Prólogo



PRÓLOGO


 


 


02 de Junho de 1977 – 16h15min


 


Dumbledore estava em frente à grande janela de seu escritório observando os terrenos de Hogwarts, em especial observava um grupo de estudantes sentados à sombra de um arbusto próximo ao lago.


Um deles fez qualquer movimento engraçado que divertiu o velho bruxo, ao olhar mais atentamente viu que não muito distante deste grupo se encontrava um garoto solitário absorto em suas anotações.


 


- Tão parecido com a mãe e ao mesmo tempo tão diferente! – pensou consigo.


 


Então ele se voltou para sua escrivaninha e lá estava ela, aquela Urna, um objeto tão encantador e misterioso, desde a noite anterior ele se sentia intrigado. Dumbledore se sentou em sua cadeira e pegou uma carta que estava ao lado da Urna de Ouro, olhou para o horizonte deu um longo suspiro e tomou sua decisão...


 


 


01 de Junho de 1977 – 23h15min


 


Dumbledore está em seu escritório esperando [...]


 


 


Há poucas horas ao retornar de uma visita feita ao Ministério da Magia se deparou com um pergaminho amarrado por uma fita de cetim Roxo, intrigado e receoso após realizar alguns feitiços de desvendamento e comprovar que nele não havia nenhum resquício de artes das trevas finalmente o desembrulhou e leu o conteúdo do mesmo:


 


 


- Caro prof. Dumbledore, sei o quanto isto lhe parecerá estranho (a carta em sua mesa, o próprio conteúdo a carta), mas não há tempo e nem condições de grandes explicações, pelo menos não aqui!


Hoje às 23h30min um portal se abrirá em seu escritório e por ele irá chegar mais uma carta (talvez essa lhe seja mais esclarecedora, talvez...) e uma Urna. O conteúdo da Urna e algumas informações estarão descritas na carta.


Conto com sua compreensão e acima de tudo com sua perspicácia.


 


 


Abraços H.J.P.


 


 


01 de Junho de 1977 23h30min


 


[...] Releu mais uma vez a carta, quando finalmente um feixe de luz dourada apareceu a sua frente e logo após extinguiu. Ao olhar para o chão lá estava ela, a Urna de Ouro e sob ela um pergaminho amarrado por uma fita de seda vermelha, pegou o pergaminho e com um feitiço de levitação colocou a Urna sob sua escrivaninha, desembrulhou o pergaminho e leu o conteúdo deste:


 


 


- Caro Professor, imagino o quanto a essa altura o senhor se encontra se não receoso, no mínimo curioso e intrigado com tudo isso. Bem como lhe disse na carta anterior não há tempo e muito menos condições de lhe explicar em cartas (visto o tempo em que o senhor vive) tudo que deve ser explicado, então serei o mais sucinto possível.


Há alguns dias recebi uma visita inesperada, que utilizou se de um vira tempo para chegar até mim. Com isso o senhor já pode concluir que tudo trata se de viagens ao tempo. Sim. Bom, essa visita me informou que havia nascido com uma habilidade especial (habilidade essa que eu mesmo não pude compreender muito bem) e que gostaria de usar está habilidade para o bem (a essa altura o senhor já deve ter concluído nossa intenção), pois bem professor, eu pedi um tempo para junto de meus amigos decidirmos se deveríamos ou não fazer isso. E como o senhor vê optamos por tentar, sempre soubemos claro que precisaríamos de alguém de fibra para receber esta Urna no passado e claro que essa pessoa NÃO poderia ser outra se não o senhor, mesmo porque como bem foi colocado por minha amiga “Dumbledore tomará a melhor decisão”.


Então caro professor Dumbledore, agora está tudo em suas mãos, se o senhor achar que vale a pena, deverá reunir até as 23h30min do dia 02 de Junho de 1977 as seguintes pessoas (James Potter, Remus Lupin, Sirius Black, Lily Evans e Severus Snape) junto a estas pessoas o senhor deverá ler algumas informações que ESTE pergaminho lhes revelará, caso o senhor decida por não alterar nada em seu presente e futuro, nos encontraremos em alguns anos a mais para o senhor e a menos para mim.


 


 


 


Abraços H.J.P.


 


 


PS: Acho importante que o senhor saiba que de alguma forma nós hoje vivemos em um mundo melhor


O que significa que essa interferência tem como única intenção amenizar um pouco das perdas.


 


 


 


02 de Junho de 1977 16h15min


 


...


- As coisas estão ficando cada vez pior – Remus falou com um ar sério


 


- Sem dúvidas meu caro Aluado, ouvi McGonagall falar ao Flitwick que nunca viu Dumbledore tão preocupado! – Sirius disse ao se sentar ao lado do colega sob a sombra de um arbusto – Pontas, aquela nossa decisão está de pé não é?!


 


- Claro Almofadinhas – respondeu James


 


- Que decisão?! – Peter perguntou com expressão intrigada


 


- É que decisão?! – Remus perguntou se virando para Sirius e James


 


- Ontem Almofadinhas e eu estávamos conversando e decidimos nos unir a Dumbledore na Ordem. – James disse


 


- Na o quê?! – perguntou Peter (que até aquele momento se encontrava deitado de barriga no chão com os cotovelos apoiados e as mãos sobre o rosto) se levantando, perdendo o equilíbrio e caindo com a cara no chão


 


Sirius não conteve a gargalhada (que mais parecia um latido)


 


Remus ajudou Peter ao mesmo tempo em que perguntava a James


- Do que vocês estão falando?!


 


- Íamos falar com vocês ontem mesmo, mas quando chegamos ao dormitório vocês já estavam dormindo e decidimos deixar para falarmos hoje. – James disse


 


- Ok, então comecem a falar – Remus falou irritado – Ah! Para Almofadinhas – disse ele se virando para Sirius que continuava a rolar no chão a gargalhadas


 


- Tudo bem, desculpa! – Sirius falou se recuperando do acesso de risos e com dignidade – Bem, a coisa é muito simples, ouvimos Dumbledore e McGonagall conversando e descobrimos que o nosso excelentíssimo diretor, está criando uma espécie de Ordem em combate a Voldemort...


