhecimento, porém, com todo o respeito, pe-

dimos que leia os lembretes de Ronald Weasley que estão depositados ao

anexo e nos responda com maior urgência o que vossa senhoria imagina

ser este “objeto” que se relaciona com o fundador da casa Sonserina de

Hogwarts e ao mesmo tempo, lhe diz tanto respeito.



Alvus Dumbledore

Membro o...




Harry não conseguia distinguir as letras do restante do pergaminho, porém ficou curioso, o que Lord Voldemort queria tanto que dizia respeito a Harry e pertencia a Salazar Slitherin? E por que Rony corria perigo? Voldemort havia lhe capturado? Estava lhe perseguindo? Mas Harry esquecera dos lembretes de Rony, e foi logo os procurando, mas no momento em que leu o primeiro lembrete, Harry se apavorou, estava coberto de sangue, impossibilitando Harry de ler. Harry olhou então o envelope, haviam mais dois bilhetes, o segundo possuía apenas três palavras legíveis: Buscar Harry – essas duas palavras estavam na mesma frase, mas logo abaixo havia mais uma – Profecia. Harry não entendera o significado dessas três palavras, tão pouco o que tinham a ver com Salazar Slitherin. Mas ainda havia um último lembrete. Harry o pegou com cuidado, e percebeu uma pequena mudança na caligrafia do pergaminho e que era o único lembrete que estava intacto, limpo e reluzente – isso se não pensa-se no fato do pergaminho estar com um estranho odor de enxofre e carniça –, isso intrigou Harry, que leu o pergaminho e não entendeu nada que ali estava escrito, era uma charada, e Rony nunca fora muito bom em montar charadas:



Você me vê com medo grotesco e tristeza medonha

Eu lhe vejo com desprezo humilhante e fome tamanha

Perdão não terei

Quando notar que me preparei

Para mata-lo sem que morra

Eu lhe tiro o que é mais importante para você

Você me dá o que é mais importante para mim

Você morrerá

Mais estará vivo

Quando eu lhe der o que lhe é mais fatal,

Irei lhe dar meu beijo mortal.




Harry não entendera nada com nada, mas algo lhe preocupou quando viu que embaixo do lembrete, no canto direito, havia alguns fios de cabelo ruivos que Harry percebera logo que eram de Rony. Isso lhe apavorou, ele ficava imaginando o que Rony queria dizer com esta charada , a não ser que não tivesse sido Rony que a escrevera, pois, por que Rony colocaria seus próprios fios de cabelo num pergaminho? E Harry conhecia muito bem a caligrafia de Rony. Definitivamente não foi ele que escreveu a charada.

Harry começou a pensar, leu e releu a charada várias vezes, sabia que a resposta o levaria a alguma coisa importante, algum aviso. O que intrigou Harry na charada foram duas frases: Você morrerá e Mais continuará vivo. O que aquilo significava? Como alguém poderia morrer mas continuar vivo? Mesmo no mundo dos bruxos, isso era impossível. Harry pensara em tudo que conhecia, pensara nas poções de Snape( será que existia alguma com esse poder, na qual Snape usava para intimidar os alunos? – pensou Harry ), pensara também nas criaturas medonhas que Hagrid chamava de bonitinhos, mas nunca ouvira o amigo falar de uma criatura assim( Hagrid verdadeiramente ficaria fascinado ), Harry pensou em tudo que conhecia dentro e fora de Hogwarts, mas não conseguia chegar a nenhuma conclusão, até que Harry, num rápido olhar, percebera a última frases: Irei lhe dar meu beijo mortal. Harry então pensara em uma criatura, a mais medonha que conhecia, e aí tudo se encaixou, Só existia uma criatura que dava um “beijo” nas pessoas e elas praticamente morriam, mas continuavam a viver, esse beijo retirava a alma das pessoas, a pessoa continua viva, mas como um deficiente de paralisia cerebral, não sabe quem é, o que é e nem nada, vira um corpo nulo, e esta criatura era nada mais e nada menos que os...

-AAAAHHH!!! – Harry ouviu o grito de muitas pessoas na rua.

