A volta



Era mais uma noite qualquer para naquele lugar. Dois rapazes de dezoito anos em uma casa onde os dois únicos adultos casados choravam pela ida de um dos garotos e faziam também faziam a festa pela partida do outro. Os pais de Duda, Valter e Petúnia, se olhavam um par de sentimentos um dentro do outro, por causa do filho, e também da partida de seu sobrinho Harry, que vivenciava um dos momentos mais confusos de sua vida.
– Duda... – dizia Valter ao filho redondo. – Eu gostaria que suas notas melhorassem esse ano... E por favor,... – Harry notava que o bigode do tio mexia bastante. – Me dê muito orgulho! – e o abraçou.
No fundo, Harry ria dentro de si. Tanto tempo que seus tios o faziam sofrer, e agora, eles é quem iam, e não por culpa dele, mas sim, de Duda. Era perfeito, mas Harry também chegava a sentir um pouco de pena, já que no ano passado, ele havia conhecido o que era o filho dele aos seus braços e saindo deles, e sabia que se fosse como Duda, Harry imaginar aquilo nem queria.
– É, Dudinha – disse tia Petúnia apertando uma bochecha do filho, que ficava muito vermelho de raiva. – Você um dia saberá o que é ter um filho... – ela olhou para Harry com nojo.
– Mas claro você não terá! – disse tio Valter dando um risinho, mas esse sumindo ao ouvir o riso mais alto e superior de Harry. – Além do mais... – disse o tio tentando estragar a alegria do garoto. –... Quem ia querer você...?
BUM! Um garoto caiu na casa dos Dursley, furando o telhado e sujando toda a sala.
– Ai! – dizia o menino que se limpava rapidamente. – Dor...
– Tiago! – exclamou tio Valter olhando assustado para o menino.
O garoto ficou desnorteado, sem saber nenhuma direção, e depois de seis segundos olhando pra cá e pra lá, ele olhou para Duda e falou.
– Sr Valter! – e foi andando para dar um abraço em Duda, que assustado, se virou, deixando o menino ir até a parede, cair com o tapete, bater a cabeça na quina da parede, e sujar seu cabelo mais ainda.
– Tiago... – disse tia Petúnia com olhos cheios de lágrimas de agonia.
– Oi, tia! – falou Tiago acenando para Harry, que explodia de felicidade. – Alguém pode dizer onde estão os meus óculos...
– Aqui! – disse Harry rapidamente entregando os óculos quebrados de Tiago a ele.
– Hei, obrigado! – respondeu o menino pegando a varinha e apontando para os seus óculos. – Reparo!
E seus óculos voltaram ao normal e ele os colocou.
– Esses dois loucos se dão bem... – comentou tia Petúnia com um ar de superior.
Tiago lançou um olhar maroto para ela.
– O que disse? – indagou o menino com um sorrisinho meio bondoso.
– Ora, já demos uma lição em você moleque... – disse tio Valter em sussurro, e disse depois em um tom quase gritando: – Fora daqui!
Ele relançou seu olhar para tio Valter, que deu um passo medroso para trás.
– Hei, ta ficando doido, é!? – disse Tiago se aproximando e no mesmo tom que tio Valter, ficando extremamente engraçado. – Não sou teu sobrinho não, meu! Sou teu sobrinho não!
E ele se virou e olhou para todos na casa.
– Sentiram minha falta, Dursleys? – indagou Tiago em um tom malicioso, e depois, acrescentando com um sorriso largo e desviando seu olhar: – Harry?
Ele olhava bastante o filho, e sorrindo contra a vontade. Uma felicidade o invadiu ao olhar o herdeiro que ele terrivelmente sentia saudades todos os dias, sem paciência nem para esperar o dia dele nascer nem nada. Foi com aquela frase de Pandora... Harry, por favor... Tiago é seu filho..., Que ele sem querer se concentrou tanto até que deixou todo o sentimento de pai que ele não sabia qual era e não deixou que entrasse por muito tempo, e se distraindo logo pensando em Ivana, mas ele não via que gostava mais dele que dela, e que só pensava na Ivana, por que estava longe. No inicio das férias, pensava nos dois, mas depois, a menina foi apagada de seus pensamentos, deixando mais tempo para Tiago, Rony, Hermione, Hogwarts...