 


- Dá um tempo Rabicho – Remus interrompeu ao ver que Peter se encolheu e começou a tremer – Já passou da hora de se acostumar a nos ouvir falar o nome dele, continua Sirius


 


- Bem é isso, Dumbledore está reunindo bruxos para combater Voldemort, “Chega Rabicho”, e chamará A Ordem da Fênix e nós nos uniremos a ele e imagino que vocês também?!


 


- Claro que sim – Remus respondeu de pronto – Não é Rabicho?!


 


- Err...


 


- É claro que Rabicho estará junto a nós!


 


- Sim, claro – Peter disse sem muita convicção, mas nem um dos outros três perceberam.


 


- Agora só falta comunicarmos a ele – Sirius falou com um sorriso inocente


 


- O que será muito fácil – James falou rindo


 


- Professor Dumbledore, nós queremos nos unir ao senhor na Ordem “É na Ordem da Fênix, como sabemos dela?! Ah! Bom...” – Sirius disse começando a gargalhar


 


- Vamos falar com ele hoje mesmo. – James falou decidido


 


- Isso – apoiou Remus


 


- Vamos agora – Sirius disse de pronto se levantando


 


- Agora? – James perguntou com uma expressão de pesar


 


- É agora – Sirius disse em resposta


 


- É que eu ia fazer outra coisa agora – James falou virando seu rosto para o lago, onde um grupo de garotas estava sentado


 


- Sério Pontas? – Sirius caçoou – Ta, então vai lá, mas agora!


 


- Quê?! – James perguntou espantado


 


- É, agora, porque se você não for lá, eu vou e você sabe que essa não é uma boa idéia – disse rindo


 


- É melhor ir Pontas – concordou Remus


 


- Vocês só podem estar brincando – e colocando a mão sobre os cabelos e bagunçando os completou – Mesmo que você fosse lá Almofadinhas, para me ajudar...


- Mas quem disse que eu iria para lhe ajudar?... – Sirius disse e de imediato teve que se levantar para se proteger de um feitiço lançado, enquanto Rabicho era puxado pelas vestes por Aluado – Você enlouqueceu?! – perguntou ofegante


 


- Era só para testar até onde vai sua coragem de me afrontar. – James falou ofegante – E saiba que você me afrontou sobre o assunto errado – Completou com uma expressão de inocência


 


- Louco – disse Sirius rindo


 


E todos riram


 


- Opa – Remus falou e todos olharam para a direção que ele apontava


 


A professora McGonagall que estava na companhia do professor Slughorn o deixou falando com um garoto um garoto de cabelos oleosos e nariz de gancho que estava próximo a eles e vinha em sua direção com a cara de quem acabara de tomar uma garrafa de esquelece


 


- Droga – falaram Sirius e James juntos – Culpa sua – completou Sirius


 


 


- Black, Potter, Lupin quero vê los em meia hora no meu escritório – disse ela com severidade – E você Pettigrew, o que está fazendo que ainda não começou a arrumar suas malas? Vá menino, vá! – falando isso se retirou e foi em direção as garotas no lago.


 


- Vamos Pontas- chamou Remus – Vamos logo, começaremos a arrumar nossas coisas antes de irmos ver o que MacGonagall quer conosco, vamos.


 


- Deixa ele Aluado, ele quer dar mais umas olhadelas na Evans – Sirius provocou – Afinal é o máximo que ela permiti e que ele se atreve


 


Foi a coisa errada a se dizer, James (que até aquele momento acompanhou com o olhar a professora Minerva indo em direção as garotas no lago dentre as quais estava Lily Evans), saiu correndo atrás de Sirius deferindo várias azarações contra ele.


Remus e Peter em seu encalço gargalhando


 


Nem notaram ao passar pelo garoto de cabelos oleosos, que neste momento guardava suas anotações da última prova do ano letivo realizada a pouco mais de meia hora atrás, que este os chamou de - “Idiotas, arrogantes”.


 


 


02 de Junho de 1977 17h05min


 


 


- Vocês estão atrasados – a professora Minerva disse em tom áspero, estava sentada em sua cadeira com Lily sentada de frente a ela


 


- Desculpe-nos professora, nos atrapalhamos arrumando nossas coisas – Remus disse com sinceridade


 


- O que você está fazendo aqui?! – perguntou James a Lily, (do momento em que entrou na sala e a viu não tirou os olhos dela)


 


Mas antes que essa pudesse responder, Minerva disse:


 


- A senhorita Evans está aqui, porque eu a chamei, respondida a sua pergunta senhor Potter?!


 


- Ah! Sim professora – James disse com um aceno de cabeça ainda olhando para Lily (que a está altura começava a ficar enrubescida)


 


Sirius e Remus quase não conseguiam conter as risadas


 


- Ótimo, agora podem se sentar – falou apontando a varinha para três poltronas e fazendo as levitarem até sua mesa, os rapazes se sentaram - Bem, eu imagino que devem estar se perguntado o porquê de eu ter chamado vocês aqui – disse ela num tom mais ameno


 


- Imagina – Sirius cochichou para Remus


 


Remus fingiu uma tosse


 


- Está bem senhor Lupin? – ela perguntou com preocupação


 


- Ah! Sim, obrigada professora


 


- Que bom, bem chamei vocês aqui por um pedido do professor Dumbledore, ele me disse que eu deveria comunicar a vocês de que não deveram tomar o Expresso amanhã e que devem permanecer aqui em Hogwarts...


 


- O que? – todos disseram juntos e pela primeira vez desde que entrou na sala, James havia tirado os olhos de Lily e fixava os na professora e então falou – Mas professora eu não posso ficar, eu...


 


Minerva ergueu a mão o fazendo calar e continuou – Sei das suas questões senhor Potter assim como Dumbledore e justamente por isso que ele me pediu para tranqüiliza lo, dizendo que está tudo bem – e continuou – Ele me pediu para lhes dizer que espera por vocês as 23h20min de hoje sem atrasos – disse olhando para os três rapazes - no escritório dele, é só.