Harry rapidamente olhou para a rua, as pessoas corriam de um lado para o outro, algumas ficavam caídas no chão, o céu estava coberto de nuvens e estava extremamente escuro, não parecia que era quase uma hora da tarde, Harry se afastou da janela, que começara a se congelar, a respiração de Harry estava gélida, e Harry ouviu gritos, gritos que Harry ouvia quando havia um Dementador por perto, Harry virou-se para a porta do seu quarto e ali estava um Dementador rumando lentamente para perto de Harry, que, num momento de desespero, gritou com clareza, porém num tom de quem acabara de acordar de um pesadelo:

-Especto Patronum!!!

Harry entrou em pânico quando saíra da ponta de sua varinha apenas alguns feixes de luz, não muito grandes, mas bem reluzentes,

Pelo menos para afugentar o Dementador dali, Harry se levantou foi até sua porta, a casa dos Dursley estava vazia e fria, Harry desceu então correndo as escadas, pulando sobre os últimos degraus e deslizando até a porta. Quando chegara na rua, não conseguia enxergar nada, só conseguia ouvir os gritos de desespero e o aumento de seu medo. Foi então que Harry percebera o que Rony queria dizer com o segundo lembrete, onde falava sobre algo que iria busca-lo, ele entendera; Os Dementadores iriam busca-lo, mas era tarde demais quando Harry chegou a esta conclusão, sentia a sua felicidade indo embora, e sabia que estava cercado de Dementadores, então novamente:

-Especto Patronum!

Mas tudo que aconteceu foi o surgimento de um pequeno feixe de luz inútil, então novamente:

-Especto...

Harry não entendera faltava-lhe forças para completar o feitiço, então, num esforço tremendo em tentar enxergar algo, Harry distinguiu o outro lado da rua, onde não haviam Dementadores, eles certamente iriam para lá, mas Harry não pensara nisso, pois estava fervendo em terror. Tentou correr, mas não conseguiu, os Dementadores o afugentaram no final da calçada, onde Harry conseguiu apenas erguer a sua varinha para a frente, mas caíra sem forças, e, como se automaticamente, Harry viu luzes fortes e um barulho estrondoso, mas não continuou acordado para ver o que era, acabaria desmaiando ali mesmo, no meio de diversos Dementadores, apunhalado por um bando de criaturas assustadoras e desprotegido, Harry só pensava no que podia lhe acontecer se desmaiasse naquele momento, sozinho e indefeso, mas não conseguia resistir. Estava sem forças para se manter acordado. Mas algo que ouviu pareceu lhe dar mais medo do que os terríveis guardas de Azkaban:

-Ahhh...Eu sei que foi você...Aaaahhh!! Eu sei que foi você que fez isso seu maldito bruxo! Ahhhh...Harry Potter é um bruxo...E sei que ele que está fazendo isso conosco! Do mesmo modo que fez no ano passado!!! AAAAHHHH!!! - vociferou Duda para todos os presentes( que eram, naturalmente, todos os moradores da rua dos Alfeneiros ).

Harry, após isso, ouviu uma série de gritos dos moradores, alguns diziam algo do tipo de “Ele vai nos matar! Nos transformar em sapos!” ou “Isso é terrível! Convivemos com uma aberração destas que pode nos matar a qualquer momento! Socorro!!”. Isso fez Harry cambalear, o que diriam os membros do Ministério da Magia quando soubessem que uma rua inteira de trouxas descobrira que Harry Potter era um bruxo? Como reagiriam sabendo que o mundo dos bruxos acabara de ser exposto para uma multidão de pessoas? Mas Harry não teve tempo para pensar, as grandes luzes que Harry vira antes pareciam estar distraindo os Dementadores, mas Harry não conseguiu descobrir o que era aquilo. Acabara desmaiando, sem forças, rodeado por guardas da prisão de Azkaban. Poderia ser o seu fim.





***E aí pessoal, gostaram do primeiro capítulo? Por favor, comentem ele e dêem sugestões ou críticas, soltem o verbo, mas digam o que acham da história, para eu poder continuar escrevendo os próximos capítulos, dêem um apoio moral gente, please! Ah, e já vou adiantando para vocês, é possível que eu demore um pouco mais do que o previsto para postar o próximo capítulo, pois será um pouco maior, mas também é possível que eu o termine antes, pois já comecei a escreve-lo(e além de tudo o primeiro capítulo está pronto no meu computador a muito tempo, é também provável que até eu coloca-lo aqui para vocês eu já tenha terminado o segundo capítulo, mas vou demorar um pouco para posta-lo para dar um clímax), mas aí vai o nome dele, para me darem dicas e etc.:Uma ajuda inesperada.***

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