– Então, vocês dois se conhecem? – sussurrou tia Petúnia secamente.
– Sim – respondeu Tiago com um sorriso alegre. – Nos conhecemos ano passado. Ah, hoje é dia 31? – e ele pegou a varinha. – Accio presentes de aniversário!
E cinco bolos, um suéter e doze bem grandes caixas de chocolate vieram às mãos de Tiago. Duda lambeu os beiços, admirando tudo aquilo.
– Esse quem fez foi a Hermione – disse apontando para um bolo de chocolate cheio de chantili. – Ela fez bem a moda trouxa. Esse aqui é do Remo – e apontou para um bolo de milho com sapos de chocolate ao redor. – Ele pede realmente desculpas por não te dar nada no aniversario do ano passado. Esse foi a Ivana – e apontou para um grande bolo de baunilha, que devia ser o maior de todos. – Ela admira a cozinha trouxa. Você tinha de ver o que fez no aniversario de Snape – e ele riu só de pensar, e apontou para um bolo azul escuro. – Olha, cuidado que esse é a da Tonks – apontou para um bolo de chocolate sem cobertura. – Esse bolo quem fez foi Hadrig – e pegou o suéter. – Esse foi a Sra Weasley que fez – e apontou para as caixas de chocolate. – Desculpe esse meu presente, é que eu não sei fazer bolo.
– Tudo bem – disse Harry sorrindo para o menino.
Duda se aproximava do bolo de Hermione vagarosamente, até sua mãe ver e puxá-lo rapidamente, como os bolos fossem cães ferozes ou algo assim.
– Hagrid parece meio doente esses dias – falou o menino em um tom triste.
Harry havia sentido um aperto no peito. Será que era sua culpa a doença de Hagrid? Além do mais... Não o visitava faz tanto tempo...
– Tiago, você prometeu nos deixar em paz! – resmungou tio Valter ao menino.
– Sei que prometi, mas acontece que o meu Vira-Tempo quebrou e eu não posso mandar pergaminhos de cartas ao Correio-Coruja, já que a minha Delimos está com a asa ferida e eu não sou muito bom de feitiços de cura com uma varinha como a minha...
Tio Valter fez um sinal rápido a Tiago, pedindo silencio.
– Credo, vocês não conseguem nem ouvir os nomes “bruxo”, “correio-coruja”, “Vira-Tempo”, nem nada? Pois saiba que de onde eu vim, disso tem de sobra, e então, se conformem!
– Escute – começava tia Petúnia com a boca seca e amargura – seu pestinha, você só traz desgraça a essa vizinhança, então nos deixe em paz!
– Eu só trago desgraça? – disse Tiago começando a se irritar. – Só digo para o bem de vocês, esse Duda aí não é santo!
– E você muito menos! – gritou tio Valter. – Meu filho jamais fez nada de errado! Diferente de você, seu pequeno palhaço e inútil...
– EU NÃO ADMITO QUE FALE ASSIM COM ELE! – berrou Harry apontando a varinha bem no rosto de tio Valter.
– Tire isso de meu rosto, moleque! – gritou tio Valter. – Não aceito que fale nesse tom comigo, ouviu!
Harry espumava de raiva. Não ia deixar ninguém insultar seu filho daquele jeito, esse que estava pálido de susto, como se não esperasse a defesa do pai.
– Bem... ah... Acho que a Sra Figg pode me emprestar um pouco de Pó de Flu... – disse Tiago meio tímido. – Ainda faltam duas semanas para as aulas começarem, mas acho que talvez eu possa esperar e também aprender mais um pouco a moda antiga.
Harry tirou a varinha do rosto do tio e olhou para Tiago.
– Eu vou com você.
– Hum... Ótimo... Eu não sabia que você descobriu que a Sra Figg é bruxa...
– QUÊ? – indagaram os Durleys em coro.
– Vem, Tiago – disse Harry puxando o filho pelo braço, saindo pela porta e indo à casa da Sra Figg tranqüilamente e ignorando todos os chamados dos Durleys por quererem explicações.

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