 


Dizendo isso ela voltou sua atenção para alguns papeis sob sua mesa, era a deixa deles


Lily foi a primeira a se levantar e atravessar a porta começou a andar pouca a frente e quando ia se voltar para James para dar lhe a resposta que ele merecia pela pergunta feita de maneira grosseira há alguns minutos, ouviu Sirius falar:


 


- Poxa cara, não fica assim, você ouviu ta tudo bem


 


- É Pontas, ta tudo bem – Remus concordou com Sirius


 


- Mesmo assim, eu queria, eu quero vê los! – James falou e uma lágrima escorreu de seus olhos, nesse momento ela olhou para trás e pode ver os olhos do rapaz marejados


 


- Você está bem?! – perguntou antes que pudesse se conter


 


- Sirius você tem que entregar aquele livro na biblioteca, o prazo é hoje, vamos? – Remus falou começando a andar mais a frente do grupo


- Que livr... Ah! Pois é, Pontas nos vemos mais tarde – disse Sirius acompanhando Remus


 


- Estou sim, obrigado – ele respondeu com voz pastosa


 


- Não parece


 


Ele olhou nos olhos dela, como eram lindos e ele não conseguiu mais conter as lágrimas


- James – Lily falou abraçando o


 


- Essa definitivamente não é a forma que eu queria te la nos meus braços – disse ele soluçando


 


- O que você tem? Eu nunca, nunca te vi assim – ela disse se afastando e olhando nos olhos dele


 


- Só me abraça, eu  preciso do seu abraço e prometo que vou te contar tudo, mas não agora, por favor – e apertando ela em seus braços, sentindo seu cheiro e seu toque ele se entregou ao choro


E ela só tinha uma certeza, aquele abraço demorou tempo demais para acontecer, mas talvez tenha acontecido no tempo certo.


E os dois ficaram ali, em pé abraçados, um sentindo o cheiro, o toque do outro, até que ele foi se afastando do abraço, pegou na mão dela e começou a guia la e ali ela percebeu que sempre poderia confiar nele.


Quando estavam chegando na entrada da sala comunal viram Remus e Sirius entrando e seguiram em seus encalços.


 


- De mãos dadas? – Sirius disse com um olhar maroto


 


- Sempre tão sutil, não Black? – ela disse sem conseguir conter o riso


 


- Ah minha cara Evans, a sutileza é a minha especialidade, tenha a certeza! – respondeu rindo e se atirando em umas das poltronas macias


 


- Isso é verdade – concordou Remus sentando na poltrona ao lado


 


Lily sentou se em uma poltrona em frente e James se sentou no braço da mesma.


 


- Mas então, temos uma casal de namorados aqui? – Sirius perguntou se projetando para frente


 


- Cadê a sutileza dele Remus? – James perguntou


Lily riu


 


- Não enrolem – Remus começou rindo – Respondam o cara


 


- Somos namorados Lily? – ele olhou para ela


 


- Não Potter, não somos namorados, nem sequer podemos dizer que somos amigos!


 


- Ai cara! – Sirius fingiu uma dor no peito


Enquanto Remus caia da poltrona dando risada


 


- Como assim, amigos ao menos podemos dizer que somos – ele falou indignado


 


- Potter, você sequer me contou o seu problema!


 


- É, é verdade – ele disse e Lily pode perceber que seu semblante voltou a entristecer – mas se você não se importar, eu não queria falar sobre isso agora – se fosse em outros tempos, talvez ela tivesse se irritado, mas não hoje, não nesse momento e ao olhar para ele e ver seu sofrimento disse:


- Ta – e completou - mas não se preocupe, seja o que for vai ficar tudo bem e de qualquer forma, não ficaremos tanto tempo assim, quer dizer não há porque ficarmos muito tempo não é?! – perguntou olhando para os outros


 


- É – concordaram eles


- É eu sei, o bom é que vou ficar com você – disse com uma expressão marota – como amigos claro – acrescentou ao ver a testa dela enrugar


Sirius bocejou fingindo tédio, Remus jogou uma almofada nele, todos riram e nesse momento Peter desceu as escadas do dormitório.


 


- Nossa pensei que vocês tinham pegado outra detenção – ele falou


 


- Seria a cereja do bolo, começar o sétimo ano, já com detenções – Sirius falou gargalhado


 


- Só se for para você – Lily bufou


 


- Para o Pontas também – Remus afirmou rindo


Lily revirou os olhos, enquanto James balançava a cabeça negativamente, mas ria


 


- Mas afinal o que é que a professora queria e o que ela está fazendo ai do seu lado James? – Peter perguntou intrigado apontando para Lily


 


- Pelo visto a falta de sensibilidade e de traquejo é de todos – disse Lily


 


- Eu sou muito educado – Remus falou fingindo irritação


- Claro, só não o deixe tomar um banho de lua cheia – Sirius cochichou e Remus lhe deu uma almofadada


 


- A Minerva queria nos comunicar que não vamos ir embora amanhã e que devemos ficar aqui a pedido de Dumbledore – respondeu James


 


- As férias todas? – Peter perguntou olhando de um para outro com cara de espanto


 


- Não sabemos Rabicho, mas não se preocupe porque se for este o caso, lhe enviaremos cartas todos os dias, assim não sentira tanto a nossa falta – Sirius falou jogando uma almofada em Peter


 


- É Rabicho, não sabemos se será todo o período de férias, mas provavelmente não – conclui Remus


 


- Poxa e o que será que vocês terão que fazer?


 


- Sério que está perguntando isso? Rabicho nós não sabemos – disse Sirius – e sobre a outra pergunta, a Evans está aqui, mas precisamente sentada ao lado do Pontas, algo raro e inimaginável – ele parou ao ser atingindo por um feitiço silenciador


 


- Sério tem hora que ele extrapola – Lily falou guardando a varinha, Remus e James caíram no chão dando altas gargalhadas enquanto Peter olhava espantando para ela e Sirius pedia enfurecidamente que ela desfizesse o feitiço – Bom Peter eu também fui convocada para permanecer em Hogwarts e estou aqui ao lado do James, porque as pessoas ao longo do tempo podem ter percepções diferentes das outras pessoas.


 


Se recuperando do acesso de riso James se levantou se sentou novamente e perguntou:


- Sua percepção sobre mim mudou?


 


- Tenha certeza que sim Potter, caso ao contrário você não estaria assim tão próximo de mim! – dizendo isso ela se levantou – bem, vou tomar um banho e enviar uma carta aos meus pais, nos vemos mais tarde. Ah! As 23h20min, não se atrasem – ao chegar ao topo da escada apontou novamente a varinha para Sirius e desfez o feitiço.


