Natal



Capítulo 5 – Natal
-E aí, Lily? Já está namorando? – Taby perguntou

-De novo essa história? – falou Lily

-Ah, sabe como é... as coisas podem mudar...

-Tá bom, vocês venceram. Eu conto tudo. – Lily falou com um tom de derrota, como se não pudesse mais esconder esse segredo das amigas.

De repente não eram só Bia e Taby que prestavam atenção às palavras dela.

-Como assim? Quer dizer... que você... simplesmente... ignorou… a gente? – Taby falava enquanto quase enforcava Lílian.

-Ai... cof, cof... – a garota tossiu – Tabata sua... cof, cof... Amiga maluca... cof, cof... com instintos assassinos... Pára com isso.

-Paro. Mas você vai me contar tintim por tintim essa história. Há quanto tempo vocês estão namorando?

-Uns dois meses.

Tiago empalideceu e prendeu a respiração.

Taby se segurou pra não voar no pescoço de Lily outra vez.

-Dois meses? E você planejava contar pra gente?

Bia apenas assistia a conversa e antes que Lily pudesse responder, Tabata continuou:

-Há quanto tempo vocês se conhecem?

-Uns cinco anos.

-E pode-se saber o nome da criatura?

-Sorvil.

Bia começou a rir seguida de Lílian.

-O que foi?

Taby não havia entendido o motivo das risadas. Foi Bia quem explicou:

-“Sorvil” é “livros” ao contrário.

-O... – começou Taby

-Namorando, eu? Tabata, só se fosse com os meus livros.

-Evans, não faz mais uma coisa dessas. – era Sirius se intrometendo no assunto – Temos uma taça de Quadribol pra ganhar, sabe? Não provocar problemas cardíacos no apanhador do time seria de grande ajuda.

-Se importaria de não gansar a conversa alheia, Black? – respondeu Taby

-Sirius, pra você. – disse ele com um de seus lendários sorrisos

Tabata o olhou entediada.

-Lily, aproveitando o assunto, quer sai... – começou Potter, mas foi interrompido.

-Não! Remo, vamos. Temos que supervisionar a decoração do castelo.

-Ei! Por que o Remo é o único de nós que você chama pelo primeiro nome? – Tiago indignado

-Porque ele é o único de vocês que tem um mínimo de juízo.

Lupin achou melhor não fazer nenhum comentário e os dois saíram.

Como a sua “musa inspiradora” não estava mais presente, Tiago subiu para o dormitório. Bia saiu para falar com a professora Sprout a respeito de um trabalho. Pedro resolveu fazer um lanchinho antes do jantar (grrraande novidade) e foi para a cozinha.

Tabata também se levantou, mas foi impedida de sair por Sirius que a segurou pela cintura.

-Enfim sós.

-Ah, por que não falou antes? Eu teria saído mais cedo. Não sabia que você e a lareira estavam tão ansiosos para ficarem sozinhos. ... Se importa de me soltar?

-Ãhhn... – ele fez cara de quem estava pensativo – Sim, me importo.

-O que quer?

-Isso. – dizendo isso, a beijou.

Tabata ficou por instantes sem pensar em nada. Seu bom senso havia, simplesmente, feito greve.

Passou um tempo até que seu cérebro conseguiu formular uma frase inteira e ela entendeu o que estava acontecendo...

PAFT! Sirius ficou com marcas de dedos na bochecha.

-Ai. Você tem uma mão bem pesada para dedinhos tão delicados.

-Fico lisonjeada com o elogio, – disse ela em uma voz muito tranqüila. E voltando ao seu tom habitual – mas você não viu nada.





Dias depois, a manhã de Natal começou um tanto... repentinamente no dormitório feminino.

-Bia! Lily! Acordem – falou Taby enquanto abria as cortinas inundando o quarto de luz

-Taby, não temos aula hoje – falou Bia cobrindo o rosto com o travesseiro.

-Nos deixe dormir. – Lily cobria os olhos com as cobertas

-É Natal! – Taby arrancava as cobertas das amigas

-E?

-Presentes. – falou Taby, como sempre, muito rápido.

-Você poderia ter sido boazinha e nos dado de presente o direito de dormir até tarde – Bia falou amarrando os cabelos.

-Taby, você é hiperativa – Lílian calçava as pantufas

Dos presentes que cada uma recebeu, merecem ser destacados alguns.
Lílian recebeu uma corrente e um pingente em forma de lírio de Tiago e livros de todas as outras pessoas (à exceção de sua avó que mandou um cachecol verde feito por ela mesma).

Tabata abriu primeiro o cartão de um pacote roxo. Era de sua avó.

