Realmente, bela.



Capítulo dois



Realmente, bela.



Alvo, Thomas e Rose colocaram as vestes longas e pretas por cima de suas roupas com uma rapidez impressionante, a veste de Thomas era um pouco maior do que ele, fazendo com que quando andasse ela se arrastasse pelo chão e tendo que dobrar as mangas para não cobrir toda a sua mão, quando desceram na pequena plataforma Alvo teve que se acostumar com a escuridão repentina, algumas velas iluminavam o lugar, mas de qualquer jeito ela continuava escura, o vento frio balançou os cabelos de Alvo os deixando mais bagunçados do que já eram e seu corpo todo estremeceu, o fazendo arrepiar, uma lâmpada apareceu ao longe e Rose foi a sua direção, Thomas e Alvo a seguiram, a cada passo a luz ficava mais forte e tudo podia ser distinguido com mais facilidade. Em cima de uma multidão de pequenas crianças Rúbeo Hagrid gritava aos primeiranistas, seu rosto estava escondido debaixo de toda a sua barba que já tinha alguns fios brancos, deixando a mostra seus pequenos olhos com algumas marcas de expressão e suas bochechas coradas pelo frio da noite.



- Vamos, alunos do primeiro ano, por aqui! – Hagrid começou a andar por um caminho estreito, íngreme e escuro, aonde a única fonte de luz vinha de sua lanterna, a cada passo de Hagrid, Alvo tinha que dar quatro, andando rápido e levando alguns tropeços e esbarrões, tudo era muito escuro e forçando os olhos ele viu em volta varias arvores, que só pioravam a situação, depois de um tempo andando todos estavam cansados, já não aguentavam mais, até que Hagrid indagou – Depois dessa curva, vocês terão a primeira imagem de Hogwarts!



Todos levantaram a cabeça, agora tinham um animo a mais para seguirem em frente, assim que Alvo olhou para frente ficando na ponta dos pés pode ver um grande lago e na outra extremidade o castelo sustentado por um grande penhasco, o castelo tinha enormes torres, e pequenas torres também, suas janelas pareciam estrelas cintilando no céu, Alvo nunca tinha visto nada tão grande e tão bonito, ficou feliz em poder levar uma imagem como aquela de recordação para toda a vida.



- Entrem!- disse Hagrid apontando para a margem do lago, lá havia dois barcos grandes e longos e outro bem pequeno que poderia caber quatro pessoas mais que só tinha um banquinho, Hagrid ajudou todos a entrarem nos barcos de dois em dois e quando viu que não faltava ninguém, olhou em volta entrou em seu barquinho e perguntou – Todos prontos? Então vamos!



Os barcos começaram a deslizar sobre o lago, que parecia não se mexer, Alvo ouviu Thomas exclamar um gemido e olhar perplexo para fora do barco o balançando um pouco.



- dá pra ficar quieto?- perguntou Rose, se segurando no seu assento com medo de cair.



-É que eu tive a sensação de ver... Nada, desculpe!- Thomas se consertou no barco e começou a olhar com ar sonhador para o castelo, Alvo admirou um pouco também até que viu no lago um reflexo dourado na água, era ela, a loira do expresso, ate a luz do luar ela tinha uma beleza única, sua pele era aveludada e pálida na medida certa, tinha poucas sardas no canto das bochechas, e seus cabelos pareciam ser luzes brilhando de um jeito magnifico, seus olhos, Alvo não conseguia esquecer quão profundos eram, quantos sentimentos passavam, Thomas que percebeu seu olhar começou a dar risadinhas.



-O que foi?- Alvo perguntou.



- não acredito... Sem chances meu amigo, ela nunca vai olhar para você.- Thomas respondeu.



-Do que você esta falando?- perguntou Alvo sem entender.



- Abaixem as cabeças!- Hagrid gritou do outro barco, sem deixar que Thomas respondesse, tinham se aproximado do penhasco sem perceber, todos atravessaram uma linda cortina de hera, depois foram impelidos por um túnel que passava de baixo do castelo, até que desembarcaram em um cais com pedras escorregadias, Hagrid verificou os barcos e subiram por uma abertura na rocha, todos saíram em um lindo gramado fofo, que dava de cara para a porta de carvalho do castelo, nesse pequeno campo existia um espaço todo florido com uma linda fonte no meio, com pequenas escrituras em todas as suas extremidades, Alvo não podia ver direito, mas pareciam nomes, Hagrid bateu a porta três vezes e de repente uma bruxa alta, de cabelos castanhos e jovens a abriu com um lindo sorriso no rosto.