 


- Eu amo essa mulher! – James disse ainda olhando para a porta que Lily acabara de adentrar


Remus jogou uma almofada em sua cabeça e os quatro iniciaram um guerra de travesseiros.


 


 


02 de Junho de 1977 23h10min


 


 


- Boa sorte – Peter desejou aos três quando esses cruzaram a porta do dormitório


 


- Valeu Rabicho – os três responderam em uníssono – Durma bem – completou Remus


 


 


- Tão estranho podermos andar pelo castelo nesse horário sem nos preocuparmos em nos esconder – James comentou ao chegarem a sala com uns poucos alunos – Marlene viu a Lily? – ele perguntou para uma das amigas de Lily que ali estava


 


- Lily?! Quando foi que ela te deu essa liberdade James? – perguntou rindo – Vi sim, ela disse que tinha uma encontro com o diretor e que se eu viesse vocês três que deveria apressa los – e batendo palmas ela os colocou para fora da sala comunal e os acompanhou até o meio do corredor – ela disse que foi um pedido do diretor que vocês ficassem, bem vou sentir falta dela no Expresso amanhã, mas fazer o que? Boa sorte  – dizendo isso ela deu um beijo na bochecha de Sirius e voltou em direção ao retrato da mulher gorda.


 


 


- Se vocês falarem qualquer coisa! – Sirius alerto os


 


- Não sei por que você não a pede em namoro? – Remus falou


 


- Porque a Marlene é bonita e tudo, mas eu não sou como o James!


 


- Ei, o que tem eu? – James falou parando


 


- Cara anda – Sirius o puxou pelo braço – você é apaixonado pela Lily desde que descobriu as diferenças entre homens e mulheres ou seja faz tempo e por mais que tenha estado com outras, sempre esteve aos pés da Lily, quer dizer homem de uma mulher só. Se a Lily tivesse te dado bola antes, não teriam existido outras...


 


- Mas Sirius – interrompeu Remus – você já conheceu alguém no nosso mundo que tenha tido mais do que uma mulher?


 


- Mais de uma esposa, não – ele respondeu com simplicidade – mas, mais de uma namorada sim


 


Nesse momento os três chegaram frente às gárgulas que guardavam o escritório de Dumbledore.


 


- Que bom – James falou irritado – nós não sabemos a senha


 


- Ah! Senhores – ao se virarem se depararam com Dumbledore em uma camisola de cor Roxa com estrelas e luas tecidas a fio de ouro ao lado de Lily e para seu espanto Severus – ainda bem que precisei resolver algumas questões na cozinha, caso ao contrário estaria os esperando até agora com a senhorita Evans e o senhor Snape. Mas foi interessante não senhorita, senhor?


 


- Sim – Lily respondeu com entusiasmo


 


Enquanto que Severus parecia estar alheio a tudo e a todos os presentes salvo ele mesmo e Lily Evans


 


- Bem vamos subir – se colocando a frente das gárgulas Dumbledore falou a senha – Torta de abobora, nem é meu doce preferido – ele disse enquanto subia o primeiro degrau acompanhado dos demais - mas depois de algum tempo as opções começam a ficar escassas.


 


 


02 de Junho de 1977 23h25min


 


 


- Professor, antes de qualquer coisa o que ele está fazendo aqui – Sirius perguntou antes mesmo de entrar no escritório apontando para Severus


 


- Acredite, não faço nenhuma questão de estar no mesmo recinto que você Black – Severus falou parecendo acordar de um transe


 


- Ranhoso – Sirius e James disseram juntos trincando os dentes


 


- Senhores! – Dumbledore interpôs com energia – Senhor Black, o senhor Snape está aqui por pedido meu, assim como todos vocês e se os senhores me permitir eu explicarei – com um aceno da varinha ele conjurou seis poltronas confortáveis ao redor de uma mesa – podem se sentar, por favor – pediu ele e todos sentaram se, mais um aceno da varinha e uma grande Urna de Ouro que até aquele momento nenhum dos garotos haviam reparado veio da escrivaninha do diretor direto para a mesa no centro e finalmente ele se sentou.


Puxando dois pergaminhos de dentro de um de seus bolsos ele falou:


- Ontem à noite ao voltar de uma vigem ao Ministério me deparei com este pergaminho em minha mesa – e mostrou o pergaminho amarrado com uma fita de cetim Roxo – vou ler para vocês:


 


 


 


- Caro prof. Dumbledore, sei o quanto isto lhe parecerá estranho (a carta em sua mesa, o próprio conteúdo da carta), mas não há tempo e nem condições de grandes explicações, pelo menos não nesta carta!


Hoje às 23h30min um portal se abrirá em seu escritório e por ele irá chegar mais uma carta (talvez essa lhe seja mais esclarecedora, talvez...) e uma Urna. O conteúdo da Urna e algumas informações estarão descritas na carta.


Conto com sua compreensão e acima de tudo com sua perspicácia.


 


 


Abraços H.J.P.


 


 


- Bom o portal de fato se abriu e o que veio através dele foi essa Urna – ele disse apontando a urna – e este outro pergaminho – falou mostrando o outro pergaminho este amarrado com uma fita de seda vermelha – novamente irei ler:


 


 


- Caro Professo, imagino o quanto a essa altura o senhor se encontra se não receoso, no mínimo curioso e intrigado com tudo isso. Bem como lhe disse na carta anterior não há tempo e muito menos condições de lhe explicar em cartas (visto o tempo em que o senhor vive) tudo que deve ser explicado, então com serei o mais sucinto possível.


Há alguns dias recebi uma visita inesperada, que utilizou se de um vira tempo para chegar até mim. Com isso o senhor já pode concluir que tudo trata se de viagens ao tempo. Sim. Bom, essa visita me informou que havia nascido com uma habilidade especial (habilidade essa que eu mesmo não pude compreender muito bem) e que gostaria de usar está habilidade para o bem (a essa altura o senhor já deve ter concluído nossa intenção), pois bem professor, eu pedi um tempo para junto da minha esposa e amigos decidirmos se deveríamos ou não fazer isso. E como o senhor vê optamos por tentar, sempre soubemos claro que precisaríamos de alguém de fibra para receber esta Urna no passado e claro que essa pessoa NÃO poderia ser outra se não o senhor, mesmo porque como bem foi colocado por minha amiga “Dumbledore tomará a melhor decisão”.


