Na casa dos Dursleys

Na casa dos Dursleys





Era uma tarde - fazia muito calor - na frente da casa dos Dursleys se encontrava Harry Potter deitado sobre a grama, pensando. Tinha virado rotina na vida dele após a derrota de Lord Voldemort e de seus comensais, alguns fugiram, mas não era preocupante isso agora pra ele, não agora, tudo que queria era se divertir, conversar com os amigos, ter uma vida normal, como nunca teve. (Ano passado o garoto se dedicou mais a Oclumência e a Legilimens). Esse ano seus tios até que estavam mais “simpáticos", sentiram pena do garoto quando viram Harry voltando da "maldita" – assim diziam seus tios - escola todo enfaixado, tudo que podiam fazer era dar uma trégua para o garoto, mas não deixavam de ser rude em certos momentos.

No dia seguinte, Harry estaria completando seus dezessete anos, isso o tornava um bruxo independente, estava pensando em ir morar no Largo Grimmauld, que era sua casa, mesmo sabendo que isso traria lembranças de seu padrinho, mas não agüentava mais Petúnia e nem Valter, principalmente Duda, morando na casa de Sirius ele teria paz e poderia fazer o que desse vontade.

Se levantou, colocou a camisa sobre os ombros já que retirou para ver se pegava alguma cor, era raro aparecer um sol desses na Inglaterra(que tinha o ambiente acinzentado), limpou suas costas cheia de cisco de grama e entrou na casa.

Seu tio se encontrava vendo televisão todo largado pelo sofá. Petúnia estava fazendo o almoço e seu primo estava - pelo que dizia - na casa de seus amigos, Harry sabia que não era bem isso. Duda apenas saia com os amigos para torturar algumas criançinhas que achavam pela rua – desde o quinto ano - seus tios eram muito cegos para admitir e fingiam que não acontecia nada. Harry colocou a camisa e se sentou junto com Valter pegando o controle da mão do tio.



- O que pensa que está fazendo?



- Pensando em comer o controle, o que você acha? – disse sarcasticamente



- Boas maneiras é bom de vez em quando garoto.



- Sério? Por que você não me ensina? - Harry lançou um olhar de diversão para o tio que saiu para a cozinha resmungando alguma coisa que ele não conseguiu entender, sem se importar, continuou vendo se tinha alguma coisa de interessante na televisão e pelo jeito nada – ótimo! inútil como sempre - se levantou e foi para o quarto.

Deitou em sua cama e ficou fitando o teto, pareceu muito interessante, pelo menos mais do que a televisão, estava quase adormecendo quando uma coruja pousou em seu peito, reconheceu imediatamente de quem era àquela coruja, de Hermione, se levantou e pegou a carta que se encontrava enrolada no bico da coruja, desenrolou e rapidamente começou a ler.





Querido Harry



Como vai? Melhor que eu, espero... Faz duas semanas que nós não nos vemos, mas é inevitável sentir saudades de você. Recentemente, tudo parece tão tedioso, nem os livros estão ajudando, só cansam minha vista e a televisão continua cansativa como sempre foi. Mandei uma carta pro Rony esses dias, você sabe com quem ele está namorando não é? Luna! dar pra acreditar? Talvez Gina vá também eu estou convidando vocês para ir comigo e com meus pais para França, será só por duas semanas, por favor, não recuse, vai ser muito divertido, estou esperando a resposta. Se você for Harry esteja pronto amanhã meu pai irá passar para te buscar.



Beijos e abraços



Hermione Granger





Harry releu a carta, sentia muita falta dela só não sabia por quais razões, tudo irritava quando estava longe de seus amigos, principalmente dela, que adquiriu o super dom de acalmá-lo. Enrolou a carta e a guardou em sua cômoda ao lado da cama e ficou pensando como falaria pro seus tios que ia viajar com a amiga, chegou à conclusão de que ficar pensando só perderia tempo, aproveitaria para falar sobre sua mudança de casa e que não voltaria a morar ali depois que chegasse de viajem. Desceu a escada aos pulos, quando chegou à cozinha, Valter e Petúnia já estavam almoçando, sem reparar que Harry estava os observando da porta.


- Tio, Tia eu vou viajar - falou parecendo o mais simpático possível



- viajar? - interrogaram os dois juntos



- Sabe quando você sai de um lugar e vai a outro atrás... -



- Nós sabemos o que é moleque – irritou-se Valter – Aliás, quem disse que você vai?



- Eu não estou pedindo autorização, estou comunicando - falou Harry calmamente – mesmo não deixando, eu vou, sou maior de idade apartir de amanhã, posso tomar qualquer decisão.



- Olha como você fala comigo - dessa vez foi Valter que foi interrompido por Petúnia



- Deixa Valter - Harry olhou Petúnia boquiaberto, nunca tinha visto ela interromper seu tio assim – não vale a pena discutir



- Petúnia, mas se nós deixarmos ele fazer o que quer daqui a pouco vai estar fazendo aquela coisa contra nós.



- Acredito que ele não faria isso, não que esteja preocupada, mas o pobre garoto só quer viajar.