-Ai, Merlin. – ela fez uma expressão de quase terror – Espero que ela não tenha me mandado o Snowball ou uma réplica dele. … Ratos também estão fora de cogitação.

-Taby, não há furos no embrulho. Não dá pra ter um animal aí dentro.

-Bia, você não tem idéia de como é a minha avó.

Para a surpresa dela, era um vestido (muito bonito, aliás) vindo da França. A garota também ganhou um cachorrinho de pelúcia de Sirius e uma bonequinha de uns dez centímetros de altura que dançava ao ouvir alguma música de Tiago. Para resumir, a palavra “roupas” definiria bem o resto dos pacotes.

Bia recebeu quase tantos livros quanto Lílian. Foram títulos como “Diva” (de Remo), Contos dos Irmãos Grimm (de Taby), “Odisséia” (de Sirius). Além disso, chegara mais um soneto do remetente desconhecido acompanhado de uma rosa champagne.

-Quemandarosa?

-Taby, respira fundo... e solta... isso. Agora fala. – disse Lily

-Quem mandou a rosa?

-Não sei. Veio com outro poema.

“Alegres campos, verdes arvoredos,
Claras e frescas águas de cristal,
Que em vós os debuxais ao natural,
Discorrendo da altura dos rochedos;

Silvestres montes, ásperos penedos
Compostos em concerto desigual,
Sabei que, sem licença de meu mal,
Já não podeis fazer meus olhos ledos.

E pois me já não vedes como vistes,
Não me alegrem verduras deleitosas,
Nem águas que correndo alegres vêm.

Semearei em vós lembranças tristes,
Regando-vos com lágrimas saudosas,
E nascerão saudades de meu bem.”


-Você não está curiosa pra saber quem é que está escrevendo? – Taby perguntou

-Estou. Mas o que eu posso fazer?

-Tenta escrever pra ele.

-É? E como eu vou endereçar a carta?

-Ops... Ah, um detalhe pequenininho...




Bia e Lily desciam para o Salão Principal. Taby, na sua hiperatividade, já estava lá.

-Achei que vocês não fossem mais descer. – falou ela

-Feliz Natal, meu lírio.

-Potter, pra você, me chamar de Lílian não é legal. Lily é ruim. Agora, me chamar de qualquer vocativo que tenha um “meu” ou “minha” é péssimo.

-Puxa, você caiu da cama hoje de manhã? - perguntou Tiago

-Muito bem, me desculpe, Potter. Feliz Natal pra você. – Lily falou, para espanto geral, sem irritação na voz – Feliz?

-Ficaria mais feliz se isso fosse acompanhado por um beijinho...

-Não abusa da boa vontade. Ah, Bia, obrigada pelo livro.

-De nada.

-Que livro?

-Não que seja da sua conta, Potter, mas “A Moreninha”.

-Que livro é esse?

-É um livro trouxa – Bia explicou

-Ah, sim. Mas para celebrar o Natal, Lily, quer sair comigo?

-Sabe, Potter, acho que eu fui a primeira, talvez a única que te ensinou uma palavrinha pequena, mas muito significante.

-A palavra “amor”?

-A palavra “NÃO”!

-Por que não?

-Porque você é infantil, convencido e inconveniente.

-Pontas, você tem um novo recorde. Dois foras em menos de dez minutos - Sirius passava a geléia para Remo.

-Sirius, você é tão sutil.

-Obrigado, Remo.

-Eu sei que a minha Lily me ama.

-Sua, vírgula. – ela retrucou

-Taby, posso dar uma palavrinha em particular com você? – perguntou Sirius

Ela o olhou desconfiada.

-Por favor?

-Sirius Black pedindo “por favor”? Depois dessa, não posso negar.

..
..
..

-Lily, o que tanto você faz nesse pergaminho? – perguntou Bia

-Estou vendo quais posições ficam melhores para a próxima coreografia.

-Nós vamos passar no Hagrid logo depois do café?

-Acho que sim.

-Então vou subir pra pegar o livro que ele me pediu emprestado.

Nisso, Sirius e Tabata voltavam. Ela com um discreto sorriso e ele com um de orelha a orelha.

Lílian ia perguntar o que ele queria, mas algo no rosto de Taby a impediu de fazer isso ali à mesa, na frente de todos. Em vez disso:

-Taby, qual dessas posições você prefere? – disse ela apontando para o pergaminho

-Acho que essas duas.

-Preciso marcar um ensaio no campo de Quadribol para vermos os espaços.

-Já vi isso. Vai ter de ser junto com o treino de Quadribol da Grifinória.

-Quê??

