(O1) To The Moon



To The Moon
Por: IceCream


 


10 de Abril de 1986


 


O Festival de Primavera estava na cidade!


 


O festival localizava-se num penhasco um pouco longe da cidade mais para o campo.


 


Milhões de pessoas iam ao Festival de Primavera para sair da rotina chata e cansativa do dia-a-dia em Londres.


 


Os Granger era uma família dessas todas. Robert Granger, Jane Granger e Hermione Granger de 5 anos.


 


Havia várias atrações onde andaram em maior parte delas.


 


Já eram nove da noite então foram jantar na zona das comidas.


 


As comidas eram aquelas típicas de festival: cachorro quente, bifana no pão, hambúrguer com batatas e etc.


 


Um casal amigo dos seus pais apareceu e começaram a conversar.


 


Jane, vendo a filha entediada surgeriu:


 


-Hermione, querida. Por não vais brinca um pouco com o David? –David era o filho do outro casal um ano mais novo que Hermione.


 


Hermione hesitou, ela não suportava o rapaz.


 


-Sim! Vamos brincar! –Festejou David.


 


David era meio gordinho, com cabelo cortado a tigela cor de mel e olhos pretos, usava sempre umas roupas de cor bege.


 


Hermione olhou para a mãe enquanto era puxada por David em direção a um parquinho, só o seu olhar dizia tudo: “Porque me odeias?! Sabes que não o suporto!”


 


Jane só sorriu.


 


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Na estação King’s Cross na cidade uma outra família se encontrava lá.


 


Eram os Malfoy. Lucius Malfoy, Narcisa Malfoy e Draco Malfoy de 5 anos. Eram uma família bruxa.


 


-Lucius, não entendo porque nos arrastas-te para isto! –Exclamou Narcisa.


 


-Estou aqui a mando do Lord das Trevas, e Draco tem de se abituar logo de cedo!


 


-Mas e porque ME arrastas-te?


 


-Alguma vez eu iria deixar a minha esposa com aqueles Comensais da Morte na Mansão?!


 


-Tu próprio és um. –Disse ela como se fosse óbvio.


 


-Mas eu sou seu esposo é diferente!


 


Começaram a andar, Lucius e Narcisa de braço dado e o pequeno Draco segurando a mão de sua mãe.


 


Chegaram a um enorme prédio.


 


-Anda Draco. –Chamou o pai.


 


-Lucius ele ainda é muito novo.


 


Lucius que já estava pelos cabelos com a esposa murmurou um “Como queiras” e entrou.


 


Narcisa e Draco foram passear.


 


-Então Draco, onde queres ir?


 


-Ouvi um menino cochichando com a mãe sobre um Festival de Primavera um pouco longe da cidade. Podemos ir?


 


-Claro! –E aparantaram.


 


Ao chegarem, Draco se sentiu maravilhado com a quantidade infinita de luzes e de cores. Pessoas sorridentes conversando, comendo e jogando nas tendas de jogos.


 


Draco se viu um jogo que era preciso com um martelo acertares nas toupeiras para acumular pontos para ganhar prémios. 


 


-Mamãe, posso jogar?


 


Narcisa assentiu assistindo seu filho jogar. Ele era realmente o rei daquele jogo, no final ganhou um peluche.


 


Era castanho, tinha bico de pato e cauda de castor, os olhos eram grandes e bem queridos. Um Ornitorrinco.


 


-Mamãe, a senhora sabe oque é isto? –Perguntou Draco se referindo ao peluche.


 


-É um ornitorrinco.


 


-É estranho…


 


Narcisa sentou-se num banco lendo um jornal Muggle, enquanto o pequeno Draco foi para o parquinho.


 


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-Mione, vamos brincar ao quê? –Perguntou David.


 


-Tu vais fazer algo eu vou ver aquelas flores ali. –Respondeu Hermione olhando para um canteiro de rosas.


 


A castanha ia andando para o canteiro quando David a agarrou pelo pulso a puxando.


 


-Vamos brincar a apanhada! –Disse ele.


 


-Não quero brincar. –Disse ela tentando se soltar.


 


-Mas eu quero!


 


-Nããão! –Choramingou Mione.


 


-Solta ela! –Disse uma voz.


 


David rapidamente a soltou e olhou o dono da voz.


 


Um menino loiro albino, olhos cinzas e com a mesma idade que Mione. Draco Malfoy.


 


-Porque haveria de te obedecer? –Perguntou David.


 


-Porque não é assim que se trata uma menina! –Respondeu o loiro.


 


David lançou um olhar estreito para o albino e saiu em direção a mesa dos pais.


 


-Estás bem? –Perguntou o albino.


 


-Estou. Obrigada. –Agradeceu a castanha.


 


-Não tens de quê.


 


O loiro começou a passear por ai enquanto a morena olhava as flores.


 


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Draco reparou que já estava na ponta do penhasco onde havia um farol. A vista era linda. Maravilhosa.


 


Sentou-se perto do farol com o seu peluche ao lado e contemplou as estrelas do céu.


 


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A Feira de Primavera estava chata, especialmente para Hermione, que olhava as lindas flores do canteiro recebendo olhares maldosos de David e olhares repreendedores do pai.