- Esta é a professora Olivia Price, alunos do primeiro ano - disse Hagrid.



- Olá Hagrid! Pode deixar eu assumo daqui!- Hagrid se despediu e a professora saiu de frente da porta dando passagem aos alunos que entraram em um grande saguão, o teto era enorme, as paredes eram iluminadas com archotes, a frente existia uma grande escadaria de mármore, onde quatro enormes símbolos costurados no pano se mexiam, o primeiro era azul e bronze onde uma águia voava graciosamente, o segundo era vermelho e dourado e tinha um leão andando de um lado ao outro e rugindo sem emitir um som, o terceiro era verde e prata e uma serpente se enrolava em si pronta para dar o bote, o quarto era amarelo e bronze onde um texugo muito fofo colocava seu focinho a frente da cara, a direita tinha uma enorme porta dupla e um som de varias vozes saia de lá, eles acompanharam a professora por um piso de lajotas e entraram em uma sala ao lado do saguão, ela estava vazia e Alvo achou que seria ali o teste de seleção, James dizia que doía muito mas Alvo nunca acreditou no que ele disse já que seu pai sempre ria, a professora se virou e sorriu para os alunos, pigarreou e começou a falar:



—Bom vou fazer um pequeno discurso obrigatório que eu reduzi bastante – a professora pegou um papel de sua capa e começou a lê-lo- Bem-vindos a Hogwarts! Daqui a pouco, vocês serão selecionados por casas, vocês assistirão às aulas com os alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre no Salão Comunal de sua casa, resumindo sua casa será sua prisão, quer dizer, sua família. - A professora corou, mas continuou- As quatro casas chamam-se Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Cada casa tem sua história e seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder e no fim do ano, a casa com o maior número de pontos receberá a Taça da Casa. Pronto acabou... Ainda bem já estava ficando com a boca seca de ler sem parar, bom só vou dar uma dica... – a professora fez uma pausa e depois com a voz rouca disse sussurrando- Se arrumem! Daqui a pouco volto para busca-los!- dizendo isso ela saiu apressada da pequena salinha.



Alvo decidiu seguir o conselho e demorou-se a arrumar os cabelos, ouvindo murmurinhos e perguntas das espécies "se faz um teste?"" como assim, um teste?" "ai por Merlin, nem mesmo me preparei" "Espera aí! O teste vai ser na frente de todos? Eu estou bonita?" não acreditava no que estava ouvindo, é claro que eles não fariam algo difícil no primeiro dia de aula, sem que nenhum aluno estudasse, mas aí se lembrou dos livros, e ficou pálido.



-O que foi Alvo? Aposto que agora esta preocupado, quantas vezes disse para ler pelo menos um livro nas ultimas semanas? Mas você não quis me ouvir, preferiu ouvir seu irmão dizendo como derrotou um trasgo na seleção! Pois agora fique desesperado não vou lhe ajudar em absolutamente nada!- disse Rose com os braços cruzados batendo o pé, Alvo riria da cena se não fosse seu desespero, sua cabeça poderia explodir a qualquer minuto, ate que de novo viu uma visão que nos últimos tempos adorava ver, lindos cabelos dourados, aquilo o tranquilizou, afugentou todas as suas angustias, aquilo era de uma beleza extraordinária, eram lindos, ricos e graciosos fios de ouro nascendo naturalmente de algo belo, enquanto ele mantinha seus olhos fixados nela se tornava o aluno mais calmo da sala até que a porta se abriu e a professora Olivia entrou.



-Por favor, formem uma fila e me sigam em ordem!- disse ela, esperando alguns segundos, deu as costas aos alunos e começou a andar, Alvo entrou na frente de Thomas e atrás de Rose, seu estomago girava e parecia que iria jogar tudo que comeu no trem para fora, todos saíram da sala, passaram pelo saguão e entraram pela porta dupla no Grande Salão.