Então caro professor Dumbledore, agora está tudo em suas mãos, se o senhor achar que vale a pena algumas modificações, deverás reunir até as 23h30min do dia 02 de Junho de 1977 as seguintes pessoas (James Potter, Remus Lupin, Sirius Black, Lily Evans e Severus Snape) junto a estas pessoas o senhor deverá ler algumas informações que ESTE pergaminho lhes revelará, caso o senhor decida por não alterar nada em seu presente e futuro, nos encontraremos em alguns anos a mais para o senhor e a menos para mim.


 


 


 


Abraços H.J.P.


 


 


PS: Acho importante que o senhor saiba que de alguma forma nós hoje vivemos em um mundo melhor


O que significa que essa interferência tem como única intenção amenizar um pouco das perdas.


 


 


 


Deixando o pergaminho sob a mesa disse:


- Pois bem cá estão vocês reunidos e agora são – e puxando um relógio do bolso – 23h33min...


 


- Professor – Lily o interrompeu - olha - e apontando para o segundo pergaminho que Dumbledore tinha lido, todos se admirarão ao ver que o pergaminho estava a formar novas frases, um novo texto


 


- Muito bem – Dumbledore falou pegando novamente o pergaminho e leu:


 


 


Ficamos felizes que o senhor tenha decidido dar uma chance a todos nós, garantimos ao senhor que se feito da maneira correta tudo ficará bem


 


Primeiro gostaríamos de informar o conteúdo da Urna


Trata se de livros, para sermos mais precisos, nessa Urna existem sete livros que contam a estória de uma pessoa que tem a ver com as pessoas que o senhor reuniu a nosso pedido, no mais nem nós mesmos sabemos o conteúdo completo dos livros (já chegamos à conclusão sob a pessoa).


 


Segundo gostaríamos que o senhor disponibilizasse um bom local para a leitura desses livros Sem interrupções e nem influencias externas, por isso o ideal seria um local onde eles e nós, (SIM, eu e mais três pessoas nos uniremos a eles nessa leitura) pudéssemos ter alimentação e comodidade como camas, banheiros enfim o que o senhor julgar necessário


(Acredito que com toda sua perspicácia, já tenha os informado de que não viajaram amanhã)


 


Terceiro sabemos que algumas pessoas nessa sala não se toleram


É de suma importância que se comprometam a não tomarem atitudes precipitadas, a não sucumbirem à raiva e rancor que sentem


Acreditem se de fato os livros se tratam de quem pensamos que se trata, haverá muitos conflitos e por isso essa é uma questão muito importante


 


“Não julgais”


 


Precisamos do comprometimento de cada um deles sobre isso


 


Quarto só após uma formalização desse comprometimento é que algo mais acontecera


 


 


 


- Acabou?! – Sirius perguntou pegando o pergaminho da mão de Dumbledore


 


- Sim Sirius – ele respondeu se levantando e tomando de maneira sutil o pergaminho de volta – acredito que agora é necessário que vocês se comprometam!


 


- Eu não entendo – Sirius falou alterado – porque o Peter não está aqui conosco, o que alguém que tenha a ver com James, Remus, Lily e eu pode ter a ver com Snape – disse apontando para Severus com olhar de repugnância, que foi retribuído -  e não ter a ver com Peter? Isso não faz sentido – conclui com indignação


 


- Eu também não entendo professor – James concordou com o amigo


 


Remus que até aquele momento parecia alheio, pensando em outra questão se juntou aos amigos


- E eu também não compreendo


 


Severus intimamente concordou com os rapazes


 


- Bom senhores, senhoritas – acrescentou olhando para Lily – eu estou tão no escuro quanto vocês, os motivos que levaram vocês a serem escolhidos para está missão me são tão desconhecidos quanto para vocês – ele falou encarando cada um dos presentes – mas eu creio que cada um aqui tem algo de bom dentro de si, é são esses pontos que devem se aflorar – concluiu se erguendo e esperando


 


Lily que a muito tinha entendido que por mais excêntrico que fosse Dumbledore era um sábio se levantou prontamente, James que por mais que não entende se o que Snape poderia ter a ver com alguém que lutasse por algo bom, sabia que Dumbledore jamais concordaria com algo que fosse a verso do bem, por isso acompanhou Lily


E Sirius mesmo a contra gosto os acompanhou, confiava demais em Dumbledore e por outro lado não deixaria seu amigo permanecer no mesmo ambiente que Snape sozinho.


 


- Severus, Remus?! Dumbledore falou olhando para ambos


 


Severus olhou de Dumbledore para Lily e quando ele encontrou aqueles olhos verdes ele não foi capaz de permanecer sentado. Aquela talvez fosse uma grande oportunidade de recuperar sua amizade.


 


- Ótimo agora você Remus –


 


- Não posso professor, o senhor sabe que não posso – Remus disse transtornado


 


- Remus, sua presença foi solicitada não acho que seja à toa e muito menos que não tenham conhecimento de sua condição – Dumbledore disse com firmeza


 


- Pois eu duvido que tenham professor, o senhor sabe que não posso – ele disse agora quase chorando


 


- Remus? – Sirius e James disseram juntos


 


- Não! Não adianta vocês não vão me convencer – falou colocando suas mãos sobre o rosto


 


- Remus, ouça – foi à voz de Lily que chegou aos seus ouvidos – confie em seus amigos, confie em mim, só uma pessoa muito ruim para te julgar pela sua condição- Severus se moveu incomodado - é Remus eu sei – ela falou quando ele a olhou com cara de espanto


 


- Você sabe? – James perguntou encantado


 


- Sim. – ela respondeu


 


- Como? – James, Sirius, Remus e Severus perguntaram juntos


 


- Deve ter algo a ver com o que os trouxas chamam de sexto sentido feminino ou talvez a senhorita Evans não seja tão ingênua como vocês imaginam– disse Dumbledore sorrindo para Lily e se voltou para Lupin - O importante Remus é que pessoas como Lily, querem apenas o bem e não se importam com aparência ou condições e sim com o coração e isso meu caro você tem de sobra – dizendo isso Dumbledore pegou sua varinha – então... – mas foi interrompido por Remus:


- Vamos mexer com o futuro, o senhor está de acordo mesmo com isso professor? – Remus o interrompeu sem pensar


- Meu caro Remus, eu nunca fui muito adepto de mudanças no destino, mas existem casos que pedem medidas – ele disse com aquele olhar que radiografava – podemos?