- Petúnia eu não estou te reconheç... - Valter foi interrompido, por Harry.



- Poderiam parar de discutir? Estou querendo avisar também que não vou voltar aqui quando chegar de viagem - Seus tios o olharam interrogativo


- e onde pretende ficar garoto?


- Ano passado herdei uma casa de um padrinho, poderia ficar lá até achar um lugar melhor.


- está falando sério, Harry? - perguntou petúnia, surpreendida.



- Sim, talvez eu só volte aqui para buscar algumas coisas



- Excelente, finalmente vamos nos livrar de você – disse Valter com um sorriso extremamente radiador, colocando as mãos atrás da cabeça e despreguiçando.



- Não se preocupe, também ficarei feliz de não ter mais que servir de escravo pra vocês. – replicou Harry. Sr, Dursley olhou severamente para ele.


- Se não tem mais nada para dizer pode se retirar – Harry acenou positivamente


- Como quiser Senhor Gordo, quer dizer, Senhor Dursley. – zombou fazendo uma reverência. A face de Valter ficou extremamente vermelha.


A seguir virou-se e caminhou para seu quarto com a enorme vontade de rir, era corajoso, isso ele não podia negar. Enquanto seu tio, na cozinha, estava prestes a explodir de raiva.


- Droga, esse garoto está ficando petulante e a culpa é toda sua petúnia!



- Válter não faz sentido agente ficar tratando ele como animal, o garoto suportou durante dezessete anos.



- Você só pode ter enlouquecido, não lembro de você ficar o protegendo.



- Será que é tão difícil trata-lo como sobrinho?


Em seu quarto, Harry ouvia a discussão sem fazer questão de segurar sua risada escandalosa enquanto matinha as mãos na barriga que já estava ficando dolorida de ficar descontrolada.



- Deixe me ajudar - Válter ficou em pé apoiando suas mãos sobre a mesa, próximo ao rosto de Petúnia – Ele é anormal, ele é estranho, e nunca vai ser um de nós, sempre vai ser um bruxo mesquinho e, isso não posso aceitar.



- Válter isso tem que terminar – respondeu exasperada – apesar de tudo ele ainda é um ser humano, como qualquer um, ser bruxo não quer dizer que ele não pode ter sentimentos, já está na hora de dar um basta nisso e você melhor que ninguém para fazer isso. – Sr. Dursley segurou suas respiração pensando nas possibilidades de mudar seu tratamento com Harry. Este já parara de dar risada e agora, escutava com toda atenção.


- Espero que com isso não aconteça nenhum desastre – disse agora mais calmamente e soltando sua respiração. – Vou tentar falar com ele.




- Ótimo! - Petúnia sorriu diante da decisão de seu marido – Hoje é a ultima noite dele aqui, pelo menos o faça se sentir bem.








Nesse momento, Harry estava, mesmo, surpreendido. Chegou até na possibilidade da comida estar envenenada, descartando logo em seguida, se estivesse, seus tios poderia estar caídos no chão agora duros como uma pedra e frios quanto um gelo. Outra possibilidade era a de terem bebido insanidade junto com o suco, deu sorte de não ter sentindo ao menos vontade de chegar perto da jarra, essa era a que chegava mais perto, no entanto se estivessem mesmo bebido estariam feito que nem loucos correndo pela casa, rindo continuamente e ainda não estariam mal humorados como todos os demônio dia. Ouviu passos subindo pela escada, rapidamente, jogou-se na cama.



- Entre - Harry pegou o primeiro livro que viu em sua cômoda, fingindo ler, seu tio entrou com o aspecto muito estranho



- Posso falar com você?



- Algo sobre a viagem? – perguntou sem tirar os olhos do livro – Apenas esqueça, acabei de mandar a carta para minha amiga – mentiu



- Não é isso garoto, pode viajar, isso não faz diferença – Válter aproximou-se da cama – é uma coisa muito mais séria.



- Fale, estou ouvindo - Harry tentou falar sem parecer curioso.



- Vim me desculpar por tudo que eu e sua tia fizemos por toda sua vida - Harry surpreendeu-se erguendo seus olhos do livro. A possibilidade da insanidade voltou a sua mente.


- Você bebeu insanidade hoje? – deixou escapar, Válter não ouviu o ultimo comentário de seu sobrinho, ele estava olhando ao redor.



- Este quarto tem grandes lembranças e eu me lembro muito bem. – Harry começou a ficar amedrontado de ser contagiado pela recente loucura de seu tio.



- Você tem certeza que não bebeu insanidade? - repetiu a pergunta, mais uma vez ele não obteve resposta.



- Quando você chegou aqui nessa casa bebê, não sabíamos o que fazer.