A visão era esplendida, mas toda a elegância que Alvo via ele já conhecia, tudo era iluminado por milhares de velas que flutuavam no ar sobre quatro mesas compridas, onde os demais estudantes já se encontravam sentados. As mesas estavam postas com pratos e taças douradas. No outro extremo do salão havia mais uma mesa comprida em que se sentavam os professores. A Professora Olivia levou os alunos até ali, de modo que eles pararam enfileirados diante dos outros, tendo os professores às suas costas. Todos os olhavam e ele começou a ficar corado, de longe viu James acenando para ele e depois rindo e apontando, acompanhado pelos demais que estavam a seu lado, Alvo achou que naquele momento deveria estar virando um pimentão, então olhou para cima e a visão que teve era impressionante, o deixando de boca aberta, ele viu um teto aveludado e negro salpicado de estrelas, o céu estava um pouco nublado e as nuvens escondiam a lua, era inacreditável que um grande salão não tinha teto, a Professora Olivia colocou um banquinho de quatro pernas diante dos alunos. Em cima do banquinho ela pôs um chapéu pontudo de bruxo. O chapéu era remendado, esfiapado e sujíssimo.



Por alguns segundos fez-se um silêncio total. Então um rasgo junto à aba se abriu como uma boca e o chapéu começou a cantar:



Sou o Chapéu Seletor de Hogwarts.



Ponha-me em sua cabeça, pois não há nada escondido nela



Que eu não consiga ver, e vou dizer



Qual casa ira dominá-la



Quem sabe seja a Grifinória, onde habitam os corações indomáveis.



Onde se esconde coragem e habilidades,



Quem sabe a Lufa-Lufa, onde seus moradores são justos e leais



Sem medo da dor, o que não se encontra nos demais



Talvez a velha Corvinal



A casa do saber,



Onde existe grande beleza em companheiros sem igual,



Ou quem sabe a Sonserina,



Ali vão estar seus verdadeiros amigos,



Homens de astúcia que não desistem do querer!



Não devem TEMER!



Sou o Chapéu Seletor...!



O salão inteiro prorrompeu em aplausos quando o chapéu acabou de cantar. Ele fez uma reverência para cada uma das quatro mesas e em seguida ficou muito quieto outra vez.



Alvo se sentiu mais aliviado, um chapéu era bem melhor do que um trasgo, mas no fundo não sabia se entraria na casa desejada, se seria o único filho do grande Harry Potter a ir para qualquer outra casa, não via nenhuma qualidade citada, nele, e pensava se entraria para a Sonserina, a casa dos "sangues- puros", já que isso era a única coisa que ele tinha, sangue bruxo.



A Professora Price se adiantou segurando um longo rolo de pergaminho e começou a citar nomes.



- Liam Agnoletto - um menino baixinho e moreno saiu de traz da fileira, pôs o chapéu e se sentou.



-LUFA-LUFA – gritou o chapéu para todo o salão depois de alguns segundos.



A mesa a direita bateu palmas dando as boas vindas , o menino se sentou rapidamente no final da mesa na companhia de um fantasma gorduchinho.



- Chloe Allen- uma menina com cabelos curtos e pele pálida tropeçou até o banquinho e o chapéu caiu até seus olhos, e no segundo em que ela colocou-o...



-CORVINAL!- A segunda mesa à esquerda foi que aplaudiu, vários alunos da Corvinal se levantaram para apertar a mão de Chloe quando a menina se reuniu a eles.



Frey Bennett foi para a Sonserina, a mesa na estrema direita, Jessica Davis também foi escolhida para a Lufa-Lufa, Thomas Galletti era o próximo e Alvo torceu em silencio para que eles fossem da mesma casa, Thomas foi mancando, estava mais pálido do que qualquer pessoa seria em um estado normal, e Alvo teve a ligeira impressão que ele estava tremendo, quando Thomas sentou ele apertou as bordas do banquinho e...



- GRIFINORIA! - anunciou o chapéu, a mesa na extrema esquerda explodiu em vivas, Thomas deu um grande sorriso e correu para a mesa, quando se sentou deu um aceno de mão para Alvo na tentativa de afirmar que a sensação era boa.



Noah Green se tornou um Corvinal, Scorpions Malfoy se encaminhou para a Sonserina, Alvo reparou que o chapéu levou um tempo para decidir o nome da casa de Logan Moore, mas depois foi escolhido para integrar a Corvinal, depois veio à vez de Phoebe Morgan, logo que colocou o chapéu foi escolhida para a Grifinória, a professora Olivia citou outro nome, Isabella Palas, a Palas, "então esse era seu nome, Isabella... realmente, bela" pensou Alvo, a bela loira se dirigiu para o banquinho com segurança, mas com duvida no olhar, assim que o chapéu tocou sua cabeça ela estremeceu, se passou alguns minutos e nada, nenhum sinal, nenhuma casa, a única coisa que o chapéu fazia era sons indefinidos como se estivesse pensando ou conversando internamente com si mesmo, os professores cochichavam e a professora Olivia não sabia o que fazer, estava completamente perdida, será que aconteceria com ela o que Alvo temia que acontecesse com ele, será que ela não seria escolhida para nenhuma casa, assim que Alvo ficou desesperado com a situação o chapéu gritou.