 


- Sim – Remus respondeu convencido


 


- Podemos? – ele perguntou para todos os outros


 


E todos até mesmo Severus acenaram de maneira afirmativa


 


- Bem, peguem suas varinhas – todos pegaram suas varinhas – centralizem nas sobre a Urna – todos apontaram suas varinhas para a Urna formando uma estrela – e repitam


“Eu me comprometo a ‘Não Julgar’, a não enfeitiçar, azarar ou causar qualquer situação de conflito enquanto estiver sob esse juramento”


Todos repetiram essas palavras e ao fim Dumbledore apontou com sua varinha para o centro da formação fazendo filetes dourados se entrelaçar entre as varinhas e as mãos de seus respectivos donos.


 


- Um feitiço simples, mas de grande valia – disse ele com um sorriso


 


Nesse momento um feixe de luz dourada surgiu ao lado da poltrona de Remus e então uma moça no auge dos seus dezoito anos apareceu, cabelos baços como uma juba, pele brozeada, olhos castanhos


 


- Olá – Sirius disse com um sorriso galante, contornou a poltrona do amigo e pegou em suas mãos dando lhes um beijo em cada


 


- Patético – Severus disse num tom audível


Que Sirius ignorou, enquanto Remus, James e Lily riam e Dumbledore parecia interessadíssimo na moça recém chegada


 


- Ola Sirius, tudo bem? – falou Hermione com um tom zombeteiro


 


- Ela me conhece – falou voltando para seu lugar – o quanto ela me conhece? – perguntou mais para Remus


 


Remus riu mais alto, Severus revirou os olhos


 


- Eu diria que o suficiente – ela disse rindo – prazer Hermione Granger – se apresentou adiantando se aos demais, após cumprimentar todos se voltou para Dumbledore – professor é um prazer revelo – e por impulso acabou abraçando o – a desculpe – falou após solta lo


 


- Tudo bem senhorita Granger – Dumbledore disse não parecendo nada desconfortável


- Porque ela não pode me abraçar? – Sirius perguntou baixo para Remus – Shii – foi à resposta que teve do amigo 


 


- Bem senhorita Granger, acho que sua presença aqui significa algo – Dumbledore falou chamando a atenção de todos


 


- Bem professor primeiro eu quero agradecer em nome de todos que vivem no meu futuro a escolha do senhor – ela começou emocionada – e segundo dizer que como não temos tempo a perder, eu serei prática, o local que o senhor deve arrumar se possível tem que ser para ainda hoje, agora são... – ela começou olhando em seu relógio de pulso, mas Sirius lhe respondeu


- 23h56min


- Obrigada,  os planos eram outros, mas por questões que envolvem o poder da pessoa que nos trouxe estes livros precisamos antecipa los, por isso professor – ela disse olhando para Dumbledore – se o senhor conseguir providenciar tudo enquanto eu falo o que é necessário para eles e depois o informo do que for possivel, pode ser? – ela perguntou meio receosa


 


- Sim – e dizendo isso Dumbledore se retirou da sala


 


- Bom agora vocês – ela olhou para eles – o professor Dumbledore já criou alguma forma de impedir conflitos entre vocês, correto?


 


- Se você me conhece, sabe que não há meios fáceis para me impedir de certas coisas? Sirius falou se jogando na poltrona com cara de desagrado


 


- Sirius? – James o repreendeu – desculpe o, é só que isso está começando a entedia lo – colocando Lily para se sentar novamente sentando se no braço da poltrona dela  falou – pode falar


 


- Eu te conheço Sirius – Hermione disse com sinceridade olhando em seus olhos – eu sei que essa situação começa a te desagradar e sei que nada te detém quando você quer algo, mas acredite em mim, tudo vai valer à pena


 


-Rúum – Sirius bufou descrente


 


- Não ligue – Remus falou – continue


 


Hermione agradeceu com um aceno de cabeça e continuou:


 


- É simples, vocês irão ler aos livros, para conhecer o futuro de vocês – ela disse olhando para cada um – sem julgar ou se exceder “é eu sei que é difícil” – disse ao ver Sirius revirar os olhos – Mas é necessário ao menos tentar, ao fim do primeiro capitulo mais três pessoas se uniram a nós e assim formará nosso grupo de leitura, os livros são encantados e por isso não devemos tentar ler outras partes antes porque de qualquer forma não conseguiremos é cada palavra, cada frase, cada pagina, cada folha cada capitulo por vez...


 


- Encantados tipo palavras surgindo? – Sirius perguntou forçando certo interesse


 


- Não Sirius, pelo que entendemos as palavras estarão lá escritas, mas se tentarmos lê las de maneira aleatória...


 


- Entendi! – ele a cortou


 


- Só um minuto, por favor?! – James falou se levantando e pegando Sirius pelo cotovelo


- Ai cara – disse fingindo dor, Remus vinha se aproximando


- Que deu em você Almofadinhas? – James perguntou bravo


- Nada! – ele respondeu fingindo desinteresse


- E você não percebeu Pontas?! – Remus perguntou


- Ele não pode estar agindo assim por causa disso! – ele disse indignado – pode?


