One Shot



Guerra; luta armada entre nações, por motivos territoriais, econômicos ou ideológicos. Mas para Marlene Black era apenas uma desculpa da humanidade para infinito derramamento de sangue. Animais, isto é o que eles eram.


Lá estava ela e seu marido, Sirius Black, no aeroporto. Ele fora chamado a servir o paí. Marlene  estava desolada. Casaram-se há poucos meses, não poderiam ficar longe agora... Ainda mais se tivesse a opção de seu amado não mais voltar.


– Você não tem que ir, Sirius! – Marlene implorara chorosa, abraçada ao marido.


– Mas eu preciso Lene! Eles precisam de mim... – Sirius tentara convencer a si mesmo e a esposa.


– Eu preciso de você, Six. – A mulher tentara uma última vez, prendendo o rosto do moreno entre suas mãos e encarando-o nos olhos. – O que seria de mim sem você?


– Eu voltarei para seus braços, meu amor. Eu voltarei, prometo. – Sirius prometera segurando as mãos de Marlene e beijando-as brevemente. – Eu te amo!


– Eu te amo... – Marlene sussurrara quando Sirius findara um suave beijo em seus lábios. – Eu te amo.


E então Sirius partira.



 



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Quatro meses depois:


Marlene estava na cozinha preparando um chocolate quente, mas com os pensamentos longes. Mais precisamente no Iraque. Seus olhos marejaram e um nó surgira em sua garganta. Seu marido havia ido para a guerra e até agora recebera quatro cartas. Uma para cada mês que não estiveram juntos. Da mesma forma como as enviava.


E ela estava escrevendo a próxima carta. Mas não havia se decidido se contaria ou não sobre a recém-descoberta gravidez. Não saberia a reação de Sirius. Eles, apesar de casados, não pensavam em terem filhos tão cedo. Mas não se pode mudar o destino.


Após o primeiro gole em seu chocolate quente, Marlene decidira-se. Ela contaria.


E fosse o que Deus quisesse.



 



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Cinco meses depois:


A pequena Sophie nascera. Marlene teve todo o apoio dos pais e dos sogros. Sirius ainda estava no Iraque, mas continuava a mandar uma carta por mês para sua amada. Perguntava sobre tudo da gravidez, dizendo que mesmo longe, queria saber de tudo. Sirius estava radiante.


Em sua última carta, Sirius perguntara se a pequena Sophie tinha cara de joelho, como todos os outros bebês tinham. Marlene gargalhara com esta pergunta. Era típico de seu marido. Mas lhe respondera que ela parecida consigo quando bebê, mas que tinha o gênio de Sirius.



 



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C
inco anos depois:


Outro domingo comum. Marlene estava no parque com sua pequena filha, Sophie. A pequena completará cinco anos dali alguns meses. Nunca conhecera o pai, só escutara sua voz rouca algumas (poucas) vezes. E Sirius só a havia visto por fotos. Ela era tão parecida com a mãe; cabelo negros e lisos, traços finos e um nariz arrebitado. Mas seus olhos, ah! seus olhos, eles eram da cor dos de Sirius; cinzas.


Marlene fazia cócegas na filha, ambas sentadas na toalha xadrez que sempre usavam para fazerem piqueniques. A morena sabia que a presença de Sirius fazia falta para a pequena Sophie mas a criança fazia de tudo para que Marlene pensasse que ela só precisava uma da outra.


Sophie sabia que seu pai estava na guerra, por isso nunca estivera por perto. Sempre fora uma criança inteligente. Às vezes, sentava-se sozinha para observar os álbuns de sua mãe com seu pai, quando Marlene pensava que estava dormindo.


A pequena só gostariam de saber como seria ser abraçada por seu pai. Como seria se ele a levasse para a cama quando dormisse no sofá, assim como os pais de várias de suas amiguinhas faziam. Mas ela não poderia saber até seu pai voltar.


Se um dia ele voltar.



