C A P. 6 – A O U T R A F A

C A P. 6 – A O U T R A F A



- Acorda! – Disse uma voz irônica.



Harry abriu os olhos ainda contrariados por ser acordado no melhor de seu sonho. O sol entrava pelas janelas da torre e denunciava que já não era tão cedo assim; Aos poucos os olhos do grifinório foram se abrindo, e sem entender muita coisa, assustou ao ver quem o acordava.



- Malfoy? – Deduziu ao ver o cabelo louro desarrumada mente penteado.



- Claro que sou eu! – Respondeu Malfoy com sua voz grave.



- Onde está Rony? – Harry levantou-se e em questão de segundos estava completamente acordado. – O que você está fazendo aqui?



- Calma! Uma pergunta de cada vez. – Disse Malfoy se sentando na cabeceira da cama. – Rony, assim como todo o castelo, foram para Hogsmeade. Eu não quis ir.



Aos poucos Harry conseguia recuperar sua memória e se lembrava de que realmente naquele sábado os alunos iriam a Hogsmead.



- Por que ele não me acordou? – O garoto parecia encabulado. – Eu queria ir!



- Porque eu não deixei. – Respondeu Malfoy. – Queria conversar a sós com você por alguns instantes, e é claro, longe do meu namorado.



Harry não gostava de admitir, mas frases como meu namorado ainda o deixava com certo ciúme, afinal, eles eram grandes amigos.



- O seu namorado sabe que você está aqui?



- Claro que não. – O loiro parecia rir, como se isso fosse óbvio. – Ele iria ficar com muitos ciúmes se soubesse que eu te acordei na cama e ainda te trouxe o café da manhã. – no mesmo instante Malfoy mostrou suas mãos cheias de bolachas à Harry.



Harry achava estranha a atitude gentil de seu ex-rival, mas preferia interpretar como um gesto de paz ou até mesmo um pedido de desculpas pelo acontecido dias antes na floresta proibida – dia este que Harry não conseguia tirar de sua mente.



- Obrigado. – Harry aceitou as bolachas do sonserino.



Durante alguns segundos, o grifinório se concentrou apenas nas bolachas, que estranhamente estavam melhores que as de costume.



- Você ainda não nos aceitou. – Constatou Malfoy quebrando o silêncio.



Harry esboçou uma careta de desentendido.



- Você ainda não aceitou que eu e Rony estamos namorando.



Por alguns segundos Harry permaneceu quieto. Estava surpreendido pela constatação. Realmente ele não aceitava que seu amigo namorasse seu arqui-rival, a pessoa que ele mais odiava, e ainda por cima... um homem! Às vezes o grifinório tinha vontade de descontar sua raiva batendo em Malfoy, mas sabia que tinha que conter a vontade e sabia que tinha que procurar ter uma boa relação com seu inimigo, mesmo que isso custasse muito de sua paciência.



- Eu estou procurando aceitar vocês. – Respondeu Harry após pensar alguns segundos.



- Será que está mesmo? –Perguntou Malfoy fitando Harry. – Você parece ter medo de olhar nos meus olhos... Você não quer aceitar!



- Talvez... – Confessou Harry baixando a cabeça, pensativo.



- Agora mesmo você está incomodado com a minha presença. – Enquanto falava, o loiro pousava a palma da sua mão sobre a perna descoberta do grifinório. – Não é verdade?



- É... é sim... – Respondeu Harry visivelmente incomodado.



- Esqueça o passado. – Harry estava incomodado com o jeito que seu rival o fitava: seu olhar estava diferente. – Vamos nos concentrar no presente agora, Potter.



- Eu... acho... melhor nã-não... – Sussurrou Harry ao sentir que as mãos frias do sonserino passeavam pela sua perna.



- Eu não estou fazendo nada. – As mãos pesadas do loiro alcançaram o ponto principal. - ... por enquanto.



Harry não conseguiu afastar seu corpo; os olhos do sonserino miravam seus olhos de um jeito hipnótico, deixando-o imóvel. Ele não queria o que estava prestes a acontecer, mas não conseguia fazer nada para evitar.



Harry respirou fundo, e evitando pensar se aquilo era realmente o que ele desejava fazer, socou a cara de seu rival.







CONTINUA....

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