- Se você estiver com algum tipo de problema é só avisar que eu procuro o primeiro manicômio que eu ver - o tio ficou o observando por um momento e recomeçara a falar



- Sua tia petúnia ficou muito preocupada, não sabíamos o que fazer com uma coisinha tão indefesa e pequena na nossa porta



- Definitivamente você... - ele não conseguiu terminar seu tio o interrompeu



- Sua tia e eu sabíamos da verdade, mas não queríamos te largar ali na porta com tanto frio que fazia - ele fez uma pausa e observou o garoto mais uma vez - então decidimos cuidar de você com esperança que podíamos por um fim nessa tal bruxaria. Nós o trouxemos para este quarto, estávamos tão desesperados que embrulhamos você em uma dúzia de cobertor, você não parava de chorar, sua tia teve que passar a noite aqui, você só sossegava quando permanecia no colo dela, apartir daí ela teve que fazer seu trabalho de casa carregando você - Harry estava abismado não conseguia pronunciar qualquer palavra que fosse - com dois anos de idade você pronunciou sua primeira palavra, mais rápido que o Duda, você parecia tão normal que começamos a acreditar que você finalmente estava livre da magia. – Harry riu da ultima parte



- Vocês foram bem precipitados ao pensar que podiam evitar de eu ser bruxo – Válter confirmou levemente com os olhos baixos.



- Mas estávamos enganados, quando sua tia o largava para cuidar de Duda, você ficava nervoso e acabava fazendo essas drogas que eu não entendo então começamos a menosprezá-lo e colocamos você sobre o armário da escada, você não sabe o tanto que eu e sua tia sofríamos nos primeiros dias, você berrava, batia na porta, implorava para sair – Harry viu os olhos de seu tio encher de lágrimas - nós não fizemos nada, com o tempo você foi se acalmando e parecia que você entendia que nós queríamos distância, e foi se afastando cada vez mais e então fizemos de você um mero escravo, apartir daí fomos nos acostumando, sabíamos que não estava feliz, mas continuamos a trata-lo como uma aberração, achamos que você nunca nos chamaríamos de tio, mas nós nos enganamos, ainda não sabemos se merecíamos ser chamados assim, Harry eu e sua tia sentimos muito e queríamos que nos perdoasse por tudo que nós fizemos, que perdoasse as nossas abstinências, a nossa falta de capacidade de entender sua situação, que não soube entender que você não tinha culpa de ter nascido do jeito que é, e que você era um ser humano sem pais - Válter se sentou na cama e pos uma mão no ombro de Harry que se encontrava com a cabeça baixa, tentando assimilar tudo o que tinha acabado de ouvir. – O que você me diz?


- Simplesmente você acabou de me deixar confuso, não tenho nada a dizer – disse Harry


- Não se sinta confuso só queremos que você nos perdoe - eles não sabiam, mas Petúnia se encontrava atrás da porta escutando tudo, ela não pode evitar e entrou no quarto de Harry.


- Harry, seu tio está absolutamente certo, nós cometemos muito erros, nós apenas queríamos que você vivesse sem ser bruxo em um mundo injusto no qual todo mundo vive, por favor, tenha capacidade de perdoar - ela correu e abraçou o garoto que ficou sem ação, muito pensativo com tudo. Sem palavras, não tinha outra solução além de ter que falar o que viesse em sua mente.

- Realmente vocês me fizeram sofrer, foram muito injustos, me fizeram passar fome, mas apenas esqueçam, isso não importa, quero dizer, apesar de tudo, vocês cuidaram de mim no começo de minha vida, como verdadeiros pais, creio eu, e agradeço muito apesar do jeito que me trataram, sempre vou ser grato por terem me aceitado do jeito que eu era, agradeço muito. – disse terminando com um sorriso radiante por ter achado as palavras certa. Seus tios ficaram emocionados.



- Nós que agradecemos Harry por nos entender o que não conseguimos fazer durante esses dezessete anos – disse sua tia com um sorriso entre lágrimas - bom vamos esquecer esse assunto, amanhã é seu aniversário, precisamos compra um presente para você



- Sinceramente não é necessário.



- Garoto nós fazemos questão de pelo menos receber um presente nós, o qual não recebeu durante todos esses anos, Vamos ao shopping sem discussão. – Harry suspirou cansado. – Aceita?



- Não ter como dizer não mesmo. – comentou aborrecido



- Não fique aborrecido, é apenas uma lembrança nossa – disse Petúnia



- Um apenas, não quero que fiquem gastando comigo



- Certo, um só então - disse Petúnia piscando logo em seguida para Válter. Harry balançou sua cabeça negativamente e se levantou indo em direção ao banheiro para se arrumar.





No shopping, após uma longa briga com Harry, que alegava que apenas uma camiseta e uma calça estava muito bom, que não foi aceitado por seus tios, após isso, eles compraram centenas de roupas novas, tênis, sapato, bonés e tudo o que acharam útil para ele, depois de outra discussão, Harry tomou o seu quinto sorvete e assim eles foram embora e ele deu graças a Merlim por isso. Harry ainda foi reclamando por ainda terem ter gastado tanto assim com ele, só parou quando seus tios repetiram mais uma vez naquele dia que era o mínimo que podiam fazer.


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N/a: Apartir de hoje será postados capitulos renovados e revisados da fic, por enquanto é só esse, a cada dia eu vou postando um capitulo,
Espero que curtam do novo "Amor à prova"


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Comentários (1)

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