- Não sei do que vocês estão falando! – falou com dignidade


- Você está agindo assim porque a moça não demonstrou interesse em você. E isso é patético, tenho que concordar com o Snape – James falou com uma mescla de riso e repreensão


- Cara você ta fazendo o Pontas concordar com o Snape – Remus finalizou rindo


- Ta eu me desculpo com ela, vai ver ela já tem um namorado bacana – ele completou e saiu em direção a sua poltrona


James e Remus viraram os olhos para cima rindo e voltaram para seus lugares


 


- Tudo bem? – Lily perguntou a James


- Tudo – ele respondeu com um sorriso


Snape observou essa cena com desagrado


 


- Continuando, os livros só podem ser lidos na presença de todos, o que significa que se algo acontecer com qualquer um de vocês, não poderemos mais ler. Alguma dúvida? – Mione perguntou com cautela


 


- Sim, e as outras três pessoas e você se não estiverem presentes também não rola leitura? – Sirius perguntou inocentemente


 


- Não, não rola – Mione disse – só isso? – perguntou


 


- Só – Sirius finalizou com um sorriso maroto



- Então é isso - ela disse por fim 
 


Sirius se levantou e foi até ela


- Desculpa ter sido meio... – ele perguntou rindo


- Idiota? – ela disse sorrindo


- Idiota? É idiota seria a palavra – ele brincou


- Ta desculpado


Os dois apertaram as mãos


 


 


Nesse momento Dumbledore entrou novamente no escritório


 


- Já está tudo organizado – disse com satisfação


 


- Ótimo, só tem uma coisa que eu gostaria de perguntar – Remus falou – você sabe que sou...


 


- Sim Remus e não se preocupe – Hermione disse com firmeza – nós pensamos nisso e bem acreditamos que seremos capazes de terminar a leitura dos livros antes da próxima lua cheia, mas se isso não for possível trouxe comigo -  ela falou mostrando uma bolsa em suas mãos -  algumas coisas para preparamos uma poção...


- Mas não existe poção que possa controla lo – Severus falou com ar superior e temeroso diante a perpectiva de ficar confinado com Remus 


- Não se esqueça de que estamos vindo de outro tempo Snape – ela disse com cautela


- É Ranhoso fica na sua – Sirius completou


Severus deu de ombros e bufou com desagrado


 


- Estão todos prontos? - Dumbledore perguntou


 - Sim – concordaram


 


- Ótimo vocês serão acompanhados pela professora McGonagall até o salão principal, ela os espera  lá em baixo – disse ele abrindo a porta do escritório para Lily, James, Sirius e Remus passassem


 


- Hermione não vem? – Sirius perguntou com ar inocente – e a Urna?


 


- Preciso conversar com ela – Dumbledore respondeu pacientemente – em poucos minutos a Urna e ela se juntaram a vocês senhor Black – dizendo isso ele fechou a porta


 


 


- Ruum – Sirius deu um muxixo de desagrado


- Vamos logo Sirius – Lily o puxou pelo braço rindo


 


 


- Bem senhorita, acho que mereço receber um pouco mais de informações a senhorita não acha? – Dumbledore falou se sentando em uma das poltronas e apontando a poltrona a sua frente para que ela se sentasse


 


- Professor o máximo que posso lhe dizer é que além de mim, viram mais três pessoas e que uma dessas pessoas é filha de duas pessoas das que foram convocadas para a leitura desses livros – respondeu ela com simplicidade – e bom, no mais professor o que está na carta resume tudo, estamos tentando modificar algumas coisas – ela olhou para ele e sentiu como se estivesse sendo radiografada


 


- Compreendo – ele disse por fim – mas e quanto à questão do senhor Lupin, acredito que posso confiar que tanto ele, quanto os outros e vocês estarão seguros, não posso? – falou olhando por cima dos óculos


 


- Sim professor – Hermione falou com segurança


 


- Muito bem – Dumbledore se levantou, apontou sua varinha para a Urna e fez um feitiço de levitação – Vamos senhorita –  erguendo o braço para Hermione que o segurou e os dois saíram da sala


 


 


 


 


03 de Junho de 1977 00h40min


 


 


- Cara é incrível o que Dumbledore pode fazer em alguns minutos – Sirius falou enquanto ia de um canto ao outro da estrutura que Dumbledore montou no salão principal


 


O salão já não estava mais igual, onde antes ficava a mesa principal em que os professores comiam, agora tinha três grandes sofás de três lugares cada dispostos em “U” e uma mesa ao centro. Paredes surgiram do nada dividindo todo o salão, o espaço antes ocupado pelas mesas da Sonserina e Lufa – Lufa agora era uma ampla suíte com noves camas super confortáveis e um banheiro esplendido, enquanto que os espaços ocupados anteriormente pelas mesas de Corvinal e Grifinória tornaram se uma espécie de sala de jantar com uma mesa de dez lugares.


 


- Realmente incrível – Remus e James concordaram – enquanto acompanhavam Sirius


 


- Lily? - chamou Severus


 


- Sim – ela respondeu sem emoção


 


- Podemos conversar?


 


- Severus, eu sinceramente não acho que tenhamos nada para conversar...


 


- Você está tão próxima do Potter e... – ele disse meio exasperado


 


- Severus – ela começou parecendo cansada – eu não estou tão próxima do Potter, eu apenas baixei a guarda, acho que as pessoas merecem uma chance... 


 


- Então me dê a MINHA segunda chance Lily – ele pediu se ajoelhando


 


- Severus levanta – ela pegou em seu braço e o fez levantar


 


- Por favor, eu esperei tanto tempo para ter uma oportunidade de falar com você, você tem me evitado nesse último ano – ele falava enquanto lágrimas rolava em seu rosto


 


- Me pedir uma segunda chance, chega a ser hipocrisia da sua parte Severus – ele olhou pára ele com uma expressão decidida – eu te dei milhares de chances, milhares de oportunidades de mostrar não para mim, mas para você mesmo que ficar do lado de pessoas como Avery, Mulciber e seus amigos NÃO era algo que você fazia por prazer, mas ao invés disso cada vez mais você mostrava que sim era por prazer, por querer, até... – e sua feição ficou mais feroz. Lembrar do dia em que a pessoa que ela sempre considerou seu melhor amigo (mesmo vendo todos os seus defeitos) a ofendeu de uma maneira tão cruel, era no mínimo doloroso – enfim, ficaremos aqui, mas eu não acredito que possamos... – ela se assustou quando viu novamente Serevus se ajoelhando a seus pés e segurando em suas pernas – Severus, por favor


 


- Lily, me perdoe, me perdoe – ele dizia em meio a soluços


 


- Eu – Lily não sabia como reagir


 


- RANHOSO – James nesse momento voltou ao local onde os sofás se encontravam – LARGA ELA – e puxou Severus pelas vestes com fúria


 


E tudo aconteceu rápido demais, Snape foi lançando para trás com o impacto de um feitiço protetor que James lançou ao perceber que ele se preparava para enfeitiça lo


Enquanto Remus e Sirius iam ao encontro de Lily para protege la, já que está se encontrava perto demais dos dois. Nesse momento percebendo o que viria a seguir ela gritou:


- Parem vocês dois!