-Os horários estão lotados. Era isso ou junto com o time da Sonserina. Mas acho que a segunda opção seria mais perigosa, porque a chance de sermos “acidentalmente” atingidas por balaços é bem grande.

-Ah, que seja.



Bia já estava no segundo andar quando, ao virar o corredor, esbarrou em alguém.

-Desculpe. – ela falou

-Não foi nada. É Chilton o seu nome não é?

-Ah, o garoto do Três Vassouras.

-Augusto. – ele estendeu a mão para cumprimentá-la

-Bia.

Depois do aperto de mão, ele lhe entregou um saquinho de veludo azul marinho. Ela abriu o pequeno pacote e tirou uma delicada pulseira prateada.

-Pelo tombo que causei outro dia. – falou ele simplesmente

-Não precisava. – Bia estava muito sem graça, porque, como Lílian já havia comentado, ele era bonito (e cavalheiro por sinal) – Obrigada.

-Posso acompanhar você?

-Claro. – a garota começava a ficar vermelha



Na ida para a casa de Hagrid:

-Bia, quem era aquele cara LIN-DO que eu vi indo na sua direção quando sai da mesa?

-Augusto da Corvinal, Taby.

-Aquele que atropelou você em Hogsmeade? – perguntou Lily

-É.

-O que é isso? – Taby, no sei jeito ‘um pouco’ estabanado, quase arrancou o pulso de Bia fora.

-Ele me deu como um presente de desculpas pelo que eu entendi.

-Que ‘bunitinho’ tem alguém gostando da Bia. – Taby fazia carinha de apaixonada

-Você está sonhando. – Bia começara a ficar vermelha de novo

-Li, dá pra gente começar a montar um fã-clube pra Bia. – falou Taby ignorando o comentário da amiga

-É... vamos ver: o remetente desconhecido, - a garota contava nos dedos – agora o Augusto. Será que tem mais alguém?

-Vocês não têm nada melhor pra fazer, não? – Bia interrompia as risadinhas das colegas – E da onde vocês tiraram que Augusto pode estar interessado em mim? Falei com ele pela primeira vez hoje.

-Raciocina comigo: um presente? Só porque trombou com você?

-Sei lá, Taby. Vai ver é excesso de gentileza.

Tabata lançou a ela um olhar hilário.

-Será que... – Lily falou baixinho

-Será o quê? – perguntaram as duas

-Deixa pra lá. Preciso ver se minhas suspeitas têm fundamento




Mais tarde naquele dia, no dormitório:

-O que o Black queria com você, Taby? – Bia perguntou

-Me chamar para ir a Hogsmeade com ele.

-Sirius Black falando isso em particular exibido do jeito que é?

-Vai entender. – Taby deu de ombros

-E por que ele voltou com um sorriso tão grande?

-Porque eu aceitei.

-Ãhn?? – fez Bia

-O que?

-Plano beta – falou Taby

-Só pra constar, havia um plano alfa? – perguntou Lily

-Era simplesmente ignorá-lo.

-O...

-Não deu certo. Ele não pára de me encher. E se continuar assim, não vou conseguir me aproximar de ninguém mais porque o fofo vai ficar me atrapalhando.

-E no que consiste esse seu plano beta?

-Eu aceito sair com ele, mas não me envolvo muito. O ego dele fica satisfeito, ele me dispensa e eu não me apego o suficiente para sofrer.

-Uma idéia interessante. Será que vai funcionar? – perguntou Bia

-Espero que sim. – Taby falou – Ai, eu esqueci. Preciso pegar algumas joelheiras com Madame Hooh. – ela saiu desembestada pela porta

-Acredita nessa história? – perguntou Bia

Lily negou com a cabeça.

-Eu também não. Duvido que a Taby consiga fazer alguma coisa sem se envolver.

-É, infelizmente, eu também. Além do mais, ela deve ter uma quedinha por ele...

-Merlin nos ajude.


N/A - Oi people, mas um capítulo. Desculpem a demora, provas, Enem...
Aqui tem umas cenas que eu gosto muito, como a Taby quase enforcando a Lily.

Isaaaaaaa – Sempre comentando aqui... que bom, que bom que gostou do capítulo 4. O que achou desse aqui?

Mesma coisa do capítulo passado, tá? Só posto o próximo capítulo quando tiver pelo menos um comentário novo...
Bjos...
*.*Palas*.*


N/A 2 - Oi pessoas que acompanham a fic. Devido a problemas técnicos (escola, vestibular, etc.) talvez o próximo capítulo demore um pouco. E por favor!!! quem estiver lendo a fic, comente!! estou ficando meio desanimda pra continuar... Bjos

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