-AH... JÁ SEI! GRIFINÓRIA!- os professores começaram a aplaudir e depois o salão inteiro os seguiu, como se fosse uma reação em cadeia, como se tivessem sido pegos de surpresa, Isabella se levantou e seguiu confiante para a mesa a extrema esquerda e James começou a assobiar e aplaudir de pé seguido por seu fiel escudeiro Fred, o monitor da casa a saudou com um aperto de mãos, e novamente James fora a galantear, beijando sua mão e falando algo incompreensível, mas ela retirou a mão da boca de James e limpou em sua capa, saindo e o deixando sem graça, Alvo não queria admitir, mas estava com uma vontade incontrolável de rir, realmente ela deveria ir para a Grifinória.



Faltavam poucos para chegar à vez de Alvo, veio Alex Pellegrini que foi escolhido para Lufa-Lufa, Amelia Petter, para a Corvinal e então...



-Alvo Potter!- disse a professora Price, ele se adiantou e quase tombou a caminho do banquinho, seu coração batia forte e suas pernas tremiam a sensação não era boa e nem com aquele sorriso de Thomas e Rose o acompanhando melhorava, ele se sentou no banquinho os braços eretos do lado de seu corpo o incomodavam então ele fez o mesmo que o amigo segurou as bordas do banquinho, todos o olhavam e Alvo só teve vontade de correr, ate que o chapéu afundou em sua cabeça e instantaneamente ele ouviu uma voz falando dentro dela.



-Olá Potter! Bom... Vejo as mesmas qualidades que vi em seu pai, realmente se parece com ele, tem vontade de se provar, não como ele, de uma maneira diferente, não para si, mas para os outros... Hum... Onde posso colocá-lo?



-Poderia me colocar na...



-Grifinória? Tem certeza? Você pode se arrepender depois, tenho outro palpite, seria melhor você entrar na...



SONSERINA!- O chapéu anunciou a ultima palavra para todo o salão.



O mundo de Alvo parecia que tinha desabado, o que o seu pai diria? O salão inteiro ficou surpreso, depois de alguns segundos a mesa da Sonserina começou a aplaudir, Alvo estava como uma pedra na cadeira, não sabia o que fazer, reuniu força suficiente e caminhou para a mesa da extrema direita, mesmo tremulo e receoso, foi recebido pelo monitor com um aperto de mãos e foi se sentar ao lado de um fantasma e, infelizmente, de Scorpions Malfoy no final da mesa enquanto todos gritavam, James o olhou de cara feia, mas nada que o apavorava, sinceramente não se importava com a opinião do seu irmão, e sim de outra pessoa...



Alvo pode ver a mesa principal, em uma extremidade estava Rúbeo, no meio em uma grande cadeira dourada estava uma velha, com um chapéu pontudo de bruxa e alguns cabelos grisalhos a vista, aquela deveria ser a diretora da escola, Minerva McGonagall, seu pai já havia falado dela, seu irmão dizia que ela era rígida, mas pelo que ele pode ver ela tinha uma cara um pouco simpática. Só faltavam quatro pessoas para serem selecionadas, Megan Taylor foi para a Grifinória, Emily Turner para a Corvinal, Alice Walker para a Lufa-Lufa e depois, Rose Wesley, ela estava animada e se sentou logo na cadeira colocando as mãos sobre o colo, ela abriu um sorriso pra Alvo antes do chapéu tocar sua cabeça e anunciar Grifinória, ela abriu a boca surpresa e se levantou demoradamente, caminhou até a mesa, foi cumprimentada pelo monitor enquanto todos batiam palmas, e se sentou com uma cara pálida.



Ele sabia o porquê daquela cara, ela nunca diria, por causa de seus pais, mas também, nunca negaria, o que mais incomodava Alvo era que ele queria ir para a Grifinória e não foi, enquanto ela tinha ido para a melhor casa da escola sem querela.



Alvo olhou para baixo e viu pratos vazios na mesa e de repente percebeu como estava faminto, a diretora se levantou e começou a falar.