 



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D
ois anos depois:


Era dia do sétimo aniversário de Sophie. Sirius estava excitado, veria sua filha pela primeira vez. Reveria sua querida esposa. Graças a Deus a guerra havia finalmente acabado e ele havia conseguido cumprir a promessa que fizera há sete anos. Ele estava voltando para Marlene. Ele estava voltando para a sua amada.



 



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M
inutos mais tarde:


Sophie estava atônita. Seu olhar fixo na porta, assim como os de todos que estavam em sua festinha de aniversário. Aquele era mesmo seu pai? Será que estava vendo coisas? Barulhos de pratos caindo e então um berro. Sophie se virara para ver sua mãe chorando e correndo em direção ao marido.


– Seu... seu, seu cachorro! – Marlene exclamara antes de selar os lábios com o do marido. – Eu não acredito...


– Eu prometi que voltaria para você, não? – Sirius sorrira dando mais um selinho na mulher. – Sophie? – Ele a chamara quando percebera seu olhar curioso. – Vem aqui!


A pequena correra, jogando-se nos braços de Sirius, que a abraçara forte. Ela estava mesmo abraçando seu pai! Sophie sorrira com os olhos brilhando. As duas razões de seu viver estavam ali, na sua frente. Tão perfeito.


– Vem, mamãe! – Sophie falara enquanto ela e o pai apertavam Marlene no abraço.


Todos os presentes aplaudiram e assobiaram. A alegria da família era contagiante. Nunca depois de que Sirius partira alguém vira Marlene sorrir tanto. E havia um brilho diferente no olhar de Sophie. Sirius parecia radiante. Tinha as duas mulheres de sua vida em seus braços. Não poderia pedir mais.


– Prometa que nunca mais vai partir e me deixar aqui... – Marlene sussurrara no ouvido do moreno que sorrira.


– Eu prometo, carinho. Prometo nunca mais deixar vocês duas. – Sirius roubara um novo selinho da esposa e depois beijara a bochecha da filha. – E ninguém vai reclamar comigo por mimar a minha filha, ok? Vou compensá-la por não ter estado aqui por tanto tempo..



 
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Epílogo:


A partir daquele dia, a pequena família Black nunca mais se separara. E logo deixara de serpequena família Black, quando Marlene dera a luz a trigêmeos. James, Remus e Sirius. Em homenagem aos amigos ( que morreram na guerra) e ao próprio marido. Sirius comentara que eles seriam o terror da família, já que Sophie ficara calma como a mãe. Marlene apenas rira. Se eles tivessem um terço da personalidade que tinham os homenageados, eles realmente seriam o terror da família.


E dessa vez, Sirius não perdera nada. A primeira palavra, os primeiros passos. Todo o crescimento. Seu ciúme por sua filha, Sophie , crescia cada vez mais, quando os meninos passaram a pavonear-se para o lado da garota. Marlene apenas ria e tentava controlar o marido. Mas geralmente, ficava ao seu lado, Sophie era tão nova...


– Sophie você não tem idade para namorar! – Sirius falara irredutível.


– Mas pai... – O moreno a calara com um olhar. Então a moreninha virara-se para Marlene que havia acabado de entrar na sala. – Mamãe, papai está...


– Seu pai só quer o seu bem, So. – A morena interrompera a filha abraçando-a. – E sabe, ele até que tem razão. Treze anos não é idade para namorar, ainda.


– Argh!


Sophie correra escadas à cima. Por que seus pais não a entendiam nunca?


Sirius sorrira para a esposa que sentara em seu colo no sofá. Beijou-lhe levemente os lábios e acariciou-lhe os cabelos.


Ele prometera não mais os deixar. E nunca os deixara, nem os deixariam.
 
Sua família era tudo para si.
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Comentários (1)

  • Bru Mckinnon Black

    OMG!!! Você quer fazer eu me afogar em lágrimas!!! Que fic fofaaa!!!Chorei muitooo!!! Obrigada pela dedicatória na descrição, eu simplesmente AMEIIII!!!!Agora tem mais um pequeno probleminha, por culpa sua agora eu quero outra fic nova!!! Hahahah!!!Bjksss e Obrigada!!! 

    2014-07-25
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