 


Sempre nesta feira, Hermione ia para um lugar secreto, o seu lugar. Um cantinho ou um refugio sossegado longe da multidão.


 


A castanha levantou-se, limpou a poeira do vestido e caminhou em direção ao seu lugar secreto.


 


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Draco ainda olhava as luzes no céu quando ouviu passos pisando na relva verde.


 


Levantou-se assustado e foi caminhando devagar em direção ao barulho…


 


…Era ela…


 


A menina do parquinho!


 


-Olá! –Ele a cumprimentou.


 


-Estás no meu espaço. –Disse ela tímida já indo embora.


 


-Não vás! Podemos partilhar!


 


A castanha o olhou, depois cedeu e ambos se sentaram perto do farol.


 


-Como te chamas? –Perguntou o loiro.


 


-O meu nome é muito complicado.


 


-E o meu estranho. Sou Draco Malfoy!


 


-Prazer. Hermione Granger!


 


-Prazer.


 


-São bonitas não são? –Disse Hermione olhando para o céu.


 


-Oque? –Draco a olhou e reparou que os seus olhos brilhavam fascinados.


 


-As estrelas. –Respondeu.


 


-São. –Disse ele. –Sabes oque são?


 


-O meu pai disse que as estrelas são enormes pedras flamejantes algures no espaço. –Disse ela olhando para ele.


 


-Eu não sei. Há adultos que só mentem.


 


-Porque dizes isso? –Ela olhou nos olhos dele e viu… tristeza.


 


-Porque é a verdade.


 


Um momento de silêncio só olhando as estrelas.


 


-Faróis. –Disse a castanha de repente.


 


-Hããn?! –O loiro só a olhou.


 


-Eu sempre pensei que fossem faróis.


 


-Então e as pedras?


 


-O meu pai disse que eram pedras no espaço. Mas na minha opinião… são faróis. –Disse ela como se fosse obvio.


 


-Porquê faróis? –Questionou ele.


 


-Não sei. Eu só acho. –Ela o olhou. –Cada um tem a sua opinião.


 


-Hum…


 


-Eu achei que eram faróis. Montes e montes de faróis todos juntos. Tentando desesperadamente se comunicar com os cá da terra, todas as noites eu olho pela janela tentando ver se eles têm sucesso… mas nunca têm. Eles tentam mas não conseguem pois estão demasiado longe.


 


-Pode ser.


 


-Um dia… só um dia eu sei que vão conseguir.


 


-Mamãe disse que cada estrela no céu era uma pessoa, que já partiu para um lugar melhor. Eu acredito por quando vovó partiu eu chorei muito, e quando olhei para o céu… havia uma estrela. Só uma que brilhava mais que as outras. Mamãe disse que era a vovó a dizer para não chorar que ela estaria no nosso coração.


 


-Pode ser. –Disse Hermione voltando a olhar o céu. –Queres fazer desenhos nas estrelas?


 


-Como constelações?


 


-Sim! Sabes fazer um coelho?


 


-Um coelho? Posso tentar.


 


-Boa.


 


-Vamos ver quem encontra primeiro! 1…2…3… JÁ!


 


-Achei! –Gritou a morena logo a seguir.


 


-Hããn, c-como?


 


-Achei. –Repetiu.


 


-Onde?


 


-No céu. –Respondeu ela.


 


-Mas aonde?


 


-Pensa grande. Enorme. Brilhando mais forte que as outras.


 


Ele olhou para a lua e pensou.


 


-ACHEI! –Gritou ele alegre.


 


-Onde?


 


-Ali! Ali mesmo! As orelhas e a cabeça, e as patas! E… a lua. A lua, a maior que elas todas, é a barriga.


 


-Boa!


 


-DRACO! ONDE ESTÁS? –Era Narcisa.


 


-Mamãe está a chamar. Tenho de ir. –Disse se levantando.


 


-No próximo ano voltas? –Perguntou a castanha.


 


-No mesmo lugar, a mesma hora? Ok?


 


-Sim. Mas… e se te perderes?


 


-Basta encontrarmo-nos na barriga do coelho! Na lua!


 


 -Ok! Ei oque é isto? –Perguntou Mione apontando para o ornitorrinco.


 


-É um pato castor. Mamãe disse o nome dele mas eu não me lembro. Ganhei-o numa das barracas.


 


-Quem me dera a mim. Mas não tenho jeito nenhum!


 


-DRACO MALFOY! ONDE TE METESTE?! –Chamou novamente Narcisa.


 


-JÁ VOU MAMÃE! –Gritou ele de volta. –Toma. –Deu-lhe o ornitorrinco.


 


-Não posso aceitar! É teu, não meu.


 


-Mas eu estou-te a dar! Disseste que não tinhas jeito, então toma.


 


Hermione pegou o peluche.


 


-Obrigada.


 


-Adeus Hermione! –Deu-lhe o beijo na bochecha e saiu correndo.


 


-Adeus Draco. –Sussurrou com a mão na bochecha.


 


Abraçou bem forte o ornitorrinco e ficou olhando a lua. Sorrindo.

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Obrigada a quem viu! Comentem oque acharam! BJS
Tchau da IceCream
 


 

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