Mas ela sabia que não aditava apenas pedir e quando Snape se levantou para começar um duelo com James, ela tomou a decisão de enfrentar ambos, mas nesse momento Dumbledore e Hermione entraram no salão e ao perceber o que estava acontecendo, o professor depositou a Urna que trazia por meio de feitiço na mesa de centro e lançou um feitiço escudo entre os dois que fez com que ambos fossem jogados para trás devido seus feitiços terem ricocheteado no feitiço de Dumbledore


 


- O que vocês estão fazendo? – Dumbledore perguntou com autoridade – eu achei que tínhamos sido claros quanto a conflitos


 


- Durante a leitura dos li... – Sirius começou


 


- Durante todo o tempo que passaram juntos senhor Black – disse Dumbledore interrompendo o – peçam desculpas um ao outro, agora – falou com mais severidade olhando de James para Severus


 


- Desculpe – James disse a contra gosto


 


- Desculpe – Severus falou com azedume


 


- Muito bem, senhorita Granger, acha que será capaz de controla los? – Dumbledore falou ainda encarando os rapazes


 


- Creio que sim professor – ela disse, recebendo acenos de apoio de Lily – Seremos!


 


- Ótimo, espero que tenhamos tomado a decisão correta senhores, nos vemos em breve! – e dizendo isso ele se retirou, selando assim as portas por fora.


 


 


 


03 de Junho de 1977 01h08min


 


 


- Saiba Hermione que se ele aprontar o que quer que seja eu não irei me controlar – Sirius disse com toda sinceridade


 


- Acho que nós todos nos comprometemos com Dumbledore e devemos cumprir com nossa palavra Sirius – Lily falou séria


 


- É Almofadinhas – Remus concordou


 


- Já disse, se você aprontar – Sirius falou olhando para Severus 


 


- O mesmo digo eu – Severus respondeu de pronto


 


- Chega – interpôs James – eu me exaltei, já te pedi desculpa e você a mim, daqui para frente iremos nos controlar, eu prometo – completou olhando para Hermione


 


- Ok – Hermione disse se sentando no sofá a direita do sofá central – devemos começar imediatamente, alguém se opõe? – ela perguntou encarando todos os presentes


 


- Não – responderam todos enquanto se acomodavam


 


James e Lily sentaram no sofá central, enquanto que Sirius e Remus sentaram se no do lado esquerdo, Severus teve o impulso de se sentar ao lado de Lily, mas Mione lhe ofereceu lugar ao seu lado e meio a contra gosto ele se sentou.


 


- Bem acho que devemos estabelecer uma ordem de leitura – Mione disse


 


- Eu acho que seria bom começarmos por aqui – Remus falou apontando para o sofá no qual estavam Lily e James – assim leremos no sentido horário, a partir do centro, começamos com a Lily e James, seguidos por Sirius e eu, Snape e você e quando as outras pessoas se unirem a nós eles se dispõem cada um em um sofá e segue a ordem – completou


 


- Ok, todos de acordo? – Hermione perguntou


 


- Sim – foi à resposta


 


- Ótimo, então podemos começar – ela disse pegando sua varinha e com um feitiço destrancou a Urna


 


E então eles puderam finalmente ver os tais livros, Mione retirou os sete livros da Urna e os depositou sob a mesa, trancou a novamente e com um feitiço de levitação a colocou em um canto.


 


- Não há nada escrito – Severus resmungou – Nem sequer um titulo


 


- É verdade – concordou Lily


 


- Eu acho que devemos dar inicio – Remus começou


 


- Inicio a que Lupin? – Severus o interrompeu com rispidez – não vê que não há nada escrito, perca de tempo é isso que é – ele disse se levantando e indo em direção a porta


 


- Severus – Lily o chamou e de imediato ele parou e olhou para ela – não acho que Hermione viria até aqui à toa, não acho que tudo isso seja à toa – ela disse olhando em seus olhos – fique – ele não podia negar um pedido seu. Severus voltou a seu lugar e esperou.


 


- E então – Sirius quis saber o que deveria ser feito


 


- Bem eu acredito que – Hermione começou sem muita certeza – Lily, comece, pegue o livro


 


Lily então se adiantou e pegou o primeiro livro sobre a pilha ao se sentar James soltou uma exclamação:


- Oh! – na capa do livro em letras Verde Esmeralda apareceram as palavras “Harry Potter e a Pedra Filosofal”


Todos olharam sem entender muito bem, apenas Hermione parecia satisfeitíssima


 


- “Potter”? – perguntou Lily – um parente seu James?


 


- É o que parece – respondeu ele confuso – a coisa é que, não existem outros Potter no nosso mundo a não ser meus pais e eu – Serevus revirou os olhos pensando “Como alguém pode ser tão pretensioso? E terei mesmo que ler sobre um parente do Potter?” deu um muxixo de desagrado que passou despercebido - mal sabia ele que não tinha pretensão nenhuma naquele comentário de James e sim tristeza ao pensar em seus pais que estavam muito doentes – e bom... A não ser que seja um descendente! – ele concluiu assustado


 


- Pontas você pensou o que? – Sirius deu uma gargalhada e continuou – que morreria virgem? – Hermione e Lily deram risos contidos, Remus começou a gargalhar, enquanto Snape bufava achando tudo aquilo desnecessário – Ai! – gritou Sirius ao ser atingido pelo livro que James com um feitiço fez voar das mãos de Lily direto para a cabeça do amigo e quando ia devolver, foi impedido por um feitiço lançado por Lily - Os livros NÃO – gritaram Mione e Lupin ao mesmo tempo


 


- Parem e vamos começar – Lily falou séria, todos se sentaram, ela então conjurou um feitiço convocatório e trouxe o livro até suas mãos novamente.


 


- Desculpa cara – James disse piscando para Sirius


 


- Ok – disse Sirius devolvendo a piscadela e se acomodando no sofá


 


Lily pigarreou e leu 

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