- Sejam bem-vindos! — disse. — Bem-vindos para um novo ano em Hogwarts! Antes de começarmos nosso banquete, eu gostaria de dizer umas palavrinhas: Cachorro! Basilisco! Cagão! Faminta! Obrigada.



Todos batiam palmas e Alvo escondeu a risada de baixo da mão, um garoto falou "Uma filosofa, filosofa..." e ficou com cara de pensativo, Alvo achou aquela cena realmente hilária, quando baixou a cabeça para a mesa novamente ficou de boca aberta, ela estava repleta de gostosuras, rosbife, costeletas, molho, batatas, tortas, suco, docinhos e varias outras coisas, sem pensar duas vezes ele atacou o prato, enquanto se fazia a refeição à conversa mudou para vários assuntos, apresentações, famílias, quadribol, e a taça das casas, Alvo não se importava muito com aquele tipo de conversa, falava o menos possível e comia o máximo possível até que tudo estava vazio. A diretora Minerva deu alguns avisos, entre eles estavam o de que é proibido andar na floresta da propriedade, e de que ninguém deve fazer mágicas no corredor durante os intervalos, que os testes de Quadribol seriam realizados na segunda semana de aulas e que quem estivesse interessado em entrar para o time de sua casa deveria procurar Madame Hooch.



Depois de todos cantaram o hino da escola, os novos alunos da Sonserina seguiram o monitor da casa, Oscar Phillips, eles desceram por uma escada escondida, que deveria dar para o porão, depois de andarem por um pequeno corredor pararam em frente a uma parede, o monitor encostou sua varinha na parede e sussurrou a senha, "Tortinha de limão!", a parede começou a se abrir e formar um buraco, ao entrarem no salão todos ficaram surpresos, era diferente de tudo que Alvo já viu, o salão comunal Sonserino era uma longa sala com paredes de pedra, eles estavam na parte subterrânea da escola e por isso suas janelas davam para as profundezas do lago de Hogwarts, permitindo ouvir a água do lago bater contra elas, e ocasionalmente, ver a lula gigante passar, tapeçarias medievais adornavam as paredes e ilustravam as aventuras de famosos Sonserinos, lustres de prata estavam pendurados no teto, poltronas verdes e sofás pretos de couro ficavam a disposição, existia uma grande mesa de centro na extrema esquerda encostada na parede de pedra e iluminada por archotes, onde alguns alunos liam ou escreviam sobre ela, perto das janelas a direita, pequenas mesas redondas com cadeiras altas davam espaço ao lazer, onde um grupo de amigos jogavam xadrez, um casal namorava, e amigas sussurravam alguma coisa que deveria ser segredo, e tudo isso acompanhado de uma vista maravilhosa para o fundo do lago, um tapete branco todo felpudo cobria boa parte do centro da sala, e uma linda lareira de mármore que ficava perto de uma abertura para a escada logo em frente dava um charme a mais aquele lugar, no alto da escada em caracol que os levavam até uma masmorra, meninos e meninas tinham portas de dormitórios diferentes, lá Alvo encontrou seu dormitório, que dividia com mais dois garotos além de Scorpions, lá existia a mesma elegância que a sala comunal, com camas de quatro colunas com as iniciais de seus respectivos donos, cortina de seda verde e colchas bordadas com fios prateados, o Dormitório dos Slytherin era altamente luxuoso, depois de procurar por alguns instantes Alvo viu suas malas guardadas debaixo da cama e pegou seu pijama, todos estavam deitados e dormiam um sono tranquilo, mas Alvo demorou a dormir, ele olhava a lua cheia já no alto do céu pela janela do seu dormitório, ela era linda e misteriosa, misteriosa como o futuro que o aguardava, era fácil saber o que ele estava imaginando, que a partir da manhã seguinte iria começar o seu sofrimento diário, o sofrimento que duraria sete anos.



 



N.A. : Oi gente, bom, só queria dizer que realmente o salão comunal da Sonserina é assim, eu só coloquei algumas coisas a mais, avisar que no proximo capitulo o texto vai ser narrado por Alvo, em primeira pessoa, o que não é muito comum, e pedir para que vocês comentarem, por favor! obrigada!!!


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Comentários (1)

  • Lilian Potter 10

    OiPrimeiro obrigada pelo seu comentário na minha fic! Segundo, estou adorando a sua fic! Ela é muito boa, você escreve muito bem!Continue escrevendo e não desanime, os leitores vão aparecendo aos poucos, é assim mesmoAbraços e continue escrevendoLilian 

    2016-